Autor Tópico: Os estragos do chavismo na Venezuela  (Lida 123358 vezes)

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2900 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 05:39:26 »
Comentam que o Guaidó pedira intervenção amanhã porque hoje acontece a reunião do grupo de Lima.


Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2901 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 09:19:33 »
Comentam que o Guaidó pedira intervenção amanhã porque hoje acontece a reunião do grupo de Lima.





E parece que o Brasil vai perder a oportunidade de fazer alguma diferença nisso, pois até o momento eu não vi informação de que o governo brasileiro está pelo menos disposto a disponibilizar parte de seu território para que os americanos tenham uma base (temporária, não permanente) para lançar ações contra o governo Maduro.




Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2902 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 09:20:54 »


Já que o Brasil não deve participar com ataque militar direto,  pelo menos deveria disponibilizar território para base americana de operações.




Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2903 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 09:30:38 »
Deu em O Antagonista que um braço direito de Maduro disse: “Hoje é a vitória do dia de ontem, amanhã vamos consolidar ainda mais essa vitória (…) nem um único caminhãozinho de ajuda humanitária passou”, afirmou. A comemoração da suposta soberania nacional da Venezuela também aconteceu no Brasil 247.  Esse povo perdeu completamente a vergonha até de dizer: "Oba! Nenhuma ajuda humanitária". Até o maquiavelismo de "faça o mal, mas finja fazer o bem" eles andaram perdendo.



E muito engana quem pensa que o PT está morto.  O PT está apenas enfraquecido, e esse enfraquecimento pode ser  temporário,  não é  muito difícil que eles recuperem uma boa parte do poder perdido.  Se um esquerdista populista, estatista e anti livre mercado,  como o Ciro, chegar ao poder,  eles certamente estarão juntos.

O populismo e o estatismo e a ideologia  anti livre mercado estão vivos e ativos no Brasil.   E o PT  e outros partidos de esquerda são verdadeiros mestres em populismo, estatismo e em ideologia anti livre mercado.  E grande parte do povo brasileiro é atraída pelo populismo e pelo estatismo e por ideias anti livre mercado.




« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2019, 09:34:12 por JJ »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2904 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 09:34:46 »
Sei não, depois que o Maduro for enforcado vai aparecer o estrago real que essa gente fez com a ajuda dos esquerdinhas brasileiros, principalmente se A coisa envolver Cuba como estão dizendo.

Se não cairem na real agora só fuzilando mesmo.

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2905 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 10:01:59 »
Sei não, depois que o Maduro for enforcado vai aparecer o estrago real que essa gente fez com a ajuda dos esquerdinhas brasileiros, principalmente se A coisa envolver Cuba como estão dizendo.

Se não cairem na real agora só fuzilando mesmo.


1) Duvido que o Maduro vai ter tal fim, aposto mais numa saída para um confortável exílio;


2) Não se engane, a grande mídia brasileira é muito estatista,  e  incentiva comportamentos de dependência do Estado e de políticos,  e a crença de que o Estado e os políticos são o meio para "salvar o povo" é constantemente incentivada por jornais locais apresentados nas TVs.  A ideologia coletivista e estatista é algo ainda muito forte no Brasil;


3) A grande mídia não fará o necessário esclarecimento e a ligação entre as  ideologias  coletivistas e estatistas  e o  desastre na Venezuela;


4) O mais provável é que problema seja apresentado como algo ligado a personalidade em si, ao Maduro, ao invés da ideologia coletivista/estatista que norteava o Chavismo e o "Madurismo".


« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2019, 10:07:36 por JJ »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2906 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 10:17:25 »
E como não poderia deixar de ser, a imunda da Narizinho critica a ajuda humanitária enviada.

Depois coloco o link, entou usando um celular.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2907 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 10:19:01 »
Citar
1) Duvido que o Maduro vai ter tal fim, aposto mais numa saída para um confortável exílio;

O tempo de negociação foi encerrado com o caminhão queimado.

Offline Gigaview

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2908 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 10:33:58 »
Comentam que o Guaidó pedira intervenção amanhã porque hoje acontece a reunião do grupo de Lima.






