Autor Tópico: Como medir a inteligência alienígena?  (Lida 8491 vezes)

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Offline Gigaview

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Como medir a inteligência alienígena?
« Online: 04 de Março de 2014, 21:07:54 »
A maioria das pessoas pensa em extraterrestres inteligentes semelhantes à humana, uma entidade bípede com dois braços, duas pernas e um rosto não muito diferente de nossa própria forma.

A realidade, porém, é que o nosso conhecimento limitado de como a vida pode se desenvolver em outras partes do universo podem estar nos cegando de possíveis formas de vida inteligente que são completamente diferente de tudo que já vimos antes.

Como medir a inteligência de formas de vida alienígenas totalmente diferentes da humana? Alguma idéia?


<a href="https://www.youtube.com/v/HOaIfyl8V4U" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/HOaIfyl8V4U</a>

Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Gigaview

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #1 Online: 23 de Março de 2014, 21:33:14 »
<a href="http://www.youtube.com/v/Izp7q6OXXS4&amp;t=43" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/Izp7q6OXXS4&amp;t=43</a>
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline _tiago

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #2 Online: 23 de Março de 2014, 22:22:39 »


Chute: se é a evolução que norteia a nossa existência, inclusive a nossa moral e conduta; se é também por esses trilhos que a histórica invariavelmente segue, talvez não seja possível existir uma variedade muito ampla de inteligência, pois todas deverão comportar coisas nossas, como a cooperação, a pilantragem, a ciência... Enfim, nossas virtudes e pecados.
Mas essa é só uma perspectiva.

Offline Gigaview

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #3 Online: 23 de Março de 2014, 22:46:51 »
Será?

É possível que seja tudo diferente, talvez a história deles não tenha essa linearidade da nossa história. Pode ser que coisas como cooperação para eles funcionem como funciona para as abelhas e que a pilantragem tenha o status de um distúrbio físico-químico ou que nem tenha paralelo numa civilização radicalmente diferente da nossa.

Acho que o Michio Kaku deu a pista.
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Offline _tiago

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #4 Online: 23 de Março de 2014, 23:20:27 »
E você consegue imaginar alguma inteligência sem esses componentes da evolução? Uma coisa que me deixa intrigado é que, num ambiente com diversos animais, com predadores e presas, existe intensa disputa. Não sei se existe um conjunto tão grande assim de estratégias de sobrevivência que permitam variedades de comportamento que, eventualmente possam descambar em inteligência. Talvez de uma forma muito restrita. E se você encarar a inteligência como o processamento de informações num nível mais elaborado e abstrato, a coisa fica, a meu ver, mais difícil ainda. No Doctor Who tem o Ood, que num momento chegam a falar que cooperam e servem pois é uma estratégia de sobrevivência. Tem os Klingons, que são tão belicosos quanto a lenda dos espartanos. :P
Seriam casos a ser testados na realidade, com jogos de estratégia, utilizando-se de computação. O que me lembra que o maior de todos os vencedores nesses jogos era a estratégia "coopera, se te enganarem, você, na rodada seguinte, também engana, mas depois volta a cooperar na terceira rodada".

A cooperação e a pilantragem, por exemplo, são observados em diversos mamíferos, principalmente aqueles com alguma inteligência, tal como golfinhos que se reúnem pra estuprar as fêmeas e alguns chimpanzés, que não gostam de ser trapaceados. E tem alguns níveis mais primitivos de cooperação, por exemplo, aqueles peixes ou pássaros que limpam a boca de predadores. Ou seja, alguns componentes da nossa inteligência estão aí desde sempre, e se a evolução só se realiza nesse conjunto de componentes, é difícil alguma inteligência variar.

Não sei, como você mesmo citou, se organismos como abelhas poderiam desenvolver inteligência pois, talvez, o conjunto de fatores que a permitem seja um pouco restrito. Ou, então, podemos dar uma olhada nesses animais nossos e ver como poderiam desenvolver alguma inteligência.

Depois eu vejo o vídeo.

Offline _tiago

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #5 Online: 23 de Março de 2014, 23:21:22 »
Meu texto tá um tanto bagunçado, mas putz... Preguiça de rever!

Offline _tiago

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #6 Online: 31 de Março de 2014, 19:04:08 »
[flash=600,400]http://www.youtube.com/v/Izp7q6OXXS4&t=43

O principal ponto do vídeo é que evoluções diferentes engendram cérebros diferentes, à exemplo de morcegos e cães, cujos cérebros estão em função dos sentidos que lhes são mais úteis. Dessa forma, a construção de mundo deles seria diferente da nossa.

Interessante e em muito concordo. Ocorre que, ainda assim, muita comportamento nosso também é observada em animais. Daí me ocorreu a ideia de que, enquanto as formas de percepção do mundo e o sentir a consciência variariam em maior quantidade, as formas de se relacionar com o mundo talvez não.


