Ouvi num filme que a "explicação" de muitos homens ser mais favoaraveis a poliginia e nao a uma mulher ter varios homens ta no fato de que mulher após ficar grávida se tornava inútil pra procriação por uns 9 meses, enquanto o homem poderia procriar com outras mulheres.
É como se fosse um instinto de preservação das especies. Se seres humanos fossem monogamicos de forma absoluta desde incio do surgimento dele, a população seria menor - hoje pode ser bom, mas no passado o risco de extinção humana era maior (fome, guerras, falta de vacinas, etc.)
Não, seria um instinto de reprodução individual, não "da espécie". Poderia até ser -- e não importa se é o caso ou se seria sempre o caso, apenas "poderia ser" -- que através de poliandria a espécie se saísse melhor por ter mais investimento parental por unidade da prole, na população (de certa forma, o homem é a "fêmea" da espécie, em termos de investimento parental). Essa
tendência é algo algo melhor para espécies como a nossa do que um maior número de indivíduos, mas mais "pobres" (há tribos em que casais ou indivíduos "praticam" celibato por dois ou três anos entre cada filho, por exemplo).
Mas para cada indivíduo, homem ou mulher, o melhor para a reprodução dos seus próprios genes, pode ser ter "quase" tantos filhos quanto conseguir ter (não necessariamente criar), mesmo que isso não seja o melhor para a espécie. Mas os genes não realmente são determinantes a ponto de fazer com que todos os indivíduos se comportem rigidamente dessa maneira (ou rigidamente de qualquer outra maneira alternativa). Então haverá monogamia, monogamia serial, poligamia, poliginia, e tudo entre essas possibilidades.
A ordem de prevalência de cada uma delas não deverá ter grande implicação quanto ao que é mais "instintivamente adequado", e nem quanto ao que é mais eficiente para perpetuação da espécie. Pode ser que sob uma análise matemática do que seria mais eficiente fosse esperado outra ordenação, mas ter havido na prática outras condições que foram mais determinantes. Um "modo de vida" ser mais comum que outro apenas diz que que não é contraproducente a ponto de ter levado seus praticantes à extinção ou populações menores do que o outro.