Autor Tópico: Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde  (Lida 4232 vezes)

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #25 Online: 05 de Dezembro de 2012, 13:06:57 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Osler

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #26 Online: 05 de Dezembro de 2012, 14:11:13 »
Porque se pensa apenas em tratamento. A lógica seria o investimento em promoção da saúde. Também existe a questão da hierarquização dos níveis de atenção e a regulação. Resolvendo-se isso a questão do financiamento se reduz um pouco.

Sim, mas como você mesmo afirmou isso reduz o problema, mas o fato é que é impagável o acesso total aos recursos de saúde, fato reconhecido pela OMS.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline DDV

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #27 Online: 05 de Dezembro de 2012, 18:45:08 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Derfel

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #28 Online: 05 de Dezembro de 2012, 23:43:34 »
Porque se pensa apenas em tratamento. A lógica seria o investimento em promoção da saúde. Também existe a questão da hierarquização dos níveis de atenção e a regulação. Resolvendo-se isso a questão do financiamento se reduz um pouco.

Sim, mas como você mesmo afirmou isso reduz o problema, mas o fato é que é impagável o acesso total aos recursos de saúde, fato reconhecido pela OMS.
Do modo com a saúde está estruturada, talvez. Por curiosidade, qual deveria ser a proposta?

Offline Price

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #29 Online: 06 de Dezembro de 2012, 00:22:53 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #30 Online: 06 de Dezembro de 2012, 10:04:05 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.

Dinheiro investido em saúde e educação se paga também. Pessoas saudáveis (medidas de saúde preventiva) e mais educadas e aculturadas ficam menos sujeitas a precisar de um hospital e de fazer um monte de bobagens como cometer crimes, precisar da assistência social, ou simplesmente ficarem desempregadas criando problemas e gastos sociais ao tomarem decisões estúpidas por falta de conhecimento e vontade. Há muita pressão na área da saúde em razão da demanda alta. Se esta for reduzida, as contas podem se equilibrar.
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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #31 Online: 06 de Dezembro de 2012, 10:17:00 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.

Dinheiro investido em saúde e educação se paga também. Pessoas saudáveis (medidas de saúde preventiva) e mais educadas e aculturadas ficam menos sujeitas a precisar de um hospital e de fazer um monte de bobagens como cometer crimes, precisar da assistência social, ou simplesmente ficarem desempregadas criando problemas e gastos sociais ao tomarem decisões estúpidas por falta de conhecimento e vontade. Há muita pressão na área da saúde em razão da demanda alta. Se esta for reduzida, as contas podem se equilibrar.

Beleza, agora explica isso para quem concede empréstimos.
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A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #32 Online: 06 de Dezembro de 2012, 11:17:55 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.

Dinheiro investido em saúde e educação se paga também. Pessoas saudáveis (medidas de saúde preventiva) e mais educadas e aculturadas ficam menos sujeitas a precisar de um hospital e de fazer um monte de bobagens como cometer crimes, precisar da assistência social, ou simplesmente ficarem desempregadas criando problemas e gastos sociais ao tomarem decisões estúpidas por falta de conhecimento e vontade. Há muita pressão na área da saúde em razão da demanda alta. Se esta for reduzida, as contas podem se equilibrar.

Beleza, agora explica isso para quem concede empréstimos.

E um governo, como o brasileiro, precisa de empréstimo de terceiros para investir em saúde e educação? Eu sei que o sistema financeiro não pode ser derrubado na noite para o dia, sob pena de saúde e educação acabarem e todo o resto por um bom tempo. No entanto, não vejo uma única atitude no sentido de reformar o sistema. O resultado vai ser que ele vai, em determinado momento, ruir abruptamente e será catastrófico e doloroso para todos. Não precisava ser assim, reformar pontuais programadas ao longo do tempo amenizariam esses impactos, talvez até, pouco fosse sentido.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #33 Online: 06 de Dezembro de 2012, 11:45:53 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.

Dinheiro investido em saúde e educação se paga também. Pessoas saudáveis (medidas de saúde preventiva) e mais educadas e aculturadas ficam menos sujeitas a precisar de um hospital e de fazer um monte de bobagens como cometer crimes, precisar da assistência social, ou simplesmente ficarem desempregadas criando problemas e gastos sociais ao tomarem decisões estúpidas por falta de conhecimento e vontade. Há muita pressão na área da saúde em razão da demanda alta. Se esta for reduzida, as contas podem se equilibrar.

Beleza, agora explica isso para quem concede empréstimos.