Offline Adun Toridas

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #7 Online: 03 de Abril de 2014, 20:42:20 »
O homem tem facilidade em estudar, contar histórias sobre, observar, analisar, assimilar e etc, aquilo que ele pode ver, observar, analisar e etc. Isto pode ser observado em nossa literatura, filmes, histórias e mitologias. As criaturas de outras dimensões, planetas, mundos e etc..., de nossa cultura em geral são copias do que conhecemos, vide um anjo: pessoa com asa de animal, Diabo: bípede com rabo semelhante ao de animais, Medusa: mulher com cabelo cobra, Horus: tinha cabeça de falcão e os seus olhos representavam o Sol e a Lua, a Cuca: é um monstro em forma de jacaré, o Godzilla: é um monstro radioativo assemelhado a um lagarto, Galactus: é um gigante humanoide devorador de planetas e etc...

O ser humano não consegue criar algo totalmente do nada, ele o faz se baseando em suas crenças, cultura, posição social, país, família, formação intelectual e etc... Fica até difícil imaginar formas de vidas que não se assemelhem a nossa, não???

Isso acaba afetando a relação de humanos e outras formas de vida, a maneira como os imaginamos e a forma como os procuramos. No final estamos procurando formas de vida como a nossa, isso acaba se tornando uma cegueira humana pois como dito nos vídeos e nos comentários existem várias formas de se evoluir, comunicar, perceber e interagir com o universo ou outros seres. Podem existir formas de vida por aí baseadas em elementos químicos quem nem saibamos de sua existência, diferente da nossa que se baseia no carbono.   

Na minha opinião nossa busca por vida ou por vida alienígena inteligente não é nada inteligente! Acredito que um contato alienígena (partindo do ponto que eles existem e que querem nos contatar ou que nós consigamos contatá-los) com nossa espécie poderia facilitar as coisas.
« Última modificação: 03 de Abril de 2014, 20:47:57 por Adun Toridas »
“Nós, [homem comum] que vivemos aqui, somos os bichinhos microscópicos que
vivem na base dos pêlos do coelho. Mas os filósofos tentam subir da base para a ponta dos
finos pêlos, a fim de poder olhar bem dentro dos olhos do grande mágico.” - Jostein Gaarder.

Precisamos chegar lá e ver se há magico ou apenas a mágica.

Offline Gabarito

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #8 Online: 04 de Abril de 2014, 18:40:20 »
Muito bom o tópico!

Esse assunto muito me interessa e me leva a especulações sobre as formas de vida diferentes das que estamos acostumados a ver.
Sempre que eu me deparo com grandezas que insistem em fugir da minha compreensão, apesar do enorme apelo à imaginação, como por exemplo as distâncias entre os planetas, estrelas e galáxias, a imensidão de partículas que constituem uma simples molécula, a quantidade de tempo que tenta compartimentar a eternidade, esse tipo de pensamento sempre me leva a uma conclusão óbvia: o universo é rico! É muito rico, é muito diverso, é abundante a não ter imaginação que consiga abarcar uma mínima parte, muito menos o todo.

Pois bem. Sabemos que o universo, a natureza, sei lá, o conjunto da realidade em que todos estamos imersos é muito rico e diversificado. Isso deveria nos levar a concluir que as formas de vida, que são subconjunto desse universo para lá de rico, são também abundantes em variações. Não é à toa que a classificação de insetos ainda está muito longe de ser concluída. O que dizer de bactérias, vírus e tudo o mais? Aqui mesmo na Terra nós não classificamos tudo que nos rodeia porque sempre aparece coisa nova, ainda inédita.

Se é assim, somente aqui na Terra, um grão de areia solto no espaço, o que dizer então dos incontáveis lugares onde seria possível também o desenvolvimento da vida?

E outra coisa que a nossa curta compreensão não pesa adequadamente é o tempo transcorrido. É muito fácil recitar "milhões de anos", "bilhões de anos". Mas parar para pensar na imensidão dessas grandezas e tentar comparar com eventos do nosso cotidiano nunca ninguém faz e, assim, não avalia devidamente o peso dessas medidas na total compreensão da coisa.

Mas ainda não cheguei aonde quero discorrer, que é a tal inteligência alienígena, título do tópico. Essa breve introdução foi somente para nos localizar no quão grande são as coisas todas presentes no universo e, assim consciente, ter uma visão mais cuidadosa com a enormidade de tudo. Para não correr o risco de ver como um cidadão da Idade Média que enxerga o Sol dando voltas e pensa que a Terra é o centro e é plana (afinal, os sentidos apontam para essa conclusão).

As coisas são muito grandes. As medidas são, muitas vezes, inimagináveis. As grandezas das unidades de medida se perdem de vista e nem a imaginação consegue alcançar adequadamente.

Um pouco de visão matemática pode ajudar um tantinho, quando se manipula valores teóricos como Infinito, Limite e outras entidades abstratas. Mesmo assim, joguemos imaginação nessa fogueira, porque o fogo consome tudo.

