Autor Tópico: Os estragos do chavismo na Venezuela  (Lida 123360 vezes)

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Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2950 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 09:01:00 »
O coletivismo depende de líderes messiânicos


Os sacerdotes dessa religião atribuem a seu ídolo as mesmas virtudes que os teólogos atribuem a Deus


Segundo as doutrinas do universalismo, do realismo conceitual, do holismo e do coletivismo, a sociedade é uma entidade que vive sua própria vida, independente e separada das vidas dos diversos indivíduos, agindo por sua própria conta e visando a seus próprios fins, que são diferentes dos pretendidos pelos indivíduos.


Assim sendo, é evidente que pode surgir um antagonismo entre os objetivos da sociedade e os objetivos individuais.


Logo, para salvaguardar o florescimento e futuro desenvolvimento da sociedade, torna-se necessário controlar o egoísmo dos indivíduos e obrigá-los a sacrificar seus desígnios egoístas em benefício da sociedade.


Chegando a esta conclusão, todas as doutrinas coletivistas têm forçosamente de abandonar os métodos tradicionais da ciência humana e do raciocínio lógico e adotar uma profissão de fé teológica ou metafísica. Ato contínuo, e recorrendo a líderes carismáticos, os adeptos desta doutrina têm de obrigar os homens — que são perversos por natureza, isto é, dispostos a perseguir seus próprios fins — a entrar no caminho certo que a história quer que eles trilhem.


Esta filosofia é a mesma que, desde tempos imemoriais, caracteriza as crenças de tribos primitivas. Tem sido um elemento de todos os ensinamentos religiosos. O indivíduo torna-se obrigado a respeitar os decretos promulgados por um poder super-humano e obedecer às autoridades, encarregadas por este poder de fazer cumprir a lei.


Sob as doutrinas do universalismo e do coletivismo, o indivíduo, ao agir de acordo com o código ético, não o faz em benefício direto de seus interesses particulares, mas, ao contrário, renuncia aos seus próprios objetivos em benefício dos desígnios da comunidade. 


Na visão do coletivismo, é inútil tentar convencer a maioria pela persuasão e conduzi-la, amigavelmente, ao caminho certo. Os que receberam a "iluminação" — sempre guiados pelo carisma de seu líder — têm o dever de pregar o evangelho aos dóceis e de recorrer à violência contra os intratáveis. O líder carismático é praticamente um vigário da Divindade, o representante dos genuínos interesses da sociedade, um instrumento da história. É infalível e tem sempre razão. Suas ordens são a norma suprema.


Por isso, o coletivismo é necessariamente um sistema de governo teocrático. A característica comum de todas as suas variantes é a postulação de uma entidade com características sobre-humanas à qual os indivíduos devem obediência. O que as diferencia uma das outras é apenas a denominação que dão a esta entidade e o conteúdo das leis que proclamam em seu nome. O poder ditatorial de uma minoria não encontra outra forma de legitimação a não ser apelando para um suposto mandato recebido de uma autoridade suprema e sobre-humana.


Pouco importa se o autocrata baseia sua autoridade no direito sagrado dos reis ou na missão histórica da vanguarda do proletariado; nem se o ser supremo se denomina Geist (Hegel) ou Humanité (Auguste Comte). Os termos "sociedade" e "estado", como empregados pelos adeptos contemporâneos do socialismo, do coletivismo, do planejamento e do controle social das atividades dos indivíduos, têm o significado de uma divindade.


Os sacerdotes dessa nova religião atribuem a seu ídolo todas aquelas virtudes que os teólogos atribuem a Deus: onipotência, onisciência, bondade infinita etc.


Se admitirmos que exista, acima e além das ações individuais, uma entidade imperecível que visa a seus próprios fins, diferentes dos homens mortais, teremos já estruturado o conceito de um ser sobre-humano. Não podemos, então, fugir da questão sobre quais fins têm precedência, sempre que houver um conflito: se os do estado ou sociedade, ou os do indivíduo.


A resposta a esta questão já está implícita no próprio conceito de estado ou sociedade como entendido pelo coletivismo e pelo universalismo. Ao se postular a existência de uma entidade que, por definição, é mais elevada, mais nobre e melhor do que os indivíduos, não pode haver qualquer dúvida de que os objetivos desse ser eminente devem prevalecer sobre os dos míseros mortais.


Se o estado é uma entidade dotada de boa vontade, boas intenções e de todas as outras qualidades que lhe são atribuídas pela doutrina coletivista, então, pela lógica, é simplesmente absurdo confrontar as aspirações triviais do pobre indivíduo com os majestosos desígnios do estado.


