Tópico: O trambique de viver de rendas

[cavecanem]

Bela expressão. Isso me lembra os 5 dias que frequentei a Associação de Poker. O meu lucro lá equivaleu de 15 a 18 dias de meu trabalho 
E essa sua pratica deveria estar difundida no país há anos. Infelizmente, poucas pessoas pensam desta maneira 

Acho que no Brasil alguns valores cristãos como valorização da pobreza e alguns aforismos muito difundidos de cunho marxista como "o trabalho dignifica o homem", ajudam a incutir na população essa demonização da riqueza, especialmente dos ganhos que não venham diretamente do trabalho. Acho estranho como muitas vezes até valores de salários, gastos em bens de consumo e patrimônios são tabus, assuntos que não devem ser comentados porque podem até mesmo ofender as pessoas, que não raro se sentem pessoalmente agredidas com o sucesso financeiro de alguém. Enfim, nunca parei para pensar profundamente sobre isso, mas no geral não acho a relação das pessoas com dinheiro muito saudável.

O fato é que existem muitos meios de se conquistar dinheiro, não é preciso, necessariamente, se escravizar trabalhando loucamente. Para mim, é só uma fonte de liberdade com conforto e, desde que não seja adquirido com nenhuma atividade ilegal, independente da forma com que foi ganho ou da quantia, não interfere na moralidade de ninguém.

O trecho em negrito não tem origem no pensamento de Marx, mas sim nas ponderações weberianas acerca da relação entre a ética protestante e o capitalismo. Na verdade, esse tipo de pensamento destoa sobremaneira de Marx e de outros pensadores que se identificam com ele. Brecht, por exemplo, zomba dessas noções, a que chama de "ideologia caipira".

[Laura]

Bela expressão. Isso me lembra os 5 dias que frequentei a Associação de Poker. O meu lucro lá equivaleu de 15 a 18 dias de meu trabalho 
E essa sua pratica deveria estar difundida no país há anos. Infelizmente, poucas pessoas pensam desta maneira 

Acho que no Brasil alguns valores cristãos como valorização da pobreza e alguns aforismos muito difundidos de cunho marxista como "o trabalho dignifica o homem", ajudam a incutir na população essa demonização da riqueza, especialmente dos ganhos que não venham diretamente do trabalho. Acho estranho como muitas vezes até valores de salários, gastos em bens de consumo e patrimônios são tabus, assuntos que não devem ser comentados porque podem até mesmo ofender as pessoas, que não raro se sentem pessoalmente agredidas com o sucesso financeiro de alguém. Enfim, nunca parei para pensar profundamente sobre isso, mas no geral não acho a relação das pessoas com dinheiro muito saudável.

O fato é que existem muitos meios de se conquistar dinheiro, não é preciso, necessariamente, se escravizar trabalhando loucamente. Para mim, é só uma fonte de liberdade com conforto e, desde que não seja adquirido com nenhuma atividade ilegal, independente da forma com que foi ganho ou da quantia, não interfere na moralidade de ninguém.

O trecho em negrito não tem origem no pensamento de Marx, mas sim nas ponderações weberianas acerca da relação entre a ética protestante e o capitalismo. Na verdade, esse tipo de pensamento destoa sobremaneira de Marx e de outros pensadores que se identificam com ele. Brecht, por exemplo, zomba dessas noções, a que chama de "ideologia caipira".

Cavecanem, classifiquei o cunho (mais no sentido de ligação com do que de origem) do aforismo de marxista apenas para ilustrar a conotação da frase para uma grande massa populacional. Eu, pelo menos, já ouvi e li muitos argumentos contra ou a favor da ideia geral da frase relacionando-a de alguma forma às ideias marxistas. De qualquer forma, acho que para a parcela populacional a qual me refiro os valores cristãos tenham um peso muito maior do que qualquer pensamento de Marx.   

