Autor Tópico: Os limites da economia de mercado  (Lida 5206 vezes)

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Offline Jurubeba

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #75 Online: 27 de Outubro de 2015, 23:45:44 »
Não sei se está fora do tópico, mas achei esse trecho do livro que estou lendo atualmente muito interessante:

Citar
[...]E funciona! Por que a Alemanha se tornou um dínamo de crescimento no contexto da União Europeia? Esse é um caso interessante de cooperação entre os setores público e privado. A Alemanha é um exemplo de social-democracia, com um papel relevante do governo na formatação de um Estado de bem-estar social, mas ninguém em sã consciência deixaria de considerar o país um exemplo de capitalismo. O que ocorreu há 10 ou 15 anos? O Pêndulo tinha ido excessivamente para um lado, e o país estava ficando caro e pouco competitivo. O que foi feito, então? Uma série de arranjos institucionais pactuados com os sindicatos, na época da gestão do Primeiro-Ministro Gerhard Schröder, que permitiram ao país ajustar os seus custos de produção. Quando se olha para a evolução dos custos do trabalho depois da inauguração do euro, observa-se que eles aumentavam na Espanha, em Portugal, na Itália e na Grécia, enquanto ficavam parados, parecendo "eletrocardiograma de morto", na Alemanha. Qual foi a consequência? Anos depois, quando a festa acabou, os países mediterrâneos tinham custos proibitivos e a Alemanha era uma campeã de competitividade, explorando como nunca. O sistema de preços emite sempre seus sinais - mesmo que alguns às vezes não saibam lê-los...

Capitalismo: modo de usar. Fabio Giambiagi

Saudações

Offline DDV

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #76 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 12:23:26 »
Sobe.
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Offline MarcoPolo

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #77 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 16:44:16 »
A Alemanha está fadada ao sucesso pela força de sua cultura, ensino e instituições. O modelo econômico irá acelerar ou retardar seu sucesso, e será substituído caso venha a impactar sua cultura e instituições.

Offline Feliperj

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #78 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 21:51:51 »
Que o mercado é a forma mais eficiente e eficaz de "gerir" a economia, todos concordam. Isso é ponto pacífico.

Embora seja a melhor forma conhecida de "gerir" a economia em 99% dos casos, existem situações (1%) onde o mercado sozinho é insuficiente para gerar resultados que a maioria considere satisfatórios.

São situações-limite, onde alguns ou todos os pressupostos para que exista uma economia de mercado inexistem. Quais seriam esses pressupostos?


1- Uma autoridade que aplique leis defendendo a liberdade individual, a propriedade e o respeito aos contratos.

2- Que os produtos ou serviços oferecidos tenham oferta flexível* e demanda com uma elasticidade mínima razoável**.

3- Que não existam cartéis, trustes e monopólios excessivos.




Essas são as 3 condições que viabilizam a existência de uma economia de mercado funcional. Não quero dizer que a economia de mercado deixaria completamente de existir se as condições acima não forem satisfeitas, mas sim que provavelmente deixe de ser a forma predominante de economia, especialmente com relação à condição 1.


*Oferta flexível: produtos ou serviços cuja oferta possa ser aumentada ou reduzida com relativa facilidade. Exemplo de oferta flexível: roupas. Exemplo de oferta não-flexível: mão-de-obra humana.

**Elasticidade da demanda: produtos ou serviços cuja demanda possa ser, com razoável facilidade, reduzida frente ao aumento de preços, ou aumentada frente à redução de preços. Exemplo de demanda elástica: chocolate. Exemplo de demanda inelástica: serviços médicos.


As 3 condições acima são situações que exigem a atuação de uma autoridade (estado), em maior ou menor grau, de diversas formas.
 

Ola DDV,

Creio que essas condições são as afirmadas pela escola de chicago. Mas que o mercado nao é perfeito, isso tambem é ponto pacífico, afinal seres humanos sao imperfeitos!!

Offline Entropia

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #79 Online: 07 de Março de 2016, 10:21:14 »
Nao tinha ideia de um topico apropriado pra fazer essa pergunta, mas aí vai: como os libertarios lidam com a questao de vacinaçao obrigatória? A primeira resposta em mente é que isso seria "coerçao" e portanto nao pode e tal... mas sério, e o perigo que traz uma coisa dessas? Considerando a existência de cada doido ignorante por aí, criancas morrendo, volta de doencas que estavam "erradicadas" por causa de anti-vaxxers... nao acho que seja uma boa ideia...

