Autor Tópico: Imagens políticas  (Lida 187060 vezes)

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Offline Lakatos

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2725 Online: 07 de Setembro de 2016, 18:59:49 »
Pelo menos se desculparam, em vez de simplesmente apagar o post e fingir que não aconteceu nada:

https://www.facebook.com/GovernodoRS/photos/a.196462513714250.57689.196452727048562/1471592336201255/?type=3&theater

Offline DDV

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2726 Online: 08 de Setembro de 2016, 01:39:42 »
Algo que me surpreendeu foi a boa aprovação que os bolivianos possuem da própria situação econômica. Será que se deve unicamente ao controle da mídia? Na Venezuela não está funcionando.

A coca deixa as pessoas mais satisfeitas.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Lakatos

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2727 Online: 09 de Setembro de 2016, 20:34:04 »
Ainda sobre a dicotomia ordem x liberdade


Offline DDV

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2728 Online: 09 de Setembro de 2016, 21:17:08 »
O estado tem como função proteger a liberdade dos indivíduos. Qualquer 'proteção' que não seja em última instância uma proteção à liberdade dos indivíduos é questionável.

 
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2729 Online: 09 de Setembro de 2016, 21:20:30 »

<a href="https://www.youtube.com/v/EKmL4NayvzM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/EKmL4NayvzM</a>





O estado tem como função proteger a liberdade dos indivíduos. Qualquer 'proteção' que não seja em última instância uma proteção à liberdade dos indivíduos é questionável.

Como a "proteção" à privação de bens, em detrimento da liberdade de usufruto desses bens, produzidos pela sociedade.

Rhyan

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2730 Online: 11 de Setembro de 2016, 04:40:02 »
O estado, entidade que agride a propriedade para sobreviver tem como função proteger os indivíduos e suas propriedades.

No mínimo, estranho.


Offline Gauss

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2732 Online: 11 de Setembro de 2016, 14:33:02 »
É tipo uma vaquinha de auto-defesa coletiva e tentativas de acordos para tentar evitar briga.

Leis e impostos? Não para os ancaps, eles chamam isso de outra coisa.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Rhyan

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2733 Online: 11 de Setembro de 2016, 18:52:12 »
Ou seja, serviços monopolistas. Acreditar em estado nada mais é do que dizer que monopólios são superiores, que ausência de cálculo econômico é positivo.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2734 Online: 11 de Setembro de 2016, 22:06:06 »
Não existe ausência de cálculo econômico só por haver estado, segundo Mises.

Em muitos casos pode haver atuação de outros além do estado fazendo coisas "estatóides" (como "legislação" de condomínio), mas o estado teria a obrigação de dar a última palavra, caso a coisa não se resolva de comum acordo antes de recorrerem a ele.

Meio como uma formalização e civilização de turbas ensandecidas.

Rhyan

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2735 Online: 11 de Setembro de 2016, 22:09:38 »
Existe sim, nos setores onde o estado ainda atua, Mises não acreditava que segurança e justiça poderiam ser fornecidos pelo mercado, esse foi seu erro. Faz um cálculo econômico sobre segurança, vida, leis, até a SpaceX prova que a Nasa é uma máquina de gastar dinheiro público.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2736 Online: 11 de Setembro de 2016, 22:10:25 »
Qual é o problema em fazê-lo?

Não existe "dinheiro" ainda?


Citação de: Mises
....

O processo de mercado é o ajustamento das ações individuais dos vários membros da sociedade aos requisitos da cooperação mútua. Os preços de mercado informam aos produtores o que produzir, como produzir e em que quantidade. O mercado é o ponto focal para onde convergem e de onde se irradiam as atividades dos indivíduos. A economia de mercado deve ser estritamente diferenciada do segundo sistema imaginável – embora não realizável – de cooperação social sob um regime de divisão de trabalho: o sistema de propriedade governamental ou social dos meios de produção. Esse segundo sistema é comumente chamado de socialismo, comunismo, economia planificada ou capitalismo de estado. A economia de mercado, ou capitalismo, como é comumente chamada, e a economia socialista são mutuamente excludentes.