[LaraAS]

        Bom, mas pelo menos em certas partes de sua obra (Marx era muito contraditório, escrevendo coisas contrárias em varias partes de sua obra, mesmo nas escritas no mesmo ano por exemplo) Marx dizia que sem trabalho simplesmente NÃO HÁ ser humano, coisa inclusive mais extremista do que a ideia de que "o trabalho dignifica o homem", pelo menos nessa última frase mesmo sem o trabalho já há ser humano.
         Enfim, que foi o trabalho que criou o ser humano. (sendo o fato da abelha fazer sua colmeia simplesmente a mesma coisa que o que é comer e dormir para o ser humano), para dizer a verdade, ele deixava muitos animais no  meio do caminho, sobretudo mamíferos, e ainda mais sobretudo ainda os grande antropoides.
         Verdade que ele estava falando de trabalho criativo estilo o de um engenheiro ou pelo menos com a pessoa fazendo todas as partes de uma produção, do inicio ao fim, estilo artesanato.
         No caso do trabalho assalariado industrial manual do tipo do século XIX, ele achava que era alienação, e que por isso, ou a partir do socialismo-estilo-outro-sistema ou então a partir da sociedade sem Estado do fim de todo o processo, de depois da "ditadura do proletariado" (ele foi ambíguo quanto a isso), não haveria mais trabalho desse tipo, e isso aliais, também pela não necessidade mais dele. No entanto o que ele descreveu como o que as pessoas ficariam fazendo, foi mais ou menos a descrição de um dia num hotel fazenda com ateliê para os hospedes fazerem umas pinturinhas e umas esculturinhas de argila (meio estilo as feitas no jardim de infância) mais uma biblioteca....por essa descrição então os hospedes de um hotel-fazenda desse tipo, já estão vivendo no socialismo-estilo-outro-sistema ou até na sociedade sem Estado posterior a ele.

[DDV]

Bela expressão. Isso me lembra os 5 dias que frequentei a Associação de Poker. O meu lucro lá equivaleu de 15 a 18 dias de meu trabalho 
E essa sua pratica deveria estar difundida no país há anos. Infelizmente, poucas pessoas pensam desta maneira 

Acho que no Brasil alguns valores cristãos como valorização da pobreza e alguns aforismos muito difundidos de cunho marxista como "o trabalho dignifica o homem", ajudam a incutir na população essa demonização da riqueza, especialmente dos ganhos que não venham diretamente do trabalho. Acho estranho como muitas vezes até valores de salários, gastos em bens de consumo e patrimônios são tabus, assuntos que não devem ser comentados porque podem até mesmo ofender as pessoas, que não raro se sentem pessoalmente agredidas com o sucesso financeiro de alguém. Enfim, nunca parei para pensar profundamente sobre isso, mas no geral não acho a relação das pessoas com dinheiro muito saudável.

O fato é que existem muitos meios de se conquistar dinheiro, não é preciso, necessariamente, se escravizar trabalhando loucamente. Para mim, é só uma fonte de liberdade com conforto e, desde que não seja adquirido com nenhuma atividade ilegal, independente da forma com que foi ganho ou da quantia, não interfere na moralidade de ninguém.

Um exemplo de relação saudável com dinheiro:

<a href="http://www.youtube.com/v/p0oFWgwUqHU" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/p0oFWgwUqHU</a>

[Laura]

DDV, você sabe o que é ser "vida loka"? Realmente, não sei ao certo.
É quem ganha a vida fazendo algo ilícito e perigoso, como narcotráfico, por exemplo?

[LaraAS]

        Bom, mas pelo menos em certas partes de sua obra (Marx era muito contraditório, escrevendo coisas contrárias em varias partes de sua obra, mesmo nas escritas no mesmo ano por exemplo) Marx dizia que sem trabalho simplesmente NÃO HÁ ser humano, coisa inclusive mais extremista do que a ideia de que "o trabalho dignifica o homem", pelo menos nessa última frase mesmo sem o trabalho já há ser humano.
         Enfim, que foi o trabalho que criou o ser humano. (sendo o fato da abelha fazer sua colmeia simplesmente a mesma coisa que o que é comer e dormir para o ser humano), para dizer a verdade, ele deixava muitos animais no  meio do caminho, sobretudo mamíferos, e ainda mais sobretudo ainda os grande antropoides.
         Verdade que ele estava falando de trabalho criativo estilo o de um engenheiro ou pelo menos com a pessoa fazendo todas as partes de uma produção, do inicio ao fim, estilo artesanato.
         No caso do trabalho assalariado industrial manual do tipo do século XIX, ele achava que era alienação, e que por isso, ou a partir do socialismo-estilo-outro-sistema ou então a partir da sociedade sem Estado do fim de todo o processo, de depois da "ditadura do proletariado" (ele foi ambíguo quanto a isso), não haveria mais trabalho desse tipo, e isso aliais, também pela não necessidade mais dele. No entanto o que ele descreveu como o que as pessoas ficariam fazendo, foi mais ou menos a descrição de um dia num hotel fazenda com ateliê para os hospedes fazerem umas pinturinhas e umas esculturinhas de argila (meio estilo as feitas no jardim de infância) mais uma biblioteca....por essa descrição então os hospedes de um hotel-fazenda desse tipo, já estão vivendo no socialismo-estilo-outro-sistema ou até na sociedade sem Estado posterior a ele.