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #80 Online: 07 de Março de 2016, 11:44:17 »
Bem, é possível que as vacinações não precisassem ser obrigatórias para terem adesão suficiente, que pode ser bem menor do que 100% para uma proteção efetiva de toda a população.

Realmente há casos de doenças "erradicadas" cuja volta possa ser atribuída a anti-vaxxers? :hein:

Eu tinha a impressão que eles são numericamente insignificantes, insuficientes como potencial significativo de alastramento de uma coisa qualquer que fosse reaparecer.

Suporia que isso só pudesse ser significativo caso eles tenham conseguido fazer campanhas muito ferradas em localidades mais diretamente afetadas, talvez induzindo o governo a omissão, ou, "pior", dando uma de MST e indo destruir estoques de vacinas, o que acho que não fizeram ainda (nem os anti-vaxxers, nem MST, quanto a vacinas).


Offline JJ

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #81 Online: 07 de Março de 2016, 11:55:22 »
Bem, é possível que as vacinações não precisassem ser obrigatórias para terem adesão suficiente, que pode ser bem menor do que 100% para uma proteção efetiva de toda a população.

Realmente há casos de doenças "erradicadas" cuja volta possa ser atribuída a anti-vaxxers? :hein:

Eu tinha a impressão que eles são numericamente insignificantes, insuficientes como potencial significativo de alastramento de uma coisa qualquer que fosse reaparecer.



Ao meu ver o mais relevante aqui não é se são numericamente significantes, suficientes como potencial significativo de alastramento de uma coisa qualquer que fosse reaparecer.  O mais relevante nesta questão é o direito a saúde  da criança,  se pais  são doidos ou irresponsáveis, a criança não tem que pagar por isso, e o Estado deve intervir para que a criança tenha o seu direito à saúde respeitado.


« Última modificação: 07 de Março de 2016, 12:00:34 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #82 Online: 07 de Março de 2016, 12:28:39 »
A criança pode talvez ser mais atingida em seus direitos e bem-estar se o estado tenta forçar os pais a aceitarem a vacinação, ao mesmo tempo em que estaria ainda estatisticamente protegida com a vacinação de boa parte da população.

Assim como com planejamento familiar/controle de nataliade, o melhor é educar, e não forçar.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #83 Online: 24 de Março de 2017, 20:08:59 »
Conservadores e progressistas podem ter em comum a noção de que o mercado deixa de lado valores morais importantes.

<a href="https://www.youtube.com/v/GvDpYHyBlgc" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/GvDpYHyBlgc</a>

Citação de: Olavo de Carvalho, 'por que não sou liberal'

... ou você fundamenta o Estado de direito numa concepção tradicional da dignidade humana, ou você o reinventa segundo o modelo do mercado, onde o direito às preferências arbitrárias só é limitado por um contrato de compra e venda livremente negociado entre as partes. Nos dois casos você quer a liberdade, mas no primeiro o fundamento dela é “material”, isto é, definido por valores e princípios explícitos, no segundo é “formal”, isto é, definido por uma equação contratual cujo conteúdo está aberto à escolha dos interessados.

...

http://www.olavodecarvalho.org/semana/070308jb.html

Offline Sdelareza

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #84 Online: 24 de Março de 2017, 23:11:55 »

1- Uma autoridade que aplique leis defendendo a liberdade individual, a propriedade e o respeito aos contratos.

2- Que os produtos ou serviços oferecidos tenham oferta flexível* e demanda com uma elasticidade mínima razoável**.

3- Que não existam cartéis, trustes e monopólios excessivos.


Proibir a prática comercial do dumping (vender temporariamente um produto por um preço muito abaixo de seu valor num outro país
para dominar o mercado e impor depois preços altos) se encaixa no item 3?

As leis trabalhistas (salário mínimo, jornada de 40 horas, 13º salário, criação de sindicato e direito de greve) se encaixam no item 1?
 Penso que essas leis foram impostas pelo Estado sem o pleno consentimento dos empresários e empregadores.
« Última modificação: 24 de Março de 2017, 23:25:04 por Sdelareza »

Offline Gauss

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #85 Online: 24 de Março de 2017, 23:20:22 »
As leis trabalhistas certamente não entram no item 1, em minha opinião.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #86 Online: 25 de Março de 2017, 09:52:34 »
Acho que leis trabalhistas (em geral, não faz sentido considerar bizarrices como "salários extras" como parte da definição fundamental) se encaixariam mais "espalhadas" entre os ítens 2 e 3.

