Autor Tópico: 15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos  (Lida 4255 vezes)

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Offline DDV

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #50 Online: 23 de Maio de 2015, 21:32:09 »
Livre arbítrio "absoluto" ou "metafísico" não existe.

Livre arbítrio "prático" existe (Ex: fazer algo sem ser motivado por coerção ou influência externa não-natural).

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Moro

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #51 Online: 23 de Maio de 2015, 22:12:07 »
É o meu ponto,  que venho defendendo sozinho há 10 anos  :'(
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Sergiomgbr

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #52 Online: 23 de Maio de 2015, 22:29:29 »
Livre arbítrio "absoluto" ou "metafísico" não existe.

Livre arbítrio "prático" existe (Ex: fazer algo sem ser motivado por coerção ou influência externa não-natural).
Lívre arbítrio prático não é questionável, nunca foi.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Moro

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #53 Online: 23 de Maio de 2015, 22:51:16 »
Foi sim.  Esse conceito saiu depois de cinco anos de discussões
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #54 Online: 23 de Maio de 2015, 22:54:15 »
É também questionado, ou no mínimo enfraquecido, com a ênfase em fatores situacionais/ambientais como significativamente influentes no comportamento, não sendo este apenas obra de um "verdadeiro eu". Desde a criação da pessoa a "priming" momentâneo.

en.wikipedia.org/wiki/Fundamental_attribution_error

Offline Sergiomgbr

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #55 Online: 23 de Maio de 2015, 23:08:10 »
Questionável como objeto independente do livre arbítrio real, não. Mas é como diz o ôto, tudo é questionável, e se não é o fato de sê-lo fica sendo.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cumpadi

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #56 Online: 24 de Maio de 2015, 01:04:15 »
5. MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA

QUEM MATOU: Gary Klein,  psicólogo, autor de Seeing What Others Don’t.

Os defensores da ideia acreditam que o melhor caminho sempre é confiar nas práticas clínicas validadas por estudos rigorosos para evitar o uso de tratamentos que possam oferecer risco aos pacientes. Mas Klein acha que ela impede o avanço científico porque médicos podem tornar-se relutantes em experimentar tratamentos alternativos que ainda não tenham passado por todos os testes.
Nada a ver, medicina baseada em evidências não "julga moralmente" tratamentos experimentais como piores. Só nos ajuda a não ficar "experimentando" coisas que não funcionam.

9. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

QUEM MATOU: Roger Schank, teórico da inteligência artificial, autor de  Ensinando as mentes.

A ideia de que um dia construiremos máquinas que são como pessoas cativou o imaginário popular por um longo tempo, mas tal robô nunca vai aparecer. “Não que a inteligência artificial tenha falhado, é só que esse nunca foi o objetivo dela”, diz Schank. Para o estudioso, um computador pode ser programado para rir ou chorar, porém não irá de fato sentir algo, pensar por conta própria ou melhorar gradualmente por causa da interação com outras pessoas. “A área deve ser renomeada para ‘tentativa de programar computadores para fazer coisas muito legais’”, afirma ele.
Máquinas ainda tem limitações muito grandes (sensoriais, motoras principalmente) para atingir a "singularidade" em um futuro próximo, mas isso não quer dizer que máquinas não podem "pensar" por conta própria ou "melhorar gradualmente por causa de interações com outras pessoas". Claro que quem define sentimentos como coisa de humanos nunca irá aceitar que uma máquina tenha sentimentos, mas para quem tem uma mente um pouco mais aberta isso é plenamente possível.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline DDV

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #57 Online: 24 de Maio de 2015, 01:46:44 »
É o meu ponto,  que venho defendendo sozinho há 10 anos  :'(

É uma discussão puramente semântica, e toda discussão semântica entra nesse loop infinito.

É aquela velha questão do essencialismo (ênfase nos termos em si) versus nominalismo (ênfase nas coisas, termos são apenas rótulos úteis para se escrever menos), colocada por Karl Popper.