         Bom, na verdade alguns outros autores como Trotsky acrescentaram a isso, (no caso dele sem dúvida se referindo a fase posterior de sociedade sem Estado, depois de passada a "ditadura do proletariado) ele acrescentou algumas coisas estilo acampamento infanto-juvenil, albergue da juventude ou coisas assim, de também todos darem umas varridinhas aqui e ali, e imaginou também as pessoas fazendo umas gambiarras estilo aqueles moleques que desmontam radinhos e inventam alguma coisa com isso, isso é, uma paródia de Leonardo da Vinte (se bem que para dizer a verdade, Leonardo da Vinte nunca montou nada do que ele inventava, porque realmente, o modo como ele inventava nos projetos não era mesmo factível).
         Ah....e depois de noite, fariam alguma coisa estilo ler textos na Internet e/ou livros e escrever posts sobre eles (se bem que ele não imaginou que isso fosse feito na Internet coisa que ele não imaginou que viria a exitir, quem imaginou algo assim foi o Monteiro Lobato), como nós estamos fazendo só com menos tecnologia, quer dizer nós também  estamos um pouco vivendo na versão dele do que seria a sociedade sem Estado de depois de passada a "ditadura do proletariado").

[DDV]

DDV, você sabe o que é ser "vida loka"? Realmente, não sei ao certo.
É quem ganha a vida fazendo algo ilícito e perigoso, como narcotráfico, por exemplo?

Sim, é por aí.

Parece que esse termo se originou de uma música dos Racionais MC (uma banda de maloqueiros rappers), e tornou-se sinônimo de pessoa da periferia associada ao banditismo ou tráfico.

Não tenho certeza, posso estar errado em algum ponto.

[JohnnyRivers]

DDV, você sabe o que é ser "vida loka"? Realmente, não sei ao certo.
É quem ganha a vida fazendo algo ilícito e perigoso, como narcotráfico, por exemplo?

No meu tempo de escola, "vida loka" significava maconheirinho que prestava serviços de "aviãozinho", tinha filho já, passagem na policia e praticava pequenos furtos. Ou seja, aquele tipo de cara que você não deveria mexer.

Narcotrafico é muito forte pra este tipo de pessoa. Não creio que chegue neste nivel. No máximo "dono-de-boca".

[DDV]

, isso é, uma paródia de Leonardo da Vinte (se bem que para dizer a verdade, Leonardo da Vinte nunca montou nada do que ele inventava, porque realmente, o modo como ele inventava nos projetos não era mesmo factível).

<a href="http://www.youtube.com/v/JNfhI8q5Fp0" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/JNfhI8q5Fp0</a>

[DDV]

DDV, você sabe o que é ser "vida loka"? Realmente, não sei ao certo.
É quem ganha a vida fazendo algo ilícito e perigoso, como narcotráfico, por exemplo?

No meu tempo de escola, "vida loka" significava maconheirinho que prestava serviços de "aviãozinho", tinha filho já, passagem na policia e praticava pequenos furtos. Ou seja, aquele tipo de cara que você não deveria mexer.

Narcotrafico é muito forte pra este tipo de pessoa. Não creio que chegue neste nivel. No máximo "dono-de-boca".

Eu só fui conhecer esse termo há 1 ano. 

Achei que tinha se originado na música do Racionais MC, mas pelo o que você disse, parece que o termo é ainda mais antigo e a própria música se inspirou nisso.

[Barata Tenno]

O Lobão ja cantava nos anos 80...

Vida Louca
Vida!
Vida Breve!

[Laura]

DDV, você sabe o que é ser "vida loka"? Realmente, não sei ao certo.
É quem ganha a vida fazendo algo ilícito e perigoso, como narcotráfico, por exemplo?

