Quando falo "compulsória", refiro-me à necessidade de prestar o serviço para evitar penalidades tais como suspensão ou interdição de direitos (ex: não poder tirar licença profissional, não poder assumir cargo público, não poder tirar certos documentos, receber certos benefícios, etc)
Isso não se enquadra como penalidade. É mais o não cumprimento de requisitos previamente ajustados. Nesse caso, concordo.
O que acontece com quem não vota ou "foge" do serviço militar? Estas coisas não seriam "penalidades"?
Votar dificilmente pode ser enquadrado como serviço público. É exercício de direito político.
Quanto ao serviço militar obrigatório, faz pelo menos uns 15 anos que ninguém que não quer ir entra. Você se alista para conseguir um documento de reservista e só. Uma mera declaração que você está quite com suas obrigações com relação ao alistamento, nada mais.
A minha pergunta se refere a uma situação onde o serviço público em questão seria análogo ao voto ou ao serviço militar.
Pensei que estivesse se referindo aos serviços públicos como estão sendo propostos aos formados em medicina, o que nos leva ao post do Fabrício.
Quando falo "compulsória", refiro-me à necessidade de prestar o serviço para evitar penalidades tais como suspensão ou interdição de direitos (ex: não poder tirar licença profissional, não poder assumir cargo público, não poder tirar certos documentos, receber certos benefícios, etc)
Isso não se enquadra como penalidade. É mais o não cumprimento de requisitos previamente ajustados. Nesse caso, concordo.
Então eu acho que não entendi, existem "serviços públicos" a serem prestados para conseguir fazer o que o DDV colocou? Por exemplo, para tirar carteira profissional tenho que ser formado na área e me registar no Conselho, e não prestar nenhum serviço público. Para assumir um cargo tenho que prestar o serviço militar (o único que, por envolver possibilidade de teoricamente entrar em uma guerra, talvez tenha que ser compulsório mesmo), votar, etc., não preciso prestar nenhum serviço público.
Vocês são favoráveis ao cidadão ter que prestar um serviço para o Estado (como o dos médicos, por exemplo) para poder, por exemplo, tirar um documento?Ou entendi errado?
Eu sou favorável a pessoas formadas com recursos públicos se obrigarem a trabalhar na rede pública, recebendo a remuneração justa para a função exercida. E isso não é nenhuma novidade pra qualquer servidor público que passou por qualificação dentro do Estado.
Um policial que realiza o curso por determinado tempo, é obrigado por lei a se manter na polícia por um período variável de acordo com a duração do curso, para "pagar" o custo do treinamento que foi dispendido com ele. Eu por exemplo, fiquei obrigado a me manter por 3 anos após o término do meu curso, ou pagaria uma multa no valor do que ainda restava pra "pagar" o meu treinamento (os 4 anos seguintes estão sendo puro masoquismo

). Além disso, todos os cursos que fiz internamente possuíam as mesmas cláusulas de exclusividade.
Fundações como a Getúlio Vargas também possuem a mesma cláusula, quando vi da última vez. Você fez o curso pago pelo Estado, tem que prestar serviços a eles por determinado tempo.