E um governo, como o brasileiro, precisa de empréstimo de terceiros para investir em saúde e educação? Eu sei que o sistema financeiro não pode ser derrubado na noite para o dia, sob pena de saúde e educação acabarem e todo o resto por um bom tempo. No entanto, não vejo uma única atitude no sentido de reformar o sistema. O resultado vai ser que ele vai, em determinado momento, ruir abruptamente e será catastrófico e doloroso para todos. Não precisava ser assim, reformar pontuais programadas ao longo do tempo amenizariam esses impactos, talvez até, pouco fosse sentido.

Querem que a forma de proteção às empresas seja a mesma com a saúde.

As empresas retornam o investido em pagamento contabilizável em conta nacional, já a saúde retorna o valor subjetivamente e só poderia receber o mesmo tratamento se tivesse retorno financeiro, o que não é verdade. Por estes e outros motivos os serviços básicos devem ser mantidos com o imposto arrecadado e não com empréstimos/impressão de moeda/remanejamento de royalties/etc.
Além disso, muitas das práticas protecionistas são completamente impraticáveis num setor básico e o objetivo de proteger setores/empresas é completamente diferente do objetivo de manter a saúde públicas em boas condições. A comparação em si é inválida.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #34 Online: 06 de Dezembro de 2012, 12:32:10 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.

Dinheiro investido em saúde e educação se paga também. Pessoas saudáveis (medidas de saúde preventiva) e mais educadas e aculturadas ficam menos sujeitas a precisar de um hospital e de fazer um monte de bobagens como cometer crimes, precisar da assistência social, ou simplesmente ficarem desempregadas criando problemas e gastos sociais ao tomarem decisões estúpidas por falta de conhecimento e vontade. Há muita pressão na área da saúde em razão da demanda alta. Se esta for reduzida, as contas podem se equilibrar.

Beleza, agora explica isso para quem concede empréstimos.

E um governo, como o brasileiro, precisa de empréstimo de terceiros para investir em saúde e educação? Eu sei que o sistema financeiro não pode ser derrubado na noite para o dia, sob pena de saúde e educação acabarem e todo o resto por um bom tempo. No entanto, não vejo uma única atitude no sentido de reformar o sistema. O resultado vai ser que ele vai, em determinado momento, ruir abruptamente e será catastrófico e doloroso para todos. Não precisava ser assim, reformar pontuais programadas ao longo do tempo amenizariam esses impactos, talvez até, pouco fosse sentido.

Querem que a forma de proteção às empresas seja a mesma com a saúde.

As empresas retornam o investido em pagamento contabilizável em conta nacional, já a saúde retorna o valor subjetivamente e só poderia receber o mesmo tratamento se tivesse retorno financeiro, o que não é verdade. Por estes e outros motivos os serviços básicos devem ser mantidos com o imposto arrecadado e não com empréstimos/impressão de moeda/remanejamento de royalties/etc.
Além disso, muitas das práticas protecionistas são completamente impraticáveis num setor básico e o objetivo de proteger setores/empresas é completamente diferente do objetivo de manter a saúde públicas em boas condições. A comparação em si é inválida.


Mas não tem que ter o mesmo tratamento. Tem que ter um tratamento superior. E não se tem que analisar a coisa do ponto vista financeiro de ganhos e perdas tão somente ou em retorno de investimento. Saúde não é mercadoria.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #35 Online: 06 de Dezembro de 2012, 13:14:29 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.

Dinheiro investido em saúde e educação se paga também. Pessoas saudáveis (medidas de saúde preventiva) e mais educadas e aculturadas ficam menos sujeitas a precisar de um hospital e de fazer um monte de bobagens como cometer crimes, precisar da assistência social, ou simplesmente ficarem desempregadas criando problemas e gastos sociais ao tomarem decisões estúpidas por falta de conhecimento e vontade. Há muita pressão na área da saúde em razão da demanda alta. Se esta for reduzida, as contas podem se equilibrar.

Beleza, agora explica isso para quem concede empréstimos.

E um governo, como o brasileiro, precisa de empréstimo de terceiros para investir em saúde e educação? Eu sei que o sistema financeiro não pode ser derrubado na noite para o dia, sob pena de saúde e educação acabarem e todo o resto por um bom tempo. No entanto, não vejo uma única atitude no sentido de reformar o sistema. O resultado vai ser que ele vai, em determinado momento, ruir abruptamente e será catastrófico e doloroso para todos. Não precisava ser assim, reformar pontuais programadas ao longo do tempo amenizariam esses impactos, talvez até, pouco fosse sentido.

Querem que a forma de proteção às empresas seja a mesma com a saúde.

