Autor Tópico: Comissão Europeia: fechar sites de pirataria não funciona  (Lida 4010 vezes)

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Rhyan

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Re:Comissão Europeia: fechar sites de pirataria não funciona
« Resposta #100 Online: 01 de Junho de 2015, 16:21:13 »
A questão da não-escassez de ideias não significa que o número de ideias é infinito. Se eu crio um novo sistema de coletar algodão, quem utiliza minha ideia não está me impedindo de usar, pode ser usado por todos sem prejuízo de ninguém.

Os objetivistas argumentam que "boas ideias" são escassas, mas quem determina o que é um boa ideia?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Comissão Europeia: fechar sites de pirataria não funciona
« Resposta #101 Online: 01 de Junho de 2015, 17:35:08 »
No sentido mais prático, o valor no mercado.

Mas dá para filosofar em cima do mercado não poder ser o único parâmetro para o verdadeiro valor das coisas e etc.




Se você cria um novo sistema de coletar algodão, mas você não coletava algodão, ou não coleta muito mais algodão do que passou a coletar quando -- se -- pôde implementar sua criação de acesso livre antes de seus concorrentes, você apenas vê a outros lucrarem com o seu trabalho sem ganhar nada em troca.

"Manhê! Sabe aquele sistema de coleta de algodão que eu desenvolvi? Então, a Hering agora produz 25% a mais graças a ele", "que bom filho! E quanto você está ganhando", "nada... mas foi eu que inventei :)"


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Comissão Europeia: fechar sites de pirataria não funciona
« Resposta #102 Online: 01 de Junho de 2015, 17:50:29 »
Se outro pode observar um carro e copiá-lo e depois vendê-lo, o que está sendo roubado não é o veiculo em si, mesmo, mas sim as horas de trabalho do primeiro.

Então as horas de trabalho deixaram de existir para essa pessoa?

Boa pergunta, Parcão.

Mas eu acho que virtualmente sim, quando considera que essas horas realizadas por um só ente estão sendo utilizadas para mais de um, é como se elas estivessem se dividido quando considerado o potencial do investimento.

Evidentemente há algum investimento em copiar aquilo que outras pessoas desenvolveram, mas isso ainda não faz do plágio uma prática ética. O plagiador tira de quem investiu mais para o desenvolvimento inicial a oportunidade de lucro com esse investimento, que geralmente será maior do que o de meramente copiar.

[...]

Uai, camarada, não entendi... eu entendo o dano no retorno do investimento (em cadeia) e acho que por uma perspectiva mais lógica isso deveria ser "coibido" através das PIs.

Eu eu não entendi o que você não entendeu.

Se o parcus tentou defender a o plágio como criação igualmente válida (!) por também envolver trabalho, quis dizer que não é bem assim. Seria um trabalho apenas em estudo, e obviamente (era de se supor) não uma criação. Se aperfeiçoar significativamente sim, então deve haver inclusive a possibilidade de patentear o aperfeiçoamento e lucrar com isso.

Não vejo sentido melhor de interpretar isso. O único outro que me ocorre é a pergunta retórica literalmente questionando se tempo que o criador original investiu "desapareceu" como num fenômeno de magia ou ficção científica -- e daí isso constituiria uma "agressão", e essa seria a única coisa legítima de se defender.

Talvez seja a isso que você respondeu, dizendo que esse "tempo perdido" pelo apropriamento free-rider efetivamente existe, embora não seja algo literal. Concordo, é uma forma válida para explicar o problema.

Offline Moro

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Re:Comissão Europeia: fechar sites de pirataria não funciona
« Resposta #103 Online: 01 de Junho de 2015, 20:17:48 »
A questão da não-escassez de ideias não significa que o número de ideias é infinito. Se eu crio um novo sistema de coletar algodão, quem utiliza minha ideia não está me impedindo de usar, pode ser usado por todos sem prejuízo de ninguém.

Os objetivistas argumentam que "boas ideias" são escassas, mas quem determina o que é um boa ideia?

O número de idéias não é infinito para uma sociedade, mas finito para uma pessoa. Caraca, quando o cara começa a pensar em forma de sociedade e esquecer o indivíduo ferrou tudo.

Se eu tiver uma puta idéia.. aí fiquei sem ela.. legal. Se não tiver outra me ferrei.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Johnny Cash

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Re:Comissão Europeia: fechar sites de pirataria não funciona
« Resposta #104 Online: 01 de Junho de 2015, 20:19:39 »
Se outro pode observar um carro e copiá-lo e depois vendê-lo, o que está sendo roubado não é o veiculo em si, mesmo, mas sim as horas de trabalho do primeiro.

Então as horas de trabalho deixaram de existir para essa pessoa?

Boa pergunta, Parcão.

Mas eu acho que virtualmente sim, quando considera que essas horas realizadas por um só ente estão sendo utilizadas para mais de um, é como se elas estivessem se dividido quando considerado o potencial do investimento.

Evidentemente há algum investimento em copiar aquilo que outras pessoas desenvolveram, mas isso ainda não faz do plágio uma prática ética. O plagiador tira de quem investiu mais para o desenvolvimento inicial a oportunidade de lucro com esse investimento, que geralmente será maior do que o de meramente copiar.

[...]

Uai, camarada, não entendi... eu entendo o dano no retorno do investimento (em cadeia) e acho que por uma perspectiva mais lógica isso deveria ser "coibido" através das PIs.

Eu eu não entendi o que você não entendeu.

Se o parcus tentou defender a o plágio como criação igualmente válida (!) por também envolver trabalho, quis dizer que não é bem assim. Seria um trabalho apenas em estudo, e obviamente (era de se supor) não uma criação. Se aperfeiçoar significativamente sim, então deve haver inclusive a possibilidade de patentear o aperfeiçoamento e lucrar com isso.

Não vejo sentido melhor de interpretar isso. O único outro que me ocorre é a pergunta retórica literalmente questionando se tempo que o criador original investiu "desapareceu" como num fenômeno de magia ou ficção científica -- e daí isso constituiria uma "agressão", e essa seria a única coisa legítima de se defender.

Talvez seja a isso que você respondeu, dizendo que esse "tempo perdido" pelo apropriamento free-rider efetivamente existe, embora não seja algo literal. Concordo, é uma forma válida para explicar o problema.

Parece que ocorreu um bug interpretativo de minha parte.

malz.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Comissão Europeia: fechar sites de pirataria não funciona
« Resposta #105 Online: 01 de Junho de 2015, 22:24:05 »
E/ou da minha, não sei qual dos dois possíveis pontos é mais plausível. Por coerência ideológica imaginaria que o segundo, esse que você inferiu.

 

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