E parece que o Brasil vai perder a oportunidade de fazer alguma diferença nisso, pois até o momento eu não vi informação de que o governo brasileiro está pelo menos disposto a disponibilizar parte de seu território para que os americanos tenham uma base (temporária, não permanente) para lançar ações contra o governo Maduro.





Já tem uma base americana na Colombia. Prá que outra?

Os EUA não podem se envolver diretamente numa guerra. A estratégia é provocar uma proxy-war e essa estória de ajuda humanitária faz parte do esquema e é uma das especialidades do Bolton.
https://www.usatoday.com/story/news/politics/2019/01/13/john-bolton-iran-strike-plans/2563890002/

https://en.wikipedia.org/wiki/Proxy_war
« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2019, 10:37:04 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2909 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 10:58:15 »
Os EUA não podem se envolver diretamente numa guerra. A estratégia é provocar uma proxy-war e essa estória de ajuda humanitária faz parte do esquema e é uma das especialidades do Bolton.
https://www.usatoday.com/story/news/politics/2019/01/13/john-bolton-iran-strike-plans/2563890002/

https://en.wikipedia.org/wiki/Proxy_war



Concordo que é muito melhor do que um envolvimento direto,  mas no caso quem seriam os procuradores ?  Uma possível resistência interna ?  Qual ?  Há um grupo suficiente de  pessoas  que possam fazer parte e operacionalizar tal resistência interna ?


Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2910 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 11:02:43 »


De qualquer forma é bom lembrar que estão em andamento negociações diplomáticas tentando por um fim a crise sem que seja necessária uma invasão ou guerra civil.  Mas, o sucesso de tais negociações dependem:


1) Da transigência ou intransigência do Maduro;


2) Da continuação ou não de suficiente apoio  político e militar, interno,  ao Maduro.





Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2911 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 11:07:35 »
Com a Colômbia parece que não tem mais negociação:


Crise na Venezuela: Maduro rompe relações com a Colômbia e dá 24 horas para que diplomatas saiam do país

23 fevereiro 2019


Nicolás Maduro fez pronunciamento de mais de uma hora neste sábado diante de uma multidão em Caracas

*Atualizada às 21h45 do dia 23 de fevereiro.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste sábado que seu governo está rompendo relações diplomáticas com a Colômbia e deu 24 horas para que diplomatas colombianos saiam do país.

"Decidi romper todas as relações políticas e diplomáticas com o governo fascista da Colômbia", afirmou durante um pronunciamento de mais de uma hora em um ato de apoio a seu governo em Caracas.

Dadas as tensas relações políticas entre os dois países nos últimos anos, Bogotá não tem um embaixador na Venezuela há mais de um ano.

A Colômbia não reconhece o governo de Maduro, mas o de Juan Guaidó, a quem considera "presidente encarregado".


[...]







https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47346298

Offline Gigaview

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2912 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 11:11:06 »
Apenas a Colombia tem condições de assumir o protagonismo numa proxy-war.  Trump e Putin vão brincar de video game enviando tropas de mercenários.
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Offline Gigaview

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2913 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 11:15:45 »
Ainda assim é complicado. Existe uma população enorme de colombianos vivendo na Venezuela e de venezuelanos vivendo na Colombia. Não sei o que pode resultar dessa situação no caso de conflito armado. São todos hermanos...
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Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2914 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 11:20:21 »

E aqui reportagem muito boa da BBC sobre os porquês dos apoios da China, Rússia, Irã e Turquia:



Por que a crise na Venezuela interessa tanto países como Rússia, China e Turquia



Stefania Gozzer


BBC News Mundo

 
As notícias sobre a Venezuela ganham destaque em países muito além da América Latina. Seja no alfabeto latino, cirílico ou persa, o país sul-americano desperta interesse em todo o planeta - mesmo em Estados com os quais a Venezuela não tem laços históricos ou comerciais.

