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Quando eu era criança tinha vergonha quando meus pais saiam para a Igreja com a Bíblia na mão. Meus colegas ficavam gritando "Jetro é Crente"... Havia vezes em que eu andava alguns metros atrás, na vã tentativa de talvez, pensarem que estava só. Pelo visto a coisa é bem diferente nos dias de hoje. Na verdade a "coisa" está sempre mudando. Piorando, ao meu ver.
Tenho uma leitura diferente deste caso da "Jornalista e o Taxista". Ela, dotada de cultura e ele de fé, mas ambos rasos de entendimento e foi este o maior problema. Da mesma forma que o ateu enfrenta situações desconfortáveis quando se declara ateu num país cristão, eu enfrento muita dificuldade em dizer coisas como "Não assisto a Rede Globo"; "Eu não como carne"; "Eu nunca minto"; "Não vejo graça no carnaval"; "Não tenho time de futebol"; E mais uma infinidade de "Absurdos" similares. Então, se a Jornalista tivesse o mínimo de bom senso, teria percebido que estava diante de uma pessoa sem cultura, que mal sabia escrever, inseguro de si, pulando de igreja em igreja. Quando ela se declarou "ateia" ao motorista, foi como se dissesse "a Barbie é um pedaço de plástico" a uma criança que brinca de boneca. Não se deve desmerecer o que o outro valoriza. A criança gritaria "Sua chata!" da mesma forma que o taxista retrucou "Deus me livre". Talvez seja um defeito meu, mas sempre, numa briga entre um culto e um ignorante, eu tomo as dores do mais fraco porque eu penso que quem sabe mais, deve mais.
Minha dica aos ateus, acerca dos crentes, é que devem evitar diálogos sobre assuntos religiosos com os de baixo nível cultural, toda vez que este possa ser notado sem muito esforço. Aliás, evitem qualquer forma de debate para não se frustrarem.
Eu sou Crente, e curto um bom debate, mas prefiro fazê-lo com ateus, porque a grande maioria dos crentes de hoje, parecem estar loucos. É realmente muito estranho o que está acontecendo.