No serviço militar você não cede seu tempo e esforço a troco de nada. Um médico, dentista, farmacêutico ou veterinário serve como oficial com todas as prerrogativas de um, inclusive salário. Se servir a partir do CPOF/NPOR da mesma forma. Se servir como soldado fecebe um soldo que de forma alguma é ruim além de poder chegar a 3o. Sargento com um soldo como o de qualquer sargento de mesmo nível. Onde está o esforço de graça?
Médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários são obrigados a trabalhar no serviço militar? Não entram voluntariamente?
Precisam prestar um ano de serviço obrigatório no EAS (no EEB, nas outras forças têm outro nome) após a formação na escola. Existem voluntários também. Também existem os de carreira, que fazem a escola de saúde
Quantos aos obrigados a se alistar, fala aqui (http://consciencia.blog.br/2011/06/forcas-armadas-recrutas-nao-tem-direito-constitucional-nem-ao-salario-minimo.html#.Ue8Wj9I3su4) que o salário não me parece nenhuma maravilha, podendo inclusive ser inferior ao mínimo. Já aqui (http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2013/06/27/alistamento-militar-obrigatorio-encerra-nesta-sexta-feira-28) fala que é um salário mínimo. Se esse é um salário que "de forma alguma é ruim", nem quero ver os ruins
.
De qualquer forma, ainda está melhor do que eu pensava, eu achei que era de graça. Mas eu não faria serviço militar por um salário mínimo nem a pau, se não fosse obrigado.
O recruta recebe muito pouco, mas a partir do momento que ele vai a soldado o salário começa a melhorar. Se ele engajar, o soldo vai a 963, 00 a 1518, 00 se tiver curso de cabo. Ainda assim, é muito difícil servir, são muitos candidatos para poucas vagas.
No caso do juiz, se você quiser ser um não adianta fazer faculdade e depois prestar consurso. Tem que advogar por dois anos, medida que não era necessária até há pouco tempo. Da mesma maneira, para advogar precisa prestar o exame da ordem, não importa a faculdade que curse. Se quiser ser professor deve fazer licenciatura, não adianta ser bacharel na disciplina. Em qualquer curso técnico você precisa fazer um estágio em um serviço, caso contrario não se forma técnico, apenas no ensino médio. Outros cursos também exigem estágios extramuros, como a engenharia química. No caso do médico (e que deve se extender aos demais profissionais da saúde), trata-se de parte da formação (e não serviço obrigatório) para se formar um tipo de profissional necessário, segundo a necessidade do sistema de saúde (e que também é a necessidade dos planos de saúde, mas eles ai da não se tocaram).
Médicos já prestam residência, que supre perfeitamente a necessidade de experiência profissional. Trabalhar nas péssimas condições do SUS não vai acrescentar em nada na formação deles. Só se for para aprender como não se deve fazer medicina.
Residência que são feitas em grande parte nas unidades do SUS, caso não saiba. E a ideia é que eles aprendam a ser médicos generalistas da AB. Médicos e não técnicos especializados. É onde se aprende a fazer medicina e não o contrário. Foi onde EU aprendi a ser dentista, por exemplo. Ele vai ter uma experiência prática de todas as áreas da medicina e os casos são muito mais variados que nas residências. Um exemplo, se o médico fizer residência em dermatologia receberá para atendimento apenas casos de dermatologia, um clínico da AB pega e acompanha casos de dermatologia, neurologia, psiquiatria, pneumologia, cardiologia... Um efeito colateral de uma medicina ultraespecializada é a necessidade de um paciente passar por vários especialistas que tratam cada qual segundo a sua especialidade um mesmo quadro, o que atrasa o diagnóstico definitivo e o tratamento adequado. Além disso, não chega em seu consultório um coração, uma prótata ou um ovário, chega uma pessoa que possui um componente sistêmico e uma dimensão social e mental. Conforme há o envelhecimento da população isso se torna mais crítico. Tudo isso é visto na AB do SUS e é o que fará parteda formação (e já está fazendo nos profissionais que aderiram ao Provab)
Essa conversa mole do governo de que a exigência ''é parte da formação" e não serviço obrigatório é pura conversa fiada. O governo achou um jeito demagógico para fingir que está resolvendo alguma coisa na área da saúde. Azar dos estudantes de medicina, mas também, quem manda estudar no Brasil? 
Não. É formação mesmo e é algo já há algum tempo sendo discutido, vide o artigo que postei do Gastão Wagner. Existem várias outras atividades que estão sendo feitas. Existe o Provab desde 2011, existe requalifica ubs que financia construção, ampliação e reforma de unidades básicas desde 2010, existe o pmaq, que aumenta o finaciamento das equipes da ab com base em indicadores e avaliações externas, existe o telessaúde desde 2011, mas em alguns estados desde 2008, com o uso de ferramenfas de ti para consultoria e capacitação e agora, com o e-sus, um grande programa de informatização das ubs.
Quanto ao azar de estudar no Brasil, talvez o melhor seria ter estudado no Reino Unido, onde depois dos 6 anos de faculdade de medicina precisa trabalhar um ano no sistema de saúde inglês sob supervisão para depois prestar o exame da ordem e poder receber o registro definitivo. Ou como na Suécia, que também exige o estágio no serviço público. Talvez o melhor seja como nos EUA, onde antes de se fazer medicina deve-se graduar em ciências básicas, como química ou física. Talvez o melhor seja como a África do Sul, onde existe o serviço civil obrigatório após a formatura.