respondendo ao Rafael Cardoso:
Não vejo dificuldade em conciliar a ciência e a religião.
Contanto que não se peça coerência e evidências para as crenças que permeiam as religiões, não vejo nenhum problema.
Isso mesmo e você está proibido de pedir coerência.
Não, ele não está 'proibido' de nada por aqui, com exceção das ações que são vetadas pelo regulamento do fórum. Se você tem alguma reclamação objetiva, apresente-a.
Aqui só permitimos coerência quando as evidências são contrárias às religiões.
Aponte uma só mensagem em que eu censuro qualquer tipo de 'evidência' favorável às religiões.
Portanto cuidado para não utilizar o nome da ciência em vão. Como a Geologia não é uma ciência verdadeira, você pode usá-la a vontade.
http://www.dancingphysicist.com/the-big-bang-theory-sheldon-asks-is-geology-a-real-science/
O seu sarcasmo não foi inoportuno, embora desnecessário. Em 1981, no primeiro ano do curso de Geologia, esta questão foi discutida na disciplina de Metodologia Científica. A hipótese lançada era de que se o 'princípio da falseabilidade' fosse aplicado de modo
strictu sensu, a chamada 'Geologia Histórica' poderia ser considerada como não-ciência porque certos eventos não podiam ser reproduzidos e nem sequer simulados de forma apropriada, especialmente pela questão da quantidade de fatores atuando ao longo de uma longa escala de tempo. Exemplos conspícuos eram a produção dos
banded iron formations e a reconstituição palinspática de terrenos arqueanos e proterozóicos.
Porém alguns autores, como Hilton Japiassu, mostraram que no caso da Geologia já havia uma base epistemológica capaz de resolver satisfatoriamente este problema e que ela havia sido proposta já no século XVIII, com modificações ao longo dos dois séculos subsequentes, com base em alguns princípios, entre os quais o do 'uniformitarismo' e hodiernamente, o do 'atualismo'. Este, por exemplo, é análogo ao conceito de 'universalidade das leis' na Física.
Além deste contexto, também foram discutidos as outras conceituações de ciência, incluindo as dadas por Lakatos, Khun, Feyerabend e até mesmo os precursores da epistemologia científica, como Whewell.
O que se concluiu é que sim, a Geologia (Histórica) pode ser considerada uma ciência, levando em conta o conjunto do conhecimento epistemológico e as suas nuances conceituais.
Creio em Deus e amo a ciência. Não há nada demais em gostar das duas coisas.
Em qual deus você crê?
Isso, responda aí.
Sim, responda, por favor.
Aqui temos especialistas para destruir todos os seus argumentos sobre a existência dele.
Qual é o problema em apresentar argumentos contrários à existência do deus dele? Em certa medida isto foi feito por Tomás de Aquino na
Suma Teológica para desenvolver a defesa na existência do deus cristão.
Declare logo a sua fé e fique preparado para provar que o seu deus existe, porque certamente vai precisar da ajuda dele.
Quem faz afirmações positivas sobre algo tem que evidenciá-las. Ou o 'ônus da prova' deve ser invertido?
Ora, a Bíblia...
Já descobri. O deus que você crê é Yaweh.
Ia dizer a mesma coisa...Na Bíblia, né? Pois fique sabendo que aqui só discutimos a parte podre da Bíblia.
Não. Realmente não. Já foram apresentados e elogiados diversos trechos da 'Bíblia', em especial os do Novo Testamento.
Só nos interessa deixar claro que o seu Yaweh é um deus vingativo, egoísta, assassino, vaidoso, e tudo mais de ruim.
O interesse provém unica e exclusivamente para desmontar a afirmação errônea dos cristãos que o seu deus é 'querido, amoroso e justo'.
Daqui a pouco, os céticos vão citar mil passagens do seu livro duvidoso para provar isso. Se pensa o contrário, prove.
E?
não foi escrita em linguagem científica.
Não há nenhuma dúvida quanto a isto.
Pelo visto, o forista Gigaview concordou com este trecho.
Isso justifica algumas falas como "o sol parou".
Não é o que está escrito em Josué, 10 (12 a 13).
...e no Levítico 11:5,6 que diz que o arganaz o coelho são animais que "ruminam". Quantas vezes será preciso dizer que a Bíblia ainda não foi publicada em capítulos numa revista científica indexada com peer-review?
