Autor Tópico: Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado  (Lida 6971 vezes)

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Offline Osler

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #50 Online: 28 de Junho de 2012, 19:04:48 »
Para enriquecer o debate, que como tem semre acontecido aqui no FCC vai se desviando para esquerda X direita

COluna da Miriam Leitão, a princípio de direita e por isso contra-revolucionária


No ponto certo

Na democracia, são indispensáveis o direito de defesa e o devido processo legal, mesmo nos julgamentos políticos. Isso faltou ao presidente Fernando Lugo. Se está escrito na Constituição que um ato sumaríssimo pode retirar o presidente do exercício do seu mandato, isso é sinal de imperfeição da democracia paraguaia. A região foi assolada demais por ditaduras para aceitar agressões aos valores democráticos.

O Brasil fez bem em demonstrar a gravidade do tema, desde o primeiro instante, através da reunião de emergência dos presidentes da América do Sul, do envio do chanceler Antonio Patriota, da convocação do embaixador, e ao ser a favor da suspensão do Mercosul e da Unasul.

Não há muito mais o que fazer. Mas isso é forte o suficiente para o Brasil deixar claro sua discordância com a maneira com que Lugo foi retirado do cargo. Impeachment existe em qualquer país, e os casos Nixon e Collor mostram isso. Em ambos, houve investigação, direito de defesa, e o processo legal foi respeitado. O fato de Collor ter sido absolvido pela Justiça tem a ver com as falhas da peça da Procuradoria Geral da República, mas os elementos de formação de culpa no processo no Congresso foram suficientemente robustos. Não há comparação possível entre os casos de impeachment no Brasil e no Paraguai.

Lugo não foi bom presidente, e já não tinha o mínimo apoio no Congresso, como se viu. Mas isso não torna legítimo o ato da sua deposição. O fato de ser um governo ruim não justifica que seja retirado do poder sem passar pelos trâmites normais. A democracia exige respeito aos seus pilares incontornáveis e aos seus rituais.

O governo Lula sempre defendeu os métodos de Hugo Chávez de, na aparente legalidade, desrespeitar as regras democráticas. Aos poucos, Chávez destruiu a independência dos poderes, solapou a liberdade de imprensa, revogou a alternância no poder. Foi reeleito várias vezes e pode até voltar a sê-lo, mas isso não torna democrático o seu governo. Ele usou a democracia contra a democracia. O fato de o governo brasileiro ter dado demonstrações públicas de concordância com os métodos de Chávez não é justificativa para se pedir a mesma leniência com o Paraguai.

No caso de Honduras, a diplomacia brasileira estava certa quando condenou imediatamente a deposição de Manuel Zelaya. Errou quando permitiu que a embaixada passasse a ser um centro de propaganda e articulação política do presidente deposto.

Um continente devastado por ditaduras, e que tem tido mais períodos autoritários do que de plenitude democrática, tem que ser rígido nesta questão. Por isso, a imediata condenação por parte do Brasil é a atitude correta. O fato de o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do Paraguai ter comunicado ontem que reconhece o governo como legítimo é tão bom quanto o subserviente Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela concordar com todas as barbaridades executadas pelo governo Chávez. O governo brasileiro usou dois pesos e duas medidas, mas errou com Chávez e acertou com o Paraguai. Um erro não justificaria outro erro. Já era hora de a diplomacia acertar o passo e não relativizar valores.

Os eleitores paraguaios já tinham encontro marcado com as urnas, em abril de 2013, para decidir ou não por trocar o comando político do país. A maneira serena como Lugo reagiu à deposição é correta. As armas estavam apontadas contra os populares que o apoiavam. Qualquer outra atitude poderia levar a um conflito com mortes. E todos sabem de que lado penderiam as vítimas: do lado que não estava armado.

A relação com o Paraguai é complexa, por isso, antes de falar em retaliação comercial é preciso olhar números e fatos. O Brasil tem superávit comercial. Em 2011, nosso saldo foi positivo em US$ 2,25 bilhões: exportamos US$ 2,96 bilhões e importamos US$ 715 milhões. Mas esse número não conta tudo.

A estatística do comércio bilateral não registra o fornecimento de energia, que é o mais relevante nos negócios entre os dois países. As exportações de energia para a Argentina e as importações da Venezuela entram na balança comercial. O argumento para o não registro é que Itaipu é uma empresa binacional. Argumento desprovido de razão, porque é uma binacional mas que tem divisão clara. Metade da energia é do Brasil, a outra metade é do Paraguai, mas o país vizinho tem que vender preferencialmente para o Brasil. E vende quase toda a energia que tem disponível porque consome pouco. Os dados da empresa, fornecidos ontem, foram que no ano passado o Brasil pagou US$ 268 milhões pela energia paraguaia.

