Autor Tópico: O PSDB representa um risco para o Brasil?  (Lida 44386 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #725 Online: 02 de Julho de 2017, 17:41:29 »
A não-expulsão de Aécio pode ser seguramente vista como forma de evitar delações premiadas que enterrariam o partido de vez?

Offline O Grande Capanga

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #726 Online: 09 de Novembro de 2017, 18:24:51 »
Agora aconteceu um golpe interno em que Aécio destituiu Tasso, presidente interino.

Os caras manjam de fazer lambanças.  :histeria:

Offline JJ

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #727 Online: 10 de Novembro de 2017, 08:08:35 »


Aécio tira Tasso do comando do PSDB e indica Goldman para presidir sigla interinamente


Por Cristiana Lôbo
09/11/2017 16h00  Atualizado há 15 horas
 
A um mês da reunião que elegerá o novo comando do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) fez um gesto brusco nesta quinta-feira (9): reassumiu a presidência do partido, afastando, assim, o senador Tasso Jereissati (CE), que comandava a sigla interinamente.
Mas, segundo a assessoria de Aécio, o senador decidiu não ficar no posto e indicou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para a presidência interina do PSDB.

>> Veja mais abaixo a reprodução da carta de Aécio a Tasso Jereissati


Aécio e Tasso tiveram uma conversa ríspida no começo da tarde. Aécio pediu que o colega entregasse o cargo, mas Tasso disse que preferia que a decisão partisse do próprio Aécio.


Esse é mais um capítulo do duelo entre as duas alas do PSDB: a que defende o afastamento do governo (próxima ao grupo de Tasso) e a que prega a continuidade da aliança com o presidente Michel Temer (próxima ao grupo de Aécio).


Nesta quarta (8), Tasso se lançou candidato à presidência do partido, com um discurso forte de combate à corrupção, reconhecimento de erros e anunciando a adoção de regras de compliance para os filiados.


A candidatura de Tasso se opõe à do governador de Goiás, Marconi Perillo, que é apoiado pelo grupo de Aécio.


https://g1.globo.com/politica/blog/cristiana-lobo/post/aecio-tira-tasso-da-presidencia-do-psdb.ghtml









Offline JJ

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #728 Online: 10 de Novembro de 2017, 08:11:02 »
Agora aconteceu um golpe interno em que Aécio destituiu Tasso, presidente interino.

Os caras manjam de fazer lambanças.  :histeria:


Lambança porque ?

 :?:


Porque o Aécio não deveria ter feito isso ?


Qual o grande problema dele ter destituído o Tasso da presidência interina ?





Offline Geotecton

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #729 Online: 10 de Novembro de 2017, 08:29:55 »
Agora aconteceu um golpe interno em que Aécio destituiu Tasso, presidente interino.

Os caras manjam de fazer lambanças.  :histeria:

Golpe?

Porquê?

O Aécio era o presidente efetivo do PSDB. O Tasso era interino.

O primeiro retornou e o segundo saiu.

Não houve golpe. Mas que foi uma manobra, não há dúvida.
Foto USGS

Offline Fabrício

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #730 Online: 10 de Novembro de 2017, 10:58:54 »
Agora aconteceu um golpe interno em que Aécio destituiu Tasso, presidente interino.

Os caras manjam de fazer lambanças.  :histeria:


Lambança porque ?

 :?:


Porque o Aécio não deveria ter feito isso ?


Qual o grande problema dele ter destituído o Tasso da presidência interina ?


Talvez lambança no sentido de que o PSDB com isso perca ainda mais a (pouca) credibilidade que ainda tem (se é que tem alguma).
"Deus prefere os ateus"

Online Lorentz

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #731 Online: 10 de Novembro de 2017, 11:10:31 »
Agora aconteceu um golpe interno em que Aécio destituiu Tasso, presidente interino.

Os caras manjam de fazer lambanças.  :histeria:


Lambança porque ?

 :?:


Porque o Aécio não deveria ter feito isso ?


Qual o grande problema dele ter destituído o Tasso da presidência interina ?


Talvez lambança no sentido de que o PSDB com isso perca ainda mais a (pouca) credibilidade que ainda tem (se é que tem alguma).

O Aécio está com a reputação no zero. Enquanto ele esteja no PSDB, o partido vai perdendo a reputação também. Nos jornais que acompanho, tanto os jornalistas quanto os ouvintes não querem mais saber do partido.
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Offline Fabrício

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #732 Online: 10 de Novembro de 2017, 12:43:35 »
Agora aconteceu um golpe interno em que Aécio destituiu Tasso, presidente interino.

Os caras manjam de fazer lambanças.  :histeria:


Lambança porque ?

 :?:


Porque o Aécio não deveria ter feito isso ?


Qual o grande problema dele ter destituído o Tasso da presidência interina ?


Talvez lambança no sentido de que o PSDB com isso perca ainda mais a (pouca) credibilidade que ainda tem (se é que tem alguma).

O Aécio está com a reputação no zero. Enquanto ele esteja no PSDB, o partido vai perdendo a reputação também. Nos jornais que acompanho, tanto os jornalistas quanto os ouvintes não querem mais saber do partido.

Pois é, a reputação do Aécio é péssima, merecidamente. Como você falou, enquanto ele fica no PSDB o partido também perde sua reputação. E ainda permitindo que ele destitua o presidente do partido, mesmo interino, mostrando que depois de tudo o que se sabe, a força dele dentro do PSDB é grande, não sobra credibilidade nenhuma para o partido.
"Deus prefere os ateus"

Offline JJ

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #733 Online: 28 de Março de 2018, 14:14:10 »
EDUARDO NEPOMUCENO | PROMOTOR DO MPMG


O ocaso do promotor que incomodava Aécio e Perrella


Após colecionar desafetos, Eduardo Nepomuceno foi afastado de investigações de corrupção e desvios envolvendo mandachuvas da política mineira


Eduardo Nepomuceno, em sua sala no Ministério Público mineiro. EUGÊNIO SÁVIO
BREILLER PIRES

Belo Horizonte 28 MAR 2018 - 13:55   BRT




Um ano atrás, o promotor Eduardo Nepomuceno de Souza recolhia pastas e objetos pessoais em uma despedida sem cerimônias do cargo que ocupou ao longo de 14 anos no Ministério Público de Minas Gerais. Acusado de retardar o andamento de processos, ele foi banido da promotoria de Defesa do Patrimônio Público do MP estadual mineiro e deslocado para a área criminal. Agora, em vez de fiscalizar as contas do Estado e apurar suspeitas de corrupção, lida com processos de homicídio no Tribunal do Júri. “Meu trabalho na promotoria [do Patrimônio Público] incomodava muita gente”, diz Nepomuceno, lotado em uma sala acanhada na sede do MP em Belo Horizonte.



