Autor Tópico: Os abusos da publicidade dirigida às crianças  (Lida 4969 vezes)

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Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Online: 22 de Outubro de 2012, 02:56:51 »
Baseado na discussão ocorrida em outro tópico, resolvi abrir esse

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Os abusos da publicidade dirigida às crianças

Suécia e Noruega baniram a publicidade voltada para crianças, e 28 países já impuseram restrições

 
Em plena semana da Criança – quando o comércio deve registrar nova alta nas vendas de brinquedos e outros produtos infantis – especialistas do Instituto Alana e da Aliança pela Infância reuniram-se no último dia 9 em São Paulo para discutir os prejuízos trazidos pela publicidade dirigida às crianças e a importância do resgate do brincar como estratégia de enfrentamento.
 
“Os pais conversam menos com os filhos do que a publicidade. Estudos mostram que a criança brasileira é a que mais assiste TV entre as de todos os países. Diante da TV a criança é estimulada a comprar o tempo todo”, alertou a pedagoga Roberta Capezzuto, integrante do Núcleo de Educação do Instituto Alana, organização que defende o desenvolvimento saudável da criança em todos os aspectos. "E é muito fácil vender para crianças porque elas acreditam em tudo o que se diz.”
 
Segundo ela, a situação é preocupante. Pesquisas mostram que 30 segundos de exposição a uma propaganda é suficiente para que a criança seja influenciada por uma marca. Isso é muito preocupante porque estimula um consumismo prejudicial à infância e seus familiares.
 
“Há prejuízos para o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças uma vez que elas deixam de brincar para ficar na frente da TV por horas seguidas.” O resultado imediato da combinação sedentarismo e consumo de alimentos anunciados – 80% deles são calóricos, conforme pesquisas – é a obesidade na infância. Dados do Ministério da Saúde mostram que 33% das crianças brasileiras estão com sobrepeso.
 
“Outro problema é a erotização precoce. Não é à toa que a primeira relação sexual aos 15 anos vem aumentando em todo o Brasil”, disse Roberta. Isso tudo sem contar o estresse familiar causado por chantagens dos filhos que, seduzidos pela publicidade, pressionam os pais para comprar os produtos anunciados durante a programação infantil, com linguagem acessiva e com apelos visuais. E o danos psicológicos são trazidos por comerciais que exibem a falsa ideia de famílias sempre perfeitas, quando na realidade todas as famílias enfrentam problemas em vários momentos. “Será justo culpar os pais pelo consumismo excessivo quando há uma indústria milionária por trás dessa pressão que vitimiza a criança?”, questionou.
 
"Existem iniciativas para restringir a publicidade destinada ao público infantil. Mas todas sofrem ataques dos meios de comunicação, que argumentam que essas propostas ferem a liberdade de expressão", disse o jornalista Alex Criado, da coordenação da Aliança pela Infância. "Essa defesa da liberdade de expressão, no entanto, esconde interesses escusos."
 
Entre eles está o Projeto de Lei 193/2008, do deputado Rui Falcão (PT), que está pronto para ir ao plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo. A proposta regulamenta a publicidade, no rádio e TV, de alimentos dirigida ao público infantil. O PL proíbe no estado a publicidade dirigida a crianças de alimentos e bebidas pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio entre as 6h e 21h. A proibição vale também para divulgação desses produtos em escolas públicas e privadas. A proposta veta ainda a participação de celebridades ou personagens infantis na comercialização e a inclusão de brindes promocionais, brinquedos ou itens colecionáveis associados à compra do produto. Já a publicidade durante o horário permitido deverá vir seguida de advertência pública sobre os males causados pela obesidade.
 
O projeto está de acordo com o que prevê o artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que proíbe qualquer publicidade enganosa ou abusiva que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência das crianças. Em 2010, o Instituto Alana denunciou ao Procon a rede Mc Donald's por vincular brinquedos às promoções de seus produtos. Conforme a denúncia, a associação de brinquedos com alimentos incentiva a formação de valores distorcidos, bem como a formação de hábitos alimentares prejudiciais à saúde.
 
Além de criação de leis para proteger as crianças dos efeitos nocivos da publicidade, Roberta defende a ação conjunta de famílias, escolas, movimentos sociais, ONGs, empresariado e o estado. Em sua apresentação, ela mostrou o filme Criança, a alma do négócio, que mostra depoimentos de crianças, pais, professores e especialistas sobre consumismo e a vulnerabilidade das crianças à propaganda. Produzido em 2008, o filme continua atual.
 