Não há mistura possível ou imaginável dos dois sistemas; não há algo que se possa chamar de economia mista, um sistema que seria parcialmente socialista. A produção ou é dirigida pelo mercado, ou o é por decretos de um tzar da produção, ou de um comitê de tzares da produção. Se, numa sociedade baseada na propriedade privada dos meios de produção, alguns desses meios são possuídos e operados por um ente público – ou seja, pelo governo ou uma de suas agências —, isto não significa um sistema misto que combine socialismo e capitalismo. O fato de o estado ou de municipalidades possuírem e operarem algum tipo de instalação industrial não altera as características essenciais da economia de mercado. Essas empresas públicas estão sujeitas à soberania do mercado. Têm de se ajustar – como compradoras de matérias-primas, equipamento e mão de obra, e como vendedoras de bens e serviços – à mecânica da economia de mercado. Estão sujeitas às leis do mercado e, portanto, dependem dos consumidores que lhes podem dar ou negar preferência. Precisam empenhar-se para obter lucros ou, pelo menos, para evitar prejuízos.

O governo pode cobrir o déficit de suas empresas recorrendo a fundos públicos. Mas isto também não elimina nem diminui a supremacia do mercado; apenas desloca o déficit para outro setor: os meios para cobrir as perdas serão arrecadados através da cobrança de impostos. Mas as consequências que esta taxação produzirá no mercado e na estrutura econômica serão sempre as previstas pelas leis do mercado. É o funcionamento do mercado, e não a arrecadação de impostos pelo governo, que decide sobre quem incidirão os impostos e como eles afetarão a produção e o consumo. Portanto, é o mercado, e não uma repartição do governo, que determina o funcionamento dessas empresas públicas.

...

As empresas públicas operadas pelo governo e a economia da Rússia Soviética, pelo simples fato de comprarem e venderem em mercados, estão conectadas ao sistema capitalista. Dão testemunho dessa conexão ao utilizarem a moeda em seus cálculos. Assim, fazem uso dos métodos intelectuais do sistema capitalista que fanaticamente condenam. Isto porque o cálculo econômico é a base intelectual da economia de mercado. Os objetivos perseguidos pela ação em qualquer sistema baseado na divisão do trabalho não podem ser alcançados sem o cálculo econômico. A economia de mercado calcula em termos de preços em moeda. Ser capaz de efetuar tal cálculo foi determinante na sua evolução e condiciona seu funcionamento nos dias de hoje. A economia de mercado é uma realidade porque é capaz de calcular.
...



Partes desse trecho também servem como resposta àquelas peter-josephices todas de "precisamos de um novo modelo econômico", "precisamos de uma alternativa ao mercado". Qualquer coisa que pretenda lidar com a realidade de custos de qualquer coisa será SEMPRE o mercado, a única coisa que pode mudar é como é gerenciado, ou, o comportamento de seus agentes.

Offline Geotecton

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2737 Online: 11 de Setembro de 2016, 23:42:47 »
Existe sim, nos setores onde o estado ainda atua, Mises não acreditava que segurança e justiça poderiam ser fornecidos pelo mercado, esse foi seu erro. Faz um cálculo econômico sobre segurança, vida, leis, até a SpaceX prova que a Nasa é uma máquina de gastar dinheiro público.

Grande equívoco.

A SpaceX não prova nada, visto que toda a tecnologia usada pela empresa já foi desenvolvida pela própria NASA e outras agências espaciais.

E praticamente todas as decisões da NASA que resultaram em algum desperdício não foram dela e sim do governo ou dos militares, como é o caso dos ônibus espaciais.
Foto USGS

Offline Pagão

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2738 Online: 12 de Setembro de 2016, 07:04:53 »
Ainda sobre a dicotomia ordem x liberdade



Ainda estou para perceber onde está a pretensa dicotomia entre ordem e liberdade e, principalmente, entre segurança e liberdade. :?

Mas alguma vez é possível haver liberdade sem segurança? Não é a insegurança um elemento mortal para a liberdade?

E qualquer liberdade não se exerce no interior de uma ordem? Quem é livre na desordem?... Apenas, ilusoriamente e transitoriamente, os mais fortes até serem eliminados por outros ainda mais poderosos ou através de ardis de elementos mais fracos.

As liberdades concretas apenas podem ser exercidas dentro de uma ordem que garanta segurança a cada indivíduo... Apenas se deve procurar (caso se preze a liberdade individual) que essa ordem contemple o maior leque possível de liberdade precisamente garantindo a segurança para o seu exercício...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2739 Online: 12 de Setembro de 2016, 10:55:50 »
Pois é.



