Só isso já "mata" pelo menos 40% da economia. Tornaria o BTC ainda mais inútil para ser uma moeda no nível e nas atribuições requeridas pela economia no nível atual.
Isso não é um problema, o BitCoin não foi feito para isso.
Ok. Entendi errado então quando os seus defensores dizem que o BTC poderá ser uma moeda igual ou melhor do que as atuais. Não seria esse o caso então.
Realmente não há comparação, o BTC tem limitações que nunca o colocarão ao mesmo nível das demais moedas, obviamente o inverso também pode ocorrer.
Exemplo?
Resposta #4.
"Não existe qualquer risco político (nenhum governo é responsável por ela)," As desvantagens disso superam as vantagens. É verdade que não haverá ninguém para aumentar artificialmente a sua oferta, mas também não haverá ninguém para fornecer lastro econômico ou político à mesma.
"é basicamente livre de regulações (o mercado se regula com maior rapidez),"É falso a afirmação de que "o mercado se regula com maior rapidez" sempre. Nos eventos que antecedem e sucedem uma recessão o mercado desregulado cria diversos círculos viciosos* que demoram para ser superados por conta própria. Sem a intervenção do estado, a recuperação é demorada e o processo é mais penoso.
Aparentemente, você considera esses "probleminhas" como normais e necessários no processo de auto-regulação (conforme visto no caso do comprador lesado), mas a maioria das pessoas não. A miséria na presença de recursos ociosos é pior do que a maléfica intervenção estatal.
* bolhas (de diversas modalidades, com diversos bens e variadas expectativas irreais) e armadilhas de liquidez.
"não tem nacionalidade (pessoas de todo o mundo podem comprar, vender, produzir, hospedar), é livre de flutuações e inconstâncias regionais (como ocorre no Euro)"São vantagens, mas isso esconde uma fragilidade ainda maior: nenhuma unidade política fornece lastro ou garantias ao BTC.
"e garante a anonimicidade do comprador (de certo modo o detentor pode ser indentificado, mas o gasto para descobrí-lo é altíssimo)",
É uma vantagem inútil para a quase totalidade da economia, e se o vendedor também for anônimo, já podemos imaginar os problemas (como já discutido).
Dado que o lastro de todas essas moedas virtuais seria o mesmo - nenhum -, não há absolutamente nada que faça com que uma seja ou venha a ser (ou não) preferível em relação a qualquer outra
Ta ok, só falta você provar que os lastros são a única composição da confiança em uma moeda.
Sem lastro em bens com valor intrínseco, a única fonte de confiança nas moedas é o poder e reputação do emissor, que garante o curso, o poder liberatório e a própria aceitação da moeda pelo mesmo, em troca de bens com valor intrínseco.
Certo, não é só o lastro.
O BTC não tem o lastro e nenhuma das demais condições acima citadas.
Isso porque você acha que as únicas condições de confiança na moeda vêm do lastro ou da política. Você está errado.
O BTC tem oferta limitada tendendo ao aumento previsível em quantidades pequenas ao longo do tempo, isto a faz ser extremamente estável. Quando a demanda por mining se estabilizar - com o crescimento dos computadores ligados à rede - a mesma poderá ser estável como qualquer fundo de investimento de baixo risco.
A baixa oferta de um bem não é suficiente para torná-lo valioso. Se assim fosse, bosta de ararinha-azul valeria uma fortuna.
É necessário também haver demanda. Sendo o BTC um item virtual sem nenhum lastro e sem nenhuma garantia de alguma entidade poderosa, a sua demanda incondicional se torna algo questionável (pra dizer o mínimo).
Você então tem uma visão coletivista do mercado, desconsiderando a perda efetiva sofrida pelo indivíduo, pois essa perda serviu "para o bem de todos". Eu não compartilho dessa visão. Sou individualista.
Não, não sou EU quem quem a visão coletivista. O erro de uns evita o erro de outros, esta é uma afirmação justificativa do livre mercado, não uma afirmação que eu utilize para defender o livre mercado. Como o BTC não é regulado, as leis do livre mercado são as que estão no jogo, quem se incomoda não entra.
Livre mercado é apenas a liberdade de comprar e vender com quem quiser, pelo preço que quiser, na quantidade que quiser e quando quiser.
Estelionato não é parte constituinte do livre mercado.
Além disso, é falsa a idéia de que o "livre mercado" funcione com fraudes e quebras de contrato ocorrendo de forma rampante e desimpedida. Na verdade, é a garantia dos contratos e a segurança (fornecida atualmente pelo estado) que fomenta o livre mercado (veja exemplos na história humana).
Prove.
Pesquise sobre os locais e épocas onde ocorreram aumentos da atividade comercial e econômica, e veja em que condições se deram (adiantando...formação de impérios, que impõem uma lei e ordem numa vasta região)
Mesmo em uma situação anárquica, sem nenhuma garantia, os compradores precisariam no mínimo de 2 coisas: saber quem é o vendedor e saber (em futuras negociações) que ninguém estará se passando por ele.
Não é o que o crescimento do BTC demonstra.
O BTC ainda é um nicho dominado por geeks entusiastas e especuladores (até eu pretendo comprar alguns). Ainda não entrou "de verdade" na economia.
E o crescimento do preço dos imóveis em 2007 e das ações da bolsa em 1929 não serviram para mostrar que tais iniciativas tinham futuro.

As pessoas buscam segurança. Um sistema de trocas sem nenhuma garantia afugentaria quase todo mundo.
Neste caso voltamos para a questão acerca da confiabilidade da moeda. Os EUA foram os responsáveis pelo controle da geração de moeda antes da crise de 2008, deu no que vimos e vemos.
???????????
Tá maluco! A crise de 2008 foi recessiva e deflacionária (ou seja, a moeda se valorizou e não o oposto). Não teve nenhuma relação com a moeda em si, e sim com créditos podres e uma bolha imobiliária estourada.
Maluco é você, se o crédito se ampliou a quantidade de moeda também ampliou.

A crise de 2008 não foi da moeda. A moeda não se desvalorizou e não ocorreu uma corrida aos supermercados, ao ouro e a moedas estrangeiras (na verdade ocorreu o oposto). Tanto é que as medidas para superar a crise foram o aumento da oferta de moeda, e não o contrário. Esse aumento da oferta de moeda foi mais consequência do que causa (a demanda por moeda aumentou durante o crescimento da bolha e das peripécias financeiras dos bancos, seguros, agências de rating, etc).
Não nego que governos possam usar a moeda para confiscar bens da população, mas o exemplo que você deu não mostra isso.Se você quer fornecer um exemplo de governos irresponsáveis emitindo moeda, deveria citar a Alemanha do início da década de 20 ou o Brasil da década de 80.