Autor Tópico: Sobre a "Cultura do Estupro"  (Lida 5666 vezes)

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Offline Feliperj

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #25 Online: 02 de Novembro de 2015, 15:34:51 »
Isso é só uma consideração "anti-ad hominem" (que eu não fiz), que acaba sendo meio que um "apelo à piedade".

Você falou claramente, em um comentário seu, que esses vídeos de direitistas buscam um publico alvo que quer confirmar suas crenças. Então, essa observação faz todo sentido! É uma resposta a uma acusação (no caso, sim, um ad hominem)!

Abs
Felipe

Offline Skeptikós

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #26 Online: 02 de Novembro de 2015, 15:39:40 »
Eu não quis sugerir que não possam haver denúncias falsas. Apenas me parece extremamente mais provável que casos de arrependimento a partir de sexo consensual (inicialmente consensual, como deve ser na maioria dos estupros) na vasta maior parte do tempo não são tal como geralmente sugerido por quem tenta comprometer a credibilidade das acusações de estupro (com vítimas mulheres, ao menos). "Mmmm, aquele cara nem era bom de cama. Meh, vou dizer que fui estuprada por ele então", e muito menos o "amigas, fiz sexo com Fulano ontem", "o que? Você não sabe que sexo heterossexual é estupro?", "não me diga! Vou denunciar já".

Mesmo isso de "conversinhas feministas" na maior parte do tempo deve ser delas reforçando que ela não é obrigada a aceitar qualquer coisa só porque começou a fazer sexo.
Você acha que deve ser assim, não tem dados e/ou fatos que comprovem a sua opinião. Eu não sei se a maioria dos arrependimentos possuem fundamentos ou se são simples falsas acusações infundamentadas, apenas alertei para o fato de que quando o cara do vídeo fala em arrependimentos, ele não esta a falar sobre mulheres que se arrependeram de sua decisão de transar, enquanto ainda estavam a transar, e sim de mulheres que se sentiram arrependidas, muito tempo depois do ato consumado (E como explicitado pelo Felipe, o cara do vídeo falava mais especificamente de casos onde a mulher transou em estado de embragues, e tempos depois do ocorrido fez acusações de estupro com base no fato de ela ter bebido na noite em que transou).

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    Mulheres podem mentir sobre estupro para justificar por que elas apreciam pornografia.

Quando a mãe de Elizabeth Coast a encontrou vendo pornô na internet, Elizabeth explicou que suas ações foram resultado de violência que ela tinha sofrido nas mãos de um vizinho. Ela testemunhou que quando seu vizinho tinha 14 anos e ela 10, ele a havia molestado sexualmente. Seu testemunho foi convincente o suficiente para conseguir a condenação daquele homem. Ele foi sentenciado a sete anos, dos quais cumpriu quatro, até que Elizabeth se sentiu culpada demais e admitiu que tinha mentido sobre um homem inocente. Ela foi então condenada a dois meses de prisão pela mentira e a pagar U$ 90.000,00 em reparação. Mulheres podem mentir sobre estupro para explicar por que elas veem pornografia.

Putz, que ridícula a forma como faz-se a generalização. É quase como se pegassem o caso de Josef Fritzl, e dissessem, "homens/pais podem aprisionar as filhas, estuprá-las, e ter filhos com elas, quando elas se tornam adolescentes desobedientes", baseados em alguns dos depoimentos dele. Imagine a histeria que seria nos círculos MRAs se algum blog feminista fizesse essa generalização...
Então segundo você mesmo, a generalização feminista de que todo homem é um estuprador em potencial não é absurda, com base na justificativa de que isso pode querer dizer que homens estupradores não são facilmente distinguido de homens comuns, mas discorda da afirmação de que mulheres podem mentir sobre estupro por causa de sua vergonha de admitir que apreciam putaria (pornografia), apesar de existir um exemplo real de que isso é possível?

E veja bem, a segunda afirmação (que é justamente a que você critica) não é uma generalização (como a primeira, que é justamente a que você defende), e sim apenas uma prova de que é possível uma mulher mentir sobre um estupro por motivos de vergonha em admitir sua apreciação por putaria (pornografia), e não que todas as acusações de estupro são feitas por mulheres (apreciadoras de putaria-pornografia) mentirosas em potencial.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Feliperj

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #27 Online: 02 de Novembro de 2015, 16:12:30 »
Isso não tem relevância alguma para qualquer coisa -- a menos que pretenda "defender" o estupro por apelo à natureza -- e a hipótese de dissociação do estado psicológico como "adaptação" para o estupro é apenas uma hipótese, não algo confirmado. Uma outra é de simplesmente ser resultado da genitália feminina e seu estado simplesmente ser menos "evidente" sensorialmente para a própria mulher, o que ao longo da vida cria menos "condicionamento Pavloviano" de uma coisa com outra. Acho que o termo relevante deve ser algo como "somatosensorial", não me lembro.

