Autor Tópico: A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado  (Lida 3104 vezes)

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Offline Azazel

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #50 Online: 20 de Outubro de 2015, 19:25:48 »


 Em escolas particulares  se houver altos gastos e baixa demanda, elas falem,


Não existe conjugação do verbo falir na 3a pessoa do plural no presente do indicativo.

Mas o seu raciocínio está bom.

 :ok:

Achei estranho quando escrevi mas foi assim mesmo!  :lol:
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Offline Jack Carver

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #51 Online: 20 de Outubro de 2015, 19:26:27 »
Lembrem-se de que professor bem pago e com tempo para se aperfeiçoar durante a carreira é uma premissa da qualidade de ensino.
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Offline Sergiomgbr

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #52 Online: 20 de Outubro de 2015, 19:42:35 »
No Brasil ocorre o pior dos mundos da educação que é um sistema gerido pelo Estado e com um Estado tomado por populistas corruptos...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #53 Online: 20 de Outubro de 2015, 19:42:46 »
Talvez a grande pergunta sobre sistemas completamente privados de educação não seja sobre como garantir que todos tenham acesso a educação, mas sim como fazer com que todos tenham acesso ao mesmo Nível educacional.

Isso é praticamente impossível, seja num sistema completamente privado, ou não.

As pessoas têm diferentes recursos, de modo geral em sistemas privados isso determinará que aqueles com mais recursos terão acesso a melhores serviços/produtos.

A melhor aproximação "possível" é se falar em um nível básico/mínimo que se buscaria garantir a qualquer um. De modo geral, isso é apenas problema de governos e organizações filantrópicas, virtualmente nunca será uma meta de um empreendimento capitalista convencional. Algo que atinja níveis googlerianos pode começar a ambicionar esse tipo de ação filantrópica, mas sempre começará apenas engatinhando nessa direção, ainda mais em um país com dimensões continentais.

O problema da alocação de recursos sempre persiste. Sempre tem que ter alguém para pagar a conta no final. O estado tenta contornar isso com redistribuição das verbas -- algo que geralmente a iniciativa privada não tenderá a fazer. Filantropia também meio que tenta fazer o mesmo que o estado, apenas sem impostos.

Rhyan

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #54 Online: 20 de Outubro de 2015, 19:45:59 »
Por favor, o Big Mac é um produto único, homogêneo, faz parte de uma concorrência monopolista, não tem como comparar com educação. Para comparar teria que dizer que todos os lanches ou hambúrgueres devem ter a mesma qualidade.

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Num era exatamente a minha pergunta? Não to entendendo.

É isso mesmo: não tem jeito.

Não tem jeito de existir um ambiente assim, exceto numa educação pública igual para todos. Hoje o ensino básico público é igual o privado? A diferença é que num sistema de mercado os pobres teriam um ensino muito melhor que hoje, mas não tem como ser melhor ou igual que um mais caro. Isso funciona para qualquer produto, quem pode pagar mais tem acesso a produtos e serviços melhores geralmente. Todos ganham no sistema privado porque haveria uma aumento de qualidade substancial em todos os nível de ensino e para todos os grupos socioeconômicos, como foi dito na reportagem sobre as escolas privadas de baixo custo nas favelas da África e Índia.

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Portanto, num mercadão livre educacional de zero governo, aqueles órfãos deveriam ficar sem estudar, ou ja ser jogados num abismo absurdo de violencia, certo?

Acho que você pulou metade do tópico. Veja a notícia postada pelo Pasteur.

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Se fazer sistema de ensino fosse simples como fazer big-macs, ou iphones, ou lapis, ou até pneus.

Vai achando que é simples fazer um sanduíche... hehehe:

Este homem ficou 6 meses preparando um sanduíche do zero
http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/este-homem-ficou-6-meses-preparando-um-sanduiche-do-zero

Offline Johnny Cash

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #55 Online: 20 de Outubro de 2015, 20:39:42 »
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Num era exatamente a minha pergunta? Não to entendendo.

É isso mesmo: não tem jeito.