Parte do incômodo a que ele se refere veio à tona em maio de 2014, quando o senador Zezé Perrella (MDB) subiu à tribuna do Senado para demonstrar revolta contra o que chamou de “perseguição implacável” do promotor. Uma semana antes, o parlamentar havia ido pessoalmente à corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para se queixar de Nepomuceno. De 2003 a 2014, o promotor abriu seis processos e instaurou cinco inquéritos contra o senador, a maioria deles para investigar contratos entre empreendimentos da família Perrella e o Governo mineiro, sobretudo durante a gestão de Aécio Neves (PSDB).


A bronca de Perrella, entretanto, era anterior ao pronunciamento indignado em 2014. Ele já havia protocolado representações na corregedoria do Ministério Público Estadual, que, a partir de 2012, começou a monitorar o trabalho de Nepomuceno. Uma inspeção interna de quase três anos e meio encontrou irregularidades, já que alguns processos tocados pelo promotor, especialmente os que implicavam Aécio e Perrella, estavam atrasados. O corregedor Luiz Antônio Sasdelli Prudente recomendou, então, a remoção compulsória de Eduardo Nepomuceno do Patrimônio Público, mas não teve êxito no decorrer do processo. Nenhum procurador do MP aceitou relatar o caso.


Nepomuceno seguiu normalmente em suas funções até que o CNMP resolveu assumir o processo e montou uma equipe para avaliar o promotor. Após seis meses de análises, os três procuradores integrantes da comissão concluíram que Nepomuceno “não atuou de maneira relapsa ou negligente”, tampouco vislumbraram “culpa ou dolo no desempenho de suas atribuições”. Apesar de o trio ter sido unânime em sugerir a absolvição, o relator do processo no CNMP, Sérgio Ricardo de Souza, contrariou a comissão ao pedir a remoção compulsória do promotor. Em março de 2017, a decisão do Conselho foi ratificada pelo MP, e Nepomuceno não só se viu oficialmente afastado da promotoria, como também proibido de atuar em qualquer tipo de fiscalização do poder público. “Estou de mãos atadas”, afirma, resignado.


Ele ainda espera o acolhimento de um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), mas acha improvável a hipótese de ser reconduzido à sua antiga função. Assim como Nepomuceno, a Associação Mineira do Ministério Público (AMMP) considera a punição injusta e descabida, por entender que o trabalho do promotor “sempre se pautou exclusivamente pela estrita observância das leis e da Constituição do país”. Na época do afastamento, colegas do Patrimônio Público também fizeram uma moção de apoio a Nepomuceno. Bancados por um grupo de magistrados, professores e empresários mineiros, outdoors com sua foto e os dizeres “Retaliação contra quem combate a corrupção é inaceitável” foram espalhados em algumas avenidas de BH. O Conselho Nacional do MP sustenta que a pena máxima imposta ao promotor não se deve a pressões políticas, mas sim ao suposto “descumprimento de deveres inerentes ao cargo”.


Do futebol à política


Nascido em Uberaba, no Triângulo Mineiro, mas criado em Belo Horizonte, Eduardo Nepomuceno se formou em direito pela UFMG em 1992. Três anos mais tarde, entrou para o Ministério Público após uma incursão sem muito entusiasmo na advocacia. Logo descobriu sua vocação no funcionalismo, principalmente ao integrar a Defesa do Patrimônio Público como auxiliar, em 2001. Por divergências com superiores, durou pouco na promotoria. “Diziam que eu não era maleável porque me recusava a ‘tirar o pé’ de algumas investigações”, conta.


Em 2003, não pensou duas vezes ao trocar a pasta de Meio Ambiente pela vaga de titular no Patrimônio Público. A partir daí, tirar o pé de divididas jamais passou pela cabeça de Eduardo Nepomuceno. Assim que assumiu a promotoria, teve seu primeiro embate com Zezé Perrella, que havia acabado de encerrar um mandato como deputado federal pelo PFL e cedido a presidência do Cruzeiro ao irmão Alvimar. Como desdobramento da CPI da CBF/Nike, o promotor indiciou o presidente da Federação Mineira de Futebol, Elmer Guilherme, que acabou afastado do cargo por causa de desvios de aproximadamente 4 milhões de reais, e também Perrella, por suspeita de lavagem de dinheiro na venda do zagueiro Luisão.


 Promotor Eduardo Nepomucenoampliar foto


Deslocado para o Júri do MP, Nepomuceno não pode mais investigar crimes de corrupção e desvios de dinheiro público. EUGÊNIO SÁVIO


O processo contra o dirigente celeste não foi adiante. A defesa do Cruzeiro alegou que o Ministério Público não poderia investigar clubes e federações por se tratarem de entidades privadas, argumento recorrente de cartolas e combatido por Nepomuceno. “O futebol é patrimônio cultural do povo. Isso gera ao clube uma necessidade de responsabilização perante a sociedade”, afirma o promotor. Por ser torcedor do Atlético-MG, rival do Cruzeiro, foi várias vezes acusado de clubismo em suas investigações contra o cartola cruzeirense. Porém, em sua trajetória de mais de duas décadas no MP, ele abriu quatro inquéritos em desfavor do clube do coração, incluindo processos para investigar empréstimos irregulares de ex-presidentes do Atlético, a exemplo do banqueiro Ricardo Guimarães e Alexandre Kalil (PHS), atual prefeito de BH.