...

Essa de promoção ideológica através de desenhos animados obscuros/muito novos como se fossem ícones de cultura pop consegue, em nível pessoal, me deixar com tanto receio deles quanto aquela outra tosquice do "super deputado" com seu "raio privatizador". "Livres 17" soa como uma espécie de ala "sub 17" do partido. :nao3:

Sério, até achar algo compatível naquelas lições de moral do He-man ou da She-ha seria algo menos desanimador. Não pelo desenho ser necessariamente melhor, ou só por ser mais antigo... mas apenas por parecer algo que inerentemente leva o desenho animado menos a sério.

Você imagina perfis em redes sociais com listas de recomendações de leitura e entretenimento salpicadas com power-rangers, cavaleiros do zodíaco, teen-teletubbies, etc.

Offline Dr. Manhattan

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2740 Online: 12 de Setembro de 2016, 12:06:07 »
Ainda sobre a dicotomia ordem x liberdade



Ainda estou para perceber onde está a pretensa dicotomia entre ordem e liberdade e, principalmente, entre segurança e liberdade. :?

Mas alguma vez é possível haver liberdade sem segurança? Não é a insegurança um elemento mortal para a liberdade?

E qualquer liberdade não se exerce no interior de uma ordem? Quem é livre na desordem?... Apenas, ilusoriamente e transitoriamente, os mais fortes até serem eliminados por outros ainda mais poderosos ou através de ardis de elementos mais fracos.

As liberdades concretas apenas podem ser exercidas dentro de uma ordem que garanta segurança a cada indivíduo... Apenas se deve procurar (caso se preze a liberdade individual) que essa ordem contemple o maior leque possível de liberdade precisamente garantindo a segurança para o seu exercício...

Isso é interessante. O que noto é que aparentemente pessoas que costumam reclamar da "opressão do estado", de como a "sociedade" tolhe sua liberdade olham mais para manifestações explícitas da ação do estado, como impostos, mas esquecem ou procuram ignorar as ações menovs visíveis, como o controle de qualidade de alimentos, estabelecimento de normas técnicas, etc. Desejar um estado menos inchado e mais eficiente não é o mesmo que desejar o fim do estado.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2741 Online: 12 de Setembro de 2016, 17:00:10 »
Tem pelo menos duas divisões principais: os que acham que o estado é opressor porque "defende o capitalismo", e os que acham que é opressor por ser uma "negação do mercado".

Vão geralmente defender ou que quanto mais melhor ou quanto menos melhor, respectivamente. No caso dos anarco-capitalistas (sendo que ironicamente "capitalismo" é um termo marxista), vão dizer que o mercado pode dar conta mais eficientemente de controle de qualidade (que restringe sua liberdade em aceitar algo de menor qualidade se achar satisfatório) e de estabelecer normas técnicas (que restringem a sua liberdade em escolher suas próprias normas), ou o que quer que seja. Parecem tender a pensar que nada análogo aos inconvenientes ou ineficiências do estado pudesse (re)emergir a partir de relações comerciais ou sociais, resultando num mundo onde sempre há opções acessíveis de qualquer coisa com as quais as pessaos concordem com a composição dos preços (apesar dessa geralmente não ser de conhecimento público), quando não for algo de graça.

O outro lado tenderá a enxergar só os problemas e ignorar aspectos práticos, como custos. Exemplo recente era o de "tarifa zero" para ônibus, onde em entrevista uma das líderes até declarava que não se achava responsável em apontar como algo assim poderia ao menos ser viável. Hoje em dia um omni-estado nos moldes marxistas fundamentalistas clássicos deve ser menos popular, mas acho que é algo que ainda deve ter um número considerável de defensores, também. Mas mesmo que não tenham tão comumente a aspiração desse "modelo", ainda devem tender imaginar um poder muito maior em se resolver problemas econômicos na base da canetada, como se a economia não fosse uma realidade, mas uma mera convenção social.

Offline Pedro Reis

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2742 Online: 12 de Setembro de 2016, 17:44:26 »
As eleições estão aí. Bons candidatos é que não faltam.

