Autor Tópico: O trambique de viver de rendas  (Lida 6017 vezes)

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Skorpios

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Re:O trambique de viver de rendas
« Resposta #75 Online: 07 de Novembro de 2012, 09:38:07 »

E a barriga tanquinho? Já tentou Skorpios?

Já.

Offline LaraAS

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Re:O trambique de viver de rendas
« Resposta #76 Online: 07 de Novembro de 2012, 09:47:42 »
               Para Cavecanem:

       Como eu já disse, Marx estava apenas se referindo ao trabalho de estilo o assalariado industrial do século XIX em que além de não fazer o produto inteiro ainda trabalhava de 12 a 16 horas por dia (dependendo do lugar), mas em se tratando de trabalho criativo como o de um engenheiro ou pelo menos de um artesão que começa e termina o seu produto fazendo todas as fazes dele e trabalhando só umas 10 horas por dia, ele julgava que era essencial para a pessoa SER UM SER HUMANO, sem isso para ele não há ser-humano no caso em que seja voluntária essa ausência de trabalho, então para ele um rentista voluntario abandonou a sua humanidade.
       Aliais ele nem sequer era contra o trabalho infantil em si. No seu programa (não-tecnico, só um elenco de desejos mágicos e confiando na força física para fazer mágicas e milagres) do manifesto comunista, sobre o trabalho infantil a única coisa que ele escreveu foi "modificação da FORMA ATUAL de trabalho infantil", quer dizer, que continuaria a haver trabalho infantil só se modificaria a forma dele.
       Por outro lado, era um bulshitt de dublethinking, ele fazer essas considerações humanísticas, porque em outras partes de sua obra (mesmo escritas bem perto uma da outra e sem se retratar da original) ele dizia que o único motivo de ser contra essas coisas era que não era mais funcional, pois na época em que era funcional, era necessário e não era para ser "moralista" quanto a isso.
       E o que mostrava se não era mais necessário ou se ainda era necessário, era simplesmente a vitória física da revolução proletária (depois ele comentou que foi o que ele julgava uma violência insuficiente da comuna de Paris que levou à sua derrota, comuna de Paris, aliais que queria impor para o resto da França coisas que a maioria da população da França  de fora de Paris não queria), enfim para ele, era a violência física que mostrava se uma coisa era ou não necessária, e não qualquer programa técnico, não qualquer experiencia gradual técnica coisa que ele chamava de "utópica", sendo que pensar que lá por 1920, se a Comuna de Paris tivesse ganhado, não haveria mais necessidade de Estado na França e todos ganhariam o mesmo na França, não era utópico segundo ele....
       
« Última modificação: 07 de Novembro de 2012, 12:00:23 por LaraAS »

Offline Pasteur

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Re:O trambique de viver de rendas
« Resposta #77 Online: 07 de Novembro de 2012, 09:56:33 »
As bolsas de valores pelo mundo estão reagindo bem à reeleição de Obama.

EDIT: apenas as que já fecharam. As que abriram estão caindo. Dow Jones acho que não abriu...
« Última modificação: 07 de Novembro de 2012, 11:28:52 por Pasteur »

Offline LaraAS

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Re:O trambique de viver de rendas
« Resposta #78 Online: 07 de Novembro de 2012, 12:13:29 »
               Para Cavecanem:

       Como eu já disse, Marx estava apenas se referindo ao trabalho de estilo o assalariado industrial do século XIX em que além de não fazer o produto inteiro ainda trabalhava de 12 a 16 horas por dia (dependendo do lugar), mas em se tratando de trabalho criativo como o de um engenheiro ou pelo menos de um artesão que começa e termina o seu produto fazendo todas as fazes dele e trabalhando só umas 10 horas por dia, ele julgava que era essencial para a pessoa SER UM SER HUMANO, sem isso para ele não há ser-humano no caso em que seja voluntária essa ausência de trabalho, então para ele um rentista voluntario abandonou a sua humanidade.
       Aliais ele nem sequer era contra o trabalho infantil em si. No seu programa (não-tecnico, só um elenco de desejos mágicos e confiando na força física para fazer mágicas e milagres) do manifesto comunista, sobre o trabalho infantil a única coisa que ele escreveu foi "modificação da FORMA ATUAL de trabalho infantil", quer dizer, que continuaria a haver trabalho infantil só se modificaria a forma dele.
       Por outro lado, era um bulshitt de dublethinking, ele fazer essas considerações humanísticas, porque em outras partes de sua obra (mesmo escritas bem perto uma da outra e sem se retratar da original) ele dizia que o único motivo de ser contra essas coisas era que não era mais funcional, pois na época em que era funcional, era necessário e não era para ser "moralista" quanto a isso.
       E o que mostrava se não era mais necessário ou se ainda era necessário, era simplesmente a vitória física da revolução proletária (depois ele comentou que foi o que ele julgava uma violência insuficiente da comuna de Paris que levou à sua derrota, comuna de Paris, aliais que queria impor para o resto da França coisas que a maioria da população da França  de fora de Paris não queria), enfim para ele, era a violência física que mostrava se uma coisa era ou não necessária, e não qualquer programa técnico, não qualquer experiencia gradual técnica coisa que ele chamava de "utópica", sendo que pensar que lá por 1920, se a Comuna de Paris tivesse ganhado, não haveria mais necessidade de Estado na França e todos ganhariam o mesmo na França, não era utópico segundo ele....
     