Publicamente, apenas Zezé Perrella, que voltaria a comandar o Cruzeiro entre 2008 e 2011, período em que também exerceu o cargo de deputado estadual, reclamava da atuação ferrenha do promotor. O dirigente sempre deixava claro seu poder de influência sobre a alta sociedade mineira. No fim do último mandato no clube, mesmo investigado pela promotoria de Nepomuceno, cedeu os campos de treinamento do Cruzeiro para a realização de um torneio promovido pela Associação Mineira do Ministério Público, que reunia procuradores e promotores de todo o país. Em 2004, quando prestou depoimento no MP, esteve frente a frente com o promotor acompanhado de cinco desembargadores conselheiros do clube. “Era uma forma de intimidação”, diz Nepomuceno. “O futebol, no Brasil, movimenta muita coisa. Pessoas influentes querem fazer parte do meio, tirar foto com jogadores, interferir na vida do clube. Isso deslumbra e dá poder aos dirigentes.”


Mas, como as ações do promotor nunca se restringiram ao futebol, os choques com Perrella se tornaram mais frequentes no campo da política. De acordo com investigações do MP, as empresas de Perrella, divididas entre vários parentes do senador, fraudavam licitações para garantir uma espécie de monopólio no fornecimento de comida para presídios, hospitais e órgãos públicos do Estado. Entre os indiciamentos movidos pela promotoria contra a família Perrella, dois deles envolvem o ex-deputado estadual Gustavo Perrella, filho do senador e proprietário da Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, apontada pela Procuradoria-Geral da República como receptora dos 2 milhões de reais negociados por Aécio com Joesley Batista. Sua outra firma, a Limeira Agropecuária e Representações Ltda, foi acusada de firmar contratos sem licitação com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que tinha como vice-presidente Mendherson Souza Lima, cunhado de Perrella responsável por entregar o dinheiro da JBS à Tapera após os repasses de Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio.


Segundo o senador Perrella, Eduardo Nepomuceno “violou garantias constitucionais em processos”


O escândalo Aécio/JBS, revelado pela Operação Lava Jato no ano passado, jogou luz sobre as investigações iniciadas há muito mais tempo por Nepomuceno no Ministério Público mineiro. Ainda em 2004, o promotor já associava os indícios de enriquecimento ilícito de Perrella a supostas vantagens recebidas na relação com o governo de Aécio. Para ele, “as denúncias da Lava Jato não foram nenhuma novidade”. Além dos contratos com o Estado, a procuradoria de Nepomuceno ainda investigou Zezé pela apreensão do helicóptero com 445 quilos de cocaína, que pertencia a Gustavo, em 2013. A Polícia Federal isentou os Perrella de envolvimento no tráfico de drogas, mas o MP pediu a devolução de 14.000 reais utilizados por Gustavo, que era deputado estadual, para abastecer o helicóptero com verba indenizatória.


Aécio, por sua vez, ainda foi processado por contratos fraudulentos na Cidade Administrativa, sede do governo erguida a um custo de 1,2 bilhão de reais, e a construção do aeroporto de Cláudio em terras de seu tio-avô. A ação acabou arquivada em 2015. No entanto, uma gravação da Polícia Federal que flagrou Frederico Pacheco insinuando que um segurança de Aécio teria as chaves do aeroporto reavivou a trama no ano passado. “Esse fato já seria suficiente para desarquivar o inquérito estadual contra o Aécio”, diz Nepomuceno. Depois de sua saída da promotoria e da divulgação dos grampos da PF, o Ministério Público não retomou as investigações. Tanto Aécio quanto Perrella afirmam ser inocentes nas ações encampadas pelo promotor. Segundo o senador emedebista, Eduardo Nepomuceno “violou garantias constitucionais em processos” e, por isso, foi afastado do cargo.  Seja como for trata-se, na verdade, de um caso inédito de remoção compulsória no MP mineiro após a queixa de um político.


Inimigo público


“BH é um ovo”, costumam dizer os mineiros ao encontrar conhecidos com espantosa frequência em vários cantos da cidade. A definição da capital se aplica ao Estado, onde, não raro, as relações de amizade e os laços de parentesco estão imbricados. Nesse cenário provinciano, Eduardo Nepomuceno, que, ao contrário de muitos colegas, não vem de uma família tradicional de juristas, foi acumulando desafetos na medida em que ganhava experiência e traquejo à frente do Patrimônio Público. Tal qual no futebol, ele não costumava discernir alvos de investigações pela orientação partidária.


Fora Aécio e Perrella, o promotor investigou o governador Fernando Pimentel (PT) por improbidade administrativa e superfaturamento de obras na época em que era prefeito de Belo Horizonte. Também foi o responsável pelo processo que levou à suspensão do mandato do vereador Wellington Magalhães (Podemos), que presidia a Câmara Municipal, por fraude de licitações, em 2016. Antes, dentro de suas atribuições, já havia investigado um suposto favorecimento ao advogado de Perrella, Sergio Santos Rodrigues, pelo fato de ser filho do então presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Joaquim Herculano Rodrigues. O desembargador afirma que, por condição de impedimento, jamais atuou em processos conduzidos pelo filho.


Além de Zezé Perrella, outros desafetos e investigados protocolaram representações contra Nepomuceno no MP, como os ex-dirigentes do Cruzeiro Alvimar Perrella e José Maria Fialho, uma juíza que cuidava de um processo relacionado à Fecomércio e um procurador do Ministério Público de Contas do Estado. “Minha queda foi uma soma de interesses, de vários lados. Na hora que me colocaram à beira do precipício, todo mundo quis empurrar”, afirma o promotor.


Integrantes do MP ouvidos pelo EL PAÍS entendem que Nepomuceno foi tirado do cargo devido a “pressões internas e externas”. Embora a esfera de atuação do promotor seja independente do Judiciário, sua situação é comparada à do juiz federal Sergio Moro, que também foi acusado por vários réus de cometer ilegalidades em processos como o do ex-presidente Lula, mas nunca recebeu qualquer sanção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Basicamente, ele foi punido por investigar demais”, resume um ex-colega do Patrimônio Público.