No caso aqui, a palavra "livre arbítrio" é objeto de acirrada disputa: essa coisa A não é livre arbítrio "de verdade", essa coisa B é que seria um "verdadeiro" livre arbítrio, livre arbítrio "de verdade" não existe, etc

Coisas semelhantes ocorrem com outros termos: liberdade, democracia, sociedade, etc

As ciências "hard" costumam usar o nominalismo (que Popper defende), que consiste em descrever uma situação A e atribuir à mesma um rótulo, mas sem nenhum tipo de "fetichismo" ou "possessividade" com o rótulo em si (Ex: fazer algo sem estar sob coação ou influência externa não-natural, chamarei esse algo de "livre arbítrio". Se alguém questionar, dizendo que isso não seria livre arbítrio "de verdade", chamarei tal coisa de "livre arbítrio prático").


Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Cientista

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #58 Online: 24 de Maio de 2015, 02:39:25 »
Alguém aí tem realmente argumentos a favor do livre arbítrio?
Ninguém tem; ninguém pode ter argumentos fundamentados a favor do que não existe.

Que existe um efeito antes da causa?
Caríssimo mi Chefian...     o Cientista já disse-te, há não muito tempo até..., que a posição relativa entre causa e efeito é observacional-dependente, o que nada mais significa que um efeito pode ser demonstrado como causa da causa, e uma causa um efeito do efeito. O que está em questão não é o que se pode definir como "causa" ou "efeito", ou o que vem "antes" ou "depois", mas o encadeamento rígido do processo, em que causa dá efeito a causa... não importa em que sentido ocorra. O que determinaria livre-arbítrio seria a inclusão de uma 'causa extraordinária' como possibilidade no processo, não revertendo sentido, mas determinando uma declinação do que "ocorreria se não fosse a intervenção". De fato, a alma é postulada como uma causa a atuar casualmente (ca-su-al! o livre arbítrio, além de causal, seria casual!) no "efeito", mudando-o.

A importância técnica disto, que torna nada livre a "permissão para se declarar 'livre-arbitriosamente prático' ", é que se for para permanecer no mundo inútil sombrio da filosofice doentia, pode-se dizer das coisas o que se bem desejar, mas se se objetivar a realizar algo, é fundamental estebelecer os fatos, sem fugas, como o de que    não   existe    lívre    arbítrio, ponto, sem adjetivações salvadoras.  Para se desenvolver uma máquina emulante de consciência tipo humana, não se pode adotar princípios como o de "livre arbítrio prático", porque nada há de *prático* nessa asneira.


Nem falarei sobre o assunto efetivo do tópico, que não passa de mais uma lista de besteirices, nem mesmo todas elas científicas sequer, sendo umas contraditórias a outras.

Mas a baboseira rediscutida do livre arbítrio mostra que o nível, que já não era alto, desceu. Conseguia-se coisa melhor(zinha), por exemplo, aqui:

../forum/topic=24235.250.html

Os sistemas deterioram...

Offline Sergiomgbr

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #59 Online: 24 de Maio de 2015, 03:08:52 »
Alguém aí tem realmente argumentos a favor do livre arbítrio?
Ninguém tem; ninguém pode ter argumentos fundamentados a favor do que não existe.

Que existe um efeito antes da causa?
Caríssimo mi Chefian...     o Cientista já disse-te, há não muito tempo até..., que a posição relativa entre causa e efeito é observacional-dependente, o que nada mais significa que um efeito pode ser demonstrado como causa da causa, e uma causa um efeito do efeito. O que está em questão não é o que se pode definir como "causa" ou "efeito", ou o que vem "antes" ou "depois", mas o encadeamento rígido do processo, em que causa dá efeito a causa... não importa em que sentido ocorra. O que determinaria livre-arbítrio seria a inclusão de uma 'causa extraordinária' como possibilidade no processo, não revertendo sentido, mas determinando uma declinação do que "ocorreria se não fosse a intervenção". De fato, a alma é postulada como uma causa a atuar casualmente (ca-su-al! o livre arbítrio, além de causal, seria casual!) no "efeito", mudando-o.
Tive a nítida impressão de que foi exatamente o que eu disse, ou se preferir,

Determinismo >>>...causa...efeito...causa...efeito...