Pois bem, tenho algumas roseiras no meu jardim.
Vamos entrar agora na tal inteligência alienígena.

Vez por outra acontece de me distrair e ter um dedo furado por um dos muitos espinhos bastante pontiagudos da planta. E sempre me vem um pensamento recorrente: como é que essa roseira sabe que espinho fura? Tudo bem se fosse um animal, um predador, que sabe que a furtividade ajuda a emboscar uma presa. Tudo bem que seja um outro animal, abaixo na cadeia alimentar, que sabe que se camuflar na paisagem vai deixá-lo a salvo de predadores. Cada um com seu pequeno cérebro, e a gigantesca ajuda da evolução trabalhando ao longo de eras, desenvolvendo e aplicando corretamente suas estratégias de preservação da vida.

Mas uma planta???

Onde fica o cérebro dessa planta que vai, ao longo dos muitos milênios de evolução, planejar uma estratégia de defesa, chegando à brilhante e certeira conclusão de que um espinho, de fato, fura e serve de elemento de defesa?

Antes da planta, outra coisa que também me deixava intrigado era o veneno dos animais peçonhentos. Como é que a cobra sabe que seu veneno é agressivo para outros animais? Como é que ela tem alcance, na sua milenar evolução, claro, de saber produzir uma secreção composta de moléculas, elementos químicos de tal forma combinados a provocar a morte ou imobilidade a outro animal que a ameace ou a um que ela queira e precise comer? Nesse caso, ela estaria recebendo informações do metabolismo de um "outro" organismo, completamente alheio ao universo dela, um outro animal, o qual ela nunca "estudou" para saber suas vulnerabilidades, nunca esteve na sua bancada para ser dissecado e analisado.

A palavra-chave aqui é "saber". Como é que a evolução se deu de tal forma a que animais e plantas existentes na Terra possuam uma tal "inteligência universal" de forma a saberem, obterem informações, estarem por dentro do funcionamento de outras coisas alheias a eles.

Cabe aqui um pequeno esclarecimento: esses questionamentos que faço acima não possuem nenhum vetor que possa levar a questões sobrenaturais, Iluminatis, segredos para iniciados ou algo sensacionalista ou paranormal. Nada disso. São questões e dúvidas sinceras, decorrentes de pensamentos simples ao me confrontar com eventos do dia-a-dia. E que vieram a propósito para o assunto deste tópico: inteligência alienígena.

Não cheguei a ver os vídeos, mas pretendo fazê-lo assim que puder.

Tentei entender os argumentos de Tiago sobre a Navalha de Occam cortando as rebarbas de estratégias de inteligência, reduzidas a um escopo já conhecido e limitado. Tem alguma defesa esse tipo de pensar. Mas, particularmente, eu me inclino muito mais para o que eu já expus na introdução que é a enorme riqueza do universo em que vivemos, revelando sempre uma miríade de outros sub-universos para cada lado que nós lancemos algum olhar interessado e questionador.

A inteligência de seres de outros planetas, sejam eles animais, vegetais ou outra forma de vida, é algo que só poderemos imaginar e debater, enquanto não tivermos real acesso a ela. O que é uma pena, porque desconfio que estamos ainda muito longe de algum contato. Somente vida, não, porque tenho esperanças de ler sobre notícias de descoberta de vida em outro planeta ainda antes de morrer. Creio que teremos notícias assim dentro dos próximos 20 anos, com quase toda certeza. Porém, vida inteligente, essa aí, a cereja desse gigantesco bolo, o diamante precioso, a joia rara da coroa, essa pode demorar bem mais para mostrar a cara. E, infelizmente, eu não estarei mais caminhando sobre a Terra, para tomar conhecimento de como ela, de fato, é.

Offline _tiago

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #9 Online: 04 de Abril de 2014, 19:04:22 »
(...) Podem existir formas de vida por aí baseadas em elementos químicos quem nem saibamos de sua existência, diferente da nossa que se baseia no carbono. (...)

Não sei se entendi. Elementos químicos não constantes da tabela periódica ou estruturas vivas de outro elemento que não o Carbonno?

Offline Gigaview

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #10 Online: 04 de Abril de 2014, 19:08:01 »
(...) Podem existir formas de vida por aí baseadas em elementos químicos quem nem saibamos de sua existência, diferente da nossa que se baseia no carbono. (...)

Não sei se entendi. Elementos químicos não constantes da tabela periódica ou estruturas vivas de outro elemento que não o Carbonno?

http://en.wikipedia.org/wiki/Hypothetical_types_of_biochemistry
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Offline Gigaview

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #11 Online: 04 de Abril de 2014, 19:12:56 »
Citar
Muito bom o tópico!

Obrigado.  :ok:
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline _tiago

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #12 Online: 04 de Abril de 2014, 19:14:15 »
Sim, não entendi o que ele quis dizer. O Silicio é tetravalente e acharam, dia desses, mas não me lembro bem da notícia, DNA ou alguma outra parte de uma bactéria que se utilizava dele.