“Passei a ser visto como um problema. E aí deram um jeito de me tirar”


Em sua defesa no processo, Nepomuceno argumentou que as falhas apontadas pela corregedoria são comuns em todas as promotorias do Ministério Público por questões estruturais e pela complexidade de cada ação. Quando ocupava o antigo cargo, o promotor tinha de dividir seu tempo entre as investigações de políticos e a rotina diária de dezenas de processos comuns – desde professores que apresentam atestado médico falso a roubo de peças de carro –, que correspondem a cerca de 80% dos inquéritos no Patrimônio Público. “Era uma frustração permanente”, conta. “Eu não podia me dar ao luxo de ficar por conta de um ou outro processo, ao contrário da Lava Jato, que dispõe de uma força-tarefa para investigar políticos.”


A promotoria tinha apenas dois peritos à disposição. Faltavam recursos financeiros para fazer as chamadas “investigações de campo”, em que são produzidas filmagens e gravações. Com déficit de pessoal, o cruzamento de informações colhidas em quebras de sigilo bancário acabava sucumbindo às atribuições do dia a dia. No mesmo ano em que Nepomuceno foi afastado, uma inspeção do CNMP ainda constatou que muitos processos do MP mineiro contra políticos com foro privilegiado eram retidos indevidamente pelo ex-procurador-geral de Justiça, Carlos André Mariani Bittencourt. A procuradoria recebeu apenas uma advertência. No Ministério Público Estadual, todos os indiciamentos produzidos por promotores envolvendo políticos são encaminhados ao procurador-geral, nomeado de dois em dois anos pelo governador. “O andamento dos processos não depende só da promotoria”, afirma Nepomuceno.


Investigados pelo promotor ainda o acusaram de abuso de autoridade e de promover vazamentos seletivos de inquéritos para a imprensa. Ele afirma que, apesar das brigas que comprou, nunca teve medo de amargar o mesmo fim que o promotor Chico Lins do Rego, assassinado a tiros na capital mineira ao investigar a máfia dos combustíveis, em 2002. Mas sabia que a pressão de seus detratores seguiria aumentando enquanto ele não fosse tolhido no MP, sobretudo depois de conseguir encaminhar um acordo de delação premiada sobre o mensalão tucano com o publicitário Marcos Valério, no fim de 2016, e avançar em investigações em torno do pagamento de propina a Aécio Neves pela Andrade Gutierrez e Odebrecht nas obras da usina de Santo Antônio – o senador é alvo de inquérito no STF sob a mesma acusação. “Como vivemos em um país corrupto, os embates na Defesa do Patrimônio Público eram diários. Todo procurador-geral ouvia reclamações sobre mim. Passei a ser visto como um problema. E aí deram um jeito de me tirar.”



Desde sua saída, a promotoria teve quatro substitutos diferentes em apenas um ano. Para Nepomuceno, que se especializou no cargo, essa inconstância de comando prejudica o andamento dos processos, pois novos promotores perdem muito tempo até se inteirarem das minúcias de cada inquérito. Hoje recluso em funções burocráticas no Júri, ele diz ter a consciência limpa e o mesmo afinco para escrever uma nova página de sua jornada no MP. “Muitas vezes, é difícil provar o óbvio. Mas sinto orgulho de ter cumprido meu dever. Nunca precisei da ajuda de nenhum político denunciado em esquemas de corrupção para alavancar minha carreira. Eu não fiz parte de nada disso.”


https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/22/politica/1521756265_713032.html


« Última modificação: 28 de Março de 2018, 14:18:05 por JJ »

Offline JJ

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #734 Online: 10 de Abril de 2018, 08:00:28 »
Para relembrar  como o mundo do poder/o mundo da política é uma gigantesca imundície :




Tratamento distinto para duas Mirians: FHC negociou cala boca de dentro do Planalto


18 de fevereiro de 2016 às 22h13


Miriam Cordeiro, no programa eleitoral de Fernando Collor, também apareceu repetindo denúncias sem provas no Jornal Nacional;  o dia da despedida de FHC (ao lado de Ruth) e Mirian Dutra no Globo Repórter, em 1994,  uma de suas raras aparições como repórter em Portugal, depois do exílio

por Luiz Carlos Azenha


As últimas horas foram tragicômicas, pelo esforço dos fãs do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em desqualificar Mirian Dutra e o próprio debate que ela gerou ao dar entrevista para a revista Brazil com Z, da Espanha — mais tarde, acrescentou detalhes falando à Folha.


Isso, ainda que FHC tenta admitido a existência do contrato fictício da empresa Brasif.


Que eu tenha lido, disseram que ela recebeu dinheiro do PT para mentir, que é uma tentativa de tirar o foco do triplex e do sítio respectivamente visitado e frequentado por Lula, que ela age movida pelo ódio típico de uma ex. Num país machista como o Brasil, eu não estranharia nem se dissessem que Mirian seduziu FHC e enredou o pobre senador, 30 anos mais velho do que ela, numa armadilha com o objetivo de extorquí-lo continuamente.


Triste, né? FHC, um sociólogo que se dizia de esquerda e foi casado com a antropóloga Ruth Cardoso, defendido pela turma que culpa mulher pelo estupro.


Os dois — FHC e Mirian — tiveram um relacionamento duradouro, cujos detalhes são assunto estritamente privado. Mirian apresentou o seu lado da moeda e FHC está certo ao não travar um debate público sobre isso.


Podemos deixar a hipocrisia de lado?


Quantos homens e mulheres — de poder ou não — têm seus flings, casos, namorados, amantes e assim por diante?


Não foi um orgulho para os franceses o fato de o presidente François Miterrand ter sido enterrado na presença da mulher e da amante?


Hillary Clinton, nos Estados Unidos, um símbolo feminista para parte do eleitorado, não engoliu as patéticas escapadas do Bill para preservar sua própria carreira política? Quem somos nós para julgar?


Porém, não me parece “assunto pessoal” quando um homem poderoso, um senador que tem ao seu lado o PIB e a mídia do Brasil, decide comprar o silêncio de uma ex-namorada.


Mirian decidiu ter o filho (pouco importa de quem).