As empresas retornam o investido em pagamento contabilizável em conta nacional, já a saúde retorna o valor subjetivamente e só poderia receber o mesmo tratamento se tivesse retorno financeiro, o que não é verdade. Por estes e outros motivos os serviços básicos devem ser mantidos com o imposto arrecadado e não com empréstimos/impressão de moeda/remanejamento de royalties/etc.
Além disso, muitas das práticas protecionistas são completamente impraticáveis num setor básico e o objetivo de proteger setores/empresas é completamente diferente do objetivo de manter a saúde públicas em boas condições. A comparação em si é inválida.


Mas não tem que ter o mesmo tratamento. Tem que ter um tratamento superior. E não se tem que analisar a coisa do ponto vista financeiro de ganhos e perdas tão somente ou em retorno de investimento. Saúde não é mercadoria.

Então não faça a comparação.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #36 Online: 06 de Dezembro de 2012, 14:11:12 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.

Dinheiro investido em saúde e educação se paga também. Pessoas saudáveis (medidas de saúde preventiva) e mais educadas e aculturadas ficam menos sujeitas a precisar de um hospital e de fazer um monte de bobagens como cometer crimes, precisar da assistência social, ou simplesmente ficarem desempregadas criando problemas e gastos sociais ao tomarem decisões estúpidas por falta de conhecimento e vontade. Há muita pressão na área da saúde em razão da demanda alta. Se esta for reduzida, as contas podem se equilibrar.

Beleza, agora explica isso para quem concede empréstimos.

E um governo, como o brasileiro, precisa de empréstimo de terceiros para investir em saúde e educação? Eu sei que o sistema financeiro não pode ser derrubado na noite para o dia, sob pena de saúde e educação acabarem e todo o resto por um bom tempo. No entanto, não vejo uma única atitude no sentido de reformar o sistema. O resultado vai ser que ele vai, em determinado momento, ruir abruptamente e será catastrófico e doloroso para todos. Não precisava ser assim, reformar pontuais programadas ao longo do tempo amenizariam esses impactos, talvez até, pouco fosse sentido.

Querem que a forma de proteção às empresas seja a mesma com a saúde.

As empresas retornam o investido em pagamento contabilizável em conta nacional, já a saúde retorna o valor subjetivamente e só poderia receber o mesmo tratamento se tivesse retorno financeiro, o que não é verdade. Por estes e outros motivos os serviços básicos devem ser mantidos com o imposto arrecadado e não com empréstimos/impressão de moeda/remanejamento de royalties/etc.
Além disso, muitas das práticas protecionistas são completamente impraticáveis num setor básico e o objetivo de proteger setores/empresas é completamente diferente do objetivo de manter a saúde públicas em boas condições. A comparação em si é inválida.


Mas não tem que ter o mesmo tratamento. Tem que ter um tratamento superior. E não se tem que analisar a coisa do ponto vista financeiro de ganhos e perdas tão somente ou em retorno de investimento. Saúde não é mercadoria.

Então não faça a comparação.

A comparação é cabível sim, pois enquanto o sistema financeiro é tratado como se fosse um cliente de hotel 5 estrelas a saúde é uma taverna de beira de estrada. E, se o dinheiro se multiplica para um, para o outro também é necessário.
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Offline JohnnyRivers

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #37 Online: 06 de Dezembro de 2012, 14:23:07 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.

Dinheiro investido em saúde e educação se paga também. Pessoas saudáveis (medidas de saúde preventiva) e mais educadas e aculturadas ficam menos sujeitas a precisar de um hospital e de fazer um monte de bobagens como cometer crimes, precisar da assistência social, ou simplesmente ficarem desempregadas criando problemas e gastos sociais ao tomarem decisões estúpidas por falta de conhecimento e vontade. Há muita pressão na área da saúde em razão da demanda alta. Se esta for reduzida, as contas podem se equilibrar.

Beleza, agora explica isso para quem concede empréstimos.

E um governo, como o brasileiro, precisa de empréstimo de terceiros para investir em saúde e educação? Eu sei que o sistema financeiro não pode ser derrubado na noite para o dia, sob pena de saúde e educação acabarem e todo o resto por um bom tempo. No entanto, não vejo uma única atitude no sentido de reformar o sistema. O resultado vai ser que ele vai, em determinado momento, ruir abruptamente e será catastrófico e doloroso para todos. Não precisava ser assim, reformar pontuais programadas ao longo do tempo amenizariam esses impactos, talvez até, pouco fosse sentido.

Querem que a forma de proteção às empresas seja a mesma com a saúde.