"Leis que defendem as crianças dos efeitos nocivos da publicidade existem, como a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o próprio Código de Defesa do Consumidor. Basta que sejam cumpridos", disse Roberta.
 
Em 28 países há restrição à publicidade voltada para crianças. Suécia e Noruega baniram a publicidade.
 
Brincadeiras de verdade
 
“O encurtamento da infância – as crianças estão deixando de brincar mais cedo e essa precocidade a transforma em consumidores – é uma questão que merece muita reflexão”, disse a educadora Adriana Friedmann, coordenadora da Aliança pela Infância. A entidade mantém 20 núcleos espalhados pelo país para pesquisar e disseminar a importância do brincar.
 
Segundo ela, consumo não combina com infância. "Quando uma criança pede um brinquedo, é porque está angustiada. É como se ela dissesse: olha pra mim. Elas não sabem, mas estão dizendo isso."
 
Para Adriana, estão faltando coisas simples e essenciais nos relacionamentos familiares, como o preparo de uma comida com afeto, mais tempo para o diálogo e brincadeiras. "Precisamos organizar nosso tempo, pegar a criança no colo, contar uma história, cantar uma música – isso é brincar também. Hoje em dia, o maior presente que podemos dar a uma criança é estar com ela por inteiro.”
 
Adriana lembrou que o brincar mais livre, sem brinquedos estruturados, com a criatividade do faz-de-conta era comum até os anos 1950, 1960. De lá para cá os brinquedos foram sendo introduzidos e hoje as crianças – e adultos – são cada vez mais dependentes de aparatos tecnológicos, os brinquedos atuais. “A nossa sociedade está doente, hipnotizada pela tecnologia. As pessoas estão o tempo todo desconectadas da realidade, da pessoa ao lado, daquilo que é essencial nas relações sadias, e fixadas em aparelhos como o celular. Compramos para nós e para nossos filhos”, lamentou.
 
Segundo Adriana, são muitas as questões para as quais não existem respostas prontas. “Precisamos olhar para dentro de nós mesmos, voltar à nossa infância, negociar com as crianças e dar a elas alternativas que ainda não conhecem, ensinar brincadeiras antigas e brincar mais com elas."

http://revistasamuel.uol.com.br/conteudo/view/20024/Os_abusos_da_publicidade_dirigida_as_criancas.shtml

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #1 Online: 22 de Outubro de 2012, 09:11:18 »
De todos esses casos, 99% devem ser de irresponsabilidade dos pais, não obstante, "publicidade" faz parte do conceito "aparelho ideológico de informação" conhecido há decadas, não vejo motivo de tanto alarde.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Fabrício

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #2 Online: 22 de Outubro de 2012, 09:44:20 »
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Os abusos da publicidade dirigida às crianças

Suécia e Noruega baniram a publicidade voltada para crianças, e 28 países já impuseram restrições

 
Em plena semana da Criança – quando o comércio deve registrar nova alta nas vendas de brinquedos e outros produtos infantis – especialistas do Instituto Alana e da Aliança pela Infância reuniram-se no último dia 9 em São Paulo para discutir os prejuízos trazidos pela publicidade dirigida às crianças e a importância do resgate do brincar como estratégia de enfrentamento.
 
“Os pais conversam menos com os filhos do que a publicidade. Estudos mostram que a criança brasileira é a que mais assiste TV entre as de todos os países. Diante da TV a criança é estimulada a comprar o tempo todo”, alertou a pedagoga Roberta Capezzuto, integrante do Núcleo de Educação do Instituto Alana, organização que defende o desenvolvimento saudável da criança em todos os aspectos. "E é muito fácil vender para crianças porque elas acreditam em tudo o que se diz.”
 
Segundo ela, a situação é preocupante. Pesquisas mostram que 30 segundos de exposição a uma propaganda é suficiente para que a criança seja influenciada por uma marca. Isso é muito preocupante porque estimula um consumismo prejudicial à infância e seus familiares.
 
