Folha Centro Sul Brasil | Conexão Campos Gerais | 9/07/2015
Maduro proíbe candidatura de oposicionistas na Venezuela Isso, é o Bolivarianismo>>>A ex-deputada e ex-candidata presidencial de oposição María Corina Machado avaliava na terça-feira, em Caracas, como reagir diante da decisão da Controladoria-Geral da República –órgão auditor do Poder Cidadão, um dos cinco do Estado venezuelano- que a desabilitou para ocupar cargos públicos por um ano.
Além de Maria, outros dois foram vetado, assista ao vídeo da AFPSe a sanção for efetivada, poderá impedir María Corina de participar como candidata a uma cadeira na Assembleia Nacional nas próximas eleições parlamentares, previstas para 6 de dezembro.
María Corina, uma das faces visíveis da La Salida, movimento dos setores mais radicais de oposição, e líder do grupo Vente, é também uma das figuras mais molestadas pelo governismo, que vê nela uma representante da oligarquia nacional e agente de interesses estrangeiros. Seja como for, para a legislatura atual, 2011 a 2016, foi a deputada com maior votação, representando um distrito do Estado central de Miranda.
Mesmo assim, em 2014 a bancada majoritária do chavismo conseguiu destituir María Corina de sua imunidade parlamentar. Um pretexto insignificante –a manobra com a qual a deputada conseguiu juntar-se a uma delegação panamenha para poder falar àAssembleia Geral da OEA, em Washington— foi suficiente para que o presidente da Assembleia e número dois do partido do Governo, Diosdado Cabello, armasse uma emboscada com aparência legal e a destituísse por “desempenhar uma função paralela” e representar outro país.
Agora o regime ativa outro recurso da institucionalidade revolucionária para impor obstáculos à participação de María Corina nas próximas eleições para a Assembleia Nacional, que se acredita serem decisivas para o processo bolivariano.
A líder opositora na Venezuela, que há mais de um ano não ocupa cargo eletivo, mostrou conhecer a sanção por meio de sua conta do Twitter, na qual mostrou imagens do ofício da Controladoria. No entanto, não fez declarações nem mencionou as acusações de que é alvo.
Fontes de sua assessoria de imprensa disseram ao EL PAIS que o motivo da desabilitação é “inacreditável” por sua insignificância e que María Corina falará sobre o assunto numa entrevista coletiva nesta quarta-feira. (Com informações de
El País)