Vocês já se colocaram no papel dela, uma jornalista que estava prestes a ter o segundo filho? Que mãe não sacrificaria sua vida pessoal — que foi o que ela fez — para ter condições de dar o melhor aos filhos? Enquanto isso, FHC preservou sua carreira!


Espantoso, na verdade, é a conspiração de silêncio que, em nome da candidatura de FHC ao Planalto, ocorreu. Com a conivência pessoal e, pior, institucional, daqueles que mais tarde se beneficiariam das políticas de FHC.


Mirian denunciou que foi levada a dar uma entrevista falsa à revista Veja. E ela não mentiu. Leiam que coisa patética a nota publicada pela coluna Gente da revista Veja, segundo a jornalista engendrada por FHC com o diretor da Veja Mário Sergio Conti, aquele que “entrevistou” o Felipão:


Captura de Tela 2016-02-16 às 21.22.38


Sim, sim, eu sei: Mirian poderia ter se negado a mentir. Mas, com uma filha de 8 anos — e grávida — quem era a parte frágil na história?


A Globo divulgou hoje, no Jornal Hoje, uma nota:


A TV Globo não interfere na vida privada de seus colaboradores. Esclarece, porém, que jamais foi avisada por Miriam Dutra sobre o contrato fictício de trabalho e que, se informada, condenaria a prática. A emissora informa ainda que em junho de 2004 (e não em 2002) o contrato de colaboradora de Miriam Dutra foi alterado, com mudanças em suas atribuições, o que acarretou nova remuneração, tudo segundo a lei vigente no país em que trabalhava. Por último, a TV Globo jamais foi informada por Miriam Dutra sobre seu desejo de regressar ao Brasil. Ao contrário, ela sempre manifestou o interesse de permanecer no exterior. Durante os anos em que colaborou com a TV Globo, Miriam Dutra sempre cumpriu suas tarefas com competência e profissionalismo.


Tudo, de fato, é discutível, menos a afirmação de que a empresa “não interfere na vida privada de seus colaboradores”.


Sem mais, nem menos, Mirian foi despachada para Portugal? Ela assume que pediu a transferência, mas a Globo não sabia o motivo?


Não faz sentido a emissora abrir mão de uma repórter em Brasília e continuar pagando o salário dela sem que ela ralasse tanto quanto os outros correspondentes. Isso não existe!


Depois, Mirian foi transferida para Barcelona, segundo Palmério Dória por influencia de Alberico Souza Cruz, o todo-poderoso do jornalismo da Globo na época.


Mas, vamos combinar? A Globo NUNCA teve escritório, nem correspondente na Espanha. Criou um, de repente, para acomodar Mirian? Pagou a ela 7 mil dólares mensais de salário até 2004 (na versão da Globo) sem que ela tivesse uma presença constante, quase diária, no ar?


Eu fui correspondente da Globo em Nova York. Todo dia tinha trabalho, muito trabalho.


Palmério Dória, em artigo anterior, já havia estimado o “custo do exílio”:


FHC, quando era ministro da Fazenda, isentou de CPMF todos os meios de comunicação. Em 2000 houve o Proer da mídia, que custou entre US$ 3 e US$ 6 bilhões aos cofres públicos. Ele também mudou a Constituição para permitir que a mídia brasileira, então falida, pudesse contar com 30% de capital estrangeiro. E autorizou que o BNDES fizesse um empréstimo milionário à Globo.


Sobre abortos: sim, é um assunto pessoal.


Mas, que fique o registro: muita gente da classe média para cima torce o nariz para o tema por causa da culpa de ter feito ou bancado o aborto alheio. Enquanto isso, mulheres pobres morrem por causa da hipocrisia dos que falsamente se dizem engajados em “preservar a família”.


FHC nunca foi hipócrita neste assunto. Ele perdeu uma eleição para prefeito de São Paulo para o carola Jânio Quadros entre outros motivos por não dizer claramente, em um debate, que acreditava em Deus. Se fez algo incomum em campanhas, como montar num jegue e dizer que tinha “um pé na cozinha”, não foi muito além do que fazem outros políticos para ganhar votos.


O mesmo, no entanto, não se aplica à hipocrisia da Globo.


Em 1989, Roberto Marinho apoiou abertamente a candidatura de Fernando Collor de Mello contra Lula. Dedicou até um Globo Repórter ao “caçador de marajás”.


Na reta final, Miriam Cordeiro apareceu na propaganda oficial de Collor, acusando Lula — que na época do namoro não era casado — de ter pedido a ela que abortasse a filha Lurian e sugerindo que o candidato do PT era racista (ver vídeo abaixo).


No dia seguinte, o Jornal Nacional “repercutiu” o assunto, ou seja, deu asas a um tema que favorecia Collor, ainda que com a suspeita de que o depoimento tivesse sido comprado. Na descrição da própria Globo:


No Jornal Nacional do dia seguinte, os dois lados foram ouvidos. A jornalista Maria Helena Amaral, ex-assessora de Collor, denunciou que Miriam Cordeiro havia recebido dinheiro do PRN para aparecer no programa eleitoral do partido. Mas a ex-namorada de Lula disse que participou do programa espontaneamente e confirmou as denúncias contra o candidato do PT.


Uma forma tinhosa de promover o assunto com “equilíbrio”.



Miriam Cordeiro negou ter recebido 200 mil cruzeiros novos para fazer a denúncia, mas confirmou ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho que estava por conta da campanha de Collor, 45 dias depois dele ter sido eleito!


Captura de Tela 2016-02-18 às 20.21.36A Globo ainda defendeu, em editorial de O Globo, no dia do debate final entre Collor e Lula, que os brasileiros tinham o direito de saber detalhes da vida pessoal dos candidatos.


O jornal dos Marinho apresentou Collor, que usara o depoimento de Miriam Cordeiro no programa eleitoral, como vítima de Lula!