“Há prejuízos para o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças uma vez que elas deixam de brincar para ficar na frente da TV por horas seguidas.” O resultado imediato da combinação sedentarismo e consumo de alimentos anunciados – 80% deles são calóricos, conforme pesquisas – é a obesidade na infância. Dados do Ministério da Saúde mostram que 33% das crianças brasileiras estão com sobrepeso.
 
“Outro problema é a erotização precoce. Não é à toa que a primeira relação sexual aos 15 anos vem aumentando em todo o Brasil”, disse Roberta. Isso tudo sem contar o estresse familiar causado por chantagens dos filhos que, seduzidos pela publicidade, pressionam os pais para comprar os produtos anunciados durante a programação infantil, com linguagem acessiva e com apelos visuais. E o danos psicológicos são trazidos por comerciais que exibem a falsa ideia de famílias sempre perfeitas, quando na realidade todas as famílias enfrentam problemas em vários momentos. “Será justo culpar os pais pelo consumismo excessivo quando há uma indústria milionária por trás dessa pressão que vitimiza a criança?”, questionou.
 
"Existem iniciativas para restringir a publicidade destinada ao público infantil. Mas todas sofrem ataques dos meios de comunicação, que argumentam que essas propostas ferem a liberdade de expressão", disse o jornalista Alex Criado, da coordenação da Aliança pela Infância. "Essa defesa da liberdade de expressão, no entanto, esconde interesses escusos."
 
Entre eles está o Projeto de Lei 193/2008, do deputado Rui Falcão (PT), que está pronto para ir ao plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo. A proposta regulamenta a publicidade, no rádio e TV, de alimentos dirigida ao público infantil. O PL proíbe no estado a publicidade dirigida a crianças de alimentos e bebidas pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio entre as 6h e 21h. A proibição vale também para divulgação desses produtos em escolas públicas e privadas. A proposta veta ainda a participação de celebridades ou personagens infantis na comercialização e a inclusão de brindes promocionais, brinquedos ou itens colecionáveis associados à compra do produto. Já a publicidade durante o horário permitido deverá vir seguida de advertência pública sobre os males causados pela obesidade.
 
O projeto está de acordo com o que prevê o artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que proíbe qualquer publicidade enganosa ou abusiva que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência das crianças. Em 2010, o Instituto Alana denunciou ao Procon a rede Mc Donald's por vincular brinquedos às promoções de seus produtos. Conforme a denúncia, a associação de brinquedos com alimentos incentiva a formação de valores distorcidos, bem como a formação de hábitos alimentares prejudiciais à saúde.
 
Além de criação de leis para proteger as crianças dos efeitos nocivos da publicidade, Roberta defende a ação conjunta de famílias, escolas, movimentos sociais, ONGs, empresariado e o estado. Em sua apresentação, ela mostrou o filme Criança, a alma do négócio, que mostra depoimentos de crianças, pais, professores e especialistas sobre consumismo e a vulnerabilidade das crianças à propaganda. Produzido em 2008, o filme continua atual.
 
"Leis que defendem as crianças dos efeitos nocivos da publicidade existem, como a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o próprio Código de Defesa do Consumidor. Basta que sejam cumpridos", disse Roberta.
 
Em 28 países há restrição à publicidade voltada para crianças. Suécia e Noruega baniram a publicidade.

Frescura.

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Brincadeiras de verdade
 
“O encurtamento da infância – as crianças estão deixando de brincar mais cedo e essa precocidade a transforma em consumidores – é uma questão que merece muita reflexão”, disse a educadora Adriana Friedmann, coordenadora da Aliança pela Infância. A entidade mantém 20 núcleos espalhados pelo país para pesquisar e disseminar a importância do brincar.
 
Segundo ela, consumo não combina com infância. "Quando uma criança pede um brinquedo, é porque está angustiada. É como se ela dissesse: olha pra mim. Elas não sabem, mas estão dizendo isso."
 
Para Adriana, estão faltando coisas simples e essenciais nos relacionamentos familiares, como o preparo de uma comida com afeto, mais tempo para o diálogo e brincadeiras. "Precisamos organizar nosso tempo, pegar a criança no colo, contar uma história, cantar uma música – isso é brincar também. Hoje em dia, o maior presente que podemos dar a uma criança é estar com ela por inteiro.”
 