Sim, é por aí.

Parece que esse termo se originou de uma música dos Racionais MC (uma banda de maloqueiros rappers), e tornou-se sinônimo de pessoa da periferia associada ao banditismo ou tráfico.

Não tenho certeza, posso estar errado em algum ponto.

No meu tempo de escola, "vida loka" significava maconheirinho que prestava serviços de "aviãozinho", tinha filho já, passagem na policia e praticava pequenos furtos. Ou seja, aquele tipo de cara que você não deveria mexer.

Só para eu entender o contexto da música do MC Rodolfinho...

Narcotrafico é muito forte pra este tipo de pessoa. Não creio que chegue neste nivel. No máximo "dono-de-boca".

Mas Johnny, um "dono-de-boca" não participa do tráfico de drogas? Porque classificar esse tipo de pessoa como narcotraficante é um exagero?

[Laura]

O Lobão ja cantava nos anos 80...

Vida Louca
Vida!
Vida Breve!

Mas nos anos 80 a vida ainda era louca. Agora ela é "loka".
E eu acho que quem cantava era o Cazuza...

[Barata Tenno]

A música é do Lobão, ele lançou em 87 e depois o Cazuza reinterpretou, já na faze em que ele estava doente.

[Laura]

A música é do Lobão, ele lançou em 87 e depois o Cazuza reinterpretou, já na faze em que ele estava doente.

 

É mesmo... acho que é do álbum Vida Bandida. Havia esquecido completamente da versão do Lobão.

[Südenbauer]

, isso é, uma paródia de Leonardo da Vinte (se bem que para dizer a verdade, Leonardo da Vinte nunca montou nada do que ele inventava, porque realmente, o modo como ele inventava nos projetos não era mesmo factível).

<a href="http://www.youtube.com/v/JNfhI8q5Fp0" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/JNfhI8q5Fp0</a>

[Pasteur]

, isso é, uma paródia de Leonardo da Vinte (se bem que para dizer a verdade, Leonardo da Vinte nunca montou nada do que ele inventava, porque realmente, o modo como ele inventava nos projetos não era mesmo factível).

<a href="http://www.youtube.com/v/JNfhI8q5Fp0" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/JNfhI8q5Fp0</a>

DDV não perdoa   

[Price]

        Bom, mas pelo menos em certas partes de sua obra (Marx era muito contraditório, escrevendo coisas contrárias em varias partes de sua obra, mesmo nas escritas no mesmo ano por exemplo) Marx dizia que sem trabalho simplesmente NÃO HÁ ser humano, coisa inclusive mais extremista do que a ideia de que "o trabalho dignifica o homem", pelo menos nessa última frase mesmo sem o trabalho já há ser humano.

E dizia isso justamente contra a remuneração de capital, pois para ele era uma abomiação imaginar que poderia-se arrendar um dinheiro que não era fruto direto de um trabalho-acumulado-posterior.

Sério, Lara, considerar qualquer bullshit de Marx no mercado financeiro não vai ter sentido algum.

[cavecanem]

Bela expressão. Isso me lembra os 5 dias que frequentei a Associação de Poker. O meu lucro lá equivaleu de 15 a 18 dias de meu trabalho 
E essa sua pratica deveria estar difundida no país há anos. Infelizmente, poucas pessoas pensam desta maneira 

Acho que no Brasil alguns valores cristãos como valorização da pobreza e alguns aforismos muito difundidos de cunho marxista como "o trabalho dignifica o homem", ajudam a incutir na população essa demonização da riqueza, especialmente dos ganhos que não venham diretamente do trabalho. Acho estranho como muitas vezes até valores de salários, gastos em bens de consumo e patrimônios são tabus, assuntos que não devem ser comentados porque podem até mesmo ofender as pessoas, que não raro se sentem pessoalmente agredidas com o sucesso financeiro de alguém. Enfim, nunca parei para pensar profundamente sobre isso, mas no geral não acho a relação das pessoas com dinheiro muito saudável.

O fato é que existem muitos meios de se conquistar dinheiro, não é preciso, necessariamente, se escravizar trabalhando loucamente. Para mim, é só uma fonte de liberdade com conforto e, desde que não seja adquirido com nenhuma atividade ilegal, independente da forma com que foi ganho ou da quantia, não interfere na moralidade de ninguém.