O caráter quase teológico de todas as doutrinas coletivistas torna-se evidente nos seus conflitos mútuos. Uma doutrina coletivista não proclama a superioridade do ente coletivo in abstrato; proclama sempre a proeminência de um determinado ídolo coletivista e, então, ou nega liminarmente a existência de outros ídolos do mesmo gênero, ou os relega a uma posição subordinada e auxiliar em relação ao seu próprio ídolo.


Os adoradores do estado proclamam a excelência de seu próprio governo. Se dissidentes contestam o seu programa — quase sempre anunciando a superioridade de algum outro ídolo coletivista —, a única resposta é repetir muitas vezes: nós estamos certos porque uma voz interior nos diz que nós estamos certos e vocês estão errados. Os conflitos entre coletivistas de seitas ou credos antagônicos não podem ser resolvidos pela discussão racional; só podem ser resolvidos pelo recurso à força das armas.


Todas as variantes de credos coletivistas estão unidas em sua implacável hostilidade às instituições políticas fundamentais do sistema liberal: tolerância para com as opiniões divergentes, liberdade de pensamento, de expressão e de imprensa, igualdade de todos perante a lei. Essa união dos credos coletivistas nas suas tentativas de destruir a liberdade deu origem à suposição equivocada de que a controvérsia política atual seja entre individualismo e coletivismo. Na verdade, é uma luta entre o individualismo de um lado e uma variedade de seitas coletivistas do outro. E o ódio e hostilidade mútuos entre essas seitas são ainda mais ferozes que sua aversão ao sistema liberal.


A aplicação das ideias coletivistas só pode resultar na desintegração social e na luta armada permanente. É claro que todas as variedades de coletivismo prometem a paz eterna a partir do dia de sua vitória final e da derrota completa de todas as outras ideologias e seus defensores. Entretanto, para que estes planos sejam realizados, é necessária uma mudança radical no gênero humano. Os homens devem ser divididos em duas classes: de um lado, o político onipotente, messiânico, quase divino; do outro, as massas, que devem abdicar da vontade e do raciocínio próprio para se tornarem meros peões no tabuleiro deste pretenso ditador.


As massas devem ser desumanizadas para que se possa fazer de um homem o seu senhor divinizado. Pensar e agir, as características primordiais do indivíduo, tornar-se-iam o privilégio de um só homem. Não é necessário mostrar que tais desígnios são irrealizáveis. Os impérios milenaristas dos ditadores são fadados ao fracasso; nunca duram mais do que alguns anos. Já assistimos à queda de muitas destas ordens "milenares". As remanescentes não terão melhor sorte.


O atual ressurgimento das ideias coletivistas, causa principal das agonias e desastres de nosso tempo, tem sido tão bem-sucedido, que fez esquecer as ideias essenciais da filosofia social liberal. Para os adeptos do coletivismo, em qualquer uma de suas várias roupagens, as maiorias têm sempre razão simplesmente porque têm o poder de derrotar qualquer oposição; governo majoritário equivale à ditadura do partido mais numeroso, e a maioria no poder não sente necessidade de se refrear na utilização do seu poder nem na condução dos negócios públicos.


Logo que uma facção consegue obter o apoio da maioria dos cidadãos — e, desse modo, assume o controle da máquina governamental —, considera-se com a faculdade de negar à minoria todos aqueles direitos democráticos por meio dos quais conseguiu alcançar o poder.


Já os liberais não divinizam as maiorias nem as consideram infalíveis; não sustentam que o simples fato de uma política ser apoiada por muitos seja prova de seus méritos para o bem-comum. Não recomendam a ditadura da maioria nem a opressão violenta das minorias dissidentes. O liberalismo visa a estabelecer um arranjo político que assegure o funcionamento pacífico da cooperação social e a intensificação progressiva das relações sociais mútuas. Seu objetivo principal é evitar conflitos violentos, guerras e revoluções que necessariamente desintegram a colaboração social e fazem os homens retornarem ao barbarismo primitivo, quando todas as tribos e grupos políticos viviam permanentemente em luta uns com os outros.


O liberalismo é simplesmente uma defesa do individualismo, que, quando respeitado, geram a divisão do trabalho, a cooperação social e a intensificação progressiva dos vínculos sociais.

_________________________________

O artigo acima contém excertos do livro Ação Humana, de 1948.



https://mises.org.br/Article.aspx?id=2349&ac=214393


Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2951 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 09:07:25 »
O Guaido está discutindo acordos de venda de petróleo às empresas americanas.
Por causa disto, a esquerda já começou a postar que a ajuda humanitária é, na verdade, mais um passo na entrega da Venezuela ao capital estrangeiro.



Bom que está negociando.  Entretanto, precisam  tomar o controle dos poços  e de estradas e portos e mar (para conseguir extrair o petróleo, para colocar em caminhões (ou vagões ferroviários), para  transportar em terra,  e embarcar e transportar via marítima), caso contrário  só vai ser  conversa fiada.


« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2019, 09:28:55 por JJ »

Offline _Juca_

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2952 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 09:11:48 »
Comentam que o Guaidó pedira intervenção amanhã porque hoje acontece a reunião do grupo de Lima.



Muita burrice estratégica para alguém que quer ser presidente.

A segunda opção é chamar a Fernanda Montenegro para distribuir flores ao pessoal do Maduro, talvez ela consiga fazer o cara abandonar as armas e parar de meter porrada no pessoal.

Pensando bem pode ser uma ótima idéia.

A gente se livra da velha tb.

Se vc é tão esperto assim, porque não pega em armas e vai você mesmo lutar contra o regime. Não vai né? Capacidade de ser idiota e misturar Fernanda Montenegro com Venezuela, desejando a morte dela, te sobra, agora fazer você mesmo o que você acha que deve ser feito duvido muito que tenha essa capacidade.

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2953 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 09:13:12 »
VEXAME :!:
Não tinham plano "B" — acharam que iam assustar os chavistas cacarejando...
Só falta agora deixarem o Putin modernizar as instalações da PDVSA e portos, e por pessoal russo lá (não duvido que deixem...).

AMERICA 0 x 1 CHAVISTAS



Talvez uma forte pressão econômica faça o Maduro desistir da ideia de resistir.  Talvez o Maduro não seja estupidamente intransigente.



Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2954 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 09:18:07 »
Comentam que o Guaidó pedira intervenção amanhã porque hoje acontece a reunião do grupo de Lima.



Muita burrice estratégica para alguém que quer ser presidente.

A segunda opção é chamar a Fernanda Montenegro para distribuir flores ao pessoal do Maduro, talvez ela consiga fazer o cara abandonar as armas e parar de meter porrada no pessoal.

Pensando bem pode ser uma ótima idéia.

A gente se livra da velha tb.

Se vc é tão esperto assim, porque não pega em armas e vai você mesmo lutar contra o regime. Não vai né? Capacidade de ser  xxxxxx  e misturar Fernanda Montenegro com Venezuela, desejando a morte dela, te sobra, agora fazer você mesmo o que você acha que deve ser feito duvido muito que tenha essa capacidade.



1) Porque o Arcanjo não é um Superman;    :hihi:


2) Para lutar contra um exército regular é necessária uma grande e bem financiada e bem organizada força.   :ok:





« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2019, 09:25:22 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2955 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 09:59:55 »

Notícia do  site    S  Putin  ick     sputnick :



EUA estão preparando intervenção militar na Venezuela, diz secretário de Segurança russo



 © REUTERS / Carlos Garcia Rawlins
AMÉRICAS


07:12 26.02.2019(atualizado 07:52 26.02.2019) URL curta5410
Enviando militares à Colômbia e Porto Rico, os EUA estão preparando uma intervenção militar na Venezuela, disse o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev.

Segundo Patrushev, a Venezuela não aceitou a ajuda humanitária americana porque entende que Washington planeja derrubar o presidente legítimo Nicolás Maduro.


"Manifestando sarcasmo e arrogância em relação ao povo venezuelano, os EUA estão preparando uma intervenção militar em um Estado soberano", disse ele em uma entrevista ao jornal russo Argumenty i Fakty.


Para Patrushev, "o envio das forças especiais americanas ao território de Porto Rico, o desembarque de unidades das Forças Armadas dos EUA na Colômbia e outros fatos revelam claramente que o Pentágono está reforçando seu agrupamento de tropas na região para usá-las na operação para remover do poder o atual presi
dente legitimamente eleito [Nicolás] Maduro".

"A grave situação humanitária no país a que se refere Washington foi causada precisamente pelas sanções e embargo americanos. Neste contexto, está sendo impingida sua ajuda humanitária", afirmou o secretário.


Caminhões da ajuda humanitária dos EUA escoltados pela polícia da Colômbia, perto de Cúcuta
© AP PHOTO / FERNANDO VERGARA

Ajuda humanitária dos EUA à Venezuela contém bens vencidos, diz embaixador
Ele sublinhou também que a Rússia aceitou a proposta dos EUA para realizar consultas sobre a Venezuela, mas eles próprios "evitam-nas sob falsos pretextos, adiando os prazos acordados".


No sábado (23), a oposição venezuelana tentou fazer entrar na Venezuela, a partir do Brasil e da Colômbia, a chamada ajuda humanitária que inclui medicamentos e alimentos dos EUA e outros países.

As autoridades venezuelanas rejeitaram as entregas da ajuda patrocinada pelos EUA e afirmaram que as declarações sobre a crise humanitária se destinam a justificar uma invasão da Venezuela.



https://br.sputniknews.com/americas/2019022613388979-eua-venezuela-intervencao-militar-derrubar-maduro/


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2956 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 12:50:42 »
Comentam que o Guaidó pedira intervenção amanhã porque hoje acontece a reunião do grupo de Lima.