O Paraguai é dramaticamente dependente da usina, e o Brasil depende da energia fornecida pelo Paraguai. Vem de Itaipu quase 20% de toda a energia elétrica consumida no país. Como o sistema é interligado, qualquer problema de fornecimento afetaria todo o Brasil. Os brasiguaios que garantem a produção agrícola do Paraguai estão eufóricos com a queda de Lugo porque temiam o movimento campesino.

O tema não é trivial. A atitude certa é a parcimônia no falar, a eloquência no gesto diplomático, e o cuidado nas reações na economia.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Fernando Silva

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #51 Online: 29 de Junho de 2012, 06:47:32 »
COluna da Miriam Leitão, a princípio de direita e por isso contra-revolucionária
Mais ou menos. Ela ficou presa junto com a Dilma na época da ditadura e sua posição é meio lá, meio cá.

As armas estavam apontadas contra os populares que o apoiavam.
Será? Ou será que 'populares' se refere aos invasores de terra?

Os brasiguaios que garantem a produção agrícola do Paraguai estão eufóricos com a queda de Lugo porque temiam o movimento campesino.
Exatamente. Agora que a terra está produzindo, aparecem os parasitas querendo invadí-la. Já estariam errados mesmo supondo-se, por absurdo, que tivessem capacidade para manter a produção.


No caso de Honduras, a diplomacia brasileira estava certa quando condenou imediatamente a deposição de Manuel Zelaya.
Estava errada. O erro, em Honduras, foi a expulsão do Zelaya do país. A deposição aconteceu de forma constitucional.
« Última modificação: 29 de Junho de 2012, 06:54:18 por Fernando Silva »

Skorpios

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #52 Online: 29 de Junho de 2012, 07:53:20 »
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Pressão internacional revive rancores da Guerra do Paraguai

Atualizado em  29 de junho, 2012 - 06:19 (Brasília) 09:19 GMT

   Grupo formado no Facebook alega ingerência na 'soberania do Paraguai'

O isolamento diplomático que Brasil, Uruguai e Argentina impuseram ao Paraguai em resposta ao impeachment relâmpago do presidente paraguaio Fernando Lugo, na última sexta-feira, reavivou ressentimentos históricos no país.

Ao declarar na terça-feira que os vizinhos armavam uma "nova Tríplice Aliança" contra a nação, em referência à união dos três durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), o representante paraguaio na Organização dos Estados Americanos (OEA), Hugo Saquier, foi apoiado pelos que consideraram a atitude do trio uma afronta à soberania paraguaia.

   
Eles dizem que a destituição de Lugo seguiu ditames legais e não deveria, portanto, ter motivado represálias dos vizinhos.

"Se quiserem formar outra Tríplice Aliança, que o façam. (…) Não será a primeira vez", disse Saquier, queixando-se do que avaliou como uma articulação entre os três para expulsar o Paraguai do Mercosul e da Unasul, sem dar chance de defesa.

Por ora, o trio já suspendeu o país da cúpula do Mercosul nesta sexta-feira, em Mendoza (Argentina). O Paraguai também foi impedido de participar de reunião da Unasul nas mesmas data e cidade, quando o bloco sul-americano anunciará sua posição sobre a crise paraguaia.
Mídia

Ao repercutir a fala, o ABC Color, maior jornal paraguaio, lançou uma enquete em seu site: "Acreditam que se formou outra Tríplice Aliança, como denunciou o embaixador paraguaio à OEA?". Até a noite desta quarta-feira, o "sim" vencia o "não" por 66% a 34%.

Artigos na imprensa paraguaia também evocaram a Guerra do Paraguai - que arrasou o país - ao comentar a reação dos países vizinhos ao impeachment de Lugo.

Colunista do La Nación, outro jornal de grande circulação, Enrique Vargas Peña escreveu que "os presidentes dos países que integraram a Tríplice Aliança se arrogam o direito de interpretar nossa própria Constituição, erigindo um poder tutelar sobre nosso Paraguai".

Discursos contra a "ingerência externa" no Paraguai também encontraram acolhida em duas comunidades recém-criadas no Facebook.

