Um atentado junto à sede do semanário "Charlie Hebdo", no centro de Paris, causou esta quarta-feira pelo menos 11 mortos, um dos quais polícia, e 10 feridos, estando quatro destes em estado grave, avança a polícia local.
Segundo o jornal "Le Fígaro", dois homens encapuzados vestidos de negro invadiram esta manhã a entrada das instalações do jornal satírico que publicou as caricaturas de Maomé, disparando indiscriminadamente com "lança-foguetes e kalachnikovs".
"França está em choque após este atentado terrorista. Mas temos que mostrar que somos um país único e que sabemos reagir como deve ser, com firmeza, mas sempre com a preocupação da unidade nacional", disse o Presidente francês, François Hollande, em declarações aos jornalistas no local, sublinhando que o país sabia que estava sob ameaça e que nas últimas semanas foram evitados vários atentados.
Entretanto, o governo francês ativou um Plano de Vigilância, estando as autoridades na perseguição dos autores.
Dentro de horas, será divulgado um balanço final. O Presidente francês já convocou uma reunião de emergência com os ministros no palácio do Eliseu às 14h locais (13h em Lisboa).
O "Charlie Hebdo" é um semanário satírico com posições muito violentas, sendo a sua redação maioritariamente compostas por jornalistas da esquerda pluralista e abstencionistas, Profundamente ilustrado, as suas edições incluem muitas crónicas e de tempos a tempos são publicadas reportagens de jornalismo de investigação, sobre temas diversos como seitas, a extrema-direita, o catolicismo, o islamismo, o judaísmo, a política e a cultura, entre outros.
O jornal foi incendiado em novembro de 2011, não se tendo registado, contudo, vítimas. Além disso, a publicação era alvo de frequentes ameaças.
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