Muita burrice estratégica para alguém que quer ser presidente.

A segunda opção é chamar a Fernanda Montenegro para distribuir flores ao pessoal do Maduro, talvez ela consiga fazer o cara abandonar as armas e parar de meter porrada no pessoal.

Pensando bem pode ser uma ótima idéia.

A gente se livra da velha tb.

Se vc é tão esperto assim, porque não pega em armas e vai você mesmo lutar contra o regime. Não vai né? Capacidade de ser idiota e misturar Fernanda Montenegro com Venezuela, desejando a morte dela, te sobra, agora fazer você mesmo o que você acha que deve ser feito duvido muito que tenha essa capacidade.

E porque vc pensa que eu não iria?

O negócio da velha é o seguinte, gente como ela e como vc sempre acham que dá para subir o morro levando flores, por isso citei como exemplo.

Na verdade vc passou anos defendendo as pessoas que levaram a situação ao ponto em que chegou, gente como vc que sempre apoiou e votou nessas pessoas sabendo o que pensavam, o que fariam.




 

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2957 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 13:03:04 »


E porque vc pensa que eu não iria?
 




Sozinho ?   :susto: 


Você é parente do Superman ?    :hihi:



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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2958 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 13:04:15 »



Note que o Juca  não  sugeriu que você fosse  fazendo parte de uma grande força.   :!:

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2959 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 13:05:55 »

Na galhofa do Juca a ideia é que você pegasse em armas e fosse sozinho numa missão de derrubar o Maduro.


 :histeria:

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2960 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 13:07:39 »


Até para o Rambo isso seria difícil.


 :histeria:

 


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2961 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 13:15:20 »


E porque vc pensa que eu não iria?
 




Sozinho ?   :susto: 


Você é parente do Superman ?    :hihi:




Se fosse convocado.

Só que não basta querer ir, teria que ser aceito mesmo com minha idade, não depende de mim.

Mas e quanto ao Juca? Será que o defensor da igualdade social seria capaz de ir viver em um país socialista abrindo mão de tudo? Vivendo como um socialista comum nos países que ele admira tanto?

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2962 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 13:38:42 »

E porque vc pensa que eu não iria?
 




Sozinho ?   :susto: 


Você é parente do Superman ?    :hihi:




Se fosse convocado.

Só que não basta querer ir, teria que ser aceito mesmo com minha idade, não depende de mim.




Mas a ideia não é ir após ser convocado por uma grande força,  e sim fazer algo como:  arrumar  umas granadas,  um fuzil,  um rifle de longo alcance para sniper, uma mini gun,  muitas balas, um lançador de RPG (e obviamente a munição),  uma faca grande,  suprimentos diversos (água, alimentos, remédios básicos, kit de primeiros socorros) , roupas camufladas,  colete a prova de balas, mapas, GPS, etc.  Planejar,  e  então partir  para  a  missão. 

« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2019, 13:58:39 por JJ »

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2963 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 13:43:33 »

Mas e quanto ao Juca? Será que o defensor da igualdade social seria capaz de ir viver em um país socialista abrindo mão de tudo? Vivendo como um socialista comum nos países que ele admira tanto?


Para viver como ?


Um operário pobrezinho trabalhando numa fábrica ?





« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2019, 13:46:39 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2964 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 13:53:28 »

Mas e quanto ao Juca? Será que o defensor da igualdade social seria capaz de ir viver em um país socialista abrindo mão de tudo? Vivendo como um socialista comum nos países que ele admira tanto?


Quanto ao Juca eu não sei, mas, quanto a mim,  só acharia legal se fosse para ser um burocrata de alto escalão que fizesse parte da nomenklatura


 :histeria:


« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2019, 13:56:41 por JJ »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2965 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 14:52:46 »

E porque vc pensa que eu não iria?
 




Sozinho ?   :susto: 


Você é parente do Superman ?    :hihi:




Se fosse convocado.

Só que não basta querer ir, teria que ser aceito mesmo com minha idade, não depende de mim.




Mas a ideia não é ir após ser convocado por uma grande força,  e sim fazer algo como:  arrumar  umas granadas,  um fuzil,  um rifle de longo alcance para sniper, uma mini gun,  muitas balas, um lançador de RPG (e obviamente a munição),  uma faca grande,  suprimentos diversos (água, alimentos, remédios básicos, kit de primeiros socorros) , roupas camufladas,  colete a prova de balas, mapas, GPS, etc.  Planejar,  e  então partir  para  a  missão. 



Como se fosse possível.

Só para lembrar que uns anos atrás o cara que quer enfrentar o exército americano quase se borrou dentro de um blindado porque tem medo de lugares fechados.

