Como assim? Você diz substituir o capitalismo, ou reformas como da previdência, etc?
Falo do sistema financeiro e monetário, onde existem capitais flutuantes que não tem lastro nenhum, ações que também tem alto valor, mas não tem lastro real,
Isso é inevitável quando milhões de seres humanos interagem e negociam entre si, que nada mais são do que expectativas futuras e especulações baseadas nessas variações de expectativas. Uma proibição ou regulação excessiva dessa negociação traria mais prejuízos do que vantagens (as pessoas, empresas e governos deixariam de captar dinheiro para financiar zilhões de coisas, desde investimentos até vendas a prazo. A economia teria uma queda tão grande que fica até difícil imaginar).
Tem jeito não. Resta apenas aos governos lidarem com as crises cíclicas (usando políticas keynesianas) ou deixarem as empresas e pessoas falidas se fuderem por serem tão irresponsáveis (usando políticas "neoliberais).
Eu discordo. Há jeito sim, mas implicaria em uma remodelação total em nosso estilo de civilização...
Quando nascer dentes nas galinhas, talvez. 
Talvez esteja para acontecer este "passo evolutivo".
Engenharia social de grandes proporções não funciona e só da em merda (segundo Karl Popper).
Será que somente esta conclusão é plausível?
Eu não acho porque a História tem várias exemplos de mudanças em sociedades que não eram visto como possíveis um século antes.
As únicas soluções viáveis que eu consigo pensar no momento: fontes mais limpas de energia, controle populacional, reciclagem ampla, geral e irrestrita (
) e aumento maior ainda da eficiência produtiva (redução do desperdício).
Bem. Eu já venho defendendo isto há mais de três décadas.
e que não pode ser alcançado por um sistema capitalista aos moldes do que hoje se observa.
Não vejo o porquê.
Porque as responsabilidades e os custos são elevados e boa parte deles teriam de ser assumidos pelos capitalistas.
E eu entendo que o prejuízo maior seria para as grandes corporações de todos os setores e para os políticos, mas não para a população em geral.
Os interesses das grandes corporações e das demais pessoas são completamente entrelaçados: as primeiras fornecem emprego, renda, produtos e serviços para as segundas. As segundas compram e trabalham para as primeiras.
A maior parte da minha renda provém de trabalho com participação zero de grandes corporações. Ainda assim as corporações é que mais dependem da população e não o contrário.
Não consigo ver dissociação de interesses, exceto quando há monopólio.
A dissociação é clara quando as grandes corporações não são freadas por um aparato legal. Basta ver os grandes casos de poluição no mundo ocidental e no Terceiro Mundo.
a impressão de dolar sem controle,
Isso faz o dólar perder valor. Se essa política for levada ao extremo, os países automaticamente passarão a usar outras reservas de valor.
E se o EUA não se corrigirem é exatamente o que acontecerá.
Sim.
Ok.
um sistema baseado em pressão para crescimento o tempo todo
Os seres humanos nunca ficam satisfeitos. Isso é psicologia básica (dê uma olhada na Pirâmide de Maslow).
Discordo, pois há muitos exemplos de sociedades humanas com limites bem definidos e muito baixos de consumo.
A única sociedade da qual já ouvi falar onde havia limites políticos ou legais de consumo era Esparta*.
Os países comunistas não tinham limites primários de consumo. O baixo consumo e racionamento se dava pela baixa produtividade (essa sim, limitada por barreiras políticas).
As sociedades primitivas tinham baixo nível de consumo apenas porque não tinham tecnologia suficiente para ter níveis maiores. Quando entravam em contato com os produtos modernos, invariavelmente se esbaldavam nos mesmos. 
*Em Esparta, era considerado de bom tom ter costumes ultra-sóbrios e era proibido o comércio e o dinheiro.
A maior parte dos nativos americanos que teve contato com os europeus pós século XV tinha consciência do que significava o estilo de vida ocidental para o Meio-Ambiente. Então eu discordo de sua afirmação de que todas as sociedades pré-industriais almejavam os "produtos modernos".
E já que voce mencionou a psicologia, é muito clara a estratégia de estímulo consumista feita nas sociedades capitalistas. Em outras palavras: Doutrinação.
Não vejo diferença em termos de consumo "fútil" entre as sociedades modernas e as primitivas. O uso de cocares de aves raras, colares feitos com dentes de inimigos mortos e ossos furando o queixo é algo tão fútil quanto a compra de roupas de grife (na minha opinião).
Provavelmente são igualmente fúteis, mas elas geralmente estão ligadas a algum rito, de passagem ou não, tendo pouca relação com os badulaques usados em uma sociedade industrial.
E, importante, são de impacto muito menor para o ambiente.
Se hipoteticamente TODAS as pessoas parassem de querer obter mais coisas, a economia deixaria de crescer.