Do post inicial:

Citar
*Oferta flexível: produtos ou serviços cuja oferta possa ser aumentada ou reduzida com relativa facilidade. Exemplo de oferta flexível: roupas. Exemplo de oferta não-flexível: mão-de-obra humana.

**Elasticidade da demanda: produtos ou serviços cuja demanda possa ser, com razoável facilidade, reduzida frente ao aumento de preços, ou aumentada frente à redução de preços. Exemplo de demanda elástica: chocolate. Exemplo de demanda inelástica: serviços médicos.

Offline DDV

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #87 Online: 25 de Março de 2017, 10:01:33 »

1- Uma autoridade que aplique leis defendendo a liberdade individual, a propriedade e o respeito aos contratos.

2- Que os produtos ou serviços oferecidos tenham oferta flexível* e demanda com uma elasticidade mínima razoável**.

3- Que não existam cartéis, trustes e monopólios excessivos.


Proibir a prática comercial do dumping (vender temporariamente um produto por um preço muito abaixo de seu valor num outro país
para dominar o mercado e impor depois preços altos) se encaixa no item 3?

Sim, mas o dumping só é possível de ser feito quando há monopólios. É muito difícil empresas pequenas ou médias terem capital de giro suficiente pra sustentar um dumping.

O que a China faz não é dumping, seus produtos são genuinamente mais baratos porque ela é genuinamente mais competitiva em coisas que exigem mão-de-obra intensiva (pode-se discutir se há respeito aos direitos dos seus trabalhadores).


Citar
As leis trabalhistas (salário mínimo, jornada de 40 horas, 13º salário, criação de sindicato e direito de greve) se encaixam no item 1?
 Penso que essas leis foram impostas pelo Estado sem o pleno consentimento dos empresários e empregadores.

Se encaixaria no item 2, pois a mão-de-obra humana tem oferta não-flexível. Em outras palavras, não é possível reduzir a oferta de pessoas no mercado se o seu preço (salário) for baixo demais.
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Offline Geotecton

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #89 Online: 26 de Março de 2017, 01:18:35 »
[...]
O que a China faz não é dumping, seus produtos são genuinamente mais baratos porque ela é genuinamente mais competitiva em coisas que exigem mão-de-obra intensiva (pode-se discutir se há respeito aos direitos dos seus trabalhadores).
[...]

Manipulação de câmbio, manipulação e controle de insumos em alguns países, absorção maciça de tecnologia (inclusive por roubo) são outros fatores importantes para a "competitividade" da China.
Foto USGS

Offline Sdelareza

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #90 Online: 30 de Março de 2017, 22:17:07 »
Gostaria saber a opinião dos defensores da economia de livre mercado sobre dois pontos:


A) Mesmo regimes que defendem economia de mercado costumam nacionalizar setores que são considerados
estratégicos (ex:petróleo).

Isso poderia ser um exemplo de monopólio excessivo?

B) De acordo com a versão de um antigo professor meu, a crise de 1929 mostrou a ineficácia da
 economia de mercado e foi necessário a intervenção do governo americano com o New Deal
(através da construção de estradas, barragens e aumento das despesas militares) para
reverter a crise.

Minha primeira impressão é levar a acreditar naquilo, pois pelo que vi de índices, as
estatísticas da economia americana (queda do PIB, desemprego) só pioraram até 1933, quando Roosevelt se
tornou presidente e aplicou seu programa inspirado pelas idéias de John Maynard Keynes.

Podemos argumentar que o New Deal não foi necessário para tirar os EUA do atoleiro econômico?
Que o próprio jogo da oferta e demanda de mercado teria sido suficiente?
« Última modificação: 30 de Março de 2017, 22:19:27 por Sdelareza »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #91 Online: 30 de Março de 2017, 22:45:54 »
A) Provavelmente a maioria dirá que sim, ou, que apenas é uma distorção do mercado a nacionalização, sendo aceitável um monopólio "natural" (o qual poderiam considerar inerentemente não-estatal por definição)

B) Keynesianistas possivelmente concordarão com algumas ressalvas, enquanto não-keynesianistas dirão que foi tudo culpa de práticas essencialmente keynesianistas mesmo antes de Keynes, e que na verdade só pioraram tudo.