<a href="https://www.youtube.com/v/qd2eo3imk_c" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/qd2eo3imk_c</a>

<a href="https://www.youtube.com/v/il-cG20QeG4" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/il-cG20QeG4</a>

Rhyan

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2743 Online: 12 de Setembro de 2016, 18:23:31 »
Qual é o problema em fazê-lo?

Não existe "dinheiro" ainda?


Citação de: Mises
....

O processo de mercado é o ajustamento das ações individuais dos vários membros da sociedade aos requisitos da cooperação mútua. Os preços de mercado informam aos produtores o que produzir, como produzir e em que quantidade. O mercado é o ponto focal para onde convergem e de onde se irradiam as atividades dos indivíduos. A economia de mercado deve ser estritamente diferenciada do segundo sistema imaginável – embora não realizável – de cooperação social sob um regime de divisão de trabalho: o sistema de propriedade governamental ou social dos meios de produção. Esse segundo sistema é comumente chamado de socialismo, comunismo, economia planificada ou capitalismo de estado. A economia de mercado, ou capitalismo, como é comumente chamada, e a economia socialista são mutuamente excludentes.

Não há mistura possível ou imaginável dos dois sistemas; não há algo que se possa chamar de economia mista, um sistema que seria parcialmente socialista. A produção ou é dirigida pelo mercado, ou o é por decretos de um tzar da produção, ou de um comitê de tzares da produção. Se, numa sociedade baseada na propriedade privada dos meios de produção, alguns desses meios são possuídos e operados por um ente público – ou seja, pelo governo ou uma de suas agências —, isto não significa um sistema misto que combine socialismo e capitalismo. O fato de o estado ou de municipalidades possuírem e operarem algum tipo de instalação industrial não altera as características essenciais da economia de mercado. Essas empresas públicas estão sujeitas à soberania do mercado. Têm de se ajustar – como compradoras de matérias-primas, equipamento e mão de obra, e como vendedoras de bens e serviços – à mecânica da economia de mercado. Estão sujeitas às leis do mercado e, portanto, dependem dos consumidores que lhes podem dar ou negar preferência. Precisam empenhar-se para obter lucros ou, pelo menos, para evitar prejuízos.

O governo pode cobrir o déficit de suas empresas recorrendo a fundos públicos. Mas isto também não elimina nem diminui a supremacia do mercado; apenas desloca o déficit para outro setor: os meios para cobrir as perdas serão arrecadados através da cobrança de impostos. Mas as consequências que esta taxação produzirá no mercado e na estrutura econômica serão sempre as previstas pelas leis do mercado. É o funcionamento do mercado, e não a arrecadação de impostos pelo governo, que decide sobre quem incidirão os impostos e como eles afetarão a produção e o consumo. Portanto, é o mercado, e não uma repartição do governo, que determina o funcionamento dessas empresas públicas.

...

As empresas públicas operadas pelo governo e a economia da Rússia Soviética, pelo simples fato de comprarem e venderem em mercados, estão conectadas ao sistema capitalista. Dão testemunho dessa conexão ao utilizarem a moeda em seus cálculos. Assim, fazem uso dos métodos intelectuais do sistema capitalista que fanaticamente condenam. Isto porque o cálculo econômico é a base intelectual da economia de mercado. Os objetivos perseguidos pela ação em qualquer sistema baseado na divisão do trabalho não podem ser alcançados sem o cálculo econômico. A economia de mercado calcula em termos de preços em moeda. Ser capaz de efetuar tal cálculo foi determinante na sua evolução e condiciona seu funcionamento nos dias de hoje. A economia de mercado é uma realidade porque é capaz de calcular.
...



Partes desse trecho também servem como resposta àquelas peter-josephices todas de "precisamos de um novo modelo econômico", "precisamos de uma alternativa ao mercado". Qualquer coisa que pretenda lidar com a realidade de custos de qualquer coisa será SEMPRE o mercado, a única coisa que pode mudar é como é gerenciado, ou, o comportamento de seus agentes.

Claro, nenhuma país socialista baniu o mercado como previa a teoria, só que o calculo econômico fica reduzido ao pouco que o gov. libera e ao mercado negro. O problema do cálculo não é apenas do socialismo, é do intervencionismo também, enquanto o socialismo seria cegueira total (na teoria), na prática uma visão bem borrada, o intervencionismo seria uma visão parcial um pouco melhor, dependendo do nível de intervenção. O erro do Mises, e ele foi superado por Rothbard e seus seguidores, é que ele achava que um monopólio na justiça e na segurança era um mal necessário como a grande maioria dos liberais clássicos (Exceto Gustave de Molinari). Tanto é que muitos left-libertarians dizem que grandes empresas também sofrem do problema do cálculo econômico, mas isso é discutível.