Offline Gabarito

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #13 Online: 04 de Abril de 2014, 19:32:50 »
Acho que ele quis dizer que as buscas por vida são sempre direcionadas à presença compulsória de carbono nos planetas pesquisados.
Se, por acaso, houver vida baseada em silício, por exemplo, as buscas podem "passar batido" no Bingo de encontrar tal forma de vida, uma vez que não se encontrou carbono naquele planeta e deu-se por inexistente.

Mas para explicar o que o colega Adun Toridas realmente quis dizer, só com ele mesmo.

Offline Adun Toridas

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #14 Online: 04 de Abril de 2014, 22:05:38 »
Sim, não entendi o que ele quis dizer. O Silicio é tetravalente e acharam, dia desses, mas não me lembro bem da notícia, DNA ou alguma outra parte de uma bactéria que se utilizava dele.

Sim a Nasa fez um estardalhaço enorme para anunciar isso eu me lembro bem! Isso ocorreu em nosso planeta na nossa porta! E as variações em galáxias diferentes, sistemas diferentes e etc...????

Acho que ele quis dizer que as buscas por vida são sempre direcionadas à presença compulsória de carbono nos planetas pesquisados.
Se, por acaso, houver vida baseada em silício, por exemplo, as buscas podem "passar batido" no Bingo de encontrar tal forma de vida, uma vez que não se encontrou carbono naquele planeta e deu-se por inexistente.
Mas para explicar o que o colega Adun Toridas realmente quis dizer, só com ele mesmo

Sim foi isso mais ou menos que eu quis dizer!!!!!

Eu fiz uma especulação, se existirem elementos químicos que não conheçamos (porque são raros, porque não ocorrem em nossa galáxia e etc...). Elementos que nem sabemos suas propriedades, se estes forem a base para formas de vida elas serão totalmente diferentes possivelmente, e quase que inevitavelmente passaremos desapercebidas por elas devido a maneira plana na qual a vida é procurada hoje em dia. Procuramos forma de vida como a nossa, semelhantes e não formas de vida independente do formato. Só pode existir forma de vida baseada em carbono??? Eis a questão!

Deu para entender meu ponto de vista???

E realmente colega Gigaview.... Seu post é muito bom!!!!! Esse assunto é interessante demais! :ok:
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Offline Gigaview

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #15 Online: 04 de Abril de 2014, 22:16:17 »
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E realmente colega Gigaview.... Seu post é muito bom!!!!! Esse assunto é interessante demais! :ok:

Obrigado. :ok:
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Offline Gigaview

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #16 Online: 04 de Abril de 2014, 22:32:36 »
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Historically, our measures of nonhuman intelligence has looked like this:

Physical measurements: brain to body ratio, brain structure/convolution/neural density, presence of artifacts and physical tools

Observational and sensory measurements: sensory signals, complexity of signals, cross-modal abilities, social complexity

Data mining: information theory, signal/noise, pattern recognition

Experimentation: memory, cognition, language comprehension/use, theory of mind

Direct interfaces: one way and two way interfaces with primates, dolphins, birds

Accidental interactions: human/animal symbiosis, cross-species enculturation

But these are mostly "human-like" attributes and measures. Most scientists are often reluctant to consider other types of intelligence that may not have human analogues.

"[Our] abilities to profile 'types' of intelligence that differ on a variety of scales is weak," writes Herzing. "Just as biologists stretch their definitions of life to look at extremophiles in unusual conditions, so must we stretch our descriptions of types of minds and begin profiling, rather than equating, other life forms we may encounter."

Intelligence is COMPLEX

To that end, Herzing has proposed a new approach to profiling a variety of nonhuman intelligences along multiple dimensions. Called COMPLEX (COmplexity of Markers for Profiling Life in EXobiology), it looks like this:

EQ: Encephalization Quotient
CS: Communication Signal complexity
IC: Individual Complexity
SC: Social Complexity
II: Interspecies Interaction

For example, dolphins have a high encephalization quotient, they engage in complex communication, and have big brains. The octopus is capable of associative learning, tameness, and exploratory behavior. Bees have collective intelligence, a symbolic waggle dance, and are capable of counting and learning. Even bacteria can exhibit complex behavioral responses without having to evolve complex brains. As for machine intelligence, namely AI, it demonstrates intelligence via neural networks, computational power, and algorithms.

To scale these markers, Herzing used a small set of taxa devised by biologists Lori Marino and Kathryn Denning. Each category was scored by experts on a scale from 1 to 10. Using this system, dolphins scored high in most categories, bees and machines scored relatively high in both the Communication Signal and Social Complexity categories, and microbes scored high in terms of Interspecies Interaction.