E sinceramente hoje não consigo visualizar nenhuma outra alternativa que não seja esta.
Não há como mexer nisso sem totalitarismo ou lavagem cerebral.
Hoje já há um proto-autoritarismo econômico e uma lavagem cerebral em curso.
e em uma realidade virtual, onde comida está sujeita a especulação em bolsa de valores
Mesmo problema tratado no primeiro parágrafo.
Cuja alternativa também já descrevi como resposta no primeiro parágrafo.
Que eu já respondi.
Mas se fosse proibido a negociação de comida na Bolsa, os agricultores e demais produtores de alimentos perderiam zilhões em dinheiro captado (empréstimos ou investimentos acionarios)
Este é mais um problema: Deixar a atividade de produzir alimentos sob regras estritamente capitalistas, que foi uma das principais responsáveis pela dizimação de grande parte dos biomas.
Não confunda "tecnologia" com "capitalismo". A agricultura e a indústria dos países comunistas também destrói o ambiente (até mais).
Não estou confundindo nada DDV. Por favor pare de querer imputar esta pecha de ignorância em alguém que discorda de voce.
Voltando ao assunto. Uma maior área de produção agrícola frequentemente traz maiores ganhos para um capitalista, e isto geralmente é feito às expensas do Meio-Ambiente como pode ser visto na Amazônia e como aconteceu aqui no Paraná.
e onde todos correm apavorados para gastar um trilhão de dólares para salvar bancos de gente corrupta,
A economia depende dos bancos. Se eles quebrarem, os prejuízos financeiros (sem contar os sociais) serão bem maiores do que o valor usado para salvá-los.
Eu também pensava assim, mas o que se tem observado em todas as crises do capitalismo desde 1929, crises estas essencialmente de natureza financeira, é que isto é usado como uma desculpa, uma fachada, para salvar o dinheiro de quem detém o poder econômico sob a complacência, ou melhor, conivência dos Estados.
Então há a necessidade de mudar esta situação, "ferrando" os CEOs e os demais funcionários de alto escalão dos bancos e os políticos, é claro.
O dinheiro dos banqueiros é propriedade privada dos mesmos. Não há como o governo "tomar" esse dinheiro. Ou o governo deixa eles falirem e perderem suas fortunas (como qualquer empresário quando fale), mas levando com eles toda a economia (que depende de um sistema bancário funcionante), ou o governo os salva e toda a economia junto.
A maior parte do dinheiro nos bancos é da população. Os banqueiros manipulam-no segundo os interesses deles e dos acionistas. Quando há uma convergência entre as corporações bancárias e os tomadores de serviços, ótimo. Do contrário, f... a população com taxas absurdas nos serviços e juros escorchantes na captação de dinheiro.
Quanto à "salvação" dos bancos pelos Estados.
Eu sou contra, mas se tiver que ocorrer tal operação eu sou favorável que antes os banqueiros (acionistas principais); os demais acionistas; o CEO e toda a diretoria principal percam todo o seu patrimônio pessoal.
O grande barato de ser banqueiro é que TODOS precisam do seu dinheiro. 
É porque junto existem interesses de outros importantes capitalistas e políticos.
sem escrúpulos e sem responsabilidade, que em nenhum momento pensaram no coletivo ou em seus clientes, mas sim nos próprios lucros,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aliena%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia
Perfeitamente. Cabe sob medida para os políticos e grandes capitalistas.
mas são pusilânimes em enviar ajuda humanitária e investir alguns milhões de dólares para salvar gente morrendo de fome, como na Somália.
Isso está errado. A África recebe MUITA grana em ajuda humanitária todos os anos, mas isso não resolve (e você sabe muito bem por que e onde está o problema). Há quem diga que a ajuda mais atrapalha do que beneficia.
Concordo. Boa parte dos problemas da África são anteriores ao movimento colonial europeu, o que inclui os conflitos e a fome. Não adianta enviar dinheiro ou mantimentos a não ser como medida paliativa.
Sim. O colonisliamo europeu só serviu para acirrar as guerras tribais, rompendo o equilíbrio sócio-político das mesmas e colocando todos sob um mesmo estado.
Pontualmente ocorreram (e ocorrem) intervenções das grandes corporações nos conflitos.
Lugar onde o orçamento da maioria dos países é comprometido com pagamento de juros de dívidas que são apenas roladas, mas jamais pagas.
Governos gastadores. Os capitalistas mais radicais que eu conheço (os "neoliberais") são contra isso.
Concordo em parte. Sem dúvida que o principal motivo é a irresponsabilidade fiscal dos estados, mas ela ocorre em certa medida pelo estímulo do capitalismo financeiro, que "adora" emprestar dinheiro para os governos.
E não é por menos, já que o governo tem uma fonte de renda segura e perene: todos nós. 
Infelizmente.