Se outro pode observar um carro e copiá-lo e depois vendê-lo, o que está sendo roubado não é o veiculo em si, mesmo, mas sim as horas de trabalho do primeiro.
Então as horas de trabalho deixaram de existir para essa pessoa?
Boa pergunta, Parcão.
Mas eu acho que virtualmente sim, quando considera que essas horas realizadas por um só ente estão sendo utilizadas para mais de um, é como se elas estivessem se dividido quando considerado o potencial do investimento.
Evidentemente há algum investimento em copiar aquilo que outras pessoas desenvolveram, mas isso ainda não faz do plágio uma prática ética. O plagiador tira de quem investiu mais para o desenvolvimento inicial a oportunidade de lucro com esse investimento, que geralmente será maior do que o de meramente copiar.
[...]
Uai, camarada, não entendi... eu entendo o dano no retorno do investimento (em cadeia) e acho que por uma perspectiva mais lógica isso deveria ser "coibido" através das PIs.
Eu eu não entendi o que você não entendeu.
Se o parcus tentou defender a o plágio como criação igualmente válida (!) por também envolver trabalho, quis dizer que não é bem assim. Seria um trabalho apenas em estudo, e obviamente (era de se supor) não uma criação. Se aperfeiçoar significativamente sim, então deve haver inclusive a possibilidade de patentear o aperfeiçoamento e lucrar com isso.
Não vejo sentido melhor de interpretar isso. O único outro que me ocorre é a pergunta retórica literalmente questionando se tempo que o criador original investiu "desapareceu" como num fenômeno de magia ou ficção científica -- e daí isso constituiria uma "agressão", e essa seria a única coisa legítima de se defender.
Talvez seja a isso que você respondeu, dizendo que esse "tempo perdido" pelo apropriamento free-rider efetivamente existe, embora não seja algo literal. Concordo, é uma forma válida para explicar o problema.