Se as pessoas lessem o livro que tanto pregam - a bíblia - mais gente atingiria esse tal ponto de ruptura.
mas jamais um robô sentiria amor ou ódio, ambição ou desprendimento material, et cetera.
Olha só, tudo isso, sentimentos, reações a estímulos de um modo geral, até onde pode ser investigado objetivamente, são o resultado de diversas interações físico químicas do aparato cognitivo humano, perfeitamente possíveis de serem reproduzidos em máquinas e emulados em softwares.
Não Sergio; isto de que sentimentos e manifestações da inteligência sejam produtos do sistema nervoso é no meu ponto de vista o ponto mais frágil de toda a argumentação cética. É tão óbvio que não pode ser assim, e ao mesmo tempo exige tanto malabarismo racional, tanta obscuridade científica para suportar tal convicção, que os argumentos de um lado e outro se desvanecem e nada alcançam. É claro que o sistema nervoso, neste caso, funciona como o hardware, o que, se assim for, conduziria a uma discussão interminável: existiria ou não no homem, algo além de células, nervos e ossos?
Quais seriam as obscuridades científicas de que sentimentos e emoções são meros produtos de nossa cognição? Inclusive é baseado nestas alegações que estuda-se por exemplo transtornos de personalidade e até mesmo psicopatia. Na maioria dos casos, são problemas que decorrem de áreas afetadas no cérebro. Não é atoa que substâncias químicas que afetam o sistema nervoso causam alterações emocionais.
Pelo fato de que a Ciência não vê atrativos motivadores em assuntos relacionados ao metapsiquismo, no que está certa, pois paralisaria todas as pesquisas e perderia a objetividade tentando encontrar o início das coisas ou, se de fato existe uma alma dentro de um corpo, mas por outro lado tais questões, inquietantes, sempre esperaram dela uma resposta. Isto não vai acontecer pois são áreas diferentes com métodos de abordagem estranhos a um e outro.
Acontece que, diante da questão: existe uma inteligência independente da matéria nos seres vivos, e ainda, diante dos avanços das neurociências, ela, a Ciência dá as respostas convenientes, contornando os meandros psicológicos e espirituais, em tese, mergulhando no labirinto da extrema complexidade neuro-encefálica. Explico:
Se uma criança, curiosa, perguntasse a um adulto como funciona um automóvel, ele explicaria a fonte de energia, o motor que impulsiona, a direção que movimenta as rodas, os sistemas que controlam a velocidade e que estacionam o veículo, etc.
O jovem ficaria encantado com toda a mecânica e tecnologia envolvidas que tornam a máquina segura, confortável e útil. Mas esqueceu de perguntar quem controla e faz tudo aquilo funcionar dando as respostas precisas em cada movimento.
Assim, sabemos quais as áreas do cérebro que se envolvem com as emoções, com a fala, a visão, o equilíbrio dos movimentos - (nervos da propriocepção) - etc.
Sem falar na complexa química do organismo com seus hormônios e enzimas variadas, regendo metabolismos, funções de reprodução, etc.
Mas existe uma função no cérebro que trata da integração dos impulsos nervosos (elétricos) transformando-os e modulando a
percepção. Não há como explicar isto e então, pragmaticamente, preferimos desconhecer como se dá,
embora saibamos onde se dá.Mesmo admitindo a existência de algo além da matéria que, através de automatismos específicos responderiam aos estímulos apropriados nos animais, restaria explicar a intima interação entre o ente abstrato -
Mente - e o hierarquizado sistema nervo/encefálico.
Por esta razão, drogas alteram ou controlam respostas emocionais:é que existe uma combinação de energias sutis formando uma interface responsiva de ambos os lados, tanto do órgão em questão quando do
psiquismo. Paras usarmos uma expressão mais clássica.