Offline Lorentz

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #92 Online: 30 de Março de 2017, 22:58:33 »
Os liberais dizem que a crise de 29 foi causada em grande parte pelo governo. Eu tendo a acreditar mais nisso porque me parece que o governo sempre gastará pior o dinheiro que as empresas.

Aqui tem um texto do instituto liberal:

https://www.institutoliberal.org.br/blog/o-mito-liberalismo-como-culpado-pela-crise-de-1929/

trecho:

Citar
Algo que se encontra de forma questionável na grade de ensino do padrão MEC é a história da grande depressão americana e do crash de 1929 nos EUA. A versão mais comum publicada nos livros didáticos e propagada pela grande maioria dos professores afirma que a crise comprovou que o liberalismo faliu, acabou de uma vez por todas, e que o estado é necessário tendo uma participação ativa e extremamente regulatória com a finalidade de evitar tais falhas e corrigi-las sempre que necessário, assim como também deve assumir a responsabilidade de estimular determinados segmentos econômicos.

"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #93 Online: 11 de Agosto de 2017, 21:24:13 »
Cingapura é comumente listada no discurso anarco-capitalista por não ter salário mínimo, mas a coisa não é tão simples assim, eles têm subsídios para salários baixos. A participação do governo como acionista de empresas também é algo que destoa os ideais anarquistas, e se combina com essa questão.

https://www.iras.gov.sg/IRASHome/Schemes/Businesses/Wage-Credit-Scheme--WCS-/

Citar
https://andyxianwong.wordpress.com/2013/03/29/why-singapore-has-no-minimum-wage/

...

Most developed countries have one – either in law or negotiated through unions. But oddly this is one feature of first world life that the PAP stubbornly refuses to even consider. It is something that many locals would like to see for many reasons. It would help to level the employment landscape which is currently tilted in favour of cheaper foreign workers who can more easily support a family in their lower cost of living home country. A minimum wage would also encourage employers to work towards more productive economic growth rather than pumping up the wealth of the nation by importing cheap labour inputs of increasingly marginal economic benefit in ever greater numbers.


So why is a minimum wage consistently rejected by the PAP? We can get a clue by looking at what actions they take as an alternative to a minimum wage. For example, the budget this year announced billions of dollars will be given to businesses to fund wage increases. The tension between the desires of employers and employees is well recognised, but in Singapore the government consistently sides with businesses. Nevermind the hugely populist vote-buying aspect of this policy that is intended to funnel money to citizens who are even earning above the national median wage – increasing the salaries of citizens is the aim – and this clearly stands as a policy counter-point to a minimum wage. But who will really benefit? Singtel for example, 54% owned by the government, made billions in profit last year. Do they really need government cash to subsidise pay rises? Hardly. So why does the government take this route?

The clue is in the 54% government ownership. The government is the largest shareholder in Singaporean companies. The Singapore stock exchange maintains an index of the thirty largest listed companies – the STI Index – and at least sixteen have the government owning or controlling the largest stake. [...]

Citação de: Wikipedia
The People's Action Party (abbrev: PAP) is a centre-right[3] political party in Singapore. Having been the country's ruling party since 1959, it is Singapore's longest-ruling party.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #94 Online: 18 de Maio de 2019, 15:28:56 »
Nós avaliamos mérito baseado em quanto de dinheiro a pessoa fez (ou faz) na vida.

Um Neymar vale mais do que todos os físicos, químicos e matemáticos que se graduaram no ano passado.


<a href="https://www.youtube.com/v/qjX_M8niK5I" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/qjX_M8niK5I</a>




Será que na linha dessas de bitcoin, renda mínima, etc, alguém já concebeu alguma espécie de "mercado paralelo," talvez com uma outra "moeda" onde o trabalho de um professor de alguma forma objetivamente valesse mais do que aquele de uma Kim Kardashian da vida?

Offline Sergiomgbr

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Re:Os limites da economia de mercado
« Resposta #95 Online: 18 de Maio de 2019, 15:37:21 »
Tudo é contexto. A questão é o que faz a roda do mundo girar. Isso lembra aquela famosa piadinha da  Greve do C*.

https://www.recantodasletras.com.br/cordel/1998405
« Última modificação: 18 de Maio de 2019, 15:45:58 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

 

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