Ressentimento histórico remete à Guerra do Paraguai

O grupo "Paraguai soberano", com 23 mil membros, diz "não a um novo e nefasto pacto secreto contra o Paraguai". "Somos um povo livre e autodeterminado!". Com nome quase idêntico, a comunidade "Paraguai é soberano" tem 30 mil integrantes e pede que "se reconheça o presidente Federico Franco e se deixe de fazer pressão para confundir e perturbar nossa paz e soberania".

Embora se descrevam como espaços apartidários, ambos os grupos têm veiculado numerosas críticas a Lugo e seu governo. Uma mensagem publicada na noite de quarta-feira dizia: "Por fim se puseram de acordo para tirar este senhor (Lugo) que enganou o povo para receber seu voto!".
História

Para o analista político paraguaio José Carlos Rodríguez, o novo governo "faz uso provinciano e perverso da história" ao citar a Tríplice Aliança para criticar a postura dos países vizinhos.

"O discurso é muito útil ao governo, que usa um trauma coletivo para defender algo indefensável. Assim, fazem-se de vítimas e transferem a culpa aos outros."

Segundo ele, a posição adotada por Brasil, Argentina e Uruguai quanto ao impeachment de Lugo é equilibrada e visa responder ao "golpe de Estado que houve no Paraguai".

Em rodas de comerciantes e taxistas em Ciudad del Este (cidade paraguaia na fronteira com o Brasil), a BBC Brasil também ouviu mais elogios que críticas à postura do trio.

“Eles estão certos em não reconhecer este governo, que é ilegítimo”, diz o taxista Bernadet Benitez. Ele afirma que a Guerra do Paraguai “terminou faz muito tempo” e que, na região de fronteira, depende-se muito dos países vizinhos.

Para Alfredo Jimenez, que trabalha com o câmbio de moedas no agitado centro de Ciudad del Este, o conflito que opôs o Paraguai aos três vizinhos “é algo dos livros de história”.

“Minha geração não dá importância a isso”, diz Jimenez, de 21 anos.

Paraguaios se queixam de acordo sobre a utilização de Itaipu

Os semblantes desinteressados se transformam, no entanto, quando o nome "Itaipu" é citado na conversa. Segundo Jimenez, o acordo entre Brasil e Paraguai para a gestão da usina é desfavorável a seu país. "Pagamos mais caro pela energia aqui do que no Brasil", diz ele.

Desde o início da operação da usina, na década de 1980, o Brasil compra parte da energia a que o Paraguai tem direito e não usa. Durante o governo Lugo, houve uma renegociação dos valores, que passaram de US$ 120 milhões a US$ 360 milhões anuais.

Para Gonzales, porém, o repasse “continua baixo”. Ele diz ter lido um estudo segundo o qual um “acordo justo” permitiria distribuir R$ 1 mil para cada família paraguaia todos os meses.

Para reforçar o argumento, ele aponta, com ar sério, uma frase publicada diariamente na capa do diário ABC Color : “50% da energia de Itaipu pertence ao povo paraguaio”.

Fonte

Offline Diegojaf

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #53 Online: 29 de Junho de 2012, 08:20:37 »
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Para Gonzales, porém, o repasse “continua baixo”. Ele diz ter lido um estudo segundo o qual um “acordo justo” permitiria distribuir R$ 1 mil para cada família paraguaia todos os meses.

Típico pensamento de população terceiromundista. Queremos dinheiro de graça...

O Paraguai já tá enchendo o saco. Voto por fechar essa bagaça de imediato.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Skorpios

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #54 Online: 29 de Junho de 2012, 08:27:51 »
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Para Gonzales, porém, o repasse “continua baixo”. Ele diz ter lido um estudo segundo o qual um “acordo justo” permitiria distribuir R$ 1 mil para cada família paraguaia todos os meses.

Típico pensamento de população terceiromundista. Queremos dinheiro de graça...

O Paraguai já tá enchendo o saco. Voto por fechar essa bagaça de imediato.

Concordo. Vai você, o Pregador e meia duzia de colegas seus lá e termina com a festa deles... :biglol:

Offline Geotecton

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #55 Online: 29 de Junho de 2012, 09:06:05 »
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[...]
Para reforçar o argumento, ele aponta, com ar sério, uma frase publicada diariamente na capa do diário ABC Color : “50% da energia de Itaipu pertence ao povo paraguaio”.
[...]

Então que eles...

'Deixe pra lá'.
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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #56 Online: 29 de Junho de 2012, 10:42:59 »
Mais um golpe da CIA na América Latina
Messias Pontes *

Os governos progressistas, eleitos democraticamente na América Latina, têm incomodado até demais os Estados Unidos, pois seus governos perdem o controle sobre esses países.

A Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) ajudou a derrubar o presidente venezuelano Hugo Cháves, em 12 de abril de 2002, através de um golpe militar. Contudo dois dias depois o povo levou Cháves de volta ao Palácio Presidencial. O golpe foi desmascarado e desmascarado ficou mais uma vez o imperialista norte-americano.

Sete anos depois, mais precisamente em 28 de junho de 2009, foi a vez da derrubada, por um golpe militar, do presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, que foi deportado do País, mas voltou numa operação espetacular e exilou-se na Embaixada brasileira em Tegucigalpa. Nos dois casos, o governo dos Estados Unidos apressou-se em reconhecer os governos fantoches.

Em artigo neste espaço, logo após o golpe em Honduras, eu alertei para o Brasil botar a barba de molho, pois o imperialismo ianque iria tentar outras aventuras no continente latino-americano. Os governos do nosso continente, com raríssimas exceções, sempre foram capachos dos Estados Unidos, mas esse quadro começou a mudar na última década. Com a descoberta do pré-sal no Brasil, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os Estados Unidos reativaram a sua IV Frota Naval que passou a vigiar os mares da América do Sul. Daí a necessidade do aparelhamento da Marinha de Guerra do Brasil que os neoliberais tucanos sucatearam e os governos democráticos de Lula e de Dilma Rousseff a mantiveram sucateada.

Agora foi a vez da oligarquia latifundiária, das elites empresariais e sua mídia conservadora, venal e golpista, a serviço das transnacionais Monsanto e Cargill, com a ajuda da CIA, derrubar o governo democrático e popular do presidente Fernando Lugo, no Paraguai, no último dia 22 de junho. Num ato sumário, em menos de 30 horas o congresso paraguaio decretou o impeachment do presidente da República. Como nos casos da Venezuela e de Honduras, agora o governo norte-americano apressou-se em reconhecer o governo títere de Federico Franco, o mesmo fazendo o Vaticano, numa atitude mesquinha, pois Lugo, que era bispo da Igreja Católica, deixou a batina para se candidatar a presidente do seu país. Ele deixou a igreja mas não deixou a Teologia da Libertação que é condenada pela igreja conservadora e elitista.

A exemplo de Hugo Cháves e Manuel Zelaya, Fernando Lugo fazia um governo popular, adotando políticas sociais de inclusão com distribuição de renda para as camadas mais miseráveis da população. O ódio de classe das oligarquias é que impulsionou o Golpe de Estado nesses países. No Paraguai, 85% de toda terra está concentrada nas mãos de 2% de ricos latifundiários.
Um documento da Embaixada dos Estados Unidos vazado pelo WikiLeaks, em junho de 2008, afirma que “Lugo tem princípios populistas (não necessariamente incendiários). A reputação de honestidade lhe ajudou a ganhar, porém necessitará um pouco da ajuda do céu para exercer a Presidência “. Precisa dizer mais?

As forças comprometidas com o atraso no Brasil também aplaudiram o golpe de Estado contra o presidente Fernando Lugo. Foi vergonhosa a posição assumida por vários senadores, destacando-se Paulo Bauer (PSDB-SC), Casildo Maldaner (PMDB-SC) e Sérgio Souza (PMDB-SC). Contudo o que mais causou espanto foi a defesa do golpe feita pelo pedetista de Mato Grosso, Pedro Taques, ex-procurador da República e professor de Direito Constitucional. O que diria Leonel Brizola se vivo fosse? Certamente pediria a sua expulsão do PDT. Uma vergonha!

Está provado que no confronto do último dia 15, em Curuguaty, onde morreram 11 trabalhadores rurais sem terra e sete policiais, houve a participação ativa de franco-atiradores treinados pala CIA para assassinar o maior número possível e jogar a culpa do massacre nas costas de Fernando Lugo, e isto servir de pretexto para o seu impeachment. Esta é a verdade que a velha mídia conservadora, venal e golpista não divulga.

Porém os democratas sul-americanos estão a exigir a expulsão do Paraguai do Mercosul e da Unasul e o imediato ingresso da Venezuela no Mercado Comum Sul-Americano. O completo isolamento do Paraguai enquanto a normalidade constitucional não for restabelecida naquele país é o que exigem os democratas de todo o mundo, e em especial os da América Latina.

