Que alívio!
Livramo-nos de um enorme problema!
Ufa!
Se Bob Jefferson não tivesse peitado José Dirceu no Mensalão, hoje seríamos a Venezuela em escala continental.
Porque Dirceu teria habilidade política que a jejuna
1 DilMentira nunca teve.
E ele jamais teria perdido a maioria no Congresso.
Não ia ter jeito.
Com Dirceu na presidência, sucedendo Lula e guardando o lugar para ele, o aparelhamento e o controle total e pleno do Estado pelo PT seria um fato real (e aterrorizante).
Outras coisas que também ajudaram em muito permitir que o país retomasse seu rumo e chutássemos para fora quem nunca deveria ter ocupado a cadeira de Presidente da República:
- DilMentira2 ganhou, mesmo fraudando, as eleições.
Como foi pequena a margem de vitória, se Aécio (se ele cometeu crime, que se aplique a lei e se puna) tivesse ganhado, o PT estaria na condução da narrativa hoje e facilmente retomaria o poder em 2018
3 (ou aplicaria o
impeachment nele, baseando-se num possível Caixa 2 dele (não seria motivo para
impeachment, mas o PT consegue fazer chover com um copo d'água).
- DilMentira pedalou, cometeu crime de responsabilidade fiscal.
Ela caiu na besteira de acreditar que podia maquiar contas e tudo dar em pizza. Não deu.
Se ela não tivesse usado a CEF, BB e outros para adiantar créditos do Bolsa Família, editar decretos de suplementação sem autorização do Congresso e outras pedaladas mais, também não teria caído.
- DilMentira é completamente obtusa em negociação política.
Se ela tivesse mais jogo de cintura, se fosse mais flexível e soubesse um mínimo do jogo político, teria conseguido segurar sua base parlamentar (mesmo mantida a pixulecos) e as votações não teriam conseguido a exigente e dificílima margem de 2/3 da Câmara e depois do Senado.
- O PT não apoiou Eduardo Cunha no Conselho de Ética.
Num último instante, quando os três deputados do PT já haviam até feito pronunciamentos públicos de que poderiam votar a favor de Cunha na Comissão do Conselho, Ruy Falcão jogou água na fervura e disse que o PT não apoiaria o deputado. Com isso, Cunha se sentiu livre para abrir o processo de
impeachment.
- Eduardo Cunha teve pulso firme para tocar em frente o rumoroso processo de impeachment.
Com toda a máquina pública federal em cima dele, todo o aparelhamento possível e a imensa ira de todos os esquerdistas, não só o PT, mas todos os outros partidos a ele agregados, PSOL, Rede, PCdoB, todos os sindicatos, todos os pelegos, a imensa máquina de triturar reputações (coisa que ele mesmo já não tinha), com a legião de Blogs Sujos e todos os jornalistas da esgotosfera, todos os artistas (ou quase todos), todos os coletivos, feministas, índios, minorias sob cabrestos dos gays, negros e outras, com praticamente o universo esquerdoso, que sempre consegue ser muito estridente, violento e virulento, o deputado Eduardo Cunha teve forças para enfrentar essa peleja e partir para o vai-ou-racha. O que o moveu não foram só os gritos da sociedade indignada através dos movimentos de rua, como o MBL, o VemPraRua e o NasRuas. Muito desse ímpeto foi movido mesmo, acredito eu, por vingança, como sustenta o PT. Só que isso não é motivo para impuganar o processo, o contrário do que diz o PT. Eduardo Cunha é feito do mesmo material dos petistas e hoje, apesar de ter sido ousado e graças a ele termos tido o
impeachment, cometeu crimes em penca e hoje paga por eles, fazendo-se justiça.
Bom, o editorial a seguir mostra um pouco do que aconteceu um ano atrás:
O impeachment em retrospecto
Passado um ano desse dramático acontecimento, mais uma vez o Congresso se encontra sob duro teste, sendo chamado a aprovar as reformas constitucionais que propiciarão ao País a oportunidade de superar a crise legada por Dilma Rousseff
O Estado de S.Paulo
12 Maio 2017 | 03h05
O primeiro aniversário do afastamento – e posterior impeachment – da presidente Dilma Rousseff, hoje, é uma excelente oportunidade para observar que o País, malgrado as imensas dificuldades que o desafiam, vem desde aquele dramático momento mostrando maturidade institucional, reiterada agora, quando tramitam no Congresso reformas cruciais para o futuro de todos.
O afastamento de um presidente não é algo trivial. Demanda uma conjunção de fatores políticos que não se realiza senão em razão de muitos equívocos por parte do chefe do Executivo, a ponto de perder a governabilidade. Embora exija a comprovação de um crime de responsabilidade, o processo é eminentemente político – tanto é assim que o presidente é julgado pelo Congresso, por meio de normas ali estabelecidas, e pode ser eventualmente absolvido pelos parlamentares mesmo que se comprove que cometeu o delito de que é acusado. É preciso, portanto, que o presidente descuide de tal forma da política que acabe por isolar-se de maneira irreversível, em meio aos antagonismos políticos insuperáveis que ele próprio criou.
