A média da jornada de trabalho no mundo vem caindo de acordo com o aumento de produtividade. A explicação para a redução de horas de trabalho não é jurídica, mas sim econômica.
Infelizmente, a produtividade brasileira está estagnada há 5 décadas, no que a revista inglesa 'The Economist' chamou de A Soneca de 50 anos.
O extremismo político sempre foi um dos hobbies prediletos da burguesia. A pesquisa IBOPE mostra que esta constante histórica vale também para o Rio de Janeiro neste ano.
Marcelo Crivella, do PRB, vence em todos os estratos de renda, escolaridade, idade e sexo, menos em dois. Entre os mais ricos, Crivella fica em terceiro, atrás de Freixo e Bolsonaro. O único outro grupo no qual essa ordem também prevalece é o dos eleitores com ensino superior completo.
Existem algumas diferenças entre o perfil do eleitorado de Marcelo Freixo - é mais jovem, por exemplo - e de Flávio Bolsonaro - extremamente masculino. A semelhança entre os dois, porém, parece mais forte: são os candidatos da elite carioca.
Já que o governo acabou com o Ciência sem Fronteiras porque ele transfere renda para uma pequena elite e é muito caro, seria uma boa que eles pensassem em rever nosso modelo de educação superior. As universidades públicas brasileiras são mecanismos de perpetuação da desigualdade porque beneficiam desproporcionalmente os mais ricos.
Toda vez que algum analista do Instituto Mercado Popular faz uma publicação mostrando os problemas da guerra às drogas, a mesma coisa acontece: críticas rasas, chamando o autor de "zé droguinha".
O que os críticos não percebem é que todos nós - e também eles - crescemos observando nossos amigos e familiares utilizarem algum tipo de droga - seja café, álcool ou alguma dessas caixas que você pode comprar na farmácia.
E foi por crescer vendo que era possível tomar uma taça de vinho de forma responsável e ainda assim ser uma pessoa boa e bem sucedida que aprendemos que a educação sobre qualquer tipo de droga é uma solução muito mais razoável e socialmente benéfica do que a política de colocar na cadeia quem deseja tomar um suco fermentado ou fumar uma planta ressecada.
Existem 175 mil pessoas na cadeia no Brasil por crimes não violentos relacionados a drogas. Isso é um custo fiscal e humano muito grande.
A legalização das drogas minimizaria os danos sociais da guerra às drogas, reduziria o estigma que hoje existe sobre viciados (que são ínfima minoria dentre usuários) que necessitam de tratamento médico e tornaria as segundas-feiras muito menos intragáveis.