O Maduro é muito valente enquanto está escondido atrás de alguém, como todo esquerdinha.
« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2019, 14:56:18 por Arcanjo Lúcifer »

Offline _Juca_

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2966 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 15:40:32 »

Na galhofa do Juca a ideia é que você pegasse em armas e fosse sozinho numa missão de derrubar o Maduro.


 :histeria:

O cara é bom pra mandar os outros matar quem ele não gosta, não é ultradireitista como ele, deve morrer. É o estilo Bolsonarete de ser. E Arcanjo, para de ser burro, vai estudar, na Venezuela nunca houve expropriação dos meios de produção pelo Estado, aquele país nunca foi socialista e as duas ultimas merdas de governantes que eles tiveram, um quase militar e depois um motorista de õnibus, nunca fizeram uma revolução socialista.

Offline Geotecton

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2967 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 15:56:35 »
Na galhofa do Juca a ideia é que você pegasse em armas e fosse sozinho numa missão de derrubar o Maduro.

 :histeria:
O cara é bom pra mandar os outros matar quem ele não gosta, não é ultradireitista como ele, deve morrer. É o estilo Bolsonarete de ser. E Arcanjo, para de ser burro, vai estudar, na Venezuela nunca houve expropriação dos meios de produção pelo Estado, aquele país nunca foi socialista e as duas ultimas merdas de governantes que eles tiveram, um quase militar e depois um motorista de õnibus, nunca fizeram uma revolução socialista.

Caro _Juca_.

Você é melhor (muito melhor!), em termos de discussão argumentativa, do que o que escreveu no trecho supra destacado em negrito.

No seu próximo ad hominem, claramente ofensivo, receberá cartão amarelo.
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Offline Peter Joseph

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2968 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 16:38:47 »
Ora ora, como os brasileiros que estão no inferno da Venezuela não querem voltar ao Paraíso Tropical Brasileiro??

Consulado enviou email a brasileiros vivendo na Venezuela perguntando sobre necessidade de ajuda para sair do país, mas maioria não está interessada, segundo a pasta.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/02/26/crise-na-venezuela-maioria-dos-brasileiros-rejeita-ajuda-para-deixar-o-pais-em-caso-de-conflito-diz-itamaraty.ghtml
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2969 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 17:11:33 »

O cara é bom pra mandar os outros matar quem ele não gosta, não é ultradireitista como ele, deve morrer. É o estilo Bolsonarete de ser. E Arcanjo, para de ser burro, vai estudar, na Venezuela nunca houve expropriação dos meios de produção pelo Estado, aquele país nunca foi socialista e as duas ultimas merdas de governantes que eles tiveram, um quase militar e depois um motorista de õnibus, nunca fizeram uma revolução socialista.



Palavras podem ser adequadamente redefinidas, não é necessário ficar preso a uma única definição, no caso a definição marxista para socialismo, a qual requer que todas as empresas sejam expropriadas e estatizadas.  Mesmo porque, conforme este critério, poderíamos ter uma economia com 90% das empresas estatizadas e ainda assim teríamos que chamar o regime de capitalista, o que obviamente seria um absurdo.


« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2019, 17:30:27 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2970 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 17:16:57 »
O fato é que houve grande retirada de liberdade de mercado e avanço do Estado, mesmo em 2012 isso já era bem significativo:



Venezuela no último lugar do ranking mundial da liberdade econômica


France Presse


WASHINGTON, 19 Set 2012 (AFP) -A Venezuela é o pior lugar do mundo em termos de facilidade para se abrir uma empresa ou exercer a
liberdade econômica, segundo um relatório sobre 144 nações divulgado nesta quarta-feira pelo liberal Instituto Cato.


Hong Kong lidera a lista da Liberdade Econômica, com nota 8,90 em uma escala de 0 a 10, segundo a metodologia deste instituto e com base em
dados de 2010. Em seguida, estão Cingapura (8,69) e Nova Zelândia (8,36).


Os Estados Unidos, que costumava estar entre os primeiros colocados nos anos 1980, foi caindo até ficar na posição 18. Entre os latinoamericanos, o Chile se destaca na décima posição.

O instituto americano defende os postulados de economistas como Milton Friedman (1913-2006) ou o austríaco Friedrich Hayek (1899-1992),
ambos Prêmios Nobel e partidários do máximo de liberdade econômica possível e de um papel limitado do Estado.

A Venezuela ostenta uma pontuação de 4,07 pontos.

Em penúltimo lugar, está Mianmar (4,29) e, em antepenúltimo, Zimbábue (4,35), ambos países sujeitos a sanções da comunidade internacional.
Venezuela, Argentina, Islândia e Estados Unidos registram as piores quedas na lista desde 2000, destaca o Instituto Cato.