O governo brasileiro não deve ceder um milímetro sequer.

http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=4796&id_coluna=92
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Offline Geotecton

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #57 Online: 29 de Junho de 2012, 13:41:30 »
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[...]
A exemplo de Hugo Cháves e Manuel Zelaya, Fernando Lugo fazia um governo popular, adotando políticas sociais de inclusão com distribuição de renda para as camadas mais miseráveis da população. O ódio de classe das oligarquias é que impulsionou o Golpe de Estado nesses países. No Paraguai, 85% de toda terra está concentrada nas mãos de 2% de ricos latifundiários.
[...]

Quem estimula o ódio de classes não é a burguesia. Esta faz, no máximo, de tudo para se manter no topo.
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Offline Pregador

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #58 Online: 29 de Junho de 2012, 15:11:31 »
Começou...

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25/06/2012 - 22h43
Paraguai muda diretor de Itaipu ameaçando diminuir venda de energia
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DA EFE, EM ASSUNÇÃO

O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, nomeou nesta segunda-feira Franklin Anki Boccia como novo diretor-geral paraguaio da usina hidrelétrica de Itaipu, compartilhada com o Brasil. O evento da substituição foi de discurso patriótico, incluindo ameaças de diminuir a venda de energia para os brasileiros.

"Sem mais venda de energia elétrica, embora hoje nos traga divisas! Utilização plena de nossa energia aqui, gerando postos de trabalho!", exclamou o novo diretor-geral, alinhado com o discurso de Franco de que o Paraguai deve aproveitar mais seus recursos energéticos, em vez de cedê-los aos vizinhos.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1110513-paraguai-muda-diretor-de-itaipu-ameacando-diminuir-venda-de-energia.shtml

Como o governo brasileiro tem longo antecedente de ser bundão em decisões de países vizinhos que afetam nossos direitos, é de se prever que ele vai apenas contemporizar e assumir os prejuízos.

Eu fico extremamente irritado com a política externa brasileira que é uma piada. O mais ridículo é essa preocupação em "nao ser imperialista". O Paraguai se obrigou por meio de um tratado internacional. Se eles descumprirem, temos um motivo para autorizar uma intervenção contra o país, no caso, ocupar a usina, continuar mandando o dinheiro que eles tem direito pela venda e discutir os termos num tribunal. Enquanto isso, a usina continua ocupada. Simples assim.





Não acho que seja tão simples ocupar militarmente algo que seja de posse de outro país, ainda que nós sejamos sócios. Levaria séculos para os paraguaios esquecerem isso.

E nós não levaríamos séculos para esquecer eles se recusando a vender energia que se obrigaram por meio de um tratado, deixando milhões de pessoas e indústrias no escuro, sendo que, toda essa energia é excedente e seria desperdiçada????

Eles ainda não esqueceram a guerra do Paraguai, que eles próprios começaram, invadindo nosso território. Isso não é parâmetro.

Eles não se recusaram a vender, pediram renegociação do preço e da dívida. Mesmo porque não tem para quem vender e não tem como interromper o fornecimento a força.

Óbviamente me referi a ameaça nas entrelinhas feitas pelo novo "presidente" do Paraguai. E essa "renegociação" que ocorreu recentemente foi feita pelo governo Lula, nas verdade pelo próprio Lulla, que fez cortesia com o chapéu dos outros, para variar.

Uma proposta que valeria a pena era a de compra do território onde está a usina. Poderíamos oferecer em torno de 20 bilhões de dólares e fornecimento de energia para o Paraguai por 20 anos (respeitando alguma cota), para se livrar das ameaças deles.

Aprova no congresso aqui e no congresso de lá e compramos um pedacinhoinhoinho do território deles. Aliás, o incompetentíssimo governo militar do Brasil deveria ter feito isso quando construiu Itaipú, mas preferiu um acordo com o "companheiro Strossner".
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #59 Online: 29 de Junho de 2012, 15:28:34 »


Óbviamente me referi a ameaça nas entrelinhas feitas pelo novo "presidente" do Paraguai. E essa "renegociação" que ocorreu recentemente foi feita pelo governo Lula, nas verdade pelo próprio Lulla, que fez cortesia com o chapéu dos outros, para variar.

Uma proposta que valeria a pena era a de compra do território onde está a usina. Poderíamos oferecer em torno de 20 bilhões de dólares e fornecimento de energia para o Paraguai por 20 anos (respeitando alguma cota), para se livrar das ameaças deles.