A Venezuela de Nicolás Maduro (e antes disso, a de Hugo Chávez) é um assunto polêmico inevitável em debates eleitorais de nações tão diferentes quanto Espanha e Irã.



https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47312442



Offline -Huxley-

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2915 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 11:26:41 »
Peter Joseph, cadê você? As notícias sobre os atos de repressão violenta anti-ajuda humanitária do governo de Maduro são fake news mais uma vez ou você simplesmente estava enganado sobre o governo chavista atual?
« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2019, 11:37:36 por -Huxley- »

Offline Sergiomgbr

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2916 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 11:45:07 »
As pessoas sempre apostando no caminho mais fácil, como as promessas esquerdistas do Chavez(e de tantos outros ao oblongo da história), sempre dando com os burros n'água.

 "O preço da liberdade é a a eterna vigilância", nunca uma frase tão simples resumiu de forma tão sintética que não existe nem nunca existirá almoço grátis, com churrasco incluso.

Como é primitiva a tal da humanidade, melhor dizendo, como é humano o tal de primitivismo.

Alguém duvida que será assim pra sempre?
« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2019, 13:00:42 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2917 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 11:50:18 »
E aqui mais uma vez o  coletivismo  se revelando:



Crise na Venezuela: quem são 'os coletivos', grupos dispostos a pegar em armas para defender Maduro


Guillermo D. Olmo (@BBCgolmo)
Correspondente da BBC News Mundo na Venezuela

5 fevereiro 2019



Apoiadores de Maduro comemoraram o recente anúncio do presidente de ruptura de relações do país com os Estados Unidos
Eles são o núcleo duro, a última linha de defesa. E se dizem preparados para qualquer cenário.


Agora que muitos na Venezuela exigem a saída de Nicolás Maduro do poder e que aumentam as pressões dos Estados Unidos e de seus aliados para atingir esse objetivo, eles se mantêm a postos contra o que chamam de "agressão imperialista".


São "os coletivos", os grupos que proliferaram com apoio oficial em toda a Venezuela desde que Hugo Chávez chegou ao poder.


A oposição e os críticos de Chávez os acusam de atuar como grupos paramilitares fora da lei para impor controle social em áreas mais pobres.


Eles se definem como "movimentos sociais" que contribuem para o desenvolvimento dos programas de assistência do governo e para alimentar a chama revolucionária nos bairros.



Deixam claro que usarão armas para impedir qualquer tentativa de derrubar o governo de Nicolás Maduro.


Os opositores de Maduro que prometem resistência também a Guaidó


Qual é o papel dos militares na Venezuela em crise


Às vésperas da grande marcha realizada no dia 23 de janeiro pela oposição pedindo a renúncia de Maduro, a BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, conversou com três líderes dos coletivos em um dos locais onde normalmente se reúnem, no centro de Caracas.


Cercados por imagens de Hugo Chávez, de virgens e santos, bandeiras da Venezuela e cartazes com o rosto do líder político venezuelano Simón Bolívar - personagem decisivo no processo de independência latina do domínio espanhol - eles opinaram sobre a crise institucional em que o país se vê desde que o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou "presidente encarregado" e exigiu "o fim da usurpação" do poder da qual acusa Maduro.


Eles acreditam que a Venezuela provavelmente será palco de uma guerra. E dizem estar prontos para isso.


'Subero', ex-militar disposto a 'lutar até a morte'
Direito de imagemKEVIN JORDAN


Image caption
Subero foi, segunda conta, um dos militares que em 1992 participaram do movimento revolucionário liderado por Hugo Chávez


Com 47 anos e pai de 3 filhos, este ex-militar, que prefere não revelar o verdadeiro nome, mas é chamado de "Subero", se diz disposto a lutar no que chama de mais uma batalha pela revolução bolivariana.


Sargento aposentado, ele foi, segundo conta, um dos militares que em 1992 participaram do movimento revolucionário liderado por Hugo Chávez contra o então presidente, Carlos Andrés Pérez.

Como Chávez, Subero foi um dos que acabaram na prisão por causa de sua rebelião fracassada.

Agora, ele está à frente do Coletivo 4 de Fevereiro, que leva como nome a data daquela rebelião, o marco fundador do chavismo.