Livre arbítrio >>> efeito...causa...efeito...efeito...causa...  (efeito como aquilo que é causado, causa como aquilo que causa)

Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cientista

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #60 Online: 24 de Maio de 2015, 03:23:12 »
Eu não compartilho de tua mesma "nítida impressão", caro mi Chefian. Para seguir esse normalismo que (bem até) improvisaste:

determinismo: causa<>efeito<>causa<>efeito...   ou  causa<>causa<>causa<>...  ou   efeito<>efeito<>efeito<>...         tudo tanto faz...


livre arbítrio:   causa/efeito(causefeito/caufeito/caueito/caeito/caito)<>caito<>caito-intervenção
                  /caito<...
divinolivre<
                  \caito<...

Offline JJ

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #61 Online: 24 de Maio de 2015, 08:56:48 »
É que as pessoas não estão sendo forçadas a fazer nada por todo esse encadeamento físico,  esse encadeando fisico é a pessoa.


Livre arbítrio implica que desejos e comportamentos, gostos, valores,  possa ser livremente escolhidos (e modificados a qualquer momento) por qualquer  pessoa por um simples ato de vontade, por um ato de decisão, neste caso eu lhe pergunto:


Você acha que  pode e consegue modificar os seus desejos a qualquer momento ? Você conseguiria provar que pode modificar bastante qualquer desejo seu ?





« Última modificação: 24 de Maio de 2015, 10:30:00 por JJ »

Offline Moro

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #62 Online: 24 de Maio de 2015, 10:54:10 »
Mas os seus desejos são seus,  não são exógenos a você, logo ter desejos de maneira alguma fere o livre arbítrio.
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Offline Moro

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #63 Online: 24 de Maio de 2015, 11:04:42 »
É o meu ponto,  que venho defendendo sozinho há 10 anos  :'(

É uma discussão puramente semântica, e toda discussão semântica entra nesse loop infinito.

É aquela velha questão do essencialismo (ênfase nos termos em si) versus nominalismo (ênfase nas coisas, termos são apenas rótulos úteis para se escrever menos), colocada por Karl Popper.

No caso aqui, a palavra "livre arbítrio" é objeto de acirrada disputa: essa coisa A não é livre arbítrio "de verdade", essa coisa B é que seria um "verdadeiro" livre arbítrio, livre arbítrio "de verdade" não existe, etc

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As ciências "hard" costumam usar o nominalismo (que Popper defende), que consiste em descrever uma situação A e atribuir à mesma um rótulo, mas sem nenhum tipo de "fetichismo" ou "possessividade" com o rótulo em si (Ex: fazer algo sem estar sob coação ou influência externa não-natural, chamarei esse algo de "livre arbítrio". Se alguém questionar, dizendo que isso não seria livre arbítrio "de verdade", chamarei tal coisa de "livre arbítrio prático").




Concordo.  Meu único adendo é então que nesse caso deveríamos manter o termo que existe é é universalmente aceito intacto para o fenômeno que existe (livre arbítrio)  e conceder um novo nome ao postulado e que atualmente ainda carece de sentido,  chamando - o de livre arbítrio metafísico 
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Offline JJ

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #64 Online: 24 de Maio de 2015, 11:33:59 »
Mas os seus desejos são seus,  não são exógenos a você, logo ter desejos de maneira alguma fere o livre arbítrio.


