Essa questão da decisão é bem mais complexa do que parece, entra em toda a polêmica sobre até que ponto temos um livre-arbítrio. A todo momento nossas decisões são influenciadas por estados sobre os quais não temos poder algum, nossas decisões estão longe de serem todas racionais e atenderem aos nossos melhores interesses, então não é trivial decidir quando e se é legítimo intervir numa decisão tomada por outra pessoa, principalmente uma decisão irreversível como essas.
Por exemplo, Geo, um exemplo menos radical: se não me engano você tem filhos adolescentes, não? Imagine que um deles decida tatuar uma caveira no próprio rosto. Você provavelmente os proibiria de fazer isso e convencida de que estaria agindo no sentido de protegê-los de uma decisão que quando eles estivessem em seu melhor juízo (sem influência do caldeirão de hormônios da adolescência) lhes causaria arrependimento.