Confiram um trecho:


Nos Estados Unidos, por exemplo, com freqüência homens públicos vêem truncada a carreira pela revelação de fatos desabonadores do seu comportamento privado. Não raro, a simples divulgação de tais fatos os dissuade de continuarem a pleitear a preferência do eleitor. Um nebuloso acidente de carro em que morreu uma secretária que o acompanhava barrou, provavelmente para sempre, a brilhante caminhada do senador Ted Kennedy para a Casa Branca – para lembrar apenas o mais escandaloso desses tropeços. Coisa parecida aconteceu com o senador Gary Hart; por divulgar-se uma relação que comprometia o seu casamento, ele nem sequer pôde apresentar-se à Convenção do Partido Democrata, na última eleição americana. Na presente campanha, ninguém negará que, em todo o seu desenrolar, houve uma obsessiva preocupação dos responsáveis pelo programa do horário eleitoral gratuito da Frente Brasil Popular de esquadrinhar o passado do candidato Fernando Collor de Mello. Não apenas a sua atividade anterior em cargos públicos, mas sua infância e adolescência, suas relações de família, seus casamentos, suas amizades. Presume-se que tenham divulgado tudo de que dispunham a respeito. O adversário vinha agindo de modo diferente. A estratégia dos propagandistas de Collor não incluía a intromissão no passado de Luís Inácio Lula da Silva nem como líder sindical nem muito menos remontou aos seus tempos de operário-torneiro, tão insistentemente lembrados pelo candidato do PT. Até que anteontem à noite surgiu nas telas, no horário do PRN, a figura da ex-mulher de Lula, Miriam Cordeiro, acusando o candidato de ter tentado induzi-la a abortar uma  criança filha de ambos, para isso oferecendo-lhe dinheiro, e também de alimentar preconceitos contra a raça negra.


Um salto de 1989 para 2012.


A vida privada de Lula foi considerada “noticiável” pela revista Época, dos irmãos Marinho, que escalou sete repórteres — SETE! — para fazer uma denúncia baseada em suposições.


Rosemary de Noronha nunca assumiu ter tido um caso com Lula, nem divulgou documentos comprometedores. Ainda assim, virou notícia em toda a mídia!


epoca


Voltem comigo, agora, no tempo.


Vejam como FHC descreveu o dia em que deixou o poder, em 2003, numa entrevista a Mário Sabino, da Veja:


Depois da cerimônia, rumamos, eu e Ruth, para o aeroporto, onde muita gente amiga nos esperava para a despedida. Foi aí que a emoção mais pessoal começou. Abracei assessores que haviam trabalhado comigo durante oito anos seguidos, que faziam parte do meu cotidiano. Embarcamos, então, para São Paulo, ainda no avião presidencial. Ao chegar, troquei de roupa e seguimos para o avião comercial que nos levaria a Paris. Nesse momento, relaxei, tive uma sensação boa de dever cumprido – tanto no plano institucional como no individual. (…) Dormi, então, a minha primeira noite de mortal comum. No dia seguinte, eu e Ruth fomos a Chartres sozinhos, para visitar a esplêndida catedral gótica – um passeio maravilhoso em todos os aspectos, mas principalmente pelo fato de não estarmos mais acompanhados de comitiva, seguranças e repórteres.  Recuperei, enfim, minha privacidade. Em Paris, também dispensei os serviços que a embaixada queria me prestar e voltamos a andar de metrô, como sempre fizemos. Uma delícia – e com um efeito muito didático. Porque uma coisa é o Planalto; outra é a planície. Na planície, você é promovido a povo.


Ou seja, FHC aproveitava Paris na condição de “povo”, acreditando ter um filho — um filho! — exilado na Europa.


A essa altura, Mirian era bancada pelo salário da Globo.


Mais tarde, conta, precisou de um complemento, pago por um empresário.


O empresário a que Mirian Dutra se refere é Jonas Barcellos, que mais recentemente deu caronas em seu avião para Lula — e foi denunciado por isso.


Numa entrevista à revista Veja, publicada em abril de 1999, Jonas admitiu que seus amigos eram “um ativo oculto”.


Dentre eles, Jorge Bornhausen, que foi vice-presidente da Brasif e comandou o PFL durante o governo FHC.


Segundo Mirian Dutra, o pefelista Antonio Carlos Magalhães, aliado de Bornhausen, ligado à Globo e todo-poderoso nos bastidores do governo FHC, recomendou a ela que não voltasse ao Brasil.


Conhecendo os bastidores do poder como ela, Mirian, conhecia — tinha sido repórter de política em Brasília –, como enfrentar um presidente da República, a emissora mais poderosa do Brasil — que dava a ela um salário  — e o trator ACM, ainda mais tendo dois filhos para criar?


O fato documentado e inescapável é o seguinte: FHC acreditava ter tido um filho com Mirian, que por sua vez assinou um contrato de fachada com a Eurotrade/Brasif para receber pagamentos via paraíso fiscal.


FHC disse a ela que era dinheiro pessoal, dele. Foi remetido do Brasil, via Banco Central? Ou saiu de uma conta no Exterior? A conta, que ele admite ter em Madri, foi declarada ao imposto de renda?


O documento divulgado por Mirian reforça a versão segundo a qual um presidente da República, no exercício do poder, negociou com uma empresa que detinha uma concessão do governo, a Brasif, o pagamento de um salário falso para a ex-namorada. Um cala-boca.


Captura de Tela 2016-02-18 às 20.56.31


O contrato entre Mirian Dutra e a Eurotrade/Brasif foi assinado no dia 16 de dezembro de 2002.


Faltavam duas semanas para o presidente FHC deixar o Planalto.


Se a versão de Mirian é verdadeira, FHC teve de pedir o favor a Jonas Barcellos, o dono da Brasif, algum tempo antes de o contrato ter sido assinado.


Com um detalhe importante, mencionado pelo Luís Nassif: os negócios de Jonas Barcellos floresceram nos dois mandatos de FHC.


Por muito menos, Bill Clinton quase sofreu impeachment nos Estados Unidos.


Como o caso de Mirian Dutra só aflorou agora, mais de 25 anos depois do namoro, obviamente não terá impacto retroativo.