Aprova no congresso aqui e no congresso de lá e compramos um pedacinhoinhoinho do território deles. Aliás, o incompetentíssimo governo militar do Brasil deveria ter feito isso quando construiu Itaipú, mas preferiu um acordo com o "companheiro Strossner".

Olha, sai muito mais barato e muito menos complicado pagar um pouco mais pela energia, do que tentar comprar um pedaço da fronteira, que envolveria sentimentos nacionalistas e afetaria a soberania daquele país, mesmo porque o Paraguai nunca foi uma ameaça pro Brasil, e o valor que o Brasil pagava pela energia era muito barato comparado ao valor que pagamos no atacado para as distribuidoras.

Offline Geotecton

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #60 Online: 29 de Junho de 2012, 15:31:14 »
Óbviamente me referi a ameaça nas entrelinhas feitas pelo novo "presidente" do Paraguai. E essa "renegociação" que ocorreu recentemente foi feita pelo governo Lula, nas verdade pelo próprio Lulla, que fez cortesia com o chapéu dos outros, para variar.

Uma proposta que valeria a pena era a de compra do território onde está a usina. Poderíamos oferecer em torno de 20 bilhões de dólares e fornecimento de energia para o Paraguai por 20 anos (respeitando alguma cota), para se livrar das ameaças deles.

Aprova no congresso aqui e no congresso de lá e compramos um pedacinhoinhoinho do território deles. Aliás, o incompetentíssimo governo militar do Brasil deveria ter feito isso quando construiu Itaipú, mas preferiu um acordo com o "companheiro Strossner".
Olha, sai muito mais barato e muito menos complicado pagar um pouco mais pela energia, do que tentar comprar um pedaço da fronteira, que envolveria sentimentos nacionalistas e afetaria a soberania daquele país, mesmo porque o Paraguai nunca foi uma ameaça pro Brasil,...

Concordo.


e o valor que o Brasil pagava pela energia era muito barato comparado ao valor que pagamos no atacado para as distribuidoras.

Bem, este era um problema do Paraguai que assinou um contrato.
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Offline Pregador

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #61 Online: 29 de Junho de 2012, 16:46:14 »


Óbviamente me referi a ameaça nas entrelinhas feitas pelo novo "presidente" do Paraguai. E essa "renegociação" que ocorreu recentemente foi feita pelo governo Lula, nas verdade pelo próprio Lulla, que fez cortesia com o chapéu dos outros, para variar.

Uma proposta que valeria a pena era a de compra do território onde está a usina. Poderíamos oferecer em torno de 20 bilhões de dólares e fornecimento de energia para o Paraguai por 20 anos (respeitando alguma cota), para se livrar das ameaças deles.

Aprova no congresso aqui e no congresso de lá e compramos um pedacinhoinhoinho do território deles. Aliás, o incompetentíssimo governo militar do Brasil deveria ter feito isso quando construiu Itaipú, mas preferiu um acordo com o "companheiro Strossner".

Olha, sai muito mais barato e muito menos complicado pagar um pouco mais pela energia, do que tentar comprar um pedaço da fronteira, que envolveria sentimentos nacionalistas e afetaria a soberania daquele país, mesmo porque o Paraguai nunca foi uma ameaça pro Brasil, e o valor que o Brasil pagava pela energia era muito barato comparado ao valor que pagamos no atacado para as distribuidoras.

Que sai mais barato é inegável, mas não ficar mais sob o jugo deste país altamente instável tem seu preço, que é alto.

Outra alternativa é tentar se desvincular da dependência de Itaipu em mais de 50%. A curto prazo, a única forma é construir centrais nucleares.
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Offline Hold the Door

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #62 Online: 29 de Junho de 2012, 17:46:43 »
Bem, mas agora que a Verônica Castiñeira vai se candidatar a presidência do Paraguai em 2013, esse país vai pra frente. :P
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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #63 Online: 29 de Junho de 2012, 21:30:59 »
Agora está muito divertido negócio. O Paraguai foi suspenso, e os outros países aproveitaram para incluir a Venezuela que o mesmo parlamento paraguaio que deu o golpe barrava a anos. Os colunistas da Veja tão espumando de raiva... :biglol:
« Última modificação: 29 de Junho de 2012, 21:33:18 por _Juca_ »

Offline TMAG

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #64 Online: 29 de Junho de 2012, 22:39:47 »
Agora está muito divertido negócio. O Paraguai foi suspenso, e os outros países aproveitaram para incluir a Venezuela que o mesmo parlamento paraguaio que deu o golpe barrava a anos. Os colunistas da Veja tão espumando de raiva... :biglol:

