Não sei se é sorte minha, mas em meus 20 e poucos anos nunca fui alvo de preconceito.
Mas... até que ponto podemos chamar algo de preconceito? Uma discussão aqui e ali como a descrita, um mal-estar aqui, é normal.
O catolicismo – no mundo contemporâneo, bem sublinhado – mantém uma relação de tolerância com o ateísmo. Por várias razões. Entre elas, a de que é possível ser católico – e não praticante.
No Brasil, ao menos. Não sei se o mesmo vale na Europa, nas vizinhanças do Vaticano.
Por que os ateus são uma ameaça às novas denominações evangélicas? Porque as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas no modo capitalista. Regidas, portanto, pelas leis de mercado. Por isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não praticante.
Não consigo acreditar que o ateísmo ameace as igrejas evangélicas.
"Católico não praticante" é um absurdo, um absurdo simpático, vá lá, mas absurdo.
Os evangélicos acertaram ao exigir participação de seus crentes e de não permitir esse afastamento da religião. Este para mim é o ponto forte deles e o motivo deles estarem crescendo tanto; as Igrejas Evangélicas fornecem uma sensação de grupo. Eles dão um senso de “comunidade”, de vida em conjunto, o que nossa família e sociedade já não proporciona.
É o único motivo que consigo pensar para um jovem preferir passar o sábado na Igreja e só meter depois do casamento.