E então, meus caros amigos da Frente Anarco Capitalista?
As saídas propostas livre de estado serão sempre "reduza o estado e e reze pra que alguém apareça pra ganhar dinheiro resolvendo isso"?
Além desse approach não oferecer qualquer garantia de resultado, apenas crença, é caminho aberto para que, assim como com o estado, muita gente atue para criar demandas para o serviço que tem pra oferecer, ou seja, inserindo dificuldades ou problemas onde já se tem uma solução para vender.
edit: Talvez, uma solução independente do estado, seja a privatização de todos os "recursos naturais" e rezar para que os donos desse recurso o administrem sustentávelmente em nome do dinheiro.
Seria isso mesmo.
O Rafael fez um vídeo sobre isso:
https://www.youtube.com/v/koCZ9B1BtOA
O cara diz bem que as pessoas irão cuidar do que é delas mesmas, ótimo, parece que há mesmo essa tendência natural. Agora, eu posso também destruir o que é meu, caso eu queira, por motivos mil, até mesmo dando lugar a outros empreendimentos que eu julgue serem necessários, nem sempre pra ter ganho de capital ou atender a uma demanda da população, imediatamente prejudicando muita gente. Aí a resposta padrão seria: "Mas Johnny, vão aparecer concorrentes pra suprir a nova demanda!", em alguns casos, pode ser muito difícil, a depender do que foi destruído e, além disso, quem garante que vai aparecer alguém? Ninguém.
Ademais, ele mostra como cada um cuidará dos próprios lotes e não estragará o do outro, por causa da noção de propriedade. Mas talvez contando que todos tenham lotes? E quem ainda não tem porque, por exemplo, nasceu, sei lá, numa casa de palafita ilegal. O que fazer com esses, inclusive caso queiram depredar algum dos lotes?
Agora, é curioso o cara sugerindo que a saída pra resolver vários dos problemas coletivos é: processar. Ora, processar pra quem? Quem irá lá fazer valer "a lei comum"? E que leis?? É praticamente começar a propor um "estado privado", que talvez seja mesmo melhor que o "estado estatal" mas... que coisa...
Ademais, em algum momento ele sugere que, por exemplo, de frente a alguém que polui o meio ambiente, uma das saídas seja negociar com o cara uma redução da poluição em troca de propaganda ou coisa do tipo. Taí ilustrada as condições de
racketeering antes propostas por aqui.
Pela noção do camarada, só são feitas as coisas que tem retorno financeiro e isso é o grande problema do estado, que no caso do cuidado ambiental tomaria o cuidado de fazer nada e somente parecer que faz algo. ORRA, as empresas não poderiam (e agem já assim) fazer a mesma coisa? Se você parece, e o consumidor entende que a realidade é aquela mesma... TCHARAM!
Well... crenças e muita fé no homem.