A propriedade do desejo (?) ou melhor dizendo o fato de um desejo ter origem dentro da cabeça da pessoa não implica em que isso signifique livre arbítrio, a ideia de livre arbítrio implica em que é a vontade livre e independente (de qualquer causa anterior/de qualquer processo que sua vontade não tenha controle) que faz com que o individuo escolha A ao invés de B.
 
A ideia de livre arbítrio implica que você tenha plena capacidade de mudar seus desejos, gostos e valores a qualquer momento. A ideia de livre arbítrio implica que nada no exterior e nada no interior de sua cabeça direciona e determina de alguma forma e possa impedi-lo de mudar seus desejos, gostos e valores a qualquer momento, bastando para isso simplesmente um ato de vontade (que afinal de contas é livre de qualquer determinismo).


E você não respondeu a minha pergunta, vou fazê-la novamente:

Você acha que  pode e consegue modificar os seus desejos a qualquer momento ? Você conseguiria provar que pode modificar bastante (e até totalmente) qualquer desejo seu ?

« Última modificação: 24 de Maio de 2015, 11:39:32 por JJ »

Offline Moro

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #65 Online: 24 de Maio de 2015, 11:39:17 »
Não concordo de maneira alguma com sua definição.  Ter desejos não controláveis é humano,  se sua definição de livre arbítrio é essa,  apenas não humanos o teriam.

A resposta é óbvia (nem todos são controláveis)  e isso nada tem a ver com livre arbítrio 
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Offline JJ

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #66 Online: 24 de Maio de 2015, 11:48:46 »
Não concordo de maneira alguma com sua definição.  Ter desejos não controláveis é humano,  se sua definição de livre arbítrio é essa,  apenas não humanos o teriam.

A resposta é óbvia (nem todos são controláveis)  e isso nada tem a ver com livre arbítrio 



Tem tudo a ver, se não existe uma completamente  livre e indeterminada vontade que possa decidir sem nenhuma pré determinação (que escape ao controle de sua soberana vontade e soberana capacidade de escolha) quais desejos, valores, gostos escolher, então simplesmente não existe livre arbítrio.


« Última modificação: 24 de Maio de 2015, 11:51:33 por JJ »

Offline _tiago

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #67 Online: 24 de Maio de 2015, 12:14:41 »
É o meu ponto,  que venho defendendo sozinho há 10 anos  :'(
Então a fronteira seria o cérebro? Pra fora dele, sem coerção ou ninguém te obrigando: livre-arbítrio. Pra dentro, não!?

Offline JJ

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #68 Online: 24 de Maio de 2015, 12:26:35 »
É o meu ponto,  que venho defendendo sozinho há 10 anos  :'(
Então a fronteira seria o cérebro? Pra fora dele, sem coerção ou ninguém te obrigando: livre-arbítrio. Pra dentro, não!?


Para a definição de livre arbítrio não interessa nenhum pouco que desejos, gostos e valores sejam formados no cérebro (ou no estômago ou no fígado) o que interessa é que o indivíduo tenha  uma vontade capaz e completamente  indeterminada e  livre de escolher (inclusive podendo mudar radicalmente a qualquer momento) qualquer qualquer desejo , gosto e valor de forma completamente livre de qualquer fenômeno anterior que de alguma forma pudesse direcioná-lo/determiná-lo.





 

Offline Moro

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #69 Online: 24 de Maio de 2015, 13:23:15 »
É o meu ponto,  que venho defendendo sozinho há 10 anos  :'(
Então a fronteira seria o cérebro? Pra fora dele, sem coerção ou ninguém te obrigando: livre-arbítrio. Pra dentro, não!?

Não
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Offline Entropia

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #70 Online: 24 de Maio de 2015, 13:48:41 »
A 9 é bullshit, o cara nem apresenta uma razão pela qual seria impossível, parece mera opnião dele.
E eu nao entendi realmente qual é o ponto da 4.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #71 Online: 24 de Maio de 2015, 16:22:27 »
Acho que a "9" talvez não seja exatamente no sentido de que "é impossível", mas que não apenas é o rumo natural ou mais útil das coisas.

