Os maiores erros dos assim-chamados "libertários" e "liberais" são, em segundo lugar, não perceber (os que ainda se rotulam liberais, principalmente) que se apropriam de um termo anacronicamente, e caem (dando o benefício da duvida) nas mentiras dos marxistas culturais, vendo o conservador como um ser retrógrado, quando o conservador atual nada mais é do que quem preserva o liberalismo de outrora, aquele que podia ainda ser justificado pela razão. Através desse espantalho ambos trabalham inconscientemente (ou veladamente) para promoção do marxismo cultural.
Mas o primeiro e maior e maior erro é imaginar que libertários/anarco-capitalistas de fato são diferentes dos anarco-comunistas. Não são. Sejam brutalistas ou gradualistas. Brutalistas são claramente os revolucionários (a distinção sendo apenas de que os primeiros, apesar do nome, ainda aparentam ter menor ímpeto de iniciar matanças em nome de sua ideologia assassina). E os gradualistas são apenas gramscianistas. Uma rosa tem o mesmo cheiro, qualquer seja o nome que se dê.
"Mas e a economia de mercado em si, isso é uma diferença fundammental", diria o jovem incauto entusiasta do libertarianismo ou suas variantes mais explicitamente anárquicas. O que ele se esquece é que os "comunistas" abandonaram a economia marxista já desde os primórdios da União Soviética. Os comunistas/anarco-comunistas defendem também a economia de mercado, embora novamente tenham como recurso a novilíngua para sugerir falsas distinções como "propriedade pessoal" e não "privada".
Esssas ideologias são, então, em qualquer variação, apenas a defesa do colapso da civilização, seja por uma destruição explosiva ou pela gradual erosão de seus pilares. Crentes de que então uma nova sociedade utópica poderá ser erigida dos escombros da civilização.
"Uma sociedade utópica" pode ser um ideal belo, ainda que ingênuo. Praticamente sempre será, por definição, ambos. Mas independentemente disso, não podemos deixar que essa beleza nos distraia do fato de que os seguidores de tais ideologias planejam como passo inicial levar a civilização à ruína.