Rhyan

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2744 Online: 12 de Setembro de 2016, 18:37:44 »
Existe sim, nos setores onde o estado ainda atua, Mises não acreditava que segurança e justiça poderiam ser fornecidos pelo mercado, esse foi seu erro. Faz um cálculo econômico sobre segurança, vida, leis, até a SpaceX prova que a Nasa é uma máquina de gastar dinheiro público.

Grande equívoco.

A SpaceX não prova nada, visto que toda a tecnologia usada pela empresa já foi desenvolvida pela própria NASA e outras agências espaciais.

E praticamente todas as decisões da NASA que resultaram em algum desperdício não foram dela e sim do governo ou dos militares, como é o caso dos ônibus espaciais.

Não achei a notícia agora, é de alguns meses. A Nasa pediu que a SpaceX fizesse um teste a mais sem nenhuma utilidade prática, Elon Musk respondeu que não tinha dinheiro de um fundo público para queimar. A SpaceX é apontada como 10x mais eficiente que a Nasa.
O que a Nasa faz na ciência é maravilhoso, mas como ela faz isso em termos econômicos é absurdo. Não existe tal trade-off, é possível fazer as duas coisas bem feitas ao mesmo tempo.

A Nasa depende de dinheiro público, ficou com aquele ônibus espacial não sei por quanto tempo, até virou meme, enquanto toda tecnologia privada evoluía.

Agora que eu vi qual tópico é esse:


Rhyan

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2745 Online: 12 de Setembro de 2016, 18:49:57 »
Ainda estou para perceber onde está a pretensa dicotomia entre ordem e liberdade e, principalmente, entre segurança e liberdade. :?

Mas alguma vez é possível haver liberdade sem segurança? Não é a insegurança um elemento mortal para a liberdade?

E qualquer liberdade não se exerce no interior de uma ordem? Quem é livre na desordem?... Apenas, ilusoriamente e transitoriamente, os mais fortes até serem eliminados por outros ainda mais poderosos ou através de ardis de elementos mais fracos.

As liberdades concretas apenas podem ser exercidas dentro de uma ordem que garanta segurança a cada indivíduo... Apenas se deve procurar (caso se preze a liberdade individual) que essa ordem contemple o maior leque possível de liberdade precisamente garantindo a segurança para o seu exercício...

A origem é esse quote do Benjamin Franklin:

"Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança".

Agora alguns memes pra combinar com o tópico e explicar a frase:










Rhyan

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2746 Online: 12 de Setembro de 2016, 18:51:23 »
Esse é o melhor:

<a href="https://www.youtube.com/v/6j2i8-kw_ng" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/6j2i8-kw_ng</a>

Offline Lorentz

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2747 Online: 12 de Setembro de 2016, 19:06:06 »
Esse é o melhor:

<a href="https://www.youtube.com/v/6j2i8-kw_ng" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/6j2i8-kw_ng</a>

Me sinto enganado todos esses anos!

Mas vou falar que a partir do momento que a gente detecta os discursos mais chavões em entrevistas ou propagandas, começamos a repudiar esses políticos.

Chega a ser cômico ver que a prioridade de alguns candidatos a prefeito por aí é arrumar calçadas e tapar buracos nas ruas. Porra, isso é o básico.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2748 Online: 12 de Setembro de 2016, 20:13:05 »
Qual é o problema em fazê-lo?

Não existe "dinheiro" ainda?


Citação de: Mises
....



Partes desse trecho também servem como resposta àquelas peter-josephices todas de "precisamos de um novo modelo econômico", "precisamos de uma alternativa ao mercado". Qualquer coisa que pretenda lidar com a realidade de custos de qualquer coisa será SEMPRE o mercado, a única coisa que pode mudar é como é gerenciado, ou, o comportamento de seus agentes.