Se não me engano o Marvin Minsky fala algumas coisas nesse sentido. De que a evolução da inteligência humana se deu por "pressões" bem diferentes das que levam ao desenvolvimento de tecnologia "inteligente". A humana/animal objetivando ser algo que se "calibra" e se programa automaticamente para entender e lidar com o ambiente, possibilitando sobreviver e se reproduzir, enquanto que as demais são ferramentas especializadas para algo que não requer o mesmo nível de compreensão generalista das coisas, mas apenas de processar rigidamente coisas já inambíguas, "vivem" num ambiente completamente "mastigado". Daí qualquer coisa que façam de forma absurdamente impressionante não é necessariamente um passo significativo na direção de toda uma outra "arquitetura" de inteligência, generalista como a animal, em vez de altamente especializada.

Se eu li isso dele mesmo (ou de quem quer que seja) provavelmente há mais coisas talvez mais relevantes ainda, bem como talvez detalhes que não sejam exatamente o que eu disse e que devem ter sido ditos de maneira mais apropriada.

Offline Moro

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #72 Online: 24 de Maio de 2015, 17:27:12 »
O fundamento das duas é tão diferente.  Não posso afirmar nada sobre o futuro mas posso afirmar que hoje não há expectativa dentro da tecnologia conhecida para a inteligência artificial ser comparável à inteligência humana.
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Offline John_Thompson

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Re:15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos
« Resposta #73 Online: 17 de Junho de 2015, 20:05:26 »
Eu tinha baixado o livro na qual este artigo é baseado, através de fontes "questionáveis" . Entendendo melhor o contexto na qual cada ideia da lista foi expressa, acho que posso dar minha opinião:


2. O UNIVERSO

QUEM MATOU: Seth Lloyd, professor de engenharia quântica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Vamos enfatizar esse “o” para que ninguém surte. Lloyd defende que, na realidade, existem vários universos – ou um multiverso –, cada um com suas próprias e diferentes leis da física e noções de tempo. Isso porque a cosmologia identificou uma época (bem anterior ao Big Bang) chamada inflação, em que o universo dobrou de tamanho milhares de vezes em uma fração de segundo, criando inúmeras bolhas. “O nosso próprio universo, infinito como é, não passa de uma bolha nesse grande mar inflacionado”, afirma o autor.

Pelo resumo, fica evidente que ele enfiou "discretamente" a hipótese do multiverso, como se fosse uma "teoria" cientifica devidamente testada e fundamentada . O método que ele fez isso possui similaridades com a maneira como religiosos usam e abusam do "deus das lacunas" .

3. O INFINITO

QUEM MATOU: Max Tegmark, físico e especialista em cosmologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Embora praticamente todas as teorias e leis da física sejam baseadas na ideia de que algo possa ser infinito, essa seria apenas uma aproximação conveniente. Segundo o autor, não existe evidência de que exista algo infinitamente pequeno ou grande. “Não precisamos do infinito para fazer física. Todas as simulações de computadores, que descrevem com precisão desde a formação das galáxias até a previsão do tempo de amanhã, usam recursos finitos tratando tudo como finito”, conclui Tegmark.


A existência ou inexistência do infinito é um dos inumeros problemas que a ciência jamais poderá resolver, porque todos os multiplos conceitos de infinito não são empiricamente verificáveis(aproximações deste conceito de infinito não valem aqui) . Isto vale tanto quantidades infinitamente grandes quanto para quantidades infinitamente pequenas .

1. A TEORIA DE TUDO

QUEM MATOU: Geoffrey West, físico, Instituto Santa Fé.