Sabe o que é mais engraçado? Uma zona de livre-comércio incluir um país governado por um regime que se intitula ''socialismo do século XXI''.
''O objetivo dos Governos é sempre o mesmo: limitar o indivíduo, domesticá-lo, subordiná-lo, subjugá-lo.'' - Max Stirner

Offline Geotecton

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #65 Online: 29 de Junho de 2012, 22:44:55 »
Agora está muito divertido negócio. O Paraguai foi suspenso, e os outros países aproveitaram para incluir a Venezuela que o mesmo parlamento paraguaio que deu o golpe barrava a anos. Os colunistas da Veja tão espumando de raiva... :biglol:
Sabe o que é mais engraçado? Uma zona de livre-comércio incluir um país governado por um regime que se intitula ''socialismo do século XXI''.

É contraditório.


Não. Espere um pouco.

É a América do Sul!!!!
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Offline FZapp

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #66 Online: 30 de Junho de 2012, 09:38:06 »
Deram o golpe no Paraguai :)

Enfim, mesmo assim a longo prazo é uma saída para a Venezuela, que não pode entrar no Alca e fica sem aliados comerciais. E para o Mercosul não deixa de ser uma muito necessária revitalização. Agora vai ser mais oba-oba, mas com a saída do Chávez (que já está em pauta) deve dar certo sim...
--
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Offline O Grande Capanga

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #67 Online: 30 de Junho de 2012, 11:15:20 »
Óbviamente me referi a ameaça nas entrelinhas feitas pelo novo "presidente" do Paraguai. E essa "renegociação" que ocorreu recentemente foi feita pelo governo Lula, nas verdade pelo próprio Lulla, que fez cortesia com o chapéu dos outros, para variar.

Uma proposta que valeria a pena era a de compra do território onde está a usina. Poderíamos oferecer em torno de 20 bilhões de dólares e fornecimento de energia para o Paraguai por 20 anos (respeitando alguma cota), para se livrar das ameaças deles.

Aprova no congresso aqui e no congresso de lá e compramos um pedacinhoinhoinho do território deles. Aliás, o incompetentíssimo governo militar do Brasil deveria ter feito isso quando construiu Itaipú, mas preferiu um acordo com o "companheiro Strossner".
Olha, sai muito mais barato e muito menos complicado pagar um pouco mais pela energia, do que tentar comprar um pedaço da fronteira, que envolveria sentimentos nacionalistas e afetaria a soberania daquele país, mesmo porque o Paraguai nunca foi uma ameaça pro Brasil,...

Concordo.


e o valor que o Brasil pagava pela energia era muito barato comparado ao valor que pagamos no atacado para as distribuidoras.

Bem, este era um problema do Paraguai que assinou um contrato.

E quanto o Paraguai gastou na construção da usina?

Offline Geotecton

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #68 Online: 30 de Junho de 2012, 11:19:22 »
Óbviamente me referi a ameaça nas entrelinhas feitas pelo novo "presidente" do Paraguai. E essa "renegociação" que ocorreu recentemente foi feita pelo governo Lula, nas verdade pelo próprio Lulla, que fez cortesia com o chapéu dos outros, para variar.

Uma proposta que valeria a pena era a de compra do território onde está a usina. Poderíamos oferecer em torno de 20 bilhões de dólares e fornecimento de energia para o Paraguai por 20 anos (respeitando alguma cota), para se livrar das ameaças deles.

Aprova no congresso aqui e no congresso de lá e compramos um pedacinhoinhoinho do território deles. Aliás, o incompetentíssimo governo militar do Brasil deveria ter feito isso quando construiu Itaipú, mas preferiu um acordo com o "companheiro Strossner".
Olha, sai muito mais barato e muito menos complicado pagar um pouco mais pela energia, do que tentar comprar um pedaço da fronteira, que envolveria sentimentos nacionalistas e afetaria a soberania daquele país, mesmo porque o Paraguai nunca foi uma ameaça pro Brasil,...
Concordo.


e o valor que o Brasil pagava pela energia era muito barato comparado ao valor que pagamos no atacado para as distribuidoras.
Bem, este era um problema do Paraguai que assinou um contrato.
E quanto o Paraguai gastou na construção da usina?