A lealdade a Chávez e seu projeto, agora em seu pior momento devido a crises econômicas e à pressão diplomática internacional contra o governo de Maduro, estão tatuados em sua biografia.

Para ele, a Venezuela vive "uma situação induzida por poderes externos" e ele conta ter bons amigos na oposição.

Ele acredita que uma invasão da Venezuela é iminente. E nesse cenário, se declara "pronto para a guerra".

Mas faz distinções: "Estou pronto para atirar nos de fora, não para atirar no povo".

Jorge Navas, combatente veterano disposto a ser 'o pesadelo dos gringos'



Líbano, El Salvador, Nicarágua...

Jorge Navas diz ter lutado por seus ideais de esquerda em muitas partes do mundo.

Agora ele está determinado a fazê-lo também na Venezuela, onde acredita na probabilidade de haver "um conflito com muitas baixas".

Ele me explica seu ponto de vista em um espaço comunitário, enquanto uma velha TV transmite ao vivo pela emissora estatal a assembleia em que Diosdado Cabello, número dois na hierarquia chavista (atrás de Maduro), tenta inflamar uma multidão de simpatizantes do governo.

As palavras de um e outro quase se sobrepõem.

O governo vem alertando há dias que há uma "operação internacional" em curso e chamando os seguidores à resistência.



Navas é um dos que atenderão a esses chamados e encontra precedentes alentadores na história.

"Os Estados Unidos tem um pesadelo que é o Vietnã. Quem disse que a Venezuela não pode ser o novo Vietnã?"

Sua tese é de que "a Venezuela tem muita floresta e os gringos não podem vencer em uma guerra de guerrilhas".

Ele conta saber como se preparará para um conflito armado.

"Nós somos milicianos. Quando chegar a hora, pegaremos as armas", diz ele.

Navas garante que dará tudo de si em um possível combate.


"Eu daria a minha vida pelo ideal bolivariano, mais do que qualquer coisa por dignidade, para não me humilhar diante dos americanos."


'Sombra' e sua 'luta até a morte' em defesa do legado de Chávez


[...]




https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47128159



« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2019, 11:54:42 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2918 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 12:21:18 »

A vitória de Maduro foi espetacular


25 de Fevereiro de 2019

Por Gilberto Maringoni, do Jornalistas pela Democracia

Guaidó não tem apoios internos. EUA cometem erro crasso de avaliação



É PRECISO DIZER COM todas as letras: Nicolás Maduro obteve uma vitória incontestável e espetacular contra a tentativa de derrubá-lo através da entrada forçada de uma torta "ajuda humanitária", articulada pelo Departamento de Estado, com auxílio da Colômbia e do Brasil. Inquestionável e espetacular, não menos que isso.


 
Os Estados Unidos demoraram a encontrar uma tática para retirar Maduro do poder que fosse palatável à opinião pública global. Quando Donald Trump declarou, na ONU em 26 de setembro do ano passado, que "Todas as opções estão na mesa, todas. As mais e menos fortes. E já sabem o que quero dizer com forte", estava se referindo a uma intervenção militar direta. Mariners e boinas verdes marchariam sobre Caracas.


NÃO É FÁCIL, MESMO PARA UM IMPÉRIO, materializar uma ação desse tipo. É preciso um mínimo de consenso internacional, do suporte da maioria da opinião pública de seu país e de legitimidade dentro do país invadido. Os Estados Unidos já realizaram intervenções diretas na América Central, no Oriente Médio e na Ásia. Mas nunca na América do Sul.


Aqui valeu sempre a terceirização de ações. Ou seja, alianças com o empresariado, as forças armadas, os meios de comunicação, a Igreja católica e parcelas da opinião pública. Foi o que se viu no Brasil (1964), no Chile (1973) e na Argentina (1976).


Trump se animou ao ver a correlação de forças regional mudar em 2018, com a vitória dos direitistas Ivan Duque, na Colômbia (junho) e Jair Bolsonaro, no Brasil (outubro). Não se sabia como uma iniciativa "forte" seria recebida na sociedade venezuelana. Havia - e há - forte crise econômica e dificuldades materiais pesadas para a população pobre.