Não tem jeito de existir um ambiente assim, exceto numa educação pública igual para todos. Hoje o ensino básico público é igual o privado? A diferença é que num sistema de mercado os pobres teriam um ensino muito melhor que hoje, mas não tem como ser melhor ou igual que um mais caro. Isso funciona para qualquer produto, quem pode pagar mais tem acesso a produtos e serviços melhores geralmente. Todos ganham no sistema privado porque haveria uma aumento de qualidade substancial em todos os nível de ensino e para todos os grupos socioeconômicos, como foi dito na reportagem sobre as escolas privadas de baixo custo nas favelas da África e Índia.

Não estou certo.

Os da camada absolutamente inferior, não obrigatoriamente iriam ganhar. Não há garantia. Contar com a iniciativa dos outros em prol dos outros, sempre, é a mesma cilada dos pensamentos comunistas.

Eu acredito até que, o ensino básico, os primeiros degraus somente, é que deveriam ser universalizados, públicos e otimizados (utopicamente falando) pra garantir a Liberdade dos indivíduos posteriormente.

Tornando a educação um serviço onde vale a regra de quem tem mais paga mais e recebe nível maior de atendimento, well, é eternizar os fudidos enquanto só isso mesmo, retirando aquelas exceções bravas que sobrenaturalmente ignoram o ambiente nocivo e partem pra ser o que há de suprassumo na sociedade.

Agora aqui é fácil sacar um espantalho e dizer que eu sou contrário às desigualdades mas, veja, o problema é dar oportunidade, emancipar, libertar, o pessoal que hoje não tem escolha e não vejo qual é a obrigatoriedade da iniciativa privada fazê-la.

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Portanto, num mercadão livre educacional de zero governo, aqueles órfãos deveriam ficar sem estudar, ou ja ser jogados num abismo absurdo de violencia, certo?

Acho que você pulou metade do tópico. Veja a notícia postada pelo Pasteur.

Não te acompanhei.

Comparar a qualidade do ensino bosta que há no buraco do tatu, com outro relativamente melhor, não quer dizer que a melhor saída é positiva embora seja melhor para aquele no início da conversa teria nada mesmo.

Eu queria ver é a comparação da performance das crianças dessas escolas privadas piratas vs. as melhores públicas vs. as privadas de boa performance, ao longo da vida. Você chuta o que?

Esse é o tipo de pensamento dos defensores mais caricatos de coisas como Bolsa Família: "é tão pouquinho, mas é melhor que nada! Viva o PT!"

Cara, há que haver um caminho para que cheguemos a um patamar libertário e esse caminho nem sempre, ou raras as vezes, será a abertura de todas as portas imediatamente.

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Se fazer sistema de ensino fosse simples como fazer big-macs, ou iphones, ou lapis, ou até pneus.

Vai achando que é simples fazer um sanduíche... hehehe:

Este homem ficou 6 meses preparando um sanduíche do zero
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 :biglol:

Offline Johnny Cash

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #56 Online: 20 de Outubro de 2015, 20:46:46 »
Talvez a grande pergunta sobre sistemas completamente privados de educação não seja sobre como garantir que todos tenham acesso a educação, mas sim como fazer com que todos tenham acesso ao mesmo Nível educacional.

Isso é praticamente impossível, seja num sistema completamente privado, ou não.

Concordo, conforme ja expus.

As pessoas têm diferentes recursos, de modo geral em sistemas privados isso determinará que aqueles com mais recursos terão acesso a melhores serviços/produtos.

A melhor aproximação "possível" é se falar em um nível básico/mínimo que se buscaria garantir a qualquer um. De modo geral, isso é apenas problema de governos e organizações filantrópicas, virtualmente nunca será uma meta de um empreendimento capitalista convencional. Algo que atinja níveis googlerianos pode começar a ambicionar esse tipo de ação filantrópica, mas sempre começará apenas engatinhando nessa direção, ainda mais em um país com dimensões continentais.

O problema da alocação de recursos sempre persiste. Sempre tem que ter alguém para pagar a conta no final. O estado tenta contornar isso com redistribuição das verbas -- algo que geralmente a iniciativa privada não tenderá a fazer. Filantropia também meio que tenta fazer o mesmo que o estado, apenas sem impostos.

Sim, concordo com o exposto em linhas gerais.

Enquanto não houver alguém com a missão direta de garantir o mínimo, ou balizar as linhas de largada, independentemente de quem é que veio antes de você, não há liberdade pragmática. Se as pessoas já nascem tendo acesso descriminado a diferentes serviços, ora, isso é também o molde social sendo implacável por mais libertária que seja a bandeira. Um dos grandes problemas é ter que confiar essa missão ao estado, que é figura ja conhecidamente dantesca.