"A Venezuela é um país rico em recursos e com as piores instituições econômica da América Latina", criticam os autores, que recordam que o
Banco Mundial também situa este país no último lugar em seu índice anual sobre liberdade empresarial.

Para estabelecer sua lista, o Instituto Cato e os economistas associados ao projeto levam em conta 24 variáveis, agrupadas em cinco categorias: o
peso do governo, o sistema legal, a política monetária e os dados econômicos, e a liberdade comercial e a regulação.

Na América Latina, os países mais livres economicamente são o Chile, o Peru, o Panamá, a Colômbia e o México.

"Comparados a outros países, a maioria das nações latino-americanas têm governos cujo porte é pequeno, mas seus sistemas legais estão
politizados", explica o texto.

jz/du/mr/cn
Link http://glo.bo/R00d1V

http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/09/venezuela-no-ultimo-lugar-do-ranking-mundial-da-liberdade-economica.html





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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2971 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 17:21:56 »
 

A Venezuela é um grande exemplo de abolição do “neoliberalismo”.

Estranhamente, ninguém comemora

Por que a esquerda se recusa a falar sobre a Venezuela?




Durante a eleição presidencial americana de 2016, o pré-candidato pelo Partido Democrata Bernie Sanders, um autodeclarado socialista, se recusou a responder perguntas sobre a Venezuela durante uma entrevista à rede Univison.


O senador alegou que não queria falar sobre o país porque "estou focado em minha campanha". Muitos afirmaram que o real motivo era outro: a atual situação econômica da Venezuela é um exemplo prático do que ocorre quando um estado implanta um "socialismo democrático", como sempre defendeu Sanders.


Similarmente, o papa Francisco — que arrumou tempo até mesmo para atacar ideologias pró-mercado, contraditoriamente dizendo que elas empurram milhões para a pobreza — parece bastante desinteressado em falar sobre o acentuado processo de empobrecimento a que foi submetida a população venezuelana nos últimos anos, chegando até mesmo a vivenciar uma desnutrição generalizada.


O doutor Samuel Gregg, escrevendo para o periódico Catholic World Report, disse que:


O papa Francisco é conhecido por raramente se negar a vociferar contra aquilo que ele considera ser graves injustiças. No que tange a assuntos como refugiados, imigração, pobreza e ambientalismo, Francisco fala impositivamente, e utiliza uma linguagem vívida e forte ao fazê-lo.


Entretanto, apesar da violência diária infligida pelo governo da Venezuela contra os manifestantes, apesar dos crescentes assassinatos cometidos pelo governo, apesar de uma explosão sem precedentes da criminalidade no país, apesar da desenfreada corrupção do governo, apesar da galopante inflação, apesar da explícita politização do judiciário, apesar da quase completa escassez de remédios e alimentos básicos, e apesar de todo o inegável desastre econômico causado pelas políticas do governo, o primeiro papa latino-americano quase nada fala sobre a crise que está destruindo aquele país latino-americano majoritariamente católico.


Este silêncio ocorre não obstante o fato de bispos católicos que vivem na Venezuela terem denunciado o regime de Nicolás Maduro como sendo mais um exemplo prático de como o socialismo resulta em um "total fracasso" em "absolutamente todos os países em que este regime foi instalado".


Sendo assim, para muitos venezuelanos, a pergunta que segue sem resposta é: "Onde está o papa Francisco?"


Assim como ocorreu com Bernie Sanders [N. do E.: e com toda a turma do PT e do PSOL], Francisco nada tem a dizer sobre a Venezuela precisamente porque o regime venezuelano implantou exatamente todas as políticas defendidas por toda a esquerda que se opõe a uma economia de mercado.


Trata-se — como já dito inúmeras vezes por este Instituto — de um programa marcado por controle de preços, estatizações e expropriação da propriedade privada, generosos programas assistencialistas, planejamento centralizado, e uma infindável retórica sobre igualdade, redução da pobreza e, acima de tudo, combate aos "neoliberais".


O próprio presidente venezuelano Nicolás Maduro fez a gentileza de explicar tudo ao mundo: "Há dois modelos: o neoliberal, que destrói tudo; e o chavista, que é centralizado no povo".


O modelo chavista é simplesmente uma mistura de social-democracia, planejamento centralizado (o que inclui preços controlados por uma elite burocrática), impressão de dinheiro sem limites, estatizações e amplos programas assistencialistas. Na prática, é apenas uma versão mais dura da mesma ideologia de esquerda defendida por várias elites políticas dos EUA e da Europa.


Já o 'neoliberalismo' — como também já explicado em detalhes por este Instituto — é apenas um termo vago utilizado pejorativamente para descrever, ainda que de maneira totalmente incorreta (neoliberalismo nada tem a ver com o genuíno liberalismo), um arranjo caracterizado por mercados relativamente livres e um laissez-faire moderado.