O fato é que, com a ajuda da Globo, uma das Mirians derrotou Lula em 1989; e, com a omissão e/ou acobertamento da Globo — e da mídia em geral — FHC se elegeu presidente em 1994.




http://www.viomundo.com.br/denuncias/na-versao-de-mirian-documentada-fhc-negociou-cala-boca-de-dentro-do-planalto-com-empresa-que-tinha-concessao-em-aeroportos.html





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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #735 Online: 23 de Abril de 2018, 08:45:00 »
LAVA-JATO ESTÁ PRATICAMENTE PARADA EM SÃO PAULO


247 - A operação Lava-Jato, tão célere quando o assunto é o ex-presidente Lula, está praticamente parada em São Paulo, estado governado pelo PSDB há mais de 20 anos. Em São Paulo, as ações não tem um único juiz responsável, como Sérgio Moro no Paraná ou Marcelo Bretas, no Rio de Janeiro. O processo de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, operador do PSDB nos governos Serra e Alckmin, foi parar na 5ª Vara Criminal.

 

"Até agora, a força-tarefa paulista apresentou uma denúncia, contra Paulo Preto, e conseguiu a sua prisão preventiva mantida por tribunais superiores."


https://www.brasil247.com/pt/247/sp247/352203/Lava-Jato-est%C3%A1-praticamente-parada-em-S%C3%A3o-Paulo.htm




Burocracia, muitos juízes e falta de digitalização dificultam Lava Jato em SP

Ao contrário de Curitiba e do Rio, processos estão espalhados em ao menos dez varas


https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/04/burocracia-muitos-juizes-e-falta-de-digitalizacao-dificultam-lava-jato-em-sp.shtml


« Última modificação: 23 de Abril de 2018, 08:51:34 por JJ »

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #736 Online: 23 de Abril de 2018, 08:46:34 »



Parece que no Tucanistão  as coisas estão mais de boa para as aves.



Online Lorentz

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #737 Online: 23 de Abril de 2018, 08:56:30 »



Parece que no Tucanistão  as coisas estão mais de boa para as aves.




Aécio e Alckmin são respectivamente uma célula e uma ideia em cada um de nós. Bravos guerreiros que resistirão a essas calúnias.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline JJ

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #738 Online: 25 de Abril de 2018, 09:08:44 »

GASPARI: ALCKMIN PODE COROAR O EXTERMÍNIO DO PSDB


25 DE ABRIL DE 2018 ÀS 05:32 // INSCREVA-SE NA TV 247 Youtube


247 – A fragilidade do PSDB, responsável pelo golpe de 2016 no Brasil, foi o tema da coluna de Elio Gaspari nesta quarta-feira. "Ganha uma viagem a Pindamonhangaba quem for capaz de citar cinco realizações de França em sua carreira política e outras cinco de Doria na prefeitura. As denúncias contra Azeredo e Aécio ameaçam explodir o PSDB, mas as articulações de Alckmin estão implodindo-o. Sua candidatura à Presidência poderá significar o coroamento do extermínio", diz ele.


https://www.brasil247.com/pt/247/sp247/352478/Gaspari-Alckmin-pode-coroar-o-exterm%C3%ADnio-do-PSDB.htm

Offline JJ

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #739 Online: 12 de Maio de 2018, 07:49:40 »


Gilmar Mendes manda soltar Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB


Ex-diretor da Dersa, Souza estava preso desde 6 de abril, suspeito de desvio de recursos públicos em obras do governo paulista durante gestões do PSDB.


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (11) a soltura de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa - empresa paulista de infraestrutura rodoviária. Ele estava preso desde 6 de abril em razão das suspeitas de desvios nas obras do Rodoanel Sul, Jacu Pêssego e Nova Marginal Tietê.


Paulo Vieira deixou a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, pouco depois das 22h. Ele é suspeito de participar de desvio de recursos públicos em obras do governo estadual entre os anos de 2009 e 2011. Neste período, o governo paulista foi comandado por José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.


"Defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto de prisão preventiva de Paulo Vieira de Souza, o qual deverá ser posto em liberdade, se por outro motivo não estiver preso", armou
o ministro em sua decisão.



Restante no link


https://g1.globo.com/politica/noticia/gilmar-mendes-manda-soltar-paulo-vieira-de-souza-apontado-como-operador-do-psdb.ghtml


Offline JJ

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #740 Online: 12 de Maio de 2018, 18:30:55 »

Paulo Preto foi solto porque ia tirar Alckmin, Serra e Aloysio Nunes da vida pública


A farsa do golpe perdeu qualquer limite ético. Não existe mais pudor algum. O episódio Paulo Preto torna mais do que claro que não existe possibilidade de disputa política nos marcos da atual “legalidade”


Por Renato Rovai   


No dia 7 escrevi aqui no blog (https://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2018/05/07/delacao-de-paulo-preto-deve-ser-homologada-no-dia-14-e-tende-a-implodir-candidatura-alckmin/) que o acordo de delação de Paulo Preto estava pronto e que a data chave para ser entregue era segunda-feira, dia 14. Um dia depois a colunista Mônica Bergamo deu a mesma informação sem citar a data.


As informações que este blogue conseguiu apurar davam conta que o operador tucano tinha munição suficiente para acabar com o PSDB de São Paulo. E que sua delação seria uma pá de cal na candidatura Alckmin.


Mas a vida para os tucanos é diferente. E a justiça pode tardar, mas não falha quando é o caso de lhes ajudar. Ontem à noite, horas antes de Paulo Preto fechar o acordo, o ministro Gilmar Mendes deu ordem para que ele fosse solto da prisão.


Paulo Preto é hoje um homem livre e Alckmin pode seguir com sua candidatura.


Só nas contas de Suíça de Paulo Preto foram encontrados 121 milhões de reais (https://www1.folha.uol.com.br/amp/poder/2018/05/suica-aponta-depositos-numerosos-em-contas-de-paulo-preto-na-gestao-serra.shtml).