Num país como o Brasil, em que há o pessoal sem opção, não se pode tratar absolutamente de esperar que alguém vá lá vender serviço pirata pros miseráveis até que de gerações em gerações de formaturas piratas essas pessoas se emancipem.

Eu acho até que do ponto de defesa das liberdades civis é necessário primeiro dar a esse pessoal a escolha de poder ser miserável, caso queira.

Por isso sempre digo que é necessário se estabelecer o que está em pauta: a defesa do discurso utópico, ou o programa útil para liberdade em determinado cenário/país.

Offline Azazel

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #57 Online: 21 de Outubro de 2015, 13:00:31 »
"Estou contigo", pareceu dizer-lhe O`Brien. "Sei exatamente o que sentes. Sei tudo de teu desprezo, teu ódio, teu nojo. Mas não te aflijas, estou a teu lado!" 1984 - George Orwell

Offline Jack Carver

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #58 Online: 22 de Outubro de 2015, 00:01:22 »
Não faz o menor sentido. Seria o mesmo que dizer que todo restaurante independe do preço deveria ter a mesma qualidade.

O que é claro aqui é que uma educação de mercado teria todos os incentivos do mundo para ser melhor que educação socializada e regulada que hoje existe, e ainda baseada num charlatão chamado Paulo Freire.
'Brasil nunca aplicou Paulo Freire', diz pesquisador
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Rhyan

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #59 Online: 22 de Outubro de 2015, 15:46:46 »
Câmara aprova pós-graduação paga em universidades públicas
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/10/camara-aprova-pos-graduacao-paga-em-universidade-publica.html

Um passo de formiga, mas pelo menos foi na direção certa.

Offline Barata Tenno

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #60 Online: 22 de Outubro de 2015, 15:54:22 »
Garanto que vai ser barrado no STF. Pra bem ou pra mal, depende do gosto do freguês.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline JJ

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #61 Online: 07 de Agosto de 2018, 11:46:32 »
Dica aos jovens: sejam ambiciosos e parem de perder tempo com o sistema educacional convencional


Eis os 10 passos recomendados


Aproveitando férias com a família, depois de um dia de muita diversão, comecei uma aula com meus filhos (13 e 15 anos) sobre mercado digital, o potencial da internet e o oceano de oportunidades que este novo mundo apresenta.

Logo após a aula, eles me fizeram uma pergunta:

"Pai, diante do que você acabou de apresentar, por que as pessoas saem de casa, passam um tempão no trânsito para chegar a um escritório para trabalhar 10 horas por dia, para em seguida voltarem para casa num enorme engarrafamento em troca de um salário geralmente baixo?"

Minha resposta não poderia ser mais simples e direta:

"Porque a escola não ensina para elas o que estou ensinando agora para vocês. Ao contrário, a escola ensinou para elas que todos precisam e dependem de um salário para sobreviver e, por isso, muitos se sujeitam a esse estilo de vida."

Outro dia, um conhecido me fez essa pergunta:

"Flávio, eu não paro em nenhum emprego. Que conselho você me dá?"

Respondi:

"Quem disse que você precisa de um emprego fixo? Abra sua mente para um novo mundo e liberte-se deste mundinho comum que o sistema insiste em lhe enfiar goela abaixo."

E, todas as vezes que falo sobre isso, alguém me pergunta:

"Mas, Flávio, se todo mundo pensar assim, não vai ter mais gente para trabalhar nas empresas..."

Sempre respondo:

"Jamais todos vão pensar assim, pois nem todos terão a coragem de sair do fluxo da boiada. Lá, a maioria se sente ilusoriamente mais segura."

Para começar, fique longe do sistema educacional convencional

Aparentemente, as pessoas ainda não se deram conta de como o sistema de ensino convencional, cujo currículo é totalmente comandado pelo governo via Ministério da Educação, condicionou as grandes massas à inércia intelectual. Quando não estão doutrinando idéias revolucionárias de inspiração claramente marxista, apenas ensinam que o ápice da sua aspiração deve ser ou um concurso público ou um emprego de carteira assinada.