As empresas retornam o investido em pagamento contabilizável em conta nacional, já a saúde retorna o valor subjetivamente e só poderia receber o mesmo tratamento se tivesse retorno financeiro, o que não é verdade. Por estes e outros motivos os serviços básicos devem ser mantidos com o imposto arrecadado e não com empréstimos/impressão de moeda/remanejamento de royalties/etc.
Além disso, muitas das práticas protecionistas são completamente impraticáveis num setor básico e o objetivo de proteger setores/empresas é completamente diferente do objetivo de manter a saúde públicas em boas condições. A comparação em si é inválida.


Mas não tem que ter o mesmo tratamento. Tem que ter um tratamento superior. E não se tem que analisar a coisa do ponto vista financeiro de ganhos e perdas tão somente ou em retorno de investimento. Saúde não é mercadoria.

Então não faça a comparação.

A comparação é cabível sim, pois enquanto o sistema financeiro é tratado como se fosse um cliente de hotel 5 estrelas a saúde é uma taverna de beira de estrada. E, se o dinheiro se multiplica para um, para o outro também é necessário.

Qualquer ameaçazinha, por mais leve que seja, o governo já corre com alguma medida. Já as medidas pra saúde, são aquelas promessas em época eleitoral....
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #38 Online: 06 de Dezembro de 2012, 14:23:41 »
Resumindo: Alguns sistemas de saúde são totalmente impraticáveis e ficarão insolventes, mais cedo ou mais tarde.

Isso é muito discutível... Sempre há dinheiro para salvar bancos geridos de maneira incompetente para preservar o "sistema financeiro". A crise de 2008 prova isso, mais de um trilhão de dólares jogados no ralo. Já quando o assunto é saúde, para liberar um bilhão é quase um milagre e nunca dá...

A fonte do dinheiro para salvar bancos é de uma diferente da utilizada para manter o sistema de saúde. Se utilizarem o mesmo "tipo de dinheiro" que é utilizado para fomentar o mercado financeiro na saúde, a qualidade desta não terá progressos relevantes.

Como que não? Quem define as fontes é o Estado, uma vez que, elege como prioridade a especulação financeira e o socorro a gente incompetente e inconsequente desta área ao invés de se comprometer com direitos sociais de cunho prestacional. Por que não existe princípio da reserva do possível (limite financeiro para prestação de direitos sociais) para o mercado financeiro, mas existe quando o assunto é saúde, educação alimentação, etc?

Como o Price já disse, o mercado financeiro pode, com sucesso, ser socorrido a liberação de moeda (redução dos depósitos compulsórios, mercado aberto, etc) e a saúde não. 

Por aí. Sendo ainda mais básico, o dinheiro investido no setor financeiro se paga em determinado tempo, na saúde/educação isso não acontece (sim, pode-se dizer que é pago pela melhoria na qualidade de vida, mas isso não entra em conta quando se compara os dois setores, além de ser um 'pagamento' bem difícil de notar).
Se quiser eu especifico o fundamento econômico por trás disso, agora não tem como.

Dinheiro investido em saúde e educação se paga também. Pessoas saudáveis (medidas de saúde preventiva) e mais educadas e aculturadas ficam menos sujeitas a precisar de um hospital e de fazer um monte de bobagens como cometer crimes, precisar da assistência social, ou simplesmente ficarem desempregadas criando problemas e gastos sociais ao tomarem decisões estúpidas por falta de conhecimento e vontade. Há muita pressão na área da saúde em razão da demanda alta. Se esta for reduzida, as contas podem se equilibrar.

Beleza, agora explica isso para quem concede empréstimos.

E um governo, como o brasileiro, precisa de empréstimo de terceiros para investir em saúde e educação? Eu sei que o sistema financeiro não pode ser derrubado na noite para o dia, sob pena de saúde e educação acabarem e todo o resto por um bom tempo. No entanto, não vejo uma única atitude no sentido de reformar o sistema. O resultado vai ser que ele vai, em determinado momento, ruir abruptamente e será catastrófico e doloroso para todos. Não precisava ser assim, reformar pontuais programadas ao longo do tempo amenizariam esses impactos, talvez até, pouco fosse sentido.

Querem que a forma de proteção às empresas seja a mesma com a saúde.

As empresas retornam o investido em pagamento contabilizável em conta nacional, já a saúde retorna o valor subjetivamente e só poderia receber o mesmo tratamento se tivesse retorno financeiro, o que não é verdade. Por estes e outros motivos os serviços básicos devem ser mantidos com o imposto arrecadado e não com empréstimos/impressão de moeda/remanejamento de royalties/etc.
Além disso, muitas das práticas protecionistas são completamente impraticáveis num setor básico e o objetivo de proteger setores/empresas é completamente diferente do objetivo de manter a saúde públicas em boas condições. A comparação em si é inválida.