Adriana lembrou que o brincar mais livre, sem brinquedos estruturados, com a criatividade do faz-de-conta era comum até os anos 1950, 1960. De lá para cá os brinquedos foram sendo introduzidos e hoje as crianças – e adultos – são cada vez mais dependentes de aparatos tecnológicos, os brinquedos atuais. “A nossa sociedade está doente, hipnotizada pela tecnologia. As pessoas estão o tempo todo desconectadas da realidade, da pessoa ao lado, daquilo que é essencial nas relações sadias, e fixadas em aparelhos como o celular. Compramos para nós e para nossos filhos”, lamentou.
 
Segundo Adriana, são muitas as questões para as quais não existem respostas prontas. “Precisamos olhar para dentro de nós mesmos, voltar à nossa infância, negociar com as crianças e dar a elas alternativas que ainda não conhecem, ensinar brincadeiras antigas e brincar mais com elas."

Mega frescura. E altamente discutível, me parece muito mais opinião e idéias pré concebidas, com forte resistência à mudança, do que fatos.

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Offline Luiz F.

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #3 Online: 22 de Outubro de 2012, 22:36:00 »
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[...]“Os pais conversam menos com os filhos do que a publicidade. Estudos mostram que a criança brasileira é a que mais assiste TV entre as de todos os países.[...]


Interessante. As pessoas são umas porcarias de pais, mas a culpa é da TV...

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[...]Segundo ela, consumo não combina com infância. "Quando uma criança pede um brinquedo, é porque está angustiada. É como se ela dissesse: olha pra mim. Elas não sabem, mas estão dizendo isso."[...]

 :stunned:

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[...]Adriana lembrou que o brincar mais livre, sem brinquedos estruturados, com a criatividade do faz-de-conta era comum até os anos 1950, 1960. De lá para cá os brinquedos foram sendo introduzidos e hoje as crianças – e adultos – são cada vez mais dependentes de aparatos tecnológicos, os brinquedos atuais. “A nossa sociedade está doente, hipnotizada pela tecnologia. As pessoas estão o tempo todo desconectadas da realidade, da pessoa ao lado, daquilo que é essencial nas relações sadias, e fixadas em aparelhos como o celular. Compramos para nós e para nossos filhos”, lamentou.[...]

Argumentum ad antiquitatem.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
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Offline Geotecton

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #4 Online: 23 de Outubro de 2012, 00:19:06 »
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[...]
O projeto está de acordo com o que prevê o artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que proíbe qualquer publicidade enganosa ou abusiva que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência das crianças. Em 2010, o Instituto Alana denunciou ao Procon a rede Mc Donald's por vincular brinquedos às promoções de seus produtos. Conforme a denúncia, a associação de brinquedos com alimentos incentiva a formação de valores distorcidos, bem como a formação de hábitos alimentares prejudiciais à saúde.
[...]

Será que tudo é realmente frescura e alarmismo com tons esquerdistas?

A parte em negrito é um fato, pois aquela rede estadunidense faz "venda casada" e atrai um público infantil enorme por causa dos brinquedos.

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Offline Barata Tenno

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #5 Online: 23 de Outubro de 2012, 06:00:47 »
Qual o problema de vincular brinquedo a comida?. E só vendem se os pais levarem os filhos.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Fabrício

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #6 Online: 23 de Outubro de 2012, 07:36:51 »
Crianças gostam de brinquedos, o MacDonald's precisa vender, vincula os brinquedos com seus sanduíches. Paraíso para as crianças  :lol:.

Mas é como o Barata falou, se os pais não concordam com isso, não levem os filhos ao MacDonald's.

Sempre que leio estas notícias fico com a impressão de que as crianças são pequenos ditadores que efetivamente mandam em seus pais. Todos seus desejos tem que ser imediatamente satisfeitos...

Não é de hoje que crianças pedem brinquedos o tempo todo. Se os pais atuais são bundões a ponto de não conseguir negar nada para os filhos, o problema é deles, não da publicidade.
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Offline Geotecton

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #7 Online: 23 de Outubro de 2012, 09:07:04 »
Crianças gostam de brinquedos, o MacDonald's precisa vender, vincula os brinquedos com seus sanduíches. Paraíso para as crianças  :lol:.

Se ele vincula, está cometendo um crime contra a ordem econômica chamado "venda casada".


Mas é como o Barata falou, se os pais não concordam com isso, não levem os filhos ao MacDonald's.

Concordo.