Pelo que eu me lembro, o Paraguai não colocou um centavo de dólar.
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Offline Fernando Silva

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #69 Online: 30 de Junho de 2012, 14:01:27 »
Citar
[...]
A exemplo de Hugo Cháves e Manuel Zelaya, Fernando Lugo fazia um governo popular, adotando políticas sociais de inclusão com distribuição de renda para as camadas mais miseráveis da população. O ódio de classe das oligarquias é que impulsionou o Golpe de Estado nesses países. No Paraguai, 85% de toda terra está concentrada nas mãos de 2% de ricos latifundiários.
[...]
Leia-se: "Lugo protegia movimentos terroristas como o MST de lá, que só se interessou pelas terras depois que elas passaram a produzir nas mãos dos brasileiros".

Pergunta: qual o problema de a terra estar concentrada nas mãos de poucos se ela está cumprindo seu papel de alimentar o país?

Terra não é para se distribuir, terra é para produzir. Deve ficar nas mãos de quem pode fazê-lo com a maior eficiência e não nas mãos dos 'coitadinhos'.

Offline Fernando Silva

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #70 Online: 30 de Junho de 2012, 14:04:57 »
Citar
Para Gonzales, porém, o repasse “continua baixo”. Ele diz ter lido um estudo segundo o qual um “acordo justo” permitiria distribuir R$ 1 mil para cada família paraguaia todos os meses.
O que é um 'acordo justo'? Qual seria um 'valor justo e suficiente'? Por que seria obrigação nossa (minha, por exemplo) sustentar os miseráveis paraguaios?

Offline _Juca_

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #71 Online: 30 de Junho de 2012, 14:41:15 »
Óbviamente me referi a ameaça nas entrelinhas feitas pelo novo "presidente" do Paraguai. E essa "renegociação" que ocorreu recentemente foi feita pelo governo Lula, nas verdade pelo próprio Lulla, que fez cortesia com o chapéu dos outros, para variar.

Uma proposta que valeria a pena era a de compra do território onde está a usina. Poderíamos oferecer em torno de 20 bilhões de dólares e fornecimento de energia para o Paraguai por 20 anos (respeitando alguma cota), para se livrar das ameaças deles.

Aprova no congresso aqui e no congresso de lá e compramos um pedacinhoinhoinho do território deles. Aliás, o incompetentíssimo governo militar do Brasil deveria ter feito isso quando construiu Itaipú, mas preferiu um acordo com o "companheiro Strossner".
Olha, sai muito mais barato e muito menos complicado pagar um pouco mais pela energia, do que tentar comprar um pedaço da fronteira, que envolveria sentimentos nacionalistas e afetaria a soberania daquele país, mesmo porque o Paraguai nunca foi uma ameaça pro Brasil,...
Concordo.


e o valor que o Brasil pagava pela energia era muito barato comparado ao valor que pagamos no atacado para as distribuidoras.
Bem, este era um problema do Paraguai que assinou um contrato.
E quanto o Paraguai gastou na construção da usina?

Pelo que eu me lembro, o Paraguai não colocou um centavo de dólar.


Não me lembro muito bem, mas nem o Brasil colocou muito dinheiro, veio tudo de financiamentos internacionais, dos quais o Brasil era o único garantidor. O que o Brasil fez foi reemprestar esse dinheiro para o Paraguai usá-lo diretamente na construção da usina. Acho que basicamente foi assim, me corrija se estiver errado. No acordo, a dívida de Itaipu seria quitada com o Brasil com a compra da energia excedente.

Offline Hold the Door

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #72 Online: 30 de Junho de 2012, 18:58:28 »
Não me lembro muito bem, mas nem o Brasil colocou muito dinheiro, veio tudo de financiamentos internacionais, dos quais o Brasil era o único garantidor. O que o Brasil fez foi reemprestar esse dinheiro para o Paraguai usá-lo diretamente na construção da usina. Acho que basicamente foi assim, me corrija se estiver errado. No acordo, a dívida de Itaipu seria quitada com o Brasil com a compra da energia excedente.

Ou seja, vender energia barato para o Brasil foi a forma combinada de o Paraguai pagar seu empréstimo. "Regociar o valor da energia" é só outra forma de dizer "dar um calote na dívida do Paraguai com o Brasil".
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Offline O Grande Capanga

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #73 Online: 30 de Junho de 2012, 19:27:38 »
Resumindo: o Brasil deu metade de Itaipu pro Paraguai.

Offline Derfel

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Re:Sem a presença de Lugo no Senado, seu impeachment começa a ser julgado
« Resposta #74 Online: 30 de Junho de 2012, 20:11:18 »
Existia um tempo para o paraguai ficar fornecendo energia abaixo do valor de mercado?

 

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