Mas não tem que ter o mesmo tratamento. Tem que ter um tratamento superior. E não se tem que analisar a coisa do ponto vista financeiro de ganhos e perdas tão somente ou em retorno de investimento. Saúde não é mercadoria.

Então não faça a comparação.

A comparação é cabível sim, pois enquanto o sistema financeiro é tratado como se fosse um cliente de hotel 5 estrelas a saúde é uma taverna de beira de estrada. E, se o dinheiro se multiplica para um, para o outro também é necessário.

Essa comparação agora é de importância dada pelo governo a cada setor/serviço, que é procedente, já a anterior, de tentar igualar a fonte de financiamento do setor financeiro aos serviços de saúde não tem a mínima lógica.

Ps.: o sistema financeiro não é tratado com excelência, ele sequer deveria ser 'tratado' desse modo pelo governo, é basicamente perda de dinheiro.
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Offline LaraAS

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #39 Online: 06 de Dezembro de 2012, 15:42:47 »
           
           Mas é claro que a saúde é mercadoria. A própria reclamação sobre a qualidade dos serviços de saúde é uma reclamação de clientes que pagam através dos impostos e ficam insatisfeitos com os serviços (ou então às vezes que ficam insatisfeitos com as suas contribuições sociais com os impostos não sejam usadas para ajudar mais aos pobres e à classe média baixa no casos do que pagam impostos mais preferem usar o particular) e clientes, no caso dos que só tem dinheiro para pagar os impostos e não dinheiro para pagar o acrecimo do particular,mesmo que só paguem os impostos indiretos através de produtos mais caros, são clientes cativos.
           Os prédios onde ficam os hospitais públicos, são comprados ou alugados no mercado, foram construídos no mercado, os produtos e máquinas são compradas no mercado, ou médicos recebem salário para comprar as coisas no mercado.
           No entanto o burocratismo puro para substituir isso não é mais eficaz nem mais humano, veja a diferença entre a Coréia do norte e a Coréia do sul, entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental etc.
           Se bem que é verdade que na democracia mesmo na sanidade pública, os pobres que podem mudar de administradores, votando alternadamente a partidos diferentes, mas isso porque tudo aquilo que eu citei atrás é feito pelo mercado.
           E também é bom evitar catastrofismo, que a esperança de vida no Brasil, média de anos de vida das pessoas no Brasil está aumentando cada vez e a mortalidade infantil está diminuindo cada vez mais, e até mesmo o índice de gini (de distribuição de renda)do Brasil ando melhorando um pouco nos últimos 18 anos.

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #40 Online: 06 de Dezembro de 2012, 17:14:25 »
           
           Mas é claro que a saúde é mercadoria. A própria reclamação sobre a qualidade dos serviços de saúde é uma reclamação de clientes que pagam através dos impostos e ficam insatisfeitos com os serviços (ou então às vezes que ficam insatisfeitos com as suas contribuições sociais com os impostos não sejam usadas para ajudar mais aos pobres e à classe média baixa no casos do que pagam impostos mais preferem usar o particular) e clientes, no caso dos que só tem dinheiro para pagar os impostos e não dinheiro para pagar o acrecimo do particular,mesmo que só paguem os impostos indiretos através de produtos mais caros, são clientes cativos.
           Os prédios onde ficam os hospitais públicos, são comprados ou alugados no mercado, foram construídos no mercado, os produtos e máquinas são compradas no mercado, ou médicos recebem salário para comprar as coisas no mercado.
           No entanto o burocratismo puro para substituir isso não é mais eficaz nem mais humano, veja a diferença entre a Coréia do norte e a Coréia do sul, entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental etc.
           Se bem que é verdade que na democracia mesmo na sanidade pública, os pobres que podem mudar de administradores, votando alternadamente a partidos diferentes, mas isso porque tudo aquilo que eu citei atrás é feito pelo mercado.
           E também é bom evitar catastrofismo, que a esperança de vida no Brasil, média de anos de vida das pessoas no Brasil está aumentando cada vez e a mortalidade infantil está diminuindo cada vez mais, e até mesmo o índice de gini (de distribuição de renda)do Brasil ando melhorando um pouco nos últimos 18 anos.

Saúde faz parte do rol de direitos humanos, sendo corolário do direito à vida e a dignidade da pessoa e, até mesmo, da liberdade, em segundo plano, pois não se pode ser livre, de fato, sem saúde. Além de ser um direito humano, universal, é também um direito fundamental previsto constitucionalmente, é um direito social de cunho prestacional, cuja aplicação é direta e imediata, por previsão de uma norma constitucional originária.