A maioria segue esse fluxo sem questionar. Vivem desse jeito porque seus pais viveram assim e seus avós também. Por terem se acostumado ao cativeiro, imaginam-se brutalmente inseguras fora dele. A ideia de voarem com suas próprias asas e de caçarem sua própria comida literalmente as aterroriza. Sentem-se com medo de ficarem sem o alpiste e a água no copinho que consomem diariamente dentro de sua gaiola.

Sim, a escola e a faculdade — ou seja, todo esse sistema de ensino retrógrado — estão formatadas para formar empregados, e não para criar empreendedores. E isso naquelas instituições consideradas de excelência. Nas instituições públicas há a prevalência do fator político voltado para o controle das massas, que usa a prerrogativa do currículo ministrado pelo governo para doutrinar politicamente jovens dizendo se tratar de "causas sociais".

Resultado desse show de horrores: de um lado, um amontoado de jovens desperdiçando seu grande potencial fazendo concursos públicos (para então viver sugando os impostos dos mais pobres); de outro, mais um amontoado de jovens sem nenhuma experiência prática disputando a tapa as vagas de emprego no mercado de trabalho, o que exerce uma pressão para baixo no valor dos salários.

Consequentemente, por não terem experiência prática e por causa da enorme oferta de mão-de-obra, aqueles que conseguem a vaga de emprego recebem salários baixos. E reclamam.

O que eles aparentemente não entendem é que você não ganha um salário de acordo com sua pessoa ou carisma, mas sim de acordo com sua capacidade de gerar valor. Acima de tudo, de acordo com sua raridade. Um bom professor é muito importante, mas o Messi é mais raro e, por isso, é disputado por muitos clubes; e, como consequência desse leilão, ganha muito mais.

E fazer-se raro é sempre uma consequência de ter a coragem de sair voando de sua gaiola. Dentro dela, você vale muito menos. Você é apenas mais um na multidão de escravos modernos que têm um estilo diferente dos escravos de antigamente. Esses, antes da carta de alforria, tinham até moradia e comida pagos pelo seu dono. Hoje, os escravos modernos se endividam junto aos bancos do governo para passar os próximos 30 anos pagando por um apartamento, entram no rotativo do cartão de crédito até para fazer compras no supermercado, pagam uma quantia obscena de impostos, pensam que a CLT é um benefício que lhes dá alguma segurança, pagam contribuição sindical para sustentar pelegos controlados por partidos políticos, acreditam que as escolas e hospitais públicos são de graça, e acham normais as mordomias dos donos da corte.

Ao final da vida, sem poupança acumulada, enfrentam a triste fila do INSS para receber uma aposentadoria gerenciada pelo governo — que, a cada ano, aumenta o prazo mínimo para receber o benefício e diminui o reajuste.

O máximo que lhes é permitido é ir para o trabalho resmungando na segunda-feira ou depois de um feriado.

É algum pecado ser empregado? Claro que não. Eu mesmo tenho milhares deles. É um enorme desperdício, isso sim, você acreditar que não tem alternativas e, consequentemente, pautar sua vida pela lavagem cerebral pela qual passou dentro do sistema de ensino.

O que eu faria se tivesse 18 anos

Recentemente, alguém me perguntou: "Flávio, se você tivesse minha idade (18 anos), com seu conhecimento e experiência, o que você faria?"

Respondi:

1. Para começar, jamais teria um emprego de carteira assinada.

2. Jamais me envolveria com pirâmides que prometem ganhos fáceis.

3. Venderia algum produto. Qualquer um: picolé, bala, bombom, relógio, pão etc. Escolheria o produto com o qual mais me identifico e estudaria tudo sobre ele.

4. Em uma segunda fase, depois de conquistar um pouquinho de capital, criaria modelos recorrentes de venda desse produto, tipo um serviço de entrega de pães todas as manhãs para os consumidores associados. Eu me dedicaria a vender esse plano. Tudo sem muito capital, mas que me permitisse começar pequeno e sonhar grande e com escala.

5. Viveria com não mais do que 50% do que ganhasse para ampliar meu capital de giro.

6. Estudaria, com grande afinco, todas as fases do processo a fim de começar a fabricar meu próprio produto, e investiria em minha própria marca.