O trecho em negrito não tem origem no pensamento de Marx, mas sim nas ponderações weberianas acerca da relação entre a ética protestante e o capitalismo. Na verdade, esse tipo de pensamento destoa sobremaneira de Marx e de outros pensadores que se identificam com ele. Brecht, por exemplo, zomba dessas noções, a que chama de "ideologia caipira".

Cavecanem, classifiquei o cunho (mais no sentido de ligação com do que de origem) do aforismo de marxista apenas para ilustrar a conotação da frase para uma grande massa populacional. Eu, pelo menos, já ouvi e li muitos argumentos contra ou a favor da ideia geral da frase relacionando-a de alguma forma às ideias marxistas. De qualquer forma, acho que para a parcela populacional a qual me refiro os valores cristãos tenham um peso muito maior do que qualquer pensamento de Marx.   

Eu não discuto que você possa ter tomado contato com autores que tentam assimilar essa noção de "trabalho enobrecedor" à Marx, mas o fato é que isso é temerário e não encontra respaldo nos escritos de Marx (salvo engano numa passagem obscura e numa interpretação tendenciosa). Marx em geral analisa o trabalho como mero fato ontológico e indissociável da condição do homem e do qual deriva relações sociais, sem aferição ou juízo moral. Se se pode intuir algo do tipo o trabalho não seria um positivo moral, muito pelo contrário, conforme a citação abaixo:

Primeiro, que o trabalho é externo (äusserlich) ao trabalhador, isto é, não pertence ao seu ser, que ele não se afirma, portanto, em seu trabalho, mas nega-se nele, que não se sente bem, mas infeliz, que não desenvolve nenhuma energia física e espiritual livre, mas mortifica sua physis e arruína o seu espírito. O trabalhador só se sente, por conseguinte e em primeiro lugar, junto a si [quando] fora do trabalho e fora de si [quando] no trabalho. Está em casa quando não trabalha e, quando trabalha, não está em casa. O seu trabalho não é portanto voluntário, mas forçado, trabalho obrigatório. O trabalho não é por isso a satisfação de uma carência, mas somente um meio para satisfazer necessidades fora dele. Sua estranheza (Fremdheit) evidencia-se aqui [de forma] tão pura que, tão logo inexista coerção física ou outra qualquer, foge-se do trabalho como uma peste. O trabalho externo, o trabalho no qual o homem se exterioriza, é um trabalho de autossacrifício, de mortificação [...] Chega-se, por conseguinte, ao resultado de que o homem (o trabalhador) só se sente como [ser] livre e ativo em suas funções animais, comer, beber e procriar etc.

Manuscritos econômico-filosófico

No mais, eu concordo plenamente quando você diz que o pessoal que acolhe a noção de trabalho enobrecedor não tem em vista Marx, mas sim valores cristãos.

[Price]

"O trabalho dignifica o homem" é fruto de Max Weber em "A ética protestante e o espirito do Capitalismo".

[Pasteur]

"O trabalho dignifica o homem" é fruto de Max Weber em "A ética protestante e o espirito do Capitalismo".

Não aguento mais ser dignificado. Isso mata...

[Price]

"O trabalho dignifica o homem" é fruto de Max Weber em "A ética protestante e o espirito do Capitalismo".

Não aguento mais ser dignificado. Isso mata...

Comece a viver de rendas.

[Skorpios]

"O trabalho dignifica o homem" é fruto de Max Weber em "A ética protestante e o espirito do Capitalismo".

Não aguento mais ser dignificado. Isso mata...

Comece a viver de rendas.

Isso. Vire rendeira...

[Pasteur]

"O trabalho dignifica o homem" é fruto de Max Weber em "A ética protestante e o espirito do Capitalismo".

Não aguento mais ser dignificado. Isso mata...

Comece a viver de rendas.

Estou tentando viver desse trambique. Mas ainda vou ter que levar um tempo me dignificando.

[Pasteur]

"O trabalho dignifica o homem" é fruto de Max Weber em "A ética protestante e o espirito do Capitalismo".

Não aguento mais ser dignificado. Isso mata...

Comece a viver de rendas.

Isso. Vire rendeira...

E a barriga tanquinho? Já tentou Skorpios?

EDIT: link