Logo, saúde não é mercadoria, tampouco se confunde com o direito de propriedade.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #41 Online: 06 de Dezembro de 2012, 17:30:41 »
Saúde faz parte do rol de direitos humanos, sendo corolário do direito à vida e a dignidade da pessoa e, até mesmo, da liberdade, em segundo plano, pois não se pode ser livre, de fato, sem saúde. Além de ser um direito humano, universal, é também um direito fundamental previsto constitucionalmente, é um direito social de cunho prestacional, cuja aplicação é direta e imediata, por previsão de uma norma constitucional originária.

Nesse caso, deve-se crar leis proibindo as doenças. Eu começaria proibindo as bactérias de infectarem pessoas.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #42 Online: 06 de Dezembro de 2012, 17:47:42 »
           
           Mas é claro que a saúde é mercadoria. A própria reclamação sobre a qualidade dos serviços de saúde é uma reclamação de clientes que pagam através dos impostos e ficam insatisfeitos com os serviços (ou então às vezes que ficam insatisfeitos com as suas contribuições sociais com os impostos não sejam usadas para ajudar mais aos pobres e à classe média baixa no casos do que pagam impostos mais preferem usar o particular) e clientes, no caso dos que só tem dinheiro para pagar os impostos e não dinheiro para pagar o acrecimo do particular,mesmo que só paguem os impostos indiretos através de produtos mais caros, são clientes cativos.
           Os prédios onde ficam os hospitais públicos, são comprados ou alugados no mercado, foram construídos no mercado, os produtos e máquinas são compradas no mercado, ou médicos recebem salário para comprar as coisas no mercado.
           No entanto o burocratismo puro para substituir isso não é mais eficaz nem mais humano, veja a diferença entre a Coréia do norte e a Coréia do sul, entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental etc.
           Se bem que é verdade que na democracia mesmo na sanidade pública, os pobres que podem mudar de administradores, votando alternadamente a partidos diferentes, mas isso porque tudo aquilo que eu citei atrás é feito pelo mercado.
           E também é bom evitar catastrofismo, que a esperança de vida no Brasil, média de anos de vida das pessoas no Brasil está aumentando cada vez e a mortalidade infantil está diminuindo cada vez mais, e até mesmo o índice de gini (de distribuição de renda)do Brasil ando melhorando um pouco nos últimos 18 anos.

Saúde faz parte do rol de direitos humanos, sendo corolário do direito à vida e a dignidade da pessoa e, até mesmo, da liberdade, em segundo plano, pois não se pode ser livre, de fato, sem saúde. Além de ser um direito humano, universal, é também um direito fundamental previsto constitucionalmente, é um direito social de cunho prestacional, cuja aplicação é direta e imediata, por previsão de uma norma constitucional originária.

Logo, saúde não é mercadoria, tampouco se confunde com o direito de propriedade.

      A questão é a seguinte: E se não houver mesmo recursos para melhorar as coisas atualmente?
      E mesmo que você pense que agora exista e que não haver uma melhora ainda maior do que a que há, é má fé ou crime de alguém (teoria com a qual eu não concordo) mas mesmo que fosse assim hoje em dia, mas e se acontecesse algum grave, problema, sei, lá, bombas atômicas, que mesmo que atingindo só a Ásia, dessem problemas colaterais aqui?
      E se não houvesse (houver) mesmo recursos?
      O que se faz? 
      Se uma coisa é um "direito", se esse direito não for cumprido é que alguém deve ser punido por conscientemente negar esse direito. Por que é claro, que para ser um "direito" exigido, é que alguém tem o poder consciente de respeitá-lo ou não.
      Só que eu duvido que nesse caso, seja isso que aconteça. Então se não realmente não for isso que acontece, não for decisão consciente de ninguém que as coisas melhorem ainda mais, é que o fato da mortalidade infantil ser de cerca de 22 por 1000 hoje em dia no Brasil(e não mais cerca de 65 por mil  no Brasil em 1993) a culpa de não ser de 4 por 1000 por exemplo, é de pessoas de CONSCIENTEMENTE propiciaram isso, e por causa disso, devem ser penalmente punidas....
      Ora, essa ideia é muito perigosa, os regimes comunistas pegaram muitos administradores de empresas e engenheiros como bodes expiatórios por causa dessa ideia (bodes expiatórios de ideias fracas, que muitas vezes, eram os altos membros do partido comunista de profissões teóricas que tinham inventado e que inclusive os administradores de empresas e engenheiros haviam avisado que não iam dar muito certo, mas não tinham sido ouvidos).
      E mesmo quanto a ditaduras de direita, essa ideia ajudou a dar apoio ao golpe contra João Goulard e à proibição dos partidos não-nazistas na Alemanha nazista, pois se julgava que eles eram CONSCIENTEMENTE culpados pelos problemas econômicos nos seus governos...(Além do que isso já tinha acontecido com outros coitados como Kerensky e os mencheviques na Rússia, e também aconteceu com os social-democratas e social-liberais no leste europeu entre 1947 e 1949, nos golpes comunistas no leste europeu nessa época, depois de, em media 3 anos de restauração da democracia nessa região no pós-segunda-guerra e havendo os precedentes de uns 10 de democracia nesses países na década de 1920, e no caso da Tchecoslóvaquia, 20 anos de democracia nas décadas de 1920 e 1930).
      A verdade, é que os ricos, os grandes políticos, os grandes administradores de empresas, só usam uma proporção mínima do seu dinheiro para uso pessoal, a maioria é para reinvestimento, em se tratando dos ricos mesmo, 99% é para reinvestimento, não há essa abundancia escondida que você está pensando. Melhoras na saúde não podem ser direito objetivo pois isso ou leva à busca de bodes expiatórios e pode até ser perigoso para a democracia, ou então fica letra morta, e esse estilo de letra morta pode se estender para coisas que aí sim, poderiam ser direitos objetivos sem ser letra morta.
« Última modificação: 06 de Dezembro de 2012, 17:56:01 por LaraAS »