A partir do momento em que não somente uma doutrina religiosa mas todo um estilo de vida é construído com base em um texto, seja de qual idade for, ele pode e deve ser submetido a vários escrutínios. E se este texto é um 'guia' em que estão contidas "informações" e afirmações sobre ciência, então é lícito e eticamente aceitável o questionamento sobre tal conteúdo.
Até mesmo os cientistas utilizam expressões não-científicas como pôr do sol.
Em periódicos e livros científicos só se usa linguagem técnica. Qualquer sentido figurado é claramente indicado.
Pelo visto, o forista Gigaview concordou com este trecho.
Grande parte dela também foi escrita em linguagem simbólica.
Sem dúvida. Típica de livros mitológicos com fundo moral para um determinado povo.
Pelo visto, o forista Gigaview concordou com este trecho.
Mas não vou me delongar nesse assunto pois não quero aumentar a tensão já existente.
Concordo.
E acho elogiável de sua parte.
Pelo visto, o forista Gigaview concordou com este trecho.
Gostaria apenas de afirmar minha crença em Deus e de deixar bem claro que há sim como conciliar as duas coisas.
Fica registrada a sua crença no deus Yaweh e a sua capacidade de "conciliar" o que é auto-excludente.
E que fique registrado também que tudo que foi dito sobre essa tentativa de "conciiação" é besteira da grossa, mesmo dita por grandes filósofos (ahhh essa besteira de filosofia) e pensadores ao longo da história.
E que fique registrado que se há 'grandes filósofos' que defendem a "conciliação", tem aqueles, de 'magnitude' semelhante que não concordam com isto e aqueles que concordam (ou discordam) em parte.
E eu não acho que filosofia é besteira. O forista Gigaview está me confundindo com alguém.
Aqui só valem os fatos, e qualquer coisa vinda de Yaweh (ahhh Yaweh) não será considerada.
Em relação à ciência, sem dúvida alguma, se não estiver acompanhada de evidências.
Além disso, esqueça aquelas besteiras ditas pelo padre "cientista" que dirigia o observatório do Vaticano, pois aqui sabemos muito mais do que ele.
Certo. Mas tomemos como exemplo, o cientista Lemaitrê, idealizador da Teoria do
Big Bang, que foi também um padre. Ele conciliava sem qualquer problema a sua crença no deus cristão com a sua profissão de astrofísico. Porém a maioria esquece (ou não sabe) em que contexto histórico isto aconteceu (e vem acontecendo).
Há mais de 200 anos não prevalece mais o
sapientia dei, scientia mundi, proposto por Bernardo de Claraval no primeiro meado do século XII. Este abade propugnava que a sabedoria do deus cristão sempre era superior ao conhecimento humano e isto guiou a hierarquia entre as disciplinas nas primeiras 'universidades' do Ocidente, no qual a Teologia (revelada ou não) sempre precedia a Filosofia e esta as demais disciplinas.
Esta conduta, no contexto histórico do final da Antiguidade e no início da Idade Média, junto, é claro, com outras idiossincrasias das sociedades daquele tempo, foi um dos pilares que embasou a atuação da "Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício", que silenciou Galilei e incinerou Bruno. Mesmo quando Descartes lançou a base para o que hoje se chama de 'método científico', o fez sob as sombras da Inquisição ao ponto de que, mesmo após a sua morte, os seus livros tenham sido proibidos em 1667.
Ou seja, a ICAR já não consegue mais impor a sua 'visão de mundo' restando aos seus acólitos, aceitar as descrições, explicações e conclusões sobre o mundo natural dadas pela ciência. Isto não passou desapercebido por nenhum homem culto da ICAR desde o século IX. Tal fato foi fundamental para que a escola filosófica da escolástica direcionasse as bases da metafísica cristã para longe do mundo natural, tanto quanto possível.
Então o fato de que o astrônomo-padre responsável pelo observatório do Vaticano seja, ao mesmo tempo, um cientista e um crente religioso tem relação não somente com a adoção de uma base filosófica dotada de certas premissas elaboradas com cuidado ('deus e o sobrenatural estão fora do escrutínio da ciência', por exemplo) mas também como foi o processo de ideologização religiosa a que foi submetido desde tenra idade.