Sempre que leio estas notícias fico com a impressão de que as crianças são pequenos ditadores que efetivamente mandam em seus pais. Todos seus desejos tem que ser imediatamente satisfeitos...

Em muitos lares é exatamente o que acontece, especialmente por falta de habilidade e ou rigidez disciplinar dos pais.


Não é de hoje que crianças pedem brinquedos o tempo todo. Se os pais atuais são bundões a ponto de não conseguir negar nada para os filhos, o problema é deles, não da publicidade.

Aí é o único ponto em que discordo levemente. Não é uma questão de "não conseguir negar nada para os filhos" porque isto acontece sempre, em diferentes graus. O ponto principal é que, no vácuo de poder familiar, foi criado um mercado consumidor por parte das empresas para um segmento constituído por crianças que são destituídas de capacidade de análise crítica e ávidas por novidades.

Então se por um lado eu concordo que o principal motivo do problema é uma deficiência dos pais, do outro lado está um segmento que está "cagando e andando" para as crianças, se importando apenas com o seu lucro.
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Offline Price

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #8 Online: 23 de Outubro de 2012, 09:16:01 »
Crianças gostam de brinquedos, o MacDonald's precisa vender, vincula os brinquedos com seus sanduíches. Paraíso para as crianças  :lol:.

Se ele vincula, está cometendo um crime contra a ordem econômica chamado "venda casada".

Não há obrigação em comprar o brinquedo para comprar o alimento, e nem o inverso, visto que o brinquedo pode ser vendido à parte, logo, o brinquedo pode ser dispensado sem prejuízo, doravante a negociação não tira o direito de escolha do consumidor nem o poder de barganha. Não se configura venda casada.
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Offline JohnnyRivers

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #9 Online: 23 de Outubro de 2012, 09:20:56 »
Não é de hoje que crianças pedem brinquedos o tempo todo. Se os pais atuais são bundões a ponto de não conseguir negar nada para os filhos, o problema é deles, não da publicidade.

Aí é o único ponto em que discordo levemente. Não é uma questão de "não conseguir negar nada para os filhos" porque isto acontece sempre, em diferentes graus. O ponto principal é que, no vácuo de poder familiar, foi criado um mercado consumidor por parte das empresas para um segmento constituído por crianças que são destituídas de capacidade de análise crítica e ávidas por novidades.

Então se por um lado eu concordo que o principal motivo do problema é uma deficiência dos pais, do outro lado está um segmento que está "cagando e andando" para as crianças, se importando apenas com o seu lucro.

Não tem nenhum destes problemas com filhos de pobres honestos. Só vai ter qualquer coisa no 13º do pai, e se tiver um 13º.  :lol:

My childhood :(
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Offline JohnnyRivers

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #10 Online: 23 de Outubro de 2012, 09:37:22 »
Crianças gostam de brinquedos, o MacDonald's precisa vender, vincula os brinquedos com seus sanduíches. Paraíso para as crianças  :lol:.

Se ele vincula, está cometendo um crime contra a ordem econômica chamado "venda casada".

Não há obrigação em comprar o brinquedo para comprar o alimento, e nem o inverso, visto que o brinquedo pode ser vendido à parte, logo, o brinquedo pode ser dispensado sem prejuízo, doravante a negociação não tira o direito de escolha do consumidor nem o poder de barganha. Não se configura venda casada.

Teoria: Só para não se complicar com a justiça.
Prática: Mas quem é o pai cruel e sovina que vai comprar sem o brinquedo e iludir a pobre criança?
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Offline Osler

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #11 Online: 23 de Outubro de 2012, 09:48:36 »
O brinquedo do Maclanche feliz pode ser vendido a parte?
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #12 Online: 23 de Outubro de 2012, 09:55:56 »
O brinquedo do Maclanche feliz pode ser vendido a parte?

Sim, desde quando o Ministério Público determinou a proibição - em 2006 se não me engano - o McDonalds passou a vender o brinquedo separadamente.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Pasteur

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #13 Online: 23 de Outubro de 2012, 10:00:21 »


Teoria: Só para não se complicar com a justiça.
Prática: Mas quem é o pai cruel e sovina que vai comprar sem o brinquedo e iludir a pobre criança?

Isso é um fato!

Offline Osler

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #14 Online: 23 de Outubro de 2012, 10:49:03 »
O brinquedo do Maclanche feliz pode ser vendido a parte?