AS INCERTEZAS QUANTO A APOIOS INTERNOS na Venezuela seriam assim compensados por uma sólida frente externa, que envolveria Sebastian Piñera (Chile) e Maurício Macri (Argentina). Havia dúvidas sobre a unanimidade na União Europeia, pela posição ainda equidistante de Portugal e Espanha, nos últimos meses do ano. Mas França, Inglaterra, Itália e Alemanha se somariam à articulação da Casa Branca, o que logo arrastou todo o Velho Mundo.


 
As articulações dentro da Venezuela se voltaram para o poder unilateralmente anulado pela Constituinte convocada por Maduro, em junho de 2017. Trata-se da Assembleia Nacional (AN), que seria o ponto de apoio de todas as movimentações sediciosas.


Em 11 de janeiro deste ano, dia seguinte à posse de Maduro, Juán Guaidó, até então um obscuro parlamentar em primeiro mandato que assumira a presidência do Legislativo, se dirigiu a um protesto em Caracas e chamou o sucessor de Chávez de "usurpador". Ato contínuo, convocou o Exército, o povo e a comunidade internacional a apoiar os esforços da AN para tirá-lo do poder. E se colocou à disposição para assumir interinamente a presidência do país.


IMEDIATAMENTE, A MÍDIA INTERNACIONAL traçou perfis para lá de favoráveis de Guaidó, que seria um líder moderno, carismático e democrático. O troféu babaovo ficou para um colunista da Folha de S. Paulo, que atentou para suas semelhanças gestuais com Barack Obama.


Foi o que bastou para cerca de 50 países - a começar por Estados Unidos e Brasil - reconhecerem Guaidó como líder de um governo de facto. Construiu-se um empate catastrófico, uma dualidade de poderes que levou a Venezuela a um impasse aparentemente insolúvel. Guaidó chegou a designar embaixadores, receber verbas internacionais e passou a ser saudado como chefe de Estado.


MADURO RECEBEU APOIOS quando China e Rússia - além de México, Uruguai, Bolívia e outros - literalmente trancaram a rota de uma unanimidade internacional (e no Conselho de Segurança da ONU, para onde a questão ameaçou ser levada). No início de fevereiro, o secretário-geral da Organização, António Guterres, afirmou ser Maduro o presidente legítimo do país.



O DEPARTAMENTO DE ESTADO deve ter percebido que o desenho de uma intervenção direta seria extremamente arriscado diante do quadro internacional. E projetou uma solução híbrida: reforçaria os dutos de dinheiro a Guaidó, convocaria as forças armadas do Brasil e da Colômbia a participarem do show midiático marcado para 23 de janeiro, quando toneladas e toneladas de "ajuda humanitária" entrariam por bem ou por mal na Venezuela, e açulou seus mais fiéis cães de guarda, Iván Duque e Jair Bolsonaro.


Deu errado.


O que falhou e como Maduro obteve sua vitória espetacular?

Algumas hipóteses:


1. JUAN GUAIDÓ MOSTROU-SE UMA FARSA. Nem mesmo o bulldozer midiático montado interna e externamente, destinado a projetá-lo como líder inconteste, conseguiu encobrir um fato. O jovem deputado representa quase ninguém. Nem nas grandes cidades e nem na fronteira houve manifestações de massa em apoio à "ajuda humanitária" ou ao suposto presidente. Guaidó falou sozinho;


2. O ERRO DE CÁLCULO DOS ESTADOS UNIDOS - e de seus serviços de espionagem e inteligência - desmoraliza toda a oposição venezuelana e leva os governos de Duque e Bolsonaro a passarem um carão de dimensões planetárias. Ambos tornam-se atores nulos em qualquer mediação de gente grande no plano internacional.


3. NO CASO BRASILEIRO, o bom senso do setor militar puxou o freio de mão nos delírios napoleônicos de Jair Bolsonaro - que definitivamente jamais soube o que é sombra de estratégia militar -, David Alcolumbre, Dias Tófolli e Ernesto Araújo. Esses, em reunião sábado relatada pelo Painel da FSP, defenderam quase uma nova invasão da Normandia. Hamilton Mourão, Augusto Heleno e Rodrigo Maia se colocaram contra até mesmo da presença de militares estadunidenses em solo brasileiro. Uma ação mais decidida teria de ser feita por terra, em meio a selva, e o risco de fiasco militar era enorme.