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #43 Online: 06 de Dezembro de 2012, 18:46:01 »
Saúde faz parte do rol de direitos humanos, sendo corolário do direito à vida e a dignidade da pessoa e, até mesmo, da liberdade, em segundo plano, pois não se pode ser livre, de fato, sem saúde. Além de ser um direito humano, universal, é também um direito fundamental previsto constitucionalmente, é um direito social de cunho prestacional, cuja aplicação é direta e imediata, por previsão de uma norma constitucional originária.

Nesse caso, deve-se crar leis proibindo as doenças. Eu começaria proibindo as bactérias de infectarem pessoas.
:hein: o que tem uma coisa a ver com a outra?

Offline DDV

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #44 Online: 06 de Dezembro de 2012, 18:56:54 »
Saúde faz parte do rol de direitos humanos, sendo corolário do direito à vida e a dignidade da pessoa e, até mesmo, da liberdade, em segundo plano, pois não se pode ser livre, de fato, sem saúde. Além de ser um direito humano, universal, é também um direito fundamental previsto constitucionalmente, é um direito social de cunho prestacional, cuja aplicação é direta e imediata, por previsão de uma norma constitucional originária.

Nesse caso, deve-se crar leis proibindo as doenças. Eu começaria proibindo as bactérias de infectarem pessoas.
:hein: o que tem uma coisa a ver com a outra?

Serviços de saúde têm custos e exigem trabalho. Dizer que a saúde é um "direito garantido" em um pedaço de papel não vai fazer automaticamente as pessoas terem acesso a estes serviços independente de qualquer outra circunstância.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #45 Online: 06 de Dezembro de 2012, 19:03:31 »
           
           Mas é claro que a saúde é mercadoria. A própria reclamação sobre a qualidade dos serviços de saúde é uma reclamação de clientes que pagam através dos impostos e ficam insatisfeitos com os serviços (ou então às vezes que ficam insatisfeitos com as suas contribuições sociais com os impostos não sejam usadas para ajudar mais aos pobres e à classe média baixa no casos do que pagam impostos mais preferem usar o particular) e clientes, no caso dos que só tem dinheiro para pagar os impostos e não dinheiro para pagar o acrecimo do particular,mesmo que só paguem os impostos indiretos através de produtos mais caros, são clientes cativos.
           Os prédios onde ficam os hospitais públicos, são comprados ou alugados no mercado, foram construídos no mercado, os produtos e máquinas são compradas no mercado, ou médicos recebem salário para comprar as coisas no mercado.
           No entanto o burocratismo puro para substituir isso não é mais eficaz nem mais humano, veja a diferença entre a Coréia do norte e a Coréia do sul, entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental etc.
           Se bem que é verdade que na democracia mesmo na sanidade pública, os pobres que podem mudar de administradores, votando alternadamente a partidos diferentes, mas isso porque tudo aquilo que eu citei atrás é feito pelo mercado.
           E também é bom evitar catastrofismo, que a esperança de vida no Brasil, média de anos de vida das pessoas no Brasil está aumentando cada vez e a mortalidade infantil está diminuindo cada vez mais, e até mesmo o índice de gini (de distribuição de renda)do Brasil ando melhorando um pouco nos últimos 18 anos.
Não, a saúde não é uma mercadoria. Existem serviços de saúde e insumos que são mercadorias, mas a Saúde não é uma mercadoria, como o Pregador postou. Da mesmo forma, a liberdade não é uma mercadoria, mas existem serviços relacionados com a liberdade que são mercadorias.
Você já se perguntou por que a expectativa de vida do brasileiro vem aumentando? É algo mágico ou natural?