Sim, desde quando o Ministério Público determinou a proibição - em 2006 se não me engano - o McDonalds passou a vender o brinquedo separadamente.
Aff, comprei um outro dia só pela bolsinha do Hello Kitty  :vergonha:
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline _Juca_

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #15 Online: 23 de Outubro de 2012, 11:09:09 »
Qual o problema de vincular brinquedo a comida?. E só vendem se os pais levarem os filhos.

Claro, é só nunca levar seu filho ao Shopping, e se levar, ao passar em frente ao McDonald´s, é só negar veementemente, não importando se ele entende ou não o fato de você negar algo tão simples na mente dele, pode também não deixar ele assistir TV. Hmmm, peraí, tem os amiguinhos na escola... Vou ter que tirar ele da escola, também... :?

Offline Price

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #16 Online: 23 de Outubro de 2012, 11:15:05 »
O brinquedo do Maclanche feliz pode ser vendido a parte?

Sim, desde quando o Ministério Público determinou a proibição - em 2006 se não me engano - o McDonalds passou a vender o brinquedo separadamente.
Aff, comprei um outro dia só pela bolsinha do Hello Kitty  :vergonha:

Que pop. :lol:
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Offline Laura

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #17 Online: 23 de Outubro de 2012, 11:46:05 »
O brinquedo do Maclanche feliz pode ser vendido a parte?

Sim, desde quando o Ministério Público determinou a proibição - em 2006 se não me engano - o McDonalds passou a vender o brinquedo separadamente.

Sim, foi nessa época. Trabalhava com a conta da Pepsico (Elma Chips) e tínhamos que pensar em estratégias para continuar a vender os salgadinhos voltados para o público infantil que só vendiam por causa das figurinhas e tazos, que foram proibidos, por ir dentro dos pacotes.

Resultado: o Doritos Sweet Chili, que atinge um público maior, abrangendo adolescentes e adultos, não teve muita aprovação das crianças nas pesquisas em relação ao sabor e seria uma edição limitada, para testar a estratégia com os brindes de realidade aumentada. Deu tão certo que o sabor está no mercado até hoje e vende muito. E, sim, foi por causa dos bonequinhos doritos lovers.
 
 

Offline JohnnyRivers

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #18 Online: 23 de Outubro de 2012, 12:03:01 »
Tazos (Looney Tooneys, Tiny toon, Pokemon), Cards Pokemon e Figurinhas de Digimon, Pokemon, Cavaleiros do Zodiaco e aquela de automoveis esportivos eram febres unânimes durante a época minha infância. Agora vejo o qto eramos alienados. (E se eu voltasse no tempo, me alienaria de novo  :lol:). Qdo vinham os repetidos: Ou recorriamos as negociações no pátio da escola (que eram mais intensas do que a Bolsa de Valores), ou pediamos dinheiro pros pais, tios, avós, primos de 2º grau , etc. para poder comprar mais.

Edit: Dei uma leve corrigida no português lamentável que apresentei.
« Última modificação: 23 de Outubro de 2012, 12:14:34 por JohnnyRivers »
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Offline Laura

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #19 Online: 23 de Outubro de 2012, 12:11:18 »
Tazos (Looney Tooneys, Tiny toon, Pokemon), Cards Pokemon e Figurinhas de Digimon, Pokemon, Cavaleiros do Zodiaco e aquela de automoveis esportivos eram febres unânimes durante a época minha infância. Agora vejo o qto eramos alienados. (E se eu voltasse no tempo, me alienaria de novo  :lol:). Qdo vinha repetidos: Ou recorriamos as mercado negciaçãoes no pátio da escola (que eram mais intensas do que a Bolsa de Valores), ou pediamos dinheiro pros pais, tios, avós, primos de 2º grau , etc. para poder comprar mais.

É Johnny, quando foram proibidos, foi uma correria, porque as vendas despencaram. As crianças adoravam esses brindes que foram substituídos pelos brindes virtuais. Mas não é mais a mesma coisa, porque as crianças querem a recompensa imediata. Se a criança estiver na rua, na escola ou até mesmo se não tiver um computador em casa, ela não se sente tão estimulada a comprar o salgadinho, além de não poderem exibir mais aquela pilha gigante de tazos, de não poderem fazer essa troca no recreio, que era a maior emoção gerada por esses brindes. O salgadinho em si era totalmente secundário.