Com efeito, nenhum outro regime no mundo, com a exceção de Cuba e Coreia do Norte, foi tão explícito em sua luta contra a suposta "ameaça neoliberal" quanto a Venezuela.


Por esse motivo, à medida que a Venezuela vai se afundando cada vez mais no caos, estamos ouvindo este silêncio ensurdecedor de grande parte da esquerda. Tal silêncio é tão gritante, que até mesmo alguns esquerdistas mais sensatos perceberam e criticaram.


Em um artigo para a revista de esquerda Counterpunch, Pedro Lange-Chorion, professor da Universidade de San Francisco, aponta:


A Venezuela era notícia apenas quando era boa notícia e quando Chávez podia ser usado como um estandarte para a esquerda, dado que suas tiradas produziam algum alívio cômico. Porém, tão logo o país entrou em sua espiral decadente e o chavismo começou a se assemelhar a qualquer outro regime autoritário latino-americano, passou a ser melhor ignorar tudo.


Ou seja, como um dedicado esquerdista, Pedro acredita que o problema da Venezuela é meramente político, e não econômico. Para ele, é apenas uma questão de infortúnio do destino que a implantação da agenda econômica chavista tenha coincidido com a destruição das instituições políticas e econômicas do país. Para Pedro, a destruição do país nada tem a ver com a adoção de políticas econômicas de esquerda. Tudo foi causado pelo repentino surgimento do autoritarismo político, o qual estaria arraigado no DNA da América Latina.


Obviamente, não houve coincidência nenhuma. Com efeito, é apenas mais um exemplo clássico de um país que, após alguns anos de políticas moderadamente pró-mercado, elege um populista de esquerda que, ao implantar sua agenda econômica, acaba por destruir toda a economia.


Isso vem ocorrendo há décadas na América Latina, onde, como já explicado pelos economistas Rudiger Dornbusch e Sebastián Edwards em sua tese a respeito do "populismo macroeconômico na América Latina", o ciclo se repete continuamente. Aconteceu mais recentemente na Argentina e no Brasil.


O ciclo, de forma resumida, ocorre em quatro etapas.


Na primeira etapa, com a economia relativamente arrumada após alguns anos de um governo mais economicamente racional — o que significa, na prática, um governo que pratica uma pequena contenção de gastos e adota uma política monetária mais austera —, um populista é eleito sob a promessa de que é chegada a hora de dar à economia uma "face mais humana", com mais redistribuição de riqueza e mais regulações. Ato contínuo, o populista dá início a políticas fiscais e monetárias expansivas. De início, tais políticas geram um crescimento da produção, do emprego e dos salários reais.


Na segunda etapa, vários gargalos começam a aparecer. A inflação aumenta de maneira significativa. O déficit fiscal do governo piora em decorrência dos subsídios do governo aos seus setores favoritos e do congelamento das tarifas dos serviços públicos (o que gera necessidade de repasses para essas empresas). A desvalorização cambial ou o controle do câmbio se tornam inevitáveis.


As etapas 3 e 4 mostram como terminam todos os experimentos populistas: escassez de produtos, inflação de preços em disparada, fuga de capitais, acentuada desvalorização cambial e, no extremo, escassez de dólares.  Consequentemente, com a queda nos investimentos e com menos capital investido per capita, os salários reais inevitavelmente caem e o crescimento econômico se estanca e entra em contração.


O que normalmente se segue é a ascensão de um governo "neoliberal" que dá início à implantação de um plano "ortodoxo" de estabilização, que buscará corrigir os desequilíbrios na economia para que os investimentos retornem e a produção volte a crescer.


Neste momento, a Venezuela está no meio deste ciclo. Após décadas de um governo relativamente contido, a Venezuela se tornou, na década de 1950, um dos países mais ricos da America Latina, e sua população, a quarta mais rica do mundo. Porém, ao longo dos últimos vinte anos, os chavistas conseguiram confiscar essa riqueza, distribuí-la, regulá-la e expropriá-la, e tudo em nome da "igualdade", do "bem do povo" e do "combate aos malefícios do capitalismo".


Porém, só é possível redistribuir, tributar, regular e expropriar até o ponto em que as classes produtivas desistem de ser exploradas. Quando isso ocorre, a riqueza desaparece.


Para as mentes de esquerda, tamanha explosão da pobreza após a adoção de políticas econômicas abertamente de esquerda não pode, de maneira nenhuma, ser resultado de políticas econômicas ruins. Afinal, o chavismo conseguiu implantar tudo aquilo que sempre defendeu. O governo redistribuiu riqueza à vontade. Prometeu e "garantiu" um salário digno, serviços de saúde gratuitos e comida abundante para todos. A "igualdade" foi imposta por meio de decretos, suplantando toda a oposição "neoliberal".