This chart shows the comparable category scores for each taxon. The red boxes indicate the most interesting aspects of various taxa:



The overlapping five dimensional profiles generated a distinct shape for each organism:



Five different profiling types were described:

The Party Animal: Brainy, communicative, and socially interactive (a high potential for social interactions)
The Accountant: Brainy and detail oriented (a high potential for specialized interactions)
The Loner: Brainy, communicative — but nonsocial (medium potential for individual interaction)
The Crowd: Communicative and integrated (low potential for individual interaction)
The Busy Body: Detail oriented and follows authority (smart, but low potential for creative interaction.

Charted, these profiling types look like this:



Herzing says this system can be easily used to assess a larger pool of nonhuman intelligences.

Interestingly, her findings suggest — and like I alluded to earlier — that convergent evolution may result in a certain universality of cognitive aspects of social animals, including the ability to comprehend artificial language (like mammals and birds) and show numerical competence (such as mammals, birds, fish, and amphibians). Indeed, many of these traits often predate language production or verbal language. Though she didn't state this in her paper, it's not unreasonable to suggest that intelligences do converge around certain cognitive traits.

http://io9.com/a-new-scientific-model-that-defines-alien-intelligence-1510751824
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Offline Gigaview

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #17 Online: 04 de Abril de 2014, 22:47:45 »
Ainda assim esses critérios partem de princípios que nós humanos consideramos inteligentes. Ainda assim existem problemas como no caso da complexidade do sinal de comunicação que desconsidera que talvez não tenhamos o hardware adequado nem para capta-lo quanto mais de avaliar a complexidade baseado na nossa própria inteligência. Parece simples avaliar inteligências "inferiores" à humana mas e no caso de inteligências superiores?

No entanto, trabalhos recentes sobre a evolução da vida alienígena defendem que ela não deve ser tão diferente da nossa:

Some of the Most Plausible Scenarios for Alien Civilizations - http://io9.com/some-of-the-most-plausible-scenarios-for-alien-civiliza-1458148674/all
« Última modificação: 04 de Abril de 2014, 22:55:51 por Gigaview »
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Offline Gabarito

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #18 Online: 05 de Abril de 2014, 09:42:58 »
Depois que vi os vídeos, identifiquei-me muito com a linha de raciocínio do veterano Michio Kaku.
Sobre isso, eu já havia tecido alguns comentários em outro tópico:


[...]

Notícias de descobertas de novos planetas orbitando estrelas e possíveis candidatos a abrigar vida extraterrestre têm sido quase rotineiras. A comunidade científica está chegando à conclusão de que planetas habitáveis e com tamanho semelhante ao da Terra são muito comuns no universo. Que bom!

Isso nos leva a fazer suposições acerca do que pode ser encontrado nesses planetas. Nesse ponto, vamos desconsiderar quase completamente os filmes de ficção científica que abordam o tema. Isso, porque invariavelmente eles distorcem completamente o cenário e deformam de maneira permanente qualquer especulação que se possa fazer sobre a existência de vida por lá. Os clichês são inúmeros, o que sempre me fazer perder totalmente o interesse pela continuação do filme. É uma coisa infantil, mas atribuo essa forma de abordagem como um artifício para se encaixar o enredo, geralmente de ação, onde os personagens se dividem inexoravelmente em bandidos e mocinhos.

Quais os clichês? A gravidade é sempre idêntica à da Terra, a atmosfera é igual à da Terra, com ar respirável, o Reino Vegetal, quando existe, é o mesmo da Terra, a estrela próxima é igual ao Sol, o céu é azul, os seres que aparecem costumam ter aparência humanoide, e o pior, falam inglês, e por aí vai.

Uma análise um pouco mais séria não trilha esse caminho. Isso é usado para conquistar audiência e inserir um enredo movimentado e atraente ao público.

Havendo mesmo um exoplaneta que abrigue em sua superfície alguma outra forma de vida, as variáveis seriam muito determinantes para moldar essa tal forma de vida extraterrestre. Para começar, a depender da gravidade existente no local, os seres que ali habitam teriam seu tamanho diretamente atrelado a esse valor. Acredito que quanto maior a gravidade exercida no planeta, menor o tamanho e massa das formas de vida que ali se desenvolvem. E o correspondente inverso, quanto menor a força da gravidade, maiores as formas de vida que encontram meio para desenvolvimento.

Aqui mesmo no Sistema Solar temos diversos planetas gasosos. Portanto, algum exoplaneta que abrigue vida teria algum tipo de atmosfera e/ou campo magnético bem diferente do da Terra, com elementos diversos dos que temos na nossa, propiciando a formação de vida também bem distinta da que se encontra por aqui. Não devemos nos prender ao fato de que todo planeta que abrigue outras formas de vida possuam atmosfera de céu azul, dia claro, manhãs ensolaradas, entardecer, pôr-do-sol e as poesias que encontramos nos filmes (os cenários de Star Wars são belíssimos, reconheço).

Agora, vamos às formas de vida propriamente ditas.