4. POR MAIS INSUFICIÊNCIAS QUE NICOLÁS MADURO APRESENTE como liderança, ele conseguiu provar que a oposição é muito pior. Seu discurso sábado em praça pública, diante de dezenas de milhares de pessoas, foi realista e sem bravatas. Evitou atacar o Brasil e centrou fogo na Colômbia e nos EUA. Quer ajuda humanitária, mas de organismos multilaterais. O restante, pagará pelo que vier, em operações comerciais normais. E deu concretude ao que Chávez e ele próprio bradam há duas décadas: o Império quer mesmo invadir a Venezuela.


 
5. O PRESIDENTE VENEZUELANO obteve algo raro: união nacional contra o inimigo externo. Destravou o impasse que já durava um mês. É bem provável que se convocar agora um referendo revogatório de seu mandato, será vitorioso com boa margem.


6. A CRISE ECONÔMICA NÃO FOI VENCIDA. Há uma situação emergencial, em meio ao embargo econômico que rouba recursos legítimos do país. Mas as prateleiras dos mercados estão cheias de produtos iranianos, turcos e russos. A perspectiva de superação mostra-se difícil, mas - pelos relatos de quem está em Caracas - não há um clima de desespero geral na capital, como alardeado até semanas atrás. O principal sinal é que cessaram as coberturas da mídia corporativa sobre busca insanas da população por mercadorias, a começar por papel higiênico.


7. COMO DIRIA HUGO CHÁVEZ, há uma vitória a ser comemorada, "por enquanto".


Um ponto a mais deve ser levantado. Tirando a vitória de Manuel López Obrador, no México em julho passado, a esquerda latinoamericana não tinha boa notícia assim há anos.


Não é pouca coisa, gente...


https://www.brasil247.com/pt/colunistas/gilbertomaringoni/384997/A-vit%C3%B3ria-de-Maduro-foi-espetacular.htm


Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2919 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 12:21:44 »


Coletivos  estão  em  festa    :D



 :mesa:   :rola:     :yahoo:   :clapping:




Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2920 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 12:51:23 »


Já que o Brasil não deve participar com ataque militar direto,  pelo menos deveria disponibilizar território para base americana de operações.





Tem um problema nisso que entendi por alto,  tecnicamente se o Brasil mandar soldados para Venezuela ou permitir uma base aqui, mesmo que provisória, terIam motivo para questionar qualquer votação do congresso.

Até para impedir.

Offline Gigaview

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2921 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 12:55:33 »
Putz..quase perdi meu tempo lendo essa "notícia" do Brasil247 que o JJ postou.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2922 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 12:57:38 »
Citar
Por Gilberto Maringoni, do Jornalistas pela Democracia

Tinha que ser.

O vagabundos pela democracia deve ser propriedade da Narizinho.

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2923 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 13:31:35 »
Citar
1) Duvido que o Maduro vai ter tal fim, aposto mais numa saída para um confortável exílio;

O tempo de negociação foi encerrado com o caminhão queimado.




Se o Maduro não aceitar sair do poder de forma negociada, uma saída que eu vejo é financiar, armar e treinar uma oposição interna. Entretanto, isso depende de haver um número suficiente de pessoas dispostas a pegar em armas contra as forças leais ao Maduro.


Se não houver número suficiente, então essa solução é furada.






« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2019, 13:36:15 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2924 Online: 25 de Fevereiro de 2019, 13:39:39 »
Apenas a Colombia tem condições de assumir o protagonismo numa proxy-war.  Trump e Putin vão brincar de video game enviando tropas de mercenários.




Pelo que eu vi de informação a Colômbia não quer sequer  ceder  base de operação para um possível  ataque ao governo Maduro,  então, eles diretamente  quererem isso me parece bastante fora de cogitação.



 

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