Quem não deve, não teme.
"Quem não deve" o que a quem? "Não teme" o que, quem?
Essas frases feitas, como essa e "quando um não quer, dois não brigam, "os incomodados que se mudem (como fosse uma "solução" para algum conflito, desconsiderando-se a imensa e profunda fascinorice da mesma),... não têm sentido, finalidade, nem no mínimo sentido mais objetivo que poderiam ter. Até escravos conformados não estão isentos do que temer.
Post scriptum para errata e reedição complementadora tardio:
Desculpem, quando escrevi foi um tanto apressado e desconcentradamente. A última frase deve ser retificada para: Até escravos conformados não estão isentos *de ter* o que temer. Até nos mais mínimos e recônditos detalhes pessoais,
espreitáveis pelos senhores (para, limitadamente, vincular à especificidade da questão aqui), que suas esvaziadas dignidades ainda permitam sustentar, como sentimentos nutridos por outros ou por algo, qualquer coisa que possa vir a conflitar com interesses dos senhores, ainda que nem seja o que procuram ou supõem.
Assim fica melhor.
Além disso, como, após leitura mais detida vi que há postagens em que posso expor o esclarecimento maior que não está aqui, deixo o mais para elas.
Só que a espionagem, enquanto secreta, não impede as liberdades individuais.
O queeeee???!
Peraí que... tá difícil mas tô tentando... "enquanto secreta" ou enquanto é secreto que é secreta..., que é secreto que existe? Quem se sente livre sabendo ou mesmo suspeitando (qual seja o pior) que é espionado?
Ou... seria "que espionagem, *só enquanto espionagem*" não suprime liberdades? Uma variação do mesmo chavão "quem não deve, não teme"?
Ou... ...não dá, isso é tão absurdo que não dá para enumerar todas as facetas do mesmo.
essas espionagens que lidam com volume imenso de dados não são individuais. Não somos espionados individualmente até porque seria impossível* mas podemos ser individualmente espionados caso os gatilhos de interesse sejam disparados (perfil, textos que remetem a terrorismo, etc..)
Explícita contradição aqui! O monitoramento dos "gatilhos" (...andou assistindo a Inimigo do Estado ou é muito comum esse papo conspiracionista dos "gatilhos" por aí?) é individual. E você mesmo disse isso! Mas, os "gatilhos" podem incluir textos que remetem ao terrorismo? Tá de brincadeira ou não pensou um pouco antes de escrever isso? Seriam textos como aqueles que só escrevem... quase todo mundo na Terra?! Aí até que você retornaria ao seu conceito, o que (re)tornaria tal tática inútil.
Além do que, os "gatilhos" podem ser muito mais sofisticados que os "por fora" podem saber. Quem vai saber?... Possibilidade tecnológica há.
Também, trata-se de enorme aparato *nas mãos de PESSOAS*, com diversos graus de acesso.
* ter nossas informações analisadas por sistemas não significa que alguém tome ciência disso.
O problema é que ter nossas informações tomadas por alguém não significa que elas foram/tenham que ter sido analisadas por sistemas automáticos. Sistemas como esses, aforas seus suportes físicos, são coisas abstratas. O que há de perigoso é que são humanos (*indivíduos*, aqueles com características humanas de todo tipo) que detêm esse aparato nas mãos, em diversos níveis de acesso de burlabilidade sempre provável. É só pensar no que faz o grupo com acesso a essa máquina virtual estatal brasileira, e mundial mesmo, para a coisa não agradar.
Quem determina quais palavras-chave disparam os "gatilhos"? Qual é a programabilidade desse(s) sistema(s)? Alguém poderia fazer suas busquinhas de interesses pessoais escusos num google espião particularizado improbamente? ...? ...?
Acho que em tempos de Facebook, fóruns e redes sociais, intimidade e privacidade são termos muito, muito flexíveis. Até que ponto é invasão de privacidade uma empresa ver todos os seus posts nos sites onde você concordou com os termos de adesão e utilizar-se destes dados para fazer propaganda direcionada de acordo com seus interesses? Isso é mau uso?
E se eles sabem o que eu penso ou o que pretendo fazer... e daí? A Constituição me garante liberdade de opinião e a lei me garante que não serei punido por mera cogitação de qualquer ato.
Você concordou que o governo de algum país também soubesse de todos os seus dados, incluso os mais sigilosos?
Não é que ele tenha concordado, ele disse que não se importa.
Aaaaaaa siiiiiim, agoora acho que entendi onde está o problema...
...de vocês.
Pensei que fosse bem óbvio que o "quem não deve, não teme" vale (deveria valer) para todos, incluindo quem espiona, o que cria um belo paradoxo daqueles: se eles espionam tão desesperadamente tudo e todos à volta sob pretexto de uma claro temor... ...significa que eles devem exatamente o que a quem?
Como o perigo pode vir de toda e qualquer parte, e já que "quem não deve, não teme", espionemo-nos todos mutuamente e cooperadamente bem às abertas e encerremos com essa coisa ridícula da 'secreticidade' (sigilosidade) necessária pretextuosa. Eu também vou querer espreitar e bisbilhotar o Obama! E todos os outros desse mundo! E ele não deverá se importar com isso! "Quem deve", muito mais que provavelmente irá se recusar e quererá manter secretas suas investigações. Quem não deve, não teme!
essas espionagens que lidam com volume imenso de dados não são individuais. Não somos espionados individualmente até porque seria impossível* mas podemos ser individualmente espionados caso os gatilhos de interesse sejam disparados (perfil, textos que remetem a terrorismo, etc..)
* ter nossas informações analisadas por sistemas não significa que alguém tome ciência disso.
Não só. Entre alguém saber utilizar-se disto contra você tem alguma distância. Em alguns momentos históricos isto foi perigoso, hoje... Duvido.
HEEEEin?!