Pode haver vida microscópica em muitos e muitos planetas por aí afora. Pode ser o passado do que a Terra foi um dia, com essas novas vidas galgando o caminho da Evolução. Ou pode ser um planeta condenado a não conseguir evoluir e que suas formas de vida nunca atravessem alguns desafios que se deram por aqui de forma a cheguar a um organismo mais complexo. Restará um planeta eternamente abrigando vida microscópica.

Mas também pode ser que a vida que hoje já existe lá já se desenvolveu e atingiu estágios de organização celular mais complexa, com indivíduos diversos na árvore das espécies, tanto entre animais e vegetais, e talvez, quem sabe, um outro Reino que não conhecemos por não existir por aqui, meio que vírus, meio que psicrófilos ou termófilos. Seja como for, ainda assim, vida não inteligente.

Chegamos agora à parte mais empolgante de toda essa possibilidade: a existência de vida inteligente!

Essa parte é a que mais me entusiasma a estudar sobre o assunto. O leque que se abre para as inúmeras e interessantíssimas possibilidades é enorme. E as perguntas sobre o que se pode encontrar são incontáveis.
- Qual a forma, tamanho, aparência, constituição dos seres inteligentes?
- Qual a duração do seu ciclo de vida?
- Que tipo de alimentação é usada?
- Há respiração? Há troca de gases com o meio ambiente?
- Existe divisão sexual? Macho e fêmea também? Outro sexo?
- Como é a reprodução da espécie? Sexuada? Assexuada? Esporos brotam do corpo para gerar um novo ser?
- Possuem os mesmos sentidos que nós? Audição, visão, olfato, paladar e tato?
- Como se comunicam entre si? Com ondas sonoras na atmosfera de seu planeta, através de articulação de palavras? Ondas de rádio? Sinais luminosos?
- Extraem recursos do meio ambiente e exploram atividades "agropecuárias"? (guardando as proporções à realidade local, claro).
- E a sociedade? Eles também possuem dinheiro? Como se dá o processo de troca de bens e serviços?
- Possuem leis, códigos de ética, fiscalização, punição e policiamento?
- Política? Existem indivíduos que se dedicam a cuidar do bem comum, da proteção da sociedade, da elaboração de códigos e critérios de desenvolvimento científico e social?

...

Infinitas perguntas.

Isso tudo sem ainda abordar a parte do desenvolvimento tecnológico, o nível de controle que aquela civilização já alcançou, segundo os padrões do tipo de civilização preconizadas por Kardashev. Seria do tipo I? Quando a civilização já domina toda a energia potencial de seu planeta? Do tipo II ou III? De sua estrela ou galáxia?



Com essas notícias alvissareiras que nos chegam sobre novas descobertas de planetas com possibilidade de abrigar vida, acho que estamos chegando perto do momento de começar a fazer mais esse tipo de perguntas. Porque também são perguntas muito instigantes, cruciais para que possamos entender a cara do nosso irmão planetário, saber o que nos espera lá bem longe, mesmo que nunca nos encontremos.

É um assunto que sempre vai me fascinar. Saber que nesse mesmo instante em que debatemos aqui no fórum tem uma outra forma de vida, lá do outro lado da galáxia, também levando a sua vida, tocando a sua rotina, num ambiente com-ple-ta-men-te diferente do nosso, imerso numa realidade quase inimaginável para nós, é muito empolgante, é fascinante!

O que mais os colegas podem acrescentar às minhas ideias?
Posso ter falado muita bobagem, mas estou no papel de provocar outros pontos de vista, outros ângulos que não consegui enxergar, outras possibilidades e alternativas.



E também aqui:


Concordo integralmente com as suas colocações a respeito das dificuldades operacionais para o contato e comunicação.
As distâncias envolvidas são desanimadoras, até mesmo para a velocidade da luz. Esperar 20 anos para ouvir um "Na escuta, câmbio", é exigir muito da paciência.

Mas a minha intenção foi somente especular sobre as múltiplas variações possíveis de formas de vida lá bem longe.
Como serão eles?
Como vivem?
Até que ponto se desenvolveram?
Como lidaram com os problemas da sociedade?
Possuirão sentimentos, assim como nós entendemos essa nossa característica?
Chegaram a "inventar" o dinheiro?
Voam? Nadam? Arrastam-se pelo chão? Andam sobre pernas/membros? Galopam?
Registram a sua história?
Possuem sistema binário para processamento de dados?
Existe engano, mentira, logro, fraude por lá?
Quais os seus critérios de beleza? A nossa forma humanoide seria considerada bonita? Horripilante? Aceitável? Nojenta? E a forma deles para nós?


Finalmente, deixei no ar um desejo de ver um filme realmente interessante:

[...]