E sim, a Saúde tem um impacto econômico que pode ser medido (e deve haver estudos que já se mediram um ou outro impacto da saúde) mas empresas. A Saúde está relacionada com produtividade, faltas ao emprego e o tempo economicamente ativo de um trabalhador. Medidas de melhoria da saúde geram então maiores lucros.


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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #46 Online: 06 de Dezembro de 2012, 19:04:09 »
Saúde faz parte do rol de direitos humanos, sendo corolário do direito à vida e a dignidade da pessoa e, até mesmo, da liberdade, em segundo plano, pois não se pode ser livre, de fato, sem saúde. Além de ser um direito humano, universal, é também um direito fundamental previsto constitucionalmente, é um direito social de cunho prestacional, cuja aplicação é direta e imediata, por previsão de uma norma constitucional originária.

Nesse caso, deve-se crar leis proibindo as doenças. Eu começaria proibindo as bactérias de infectarem pessoas.
:hein: o que tem uma coisa a ver com a outra?

Serviços de saúde têm custos e exigem trabalho. Dizer que a saúde é um "direito garantido" em um pedaço de papel não vai fazer automaticamente as pessoas terem acesso a estes serviços independente de qualquer outra circunstância.
Assim como nenhum direito.

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #47 Online: 06 de Dezembro de 2012, 19:36:15 »
E sim, a Saúde tem um impacto econômico que pode ser medido (e deve haver estudos que já se mediram um ou outro impacto da saúde) mas empresas. A Saúde está relacionada com produtividade, faltas ao emprego e o tempo economicamente ativo de um trabalhador. Medidas de melhoria da saúde geram então maiores lucros.

Os empresários pensaram nisso há muito tempo. Eles fornecem convênios médicos justamente para que o funcionário falte menos e 'melhore seu bem-estar', e em cima disso ganham também com o comum acordo de mutualidade entre contratante/contratado, o que faz com que o pagamento de convênios seja irrelevante no fechamento das contas perante o lucro por causa da traca de serviços, quando possível.

Na comparação feita pelo pregador isso não procede. Qualquer quantia empregada na saúde/educação não pode ser considerada investimento, mas gasto. Além de tudo o que a termologia demonstra, é ainda desconhecido qualquer modo de medir o retorno que uma melhoria na saúde/educação pode trazer à economia, e mais, também é impossível utilizar esse retorno para liquidar dívidas, o que demonstra o óbvio: não se pode gastar com estes serviços visando qualquer tipo de retorno econômico.

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A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Geotecton

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #48 Online: 06 de Dezembro de 2012, 19:48:00 »
E sim, a Saúde tem um impacto econômico que pode ser medido (e deve haver estudos que já se mediram um ou outro impacto da saúde) mas empresas. A Saúde está relacionada com produtividade, faltas ao emprego e o tempo economicamente ativo de um trabalhador. Medidas de melhoria da saúde geram então maiores lucros.

Os empresários pensaram nisso há muito tempo. Eles fornecem convênios médicos justamente para que o funcionário falte menos e 'melhore seu bem-estar', e em cima disso ganham também com o comum acordo de mutualidade entre contratante/contratado, o que faz com que o pagamento de convênios seja irrelevante no fechamento das contas perante o lucro por causa da traca de serviços, quando possível.

Na comparação feita pelo pregador isso não procede. Qualquer quantia empregada na saúde/educação não pode ser considerada investimento, mas gasto. Além de tudo o que a termologia demonstra, é ainda desconhecido qualquer modo de medir o retorno que uma melhoria na saúde/educação pode trazer à economia, e mais, também é impossível utilizar esse retorno para liquidar dívidas, o que demonstra o óbvio: não se pode gastar com estes serviços visando qualquer tipo de retorno econômico.

O maior absurdo é a fixação de percentuais do orçamento para os serviços de saúde e educação sem, ao menos, existir uma maior preocupação com a gestão destes serviços e, pior, ignorando completamente o fato de que as despesas com pessoas concursadas não podem ser diminuídas por causa dos "direitos trabalhistas".
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Offline Geotecton

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Re:Pela 1ª vez em 40 anos Europa reduz orçamento da saúde
« Resposta #49 Online: 06 de Dezembro de 2012, 19:49:39 »
Não, a saúde não é uma mercadoria.
[...]

Ela não é uma mercadoria. Mas todos os serviços a ela relacionados são, porque tem custos e ou preços e ou valorações.
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