Calma, não é o filme sobre a vida de Stephen Hawking que Geoffrey West quer tirar de circulação. Um dos maiores desafios da ciência é a busca por uma teoria que explique todas as partículas elementares e suas interações. Tudo obedeceria a uma única equação (ou a um único conjunto de equações). West admite que a ideia trouxe avanços importantes, mas acha que é hora de partir para outra: “É uma busca notável e ambiciosa, que levou a descobertas importantes como o bóson de Higgs e os buracos negros. Mas uma teoria de ‘tudo’, onde existem cérebros e consciências, cidades e corporações, amor e ódio? Dificilmente”.

Geoffrey West deixou claro aqui que o problema aqui é criar uma teoria de tudo na qual a possibilidade de existência de cérebros, consciências, cidades, corporações, amor, ódio e todos os outros elementos subjetivos da existência são implicitos  . Como essas possibilidades são infinitas, e como a ciência não consegue sequer lidar com o problema do infinito em si, é seguro falar que a ciência jamais poderá criar uma teoria de tudo . Se bem compreendido, este com certeza é o melhor artigo deste livro .


4. PRINCÍPIO DA ENTROPIA

QUEM MATOU:  Bruce Parker, oceanógrafo, professor do Instituto de Tecnologia Stevens.

A segunda lei da termodinâmica afirma que, em um sistema fechado, a entropia – medida do grau de agitação ou desordem das partículas – aumenta com o tempo. Na opinião de Parker, é uma conclusão generalizada. Se aplicada ao universo, é ainda mais inapropriada: “Ao dizer que no futuro outras transformações na energia não vão mais ocorrer, a teoria sugere que o universo deve ter começo e fim”.

Pelo que eu pude entender, o que ele quis dizer aqui é que não devemos generalizar o principio da entropia para todos os sistemas, devendo este ficar restrito aos sistemas na qual seu funcionamento é bem descrito, como os sistemas termodinâmicos .


11. CAUSA E EFEITO

QUEM MATOU: W. Daniel Hillis, cientista da computação, vice-presidente da Applied Minds.

Os homens gostam de organizar os eventos em uma cadeia de causas e efeitos que esclareceria as consequências de cada ação. Segundo Hillis, a ideia falha quando tentamos explicar sistemas dinâmicos de um organismo vivo, as transações da economia ou o funcionamento da mente humana. “Um gene não ‘causa’ câncer, o mercado de ações não subiu ‘porque’ o de crédito caiu”, diz ele.

Aqui o que ele diz simplesmente é que o modelo mental que usamos comunante de "causa e efeito", com evento "a" causando evento "x" não é o único modelo existente para explicar porque o evento "x" ocorre . Elementos que tornam o conceito de causa e efeitos mais complexos são a possibilidade do evento "x" pode ser causado por multiplos eventos "a", "b",...,"n" e a possibilidade do próprio evento "x" influenciar nos eventos que o causou(o termo especifico para esta relação é "feedback loop") .




12. LIVRE-ARBÍTRIO

QUEM MATOU: Jerry Coyne, professor do departamento de ecologia e evolução na Universidade de Chicago.

“Escolhas são, por princípio, previsíveis pelas leis da física”, afirma Coyne. Experimentos mostram que a consciência de ter decidido algo é posterior à tomada de decisão. Você pode até argumentar que ninguém coloca uma arma na sua cabeça e ordena “compre sorvete de morango, não de baunilha”, mas, para o autor, os próprios sinais elétricos em nosso cérebro seriam as armas.


A ideia 12 depende fundamentalmente de um modelo de "causa e efeito" 1 a 1, que conforme explicado acima, não funciona para explicar o funcionamento da mente humana . Portanto, a ideia do livro arbitrio não precisa "morrer" . Talvez o seu oposto precise .


Tirando estes trechos, a maioria dos artigos descritos aqui são bem escritos e vale a pena dar uma olhada mais detalhada neles .
« Última modificação: 17 de Junho de 2015, 20:36:16 por John_Thompson »

 

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