           Um dos equívocos que levou a esses pensamentos, foi a falsa analogia entre a tomada de poder pela burguesia tomando o lugar nobreza com uma eventual tomada do poder do proletariado tomando o lugar da burguesia.
           No caso do primeiro a burguesia já tinha o poder econômico antes, só não tinha o poder político, não havia nenhuma questão técnica nisso. Os privilégios da nobreza, de ausência de impostos e a existência de cargos preferenciais para a nobreza assim como as proteções especiais  para evitar ou dificultar a falência para as fazendas dos nobres em meados do século XVIII, eram só penduricalhos, sem relação nenhuma com problemas técnicos, retirá-las.
           Já no caso dos que Marx julgava que eram privilégios burgueses na segunda metade do século XIX eram (como ainda são) coisas intrinsecamente ligadas a questões técnicas pois o proletariado não tem o poder econômico, e se se quiser argumentar que os administradores de empresas e engenheiros já o tem, então, em primeiro lugar, se está argumentando, reconhecendo mesmo, que a revolução pós-burguesa é só mais uma mudança de classe dominante, e em segundo lugar, isso é admitir que a revolução pós-burguesa, só vai criar uma imensa fábrica, todo um país sendo uma fábrica, o mundo inteiro sendo uma fabrica, ou sendo uma mistura de fabrica com um centro burocratizado de distribuição de produtos. Sendo a vida inteira o equivalente ao horário de trabalho numa empresa.
          E além disso, com uma primeira fase mais violenta do que a média das insurreições, pois a falta de programa técnico, mais a política de quanto pior melhor na oposição anterior para preparar a revolução pós-burguesa, torna a situação econômica e social pior do que a média, pior do que antes depois da revolução e para não admitir que era demagogia a agitação anterior, é preciso buscar bodes expiatórios e a cada mudança de tentativas de programas técnicos feitos a toque de caixa, precipitadamente e só depois da revolução, tendo que buscar sempre novos bodes expiatórios a cada mudança de política econômica.
« Última modificação: 07 de Novembro de 2012, 21:53:23 por LaraAS »

Offline LaraAS

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Re:O trambique de viver de rendas
« Resposta #79 Online: 07 de Novembro de 2012, 12:27:43 »
              No entanto não foram os administradores de empresas e os engenheiros os culpados pelas atrocidades comunistas, eles inclusive estavam contra a revolução no começo (o que não quer dizer, evidentemente que seja verdade a teoria de sabotagem) e também eles é que tentavam depois criar os programas técnicos mais razoáveis e no caso da minoria mais de esquerdona ja antes entre eles, que embora minoritária também existia, eles já estavam tentando criar programas técnicos antes da revolução proletária (e sendo chamados de utópicos ou de reacionários pelos de esquerdona de profissões só teóricas por isso).
              Os principais culpados pelas atrocidades comunistas, os que realmente faziam as mudanças bruscas de políticas, por motivos ideológicos justamente SEM OUVIR as previsões dos administradores de empresas e engenheiros eram os das profissões só teóricas, eram os de profissões "não-comerciais" "críticas", que além de além de não ouvir os administradores de empresas e os engenheiros nesses casos nos regimes comunistas, depois ainda os pegavam de bodes expiatórios quando evidentemente dava errado.
              Tanto é que quando os administradores de empresas e engenheiros realmente passaram a mandar na URSS a partir de cerca de 1953 ou 1956, o regime se atenuou e humanizou enormemente.

 

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