Offline Osler

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #20 Online: 23 de Outubro de 2012, 12:15:21 »
O brinquedo do Maclanche feliz pode ser vendido a parte?

Sim, desde quando o Ministério Público determinou a proibição - em 2006 se não me engano - o McDonalds passou a vender o brinquedo separadamente.
Aff, comprei um outro dia só pela bolsinha do Hello Kitty  :vergonha:

Que pop. :lol:
Pior que minha filha nem pediu, eu que olhei a propaganda e achei que ela ia gostar
Tazos (Looney Tooneys, Tiny toon, Pokemon), Cards Pokemon e Figurinhas de Digimon, Pokemon, Cavaleiros do Zodiaco e aquela de automoveis esportivos eram febres unânimes durante a época minha infância. Agora vejo o qto eramos alienados. (E se eu voltasse no tempo, me alienaria de novo  :lol:). Qdo vinham os repetidos: Ou recorriamos as negociações no pátio da escola (que eram mais intensas do que a Bolsa de Valores), ou pediamos dinheiro pros pais, tios, avós, primos de 2º grau , etc. para poder comprar mais.

Edit: Dei uma leve corrigida no português lamentável que apresentei.
Na minha época era Futebol Cards, que vinah com chiclete ping-pong...
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Price

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #21 Online: 23 de Outubro de 2012, 12:20:57 »
Tazos (Looney Tooneys, Tiny toon, Pokemon), Cards Pokemon e Figurinhas de Digimon, Pokemon, Cavaleiros do Zodiaco e aquela de automoveis esportivos eram febres unânimes durante a época minha infância. Agora vejo o qto eramos alienados. (E se eu voltasse no tempo, me alienaria de novo  :lol:). Qdo vinha repetidos: Ou recorriamos as mercado negciaçãoes no pátio da escola (que eram mais intensas do que a Bolsa de Valores), ou pediamos dinheiro pros pais, tios, avós, primos de 2º grau , etc. para poder comprar mais.

É Johnny, quando foram proibidos, foi uma correria, porque as vendas despencaram. As crianças adoravam esses brindes que foram substituídos pelos brindes virtuais. Mas não é mais a mesma coisa, porque as crianças querem a recompensa imediata. Se a criança estiver na rua, na escola ou até mesmo se não tiver um computador em casa, ela não se sente tão estimulada a comprar o salgadinho, além de não poderem exibir mais aquela pilha gigante de tazos, de não poderem fazer essa troca no recreio, que era a maior emoção gerada por esses brindes. O salgadinho em si era totalmente secundário.
Chupa Marx, o capitalismo já aflora na infância. :lol:
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline JohnnyRivers

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #22 Online: 23 de Outubro de 2012, 12:22:53 »
E ia além disso, estes artefatos serviam como moeda interna: Compra de colas na prova e lição de casa, copiar matérias da lousa, os mais fraquinhos pagarem os mais fortinhos pela proteção (e que faziam verdadeiras milicias), organização de competições no recreio e na aula de professores substitutos, tinha grupos que roubavam os dos distraídos depois vendiam/trocavam com outros, etc.... Tinha toda experiência prática de mercado de ações (que variava de acordo com o numero de repetidas) e mercado negro (submundo do crime).  Era educativo.  :biglol:
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Offline Laura

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #23 Online: 23 de Outubro de 2012, 12:28:34 »
Chupa Marx, o capitalismo já aflora na infância. :lol:

 :lol:

Totalmente e com ferocidade ímpar.

Offline Barata Tenno

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Re:Os abusos da publicidade dirigida às crianças
« Resposta #24 Online: 23 de Outubro de 2012, 12:57:18 »
Qual o problema de vincular brinquedo a comida?. E só vendem se os pais levarem os filhos.

Claro, é só nunca levar seu filho ao Shopping, e se levar, ao passar em frente ao McDonald´s, é só negar veementemente, não importando se ele entende ou não o fato de você negar algo tão simples na mente dele, pode também não deixar ele assistir TV. Hmmm, peraí, tem os amiguinhos na escola... Vou ter que tirar ele da escola, também... :?

Se não consegue negar coisas que fazem "mal" ao seu filho, não tenha filhos.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

 

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