Foi o que aconteceu com Dilma Rousseff. A petista foi tão inábil que permitiu a formação de uma maioria hostil num Congresso que lhe dava grande apoio – chegou a ter 340 deputados e 62 senadores na base governista. Hoje se sabe que boa parte desse apoio foi obtida à base de pixulecos, e muitos dos problemas de Dilma começaram quando se desbaratou esse esquema de corrupção em escala industrial que viabilizou os governos petistas desde o primeiro mandato de Lula da Silva (2003-2006). Sem poder contar mais com o cheque especial do petrolão, a petista teria de governar apenas com habilidade política, algo que ela jamais teve.
Invenção de Lula da Silva, a jejuna1 Dilma Rousseff traiu seu padrinho ao acreditar que tinha sido eleita não para guardar lugar para a volta do chefão petista ao poder, mas para pensar e agir por conta própria, colocando em prática seu irresponsável ideário brizolista, cujo estatismo nacionalista só funciona nas fantasias do esquerdismo terceiro-mundista que o caudilhesco Leonel Brizola, herói de Dilma, tão bem representou.
O terrível resultado dessa aventura – cuja responsabilidade deve ser inteiramente debitada na conta de Lula da Silva – é bem conhecido de todos os brasileiros, especialmente os mais pobres, muitos dos quais engrossam a multidão de 14 milhões de desempregados gerada pela política de terra arrasada implementada por Dilma.
Nunca é demais lembrar: sem as manobras fiscais e a maquiagem contábil da equipe econômica de Dilma – expedientes que caracterizaram os crimes de responsabilidade pelos quais a presidente foi julgada e condenada –, o calamitoso estado das contas públicas teria ficado claro aos eleitores, o que reduziria drasticamente as chances de recondução da petista em 2014. Sem os milhões desviados da Petrobrás para o PT e seus associados, a campanha eleitoral de Dilma não teria a fartura de recursos que desequilibrou a disputa. A democracia, em resumo, foi agredida por Dilma e pelo PT.
O impeachment, assim, foi uma reação natural do sistema político a esse flagrante desrespeito às instituições e aos eleitores em geral. Ainda que se deva fazer muitas reservas à qualidade deplorável do atual Congresso, o fato é que o mundo político, quando chamado a reagir ao aviltamento da administração pública promovido por Dilma, cumpriu a sua missão a contento.
Passado um ano desse dramático acontecimento, mais uma vez o Congresso se encontra sob duro teste, sendo chamado a aprovar as reformas constitucionais que propiciarão ao País a oportunidade de superar a crise legada por Dilma Rousseff.
Por maiores que sejam as dificuldades, não há outro caminho senão o da negociação política entre o governo e os parlamentares. O fato de que as reformas estão avançando, depois do traumático impeachment, é clara demonstração de que a democracia brasileira e suas instituições estão com boa saúde.
1jejuno
n adjetivo1 que está em jejum
2
que não sabe; ignoranteEx.: é j. em questão de direito
2Nunca vi uma pessoa mentir tanto! É impressionante! O mais das vezes é dizendo que o outro mentiu.
3Eu não acredito que Lula venças as eleições de 2018.
Mesmo que ele consiga não ficar impedido de concorrer, ele não obteria a quantidade de votos suficientes para se eleger, mesmo que pesquisas hoje digam o contrário.
Motivo: o PT não consegue passar a barreira dos 30% de votos no país, um Brasil conservador.
Se ele conseguiu em 2002, alguns fatores contaram: A Carta ao Povo Brasileiro, Lulinha Paz e Amor, aproximação com o centro, empresários e iniciativa privada, ter perdido 3 vezes antes (o que dá um sentimento no povo de determinação, perseverança, querer ver o que sempre perde ganhar uma vez, etc.), fazer alianças com todos, apaziguar narrativas, mostrar um PT dócil e mansinho e muitos outros fatores que engabelaram a sociedade.
PT sendo PT, com pautas de esquerda e vociferando "Golpe" o tempo todo, mostrando os dentes dos Black Blocs nas ruas com quebra-paus e vandalismo, isso afasta completamente o eleitor brasileiro.
Não, Lula não ganha nesses termos.
Isso é até tranquilizador.
Mesmo que ele concorra.
Vai ser até bom concorrer. Com isso, eles vão ver que a sociedade não cai nessa cantilena duas vezes, mesmo contando com aquele eleitor mal instruído e alienado.
Hoje, as redes sociais chegam a todo buraco. Não se informa quem está, ou muito afastado das notícias, ou é o pelego crente e fanático (esse, então, não tem jeito, caso perdido; é incurável).