Claro, nenhuma país socialista baniu o mercado como previa a teoria, só que o calculo econômico fica reduzido ao pouco que o gov. libera e ao mercado negro. O problema do cálculo não é apenas do socialismo, é do intervencionismo também, enquanto o socialismo seria cegueira total (na teoria), na prática uma visão bem borrada, o intervencionismo seria uma visão parcial um pouco melhor, dependendo do nível de intervenção. O erro do Mises, e ele foi superado por Rothbard e seus seguidores, é que ele achava que um monopólio na justiça e na segurança era um mal necessário como a grande maioria dos liberais clássicos (Exceto Gustave de Molinari). Tanto é que muitos left-libertarians dizem que grandes empresas também sofrem do problema do cálculo econômico, mas isso é discutível.

O comunismo "puro" durou pouco tempo. O comunismo não acabou com a derrubada do muro de Berlim e a abertura a partir dos anos 80, mas ainda lá pelos anos 20 mesmo.


Mas o problema de cálculo econômico não tem relação  como que Mises achava sobre um estado mínimo necessário.


Mises cunhou o "problema de cálculo econômico" baseado especificamente em, na ausência de mercado/propriedade privada, não haver a conversão dos valores em uma unidade de medida unificada, a moeda. Algo que não só possibilita falar em "custo de 500 guardas" em termos mais simples, trabalháveis, do que "N toneladas de arroz, feijão, batata, cenoura, carne, sabão, litros de água, leite, gasolina, e megawatts" multiplicado por N meses, mas também é um sinal econômico que informa a produção a partir da demanda. No mercado "sociOlista" que pôde existir sob o comunismo verdadeiro, enquanto existiu, a demanda ainda não influencia a produção, que fica dependendo de alguma avaliação baseada em projeções nas linhas de "verdadeiras necessidades de cada habitante", multiplicado pelo número de habitantes, multiplicado por custos de produção  medidos em arroz, feijão, gasolina, vacas, pneus, etc.


Mas apenas haver estado não chega a aproximar dessa situação, os preços ainda existirão, e a produção será informada pela demanda. Assim, quaisquer que sejam os objetivos do estado, ele tem como realizar cálculos financeiros -- essencialmente da mesma forma que teria uma organização filantrópica (ou qualquer organização, na verdade) para o que quer que adotasse como meta a partir de suas condições financeiras.


Não sei se "left libertarians" são "bleeding heart" ou comunistas mesmo, mas não acho que dentro do mercado pode haver esses problemas com qualquer instituição que não seja literalmente um mini-comunismo autônomo/isolado.

Aproximações disso talvez possa ser no sentido de organização "de cima para baixo" de empresas, mas ainda há a moeda viabilizando cálculos não-insanos, bem como a demanda para "informar" a produção.

Fora isso, talvez o sinal econômico fique mais ruidoso na medida em que se distancia de uma relação comercial simples, como um indivíduo comprar algo simples como um prego, para coisas mais complexas e coletivas, como carro, bairro/condomínio, e seguro. Mas não é nada trágico na maior parte do tempo.

Ao mesmo tempo, a analogia com o estado é falsa se estiver sendo defendido sua atuação monopolista, e não ele como uma oferta (ainda que "grátis"/"filantrópica") no mercado. Pois sem monopólio, mesmo que o mercado não filtre sinalize minuciosamente cada característica de um produto ou serviço, ainda haverá diferentes pacotes concorrendo e compensando essa imprecisão em algum grau, até possibilitando a "evolução" de características mais populares do que é ofertado.

Rhyan

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Re:Imagens políticas
« Resposta #2749 Online: 13 de Setembro de 2016, 20:01:07 »
Acho que não houve comunismo nem antes do NEP na URSS. Talvez a única experiência real de comunismo foi numa colônia americana, pessoal morreu de fome.

No livro do Rothbard, Governo e Mercado é só sobre isso, como qualquer intervenção estatal gera danos econômicos, ele explica detalhadamente uma por uma. Livro sem nada de "Ética Libertária".

No socialismo (teórico) você tem a impossibilidade absoluta do cálculo econômico, no intervencionismo você tem um cálculo atrapalhado. A teoria tanto de Mises quando Hayek são sobre tudo isso. "A Pretensão do Conhecimento" de Hayek é sobre guiar o mercado com uma ciência econômica positivista, ou seja, intervencionismo com ares de cientificismo acadêmico, não sobre socialismo. Nos livros Intervencionismo e Crítica ao Intervencionismo, Mises explica a mesma coisa com focos diferentes.

 

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