A farsa do golpe perdeu qualquer limite ético. Não existe mais pudor algum. O episódio Paulo Preto torna mais do que claro que não existe possibilidade de disputa política nos marcos da atual “legalidade”.


https://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2018/05/12/paulo-preto-foi-solto-porque-ia-tirar-alckmin-serra-e-aloysio-nunes-da-vida-publica/


Renato Rovai


Graduado em Jornalismo na Universidade Metodista, no ABC. Trabalhou em diversos jornais e veículos de comunicação, como o Diário do Grande ABC, Diário de Minas, Diário Popular, TV Gazeta e Editora Globo. Em 1994 criou a Editora Publisher Brasil, empresa da qual é sócio-diretor. Em 2001, no primeiro Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, lançou a Revista Fórum. A publicação foi impressa, mensal e vendida em bancas até dezembro de 2013. Desde 2014 é digital, tendo se tornado um dos principais produtos de informação independente no Brasil e uma das maiores audiências da internet. Na Fórum, mantém o Blog do Rovai, onde publica análises políticas. É mestre em Comunicação pela Universidade de São Paulo e doutor pela Universidade Federal do ABC. Entre outros livros, é autor de “Midiático poder – o caso Venezuela e a guerrilha informativa” e organizador e autor da obra “Golpe 16”, que reuniu jornalistas e blogueiros brasileiros. Lecionou em diversas universidades, como Santa Cecília, Cásper Líbero e ECA/USP.



Offline JJ

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #741 Online: 12 de Maio de 2018, 18:34:56 »


É isso aí, Brasil pra frente,  Alckmin Presidente.   


 :biglol:

Offline AlienígenA

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #742 Online: 12 de Maio de 2018, 19:23:04 »
Que farsa? O negócio tá é escancarado. Gilmar parece um exterminador do futuro que foi reprogramado com o avanço da Lavajato. Parece até que está com a cabeça a prêmio.

Offline Gauss

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #743 Online: 13 de Maio de 2018, 20:07:34 »
Que farsa? O negócio tá é escancarado. Gilmar parece um exterminador do futuro que foi reprogramado com o avanço da Lavajato. Parece até que está com a cabeça a prêmio.
Lembra da atuação dele na época que estourou os irmãos JBS?
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/06/1892791-instituto-de-gilmar-mendes-recebeu-patrocinio-de-r-21-milhoes-da-jf.shtml
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline AlienígenA

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #744 Online: 14 de Maio de 2018, 08:15:32 »
Que farsa? O negócio tá é escancarado. Gilmar parece um exterminador do futuro que foi reprogramado com o avanço da Lavajato. Parece até que está com a cabeça a prêmio.
Lembra da atuação dele na época que estourou os irmãos JBS?
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/06/1892791-instituto-de-gilmar-mendes-recebeu-patrocinio-de-r-21-milhoes-da-jf.shtml

Lembro, mas o divisor de águas, segundo me recordo, foi o acordo com o Sérgio Machado - quando o Temer ainda era interino. De um dos principais defensores da Lavajato no STF até então, repentinamente, tornou-se um de seus principais críticos a partir dali. Foi quando ligou meu alerta.

Offline -Huxley-

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #745 Online: 23 de Maio de 2018, 23:28:26 »
Azeredo preso. Finalmente, caiu a narrativa de que político tucano muito influente não vai preso nunca, que só quem sofre são os políticos muito influentes do "partido que tira x milhões da pobreza":

https://www.oantagonista.com/brasil/azeredo-vai-ficar-preso-em-quartel-da-pm/
« Última modificação: 24 de Maio de 2018, 00:26:51 por -Huxley- »

Offline JJ

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #746 Online: 24 de Maio de 2018, 06:13:48 »



Se depois das eleições o STF resolver rever e acabar com  a prisão  em 2° instância,  não será só Lula  que gostará e ficará aliviado,  o Azeredo também irá  agradecer.




Offline _Juca_

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #747 Online: 24 de Maio de 2018, 10:53:06 »
Azeredo preso. Finalmente, caiu a narrativa de que político tucano muito influente não vai preso nunca, que só quem sofre são os políticos muito influentes do "partido que tira x milhões da pobreza":

https://www.oantagonista.com/brasil/azeredo-vai-ficar-preso-em-quartel-da-pm/

Muito influente??? Tá de brincadeira né? O muito influente do PSDB, foi agraciado com um "julgamento eleitoral" pelos seus crimes. Azeredo, é carta fora do baralho faz muito tempo.

Offline Geotecton

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #748 Online: 24 de Maio de 2018, 11:16:36 »
Azeredo preso. Finalmente, caiu a narrativa de que político tucano muito influente não vai preso nunca, que só quem sofre são os políticos muito influentes do "partido que tira x milhões da pobreza":

https://www.oantagonista.com/brasil/azeredo-vai-ficar-preso-em-quartel-da-pm/

Muito influente??? Tá de brincadeira né? O muito influente do PSDB, foi agraciado com um "julgamento eleitoral" pelos seus crimes. Azeredo, é carta fora do baralho faz muito tempo.

Mas esta 'carta-fora-do-baralho' pode fazer um estrago enorme no PSDB caso resolva fazer uma delação premiada.

E, mesmo assim, foi um ótimo 'cala a boca' para a seita petista.
Foto USGS

Offline _Juca_

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Re:O PSDB representa um risco para o Brasil?
« Resposta #749 Online: 24 de Maio de 2018, 11:46:19 »
Azeredo preso. Finalmente, caiu a narrativa de que político tucano muito influente não vai preso nunca, que só quem sofre são os políticos muito influentes do "partido que tira x milhões da pobreza":

https://www.oantagonista.com/brasil/azeredo-vai-ficar-preso-em-quartel-da-pm/

Muito influente??? Tá de brincadeira né? O muito influente do PSDB, foi agraciado com um "julgamento eleitoral" pelos seus crimes. Azeredo, é carta fora do baralho faz muito tempo.

Mas esta 'carta-fora-do-baralho' pode fazer um estrago enorme no PSDB caso resolva fazer uma delação premiada.

E, mesmo assim, foi um ótimo 'cala a boca' para a seita petista.

Que delação? Do mensalão tucano, o balão de ensaio do mensalão petista? Isso tudo já foi delatado, julgado e os envolvidos estão presos. 
O que me parece é que a seita antipetista está muito mais apegada a esse fato, de que prenderam um tucano mosca-morta, para justificarem a isenção da justiça... A justiça não deveria precisar de justificação...

 

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