A única explicação possível para a calamidade, pressupõe a esquerda, está na sabotagem dos capitalistas. Ou, como o próprio papa enfatizou, no excesso de "individualismo".


O problema insanável para a esquerda é que, neste caso, a narrativa simplesmente não é plausível. Será que a Colômbia tem menos capitalistas e menos individualistas que a Venezuela? É quase que certo que tenha mais. Sendo assim, por que os venezuelanos enfrentam racionamento de comida e de remédios, e se submetem a ficar horas em uma gigantesca fila para tentar cruzar a fronteira com a Colômbia, onde podem adquirir alimentos e produtos básicos que não estão disponíveis no paraíso socialista-democrático da Venezuela?


Igualmente, o Chile já renunciou ao seu arranjo econômico de estilo "neoliberal"? Dado que a resposta é não, então por que a economia chilena cresceu 150% nos últimos 25 anos ao passo que a economia venezuelana encolheu neste mesmo período?


A resposta consiste em um amplo e ensurdecedor silêncio.


Isso obviamente não significa que aquele arranjo que a esquerda chama de "neoliberal" não possua falhas. Alguns aspectos do neoliberalismo — como maior liberdade comercial e mercados relativamente mais livres — são a razão por que a pobreza global e a mortalidade infantil estão despencando, ao mesmo tempo em que a alfabetização e as condições de saneamento estão aumentando ao redor do mundo.


Já outros aspectos do neoliberalismo — que nada mais é do que uma mistura de social-democracia com alguma liberdade de mercado em termos microeconômicos — são odiosos. Genuínos neoliberais defendem monopólio estatal da moeda por um Banco Central, agências reguladoras para controlar determinados setores da economia, programas de redistribuição de renda, leis e regulações anti-truste, concessões em vez de genuínas privatizações e desestatizações, ajustes fiscais por meio de aumentos de impostos, além, é claro, de monopólio estatal da justiça, e saúde e educação fornecidas pelo estado.


Mas a alternativa de livre mercado para o neoliberalismo já foi fornecida há muito tempo por Ludwig von Mises, que, em sua luta solitária contra os neoliberais, defendeu a adoção de um livre mercado genuíno, de uma moeda sólida e não controlada pelo governo, e de uma liberdade total no comércio internacional.


Já a alternativa da esquerda ao neoliberalismo já foi explicitada pela Venezuela, um país onde as pessoas estão literalmente morrendo de fome e têm de esperar horas na fila para conseguir um rolo de papel higiênico.


E se isso é tudo o que a esquerda tem para mostrar sobre como seria sua vitória contra o neoliberalismo, então não é surpresa nenhuma que a esquerda esteja em silêncio.


https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2691


« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2019, 17:29:50 por JJ »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2972 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 17:30:17 »

Na galhofa do Juca a ideia é que você pegasse em armas e fosse sozinho numa missão de derrubar o Maduro.


 :histeria:

O cara é bom pra mandar os outros matar quem ele não gosta, não é ultradireitista como ele, deve morrer. É o estilo Bolsonarete de ser. E Arcanjo, para de ser burro, vai estudar, na Venezuela nunca houve expropriação dos meios de produção pelo Estado, aquele país nunca foi socialista e as duas ultimas merdas de governantes que eles tiveram, um quase militar e depois um motorista de õnibus, nunca fizeram uma revolução socialista.

https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,protestos-seguem-e-maduro-confisca-fabrica-da-gm,70001746529.amp

Maduro expropria fábrica da GM


Offline _Juca_

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2974 Online: 26 de Fevereiro de 2019, 17:34:01 »

O cara é bom pra mandar os outros matar quem ele não gosta, não é ultradireitista como ele, deve morrer. É o estilo Bolsonarete de ser. E Arcanjo, para de ser burro, vai estudar, na Venezuela nunca houve expropriação dos meios de produção pelo Estado, aquele país nunca foi socialista e as duas ultimas merdas de governantes que eles tiveram, um quase militar e depois um motorista de õnibus, nunca fizeram uma revolução socialista.



Palavras podem ser adequadamente redefinidas, não é necessário ficar preso a uma única definição, no caso a definição marxista para socialismo, a qual requer que todas as empresas sejam expropriadas e estatizadas.  Mesmo porque conforme este critério poderíamos ter uma economia com 90% das empresas estatizadas e ainda assim teríamos que chamar o regime de capitalista, o que obviamente seria um absurdo.





Se as empresas estatais operam de acordo com o regime capitalista, então sim, você tem capitalismo. Mas não existe isso de 90% das empresas serem estatais. Acho que nenhum país chega nem mesmo 1% em termos de números e talvez nem 10% em termos de PIB, e aposto que a Venezuela se enquadra aí.

 

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