Bom seria pegar um diretor com ideias fora do mainstream e fazer um filme assim, com vegetais emulando sistema nervoso, colônias de insetos com atitudes diferentes do que estamos acostumados a ver nos insetos terrestres, seres gigantescos que planam numa atmosfera de metano num planeta com baixíssima gravidade, civilizações que apresentam alternativas ao dinheiro, à política, ao que estamos farto de ver nos enredos adolescentes desses tipos de filme. Quente seria fazer um filme sério, abordando as mais variadas formas de vida e de civilização, mesmo que esse "sério" aí atrás fique meio sem moral, haja visto tantas variações possíveis.




Foi tudo numa conversa com o Mr. Banzai, que também aborda esses assuntos de forma brilhante.
A propósito, por onde ele anda?
Se estiver ouvindo, pronuncie-se aqui nesse tópico, Mr. Banzai!!!

Que também venham outros colegas a esse empolgante debate.


Offline _tiago

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #19 Online: 05 de Abril de 2014, 12:44:42 »
Eu ainda acho que o excesso de especulações sobre o incomensurável, imponderável e inimaginável de como poderá ser a vida inteligente no universo poderia ser reduzido se pensarmos nos possíveis denominadores comuns da Seleção Natural. Penso eu, ela é a Engenheira Chefe da vida e da vida inteligente.

Algo do tipo:

[1] Se há vida em algum lugar, ela não será restrita a uma única forma. Assim, haverá competição. Certo?
[2] Organismos sob intensa competição por recursos são capazes de desenvolver quais estratégias.
[3] As estratégias podem descambar em quais comportamentos.
[4] A inteligência (pensamento cognitivo, memória reflexiva, planejamento futuro etc., ou algum outro critério, só estou tentando especular de forma criteriosa) é possível de se desenvolver em organismos sociais e também em organismos não sociais?
[4] Se organizados em sociedades haverá em competição?
[5] Quais os tipos de estratégias possíveis que surgem em animais sociais?
[6] Como isso reflete nos seus comportamentos e no organismo em si.
[7] Quais os componentes básicos de organismos capazes de pensar de forma inteligente.
[8] Quais
[9] Etc.

E ainda acho que temos de separar o improvável do provável, e o impossível do possível quando pensamos a respeito disso. Exemplos:
A) É possível ou provável que encontremos bactérias mais inteligentes do que nós? A meu ver, isso é improvável e impossível.
B) É possível ou provável que a inteligência se desenvolva que não em animais sociais? É possível, mas talvez improvável.

Edit: Alguém já viu algo do tipo, eu gostaria de ler a respeito!

Offline Moro

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #20 Online: 05 de Abril de 2014, 14:57:17 »
acho qualquer teste para se definir inteligencia extraterrestre seria antropomórfico por natureza ainda que coloquem mais dimensões de análises para a definição.

Acho que verificar o que essa sociedade conseguiu produzir em matéria de civilização e ciência é a maneira mais direta, salvo que coloquemos sociedades que evoluíram de maneira inesperada (fantasiosa?) como as do filme avatar e semelhantes.

É bem fácil criar critérios onde as baratas são mais evoluidas que os humanos (resiliência e sobrevivencia por exemplo)  mas ao final, não há como fugir de nos colocarmos a nós ou ao nosso paradigma de evolução como referência.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Derfel

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #21 Online: 05 de Abril de 2014, 17:38:06 »
Sim, não entendi o que ele quis dizer. O Silicio é tetravalente e acharam, dia desses, mas não me lembro bem da notícia, DNA ou alguma outra parte de uma bactéria que se utilizava dele.

Sim a Nasa fez um estardalhaço enorme para anunciar isso eu me lembro bem! Isso ocorreu em nosso planeta na nossa porta! E as variações em galáxias diferentes, sistemas diferentes e etc...????

Acho que ele quis dizer que as buscas por vida são sempre direcionadas à presença compulsória de carbono nos planetas pesquisados.
Se, por acaso, houver vida baseada em silício, por exemplo, as buscas podem "passar batido" no Bingo de encontrar tal forma de vida, uma vez que não se encontrou carbono naquele planeta e deu-se por inexistente.
Mas para explicar o que o colega Adun Toridas realmente quis dizer, só com ele mesmo

Sim foi isso mais ou menos que eu quis dizer!!!!!

Eu fiz uma especulação, se existirem elementos químicos que não conheçamos (porque são raros, porque não ocorrem em nossa galáxia e etc...). Elementos que nem sabemos suas propriedades, se estes forem a base para formas de vida elas serão totalmente diferentes possivelmente, e quase que inevitavelmente passaremos desapercebidas por elas devido a maneira plana na qual a vida é procurada hoje em dia. Procuramos forma de vida como a nossa, semelhantes e não formas de vida independente do formato. Só pode existir forma de vida baseada em carbono??? Eis a questão!

Deu para entender meu ponto de vista???