7. Ampliaria meu mix de produtos.

8. Criaria canais de distribuição alternativos. Por exemplo, franquias, online, venda direta, B2B etc.

9. No auge da companhia, venderia para um fundo, banco ou concorrente, embolsando uma enorme liquidez.

10. Com 5% do capital conquistado, começaria tudo de novo e investiria os 95% em investimentos conservadores.

Os problemas mais frequentes

1. O sistema de ensino convencional não prepara para nada isso.

2. A sociedade discrimina os que começam esse tipo de jornada, mas bajula os que chegam ao final dela.

3. As pessoas têm medo de sair do quadrado.

4. Você raramente terá apoio se disser que não quer mais seguir a boiada — isto é, fazer faculdade para conseguir um diploma.

5. Capital é bom, mas é possível conquistá-lo vendendo.

6. Pessoas convencionais têm preconceito com vendas.

7. Muitos, ao conquistarem seu primeiro sucesso, querem logo comprar um carro zero como sinal de status. Em vez de ampliarem seu capital de giro, ampliam suas dívidas.

8. Outros ficam apegados ao negócio que criaram e, assim, perdem o timing para vendê-lo.

9. Lucro não é pecado e sonhar não é para alienados.

10. Você irá atrair interesseiros. Saiba distinguir quem é quem nesse jogo.

Teoria e prática

Muitos desavisados, quando leem isso, pensam que é tudo apenas blá-blá-blá teórico, e imediatamente disparam: "Falar é fácil, mas a prática não é tão simples assim".

Bem, nos últimos 20 anos, fundei uma dezena de empresas. Comecei minha vida vendendo relógios do Paraguai e, em seguida, vendi curso de inglês. Hoje, vendo empresas. Não, não é nada simples, mas de uma coisa eu tenho a certeza: se eu tivesse 18 anos de idade com o conhecimento que tenho hoje, certamente não seguiria a boiada nem o modelinho convencional para o qual a grande multidão é diariamente treinada dentro das escolas e universidades.

Se a mim for dado o privilégio de viver por mais algumas décadas, eis o que gostaria que meus olhos testemunhassem:

a) que meus filhos, como eu, nunca tenham uma carteira de trabalho assinada;

b) que eles nunca dependam de governo e que voem com suas próprias asas, sem medo e sem serem tolhidos pelo sistema de ensino (quanto a isso, eles já colocam a escola em seu devido lugar: pouca ou nenhuma significância em sua educação).

Como minha esfera de influência direta são apenas meus filhos, minhas pretensões se restringem apenas a eles.

Quanto a você, não aceite nada menos que o seu potencial possa lhe dar. E faça por merecer. Não se permita ser doutrinado por ambiciosos lobos vestidos de cordeiro, seja nas redes sociais, na escolas e universidades, ou nos palanques da vida.

Viva seu sonho e coloque-o em prática, ainda que tenha de lidar com os medíocres de plantão que acham que voar é para pássaros alienados que seguem modismos. Modismo mesmo é seguir a boiada e viver de alpiste pelo resto da vida.




https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2790



Offline André Luiz

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #62 Online: 08 de Agosto de 2018, 13:14:00 »
"Nao seja um empregado", "não tenha carteira assinada, " mas eu tenho milhares deles"

É um babaca mesmo

Offline Lorentz

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #63 Online: 08 de Agosto de 2018, 22:21:47 »
"Nao seja um empregado", "não tenha carteira assinada, " mas eu tenho milhares deles"

É um babaca mesmo


Um babaca que começou sem nada e hoje é bilionário.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline -Huxley-

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Re:A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
« Resposta #64 Online: 08 de Agosto de 2018, 22:50:35 »
O problema do conselho do Flávio Augusto é o seguinte. Sim, é verdade que a maioria das pessoas que estão no topo da lista da Forbes são proprietários de firmas. Mas também é verdade que grande parte dos que passam fome são donos de firmas formais ou informais (os países subdesenvolvidos são os de população mais empreendedora), e tal coisa acontece quase nunca acontece com dentistas ou médicos no Brasil, por exemplo. Isso mostra a diferença entre se ter profissões do Mediocristão e do Extremistão. Algo sobre esse assunto comentei no item 15 do post abaixo:

../forum/topic=29572.0.html#msg880581
« Última modificação: 08 de Agosto de 2018, 22:58:17 por -Huxley- »

 

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