Bullshit. Vivem tentando ser o que não conseguem, e querendo que outras pessoas sejam da mesma maneira, querem que todos vivam suas merdas de vida, e comunguem seus valores idiotas.
Curiosamente, eu leio quase todo dia esse mesmo tipo de julgamento de valor - mas ele vem de religiosos entusiastas incapazes de ver que não-teístas não são devassos hedonistas ou malucos deprimidos que comungam na "Catedral da Ciência" e lêem o Manifesto Comunista como se fosse sua Bíblia. Eu até consigo entender isso nele, porque somos uma minoria estranha e relativamente desconhecida. Agora, ver esse mesmo comportamento em não-teístas é ainda mais engraçado. Eu não sabia que existe uma métrica para mensurar se a vida de alguém é boa ou ruim.
Pior ainda, que viver tentando ser o que não se consegue é algo ruim. Até onde me lembro, salvo uma minoria extrema de niilistas e depressivos, quase toda pessoa tem um "eu idealizado" ou um "ideal ético maior" (seja utilitarista, deontologista, uma virtude ou algo/alguém a se dedicar) que tenta seguir.
Eu me pergunto se nos ateus que se chocam com isso não há um quê de escandalização por instintivamente ainda acharem a religião algo sagrado, mesmo após tê-la abandonado.
Ou simplesmente manifestam um "entusiasmo religioso" - só que na direção oposta. Vide o Adriano e seu "Ateísmo além do sentido semântico".