E realmente colega Gigaview.... Seu post é muito bom!!!!! Esse assunto é interessante demais! :ok:

Elementos só existem os que estão na tabela periódica,  seja nesta ou em qualquer outra galáxia.  Elementos desconhecidos são todos artificiais, com uma meia vida curtíssima e radioativos. Se existir outra forma de vida que não seja baseada em carbono,  provavelmente é baseada em silício ou germânio, dada suas características químicas.

Offline Entropia

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #22 Online: 05 de Abril de 2014, 21:23:18 »
Elementos só existem os que estão na tabela periódica,  seja nesta ou em qualquer outra galáxia.  Elementos desconhecidos são todos artificiais, com uma meia vida curtíssima e radioativos. Se existir outra forma de vida que não seja baseada em carbono,  provavelmente é baseada em silício ou germânio, dada suas características químicas.
E arrisco dizer que a diversidade da vida baseada em Silício e Germânio seria  menor, dada a dificuldade que os dois tem de fazerem ligacões duplas e triplas com outros elementos, o que diminui a diversidade dos compostos que eles podem formar.Além de dificultar a existência de isômeros.

Eu não acho que a química base seja o mais importantes para a formacão de vida alienígena significativamente diferente da nossa. Se supormos que os aliens tem algum tipo de código genético não muito diferente do nosso, a aleatoriedade das mutacões no código pode produzir uma variedade muito grande de estratégias evolutivas bem sucedidas. E isto já seria suficiente pra encontrar diferencas bem grandes entre nós e eles

Offline FZapp

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #23 Online: 05 de Abril de 2014, 22:41:59 »
A maioria das pessoas pensa em extraterrestres inteligentes semelhantes à humana, uma entidade bípede com dois braços, duas pernas e um rosto não muito diferente de nossa própria forma.

A realidade, porém, é que o nosso conhecimento limitado de como a vida pode se desenvolver em outras partes do universo podem estar nos cegando de possíveis formas de vida inteligente que são completamente diferente de tudo que já vimos antes.

Como medir a inteligência de formas de vida alienígenas totalmente diferentes da humana? Alguma idéia?



O assunto número 1 de 'Solaris' é esse, e um pouco mais porque Stanislaw Lem toma como certa a impossibilidade de comunicação, então como saber se estão ante um mero espasmo de rádio ou uma presença inteligente que quer alguma coisa em especial ? As personagens ficam loucas atrás dessa viagem, adoro o livro (e o filme) por causa disso, e por esse pessimismo realista :)

Você pode fazer cara de Carl Sagan e falar 'mas a matemática é a linguagem universal !', tá, mas eles podem ser inteligentes e ter outra relação com a matemática, ou podem ser abelhas e construir coisas belas e perfeitas do ponto de vista matemático.

...abelhas sonham ? Essa impossibilidade comunicativa já existe no nosso planeta.
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Offline FZapp

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Re:Como medir a inteligência alienígena?
« Resposta #24 Online: 05 de Abril de 2014, 23:00:16 »
E você consegue imaginar alguma inteligência sem esses componentes da evolução? Uma coisa que me deixa intrigado é que, num ambiente com diversos animais, com predadores e presas, existe intensa disputa. Não sei se existe um conjunto tão grande assim de estratégias de sobrevivência que permitam variedades de comportamento que, eventualmente possam descambar em inteligência. (...)

Vamos lá: uma coisa é que existam formas de vida, outra que existam formas de vida reproduzíveis, variáveis, que geram disputa energética, onde muitas extinções e milhões de anos de combinações geram espécies em grupos definidos dentro de uma cadeia alimentar. Aí sim concordo com você, milhões de anos de tempo e um peixão e um mamífero que tinha patas e braços terão barbatanas e nadarão de forma muito similar, inclusive com o mamífero puxando seu nariz até a altura do topo da cabeça.

Mas animais podem ser imortais (há alguns exemplos aqui na Terra).

Pode ser um plancton enorme que se alimenta num tipo de gás e gera outro, enquanto outra espécie faz o contrário, ad aeternum.

Somos belicosos e achamos que a inteligência só pode existir para dominar o ambiente, mas o fato de ser consciente dele e controlá-lo pode ser o único estímulo.

Sim, podemos imaginar que há uma convergência de formas de predadores que por sua vez define as formas para fugir desses predadores. Mas a quantidade de combinações depende principalmente do tipo de domínio sensorial, por exemplo -o fato dos predadores terrestres terem olhos que se focalizam para frente e os de herbívoros comidos por eles terem olhos mais panorâmicos é um exemplo que se me ocorre. Mas partimos do pressuposto que seus antepassados tem olhos. E se o principal órgão sensorial for a variação da temperatura detectada como algo como o cheiro ? As combinações se sensoriais são realmente enormes, e mesmo que haja algumas leis num planeta com certa cadeia alimentar, caso todos tenham ancestrais comuns, irão compartilhar órgãos sensoriais e a sua disputa se valerá disso.

Se leu 'Cosmos' vai se lembrar dos seres que Sagan imagina num planeta principalmente gasoso (jupiteriano).
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