A questão não é defender o estupro por apelo a natureza, mas sim de defender que a origem do estupro precede a questão cultural, pois da forma que a coisa é defendida pelas femi, é tudo uma questão cultural; acabando-se com a cultura do estupro, acaba-se com o mesmo. Somente mais um idealismo inatingível, um dos tantos que a esquerda nos presenteou com sua visão "russeausriana"! Foi esse o meu objetivo.

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Eu acho errado dizer que "vivemos numa cultura do estupro", mas não é incorreto dizer que há "culturas de estupro" e "subculturas de estupro", mesmo em meio à "nossa" cultura ("ocidental"). Como citei anteriormente fraternidades brancas americanas e subgrupos mais ou menos relacionados, comumente vão desde tolerância até promoção escancarada de estupro.

Tenho a suspeita de que abuso sexual na infância por mulheres não é algo lá muito estatísticamente significante, não me lembro de já ter lido sobre isso, e li um bocado há alguns anos atrás.

O termo cultura denota comportamentos, valorees disseminados na sociedade. Falar que existem grupos pontuais, que nem de longe configuram um problema disseminado pela sociedade é uma coisa (são excessão das excessões, em termos estatísticos). Partir disso para uma generalização, é bizarro, mas é o que esses grupos fazem.

Quais são esses grupos que promovem abertamente o estupro, vc tem algum material?

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Bem, a análise do youtuber C0nc0rdance sobre a coisa toda me parece muito razoável e não dá motivos para questionar seriamente os números.

Você comete o mesmo engano que feministas por vezes cometem ao considerar esses números, intuindo algo como que se 1 em cada 4 mulheres ao menos sofreu tentativa de estupro, então algo próximo de 1 em cada 4 homens seria responsável por isso. Mas na verdade a maior parte dos estupradores é serial, o que é algumas vezes admitido por alguns feministas.

http://www.feministe.us/blog/archives/2010/03/25/predator-theory/

Buck, mesmo considerando repitibilidade de comportamento (o que já é uma evidencia totalmente contrária a tal da cultura de estupro, e mais a favor de "marcadores" e caracteristicas que estão presente em estupradores), quando temos uma estatística dessa (1 para 4), temos que ter um percentual não insignificante de homens cometendo esse crime. So assim, poderiamos falar em cultura de estupro.

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Não, não estou "errando". Não temos uma quantificação exata de quantas denúncias de estupro seriam baseadas nessa situação que aqueles que tentam minar a credibilidade das denúncias sugerem, versus o que eu sugeri, que parece ser o mais comum, segundo as pesquisas.

Não Buck. O simples arrependimento da mulher, caso tivesse bebido junto com seu parceiro, já foi usado nas pesquisas como caso de estupro, somente pela questão do álcool! Essa é uma das coisas que é mais atacada no vídeo e isso é inaceitável!!!

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Eu não entendi exatamente o que quis dizer aqui, ficou confuso. Repito, parece que não há nada de excepcionalmente ruim com o "cenário geral" das pesquisas, embora talvez haja críticas pontuais válidas. Simplesmente não parece ser o caso de ser tudo fictício e de se ter uma vasta maioria de denúncias falsas, uma "cultura universal da falsa incriminação de homens por estupro".

Ao mesmo tempo, há que se separar as pesquisas em si e discurso em torno de "cultura do estupro". O que não falta na internet e por aí é gente defendendo coisa sem embasamento empírico, mas não significa que as pesquisas que eles mesmos citam sejam significativamente falhas. Em boa parte do tempo estarão relativamente isentas de "ideologia". Outro vídeo em que o mesmo youtubber comenta sobre um artigo relacionado ao assunto, é de um artigo sobre "prevenção ao estupro", sobre comportamentos da potencial vítima que a tornam mais ou menos suscetível. Isso é algo praticamente herético para uns 99% dos feministas de internet, que dirão que é "culpar a vítima", e que tem que se "ensinar os homens a não estuprarem".

So reforcei a questão da escolha de questionamento e definições. No caso, a questão de sexo envolvendo alcool (tem outras nuances também), que inflou enormemente os numeros de estupro.

Buck, não só esse tipo de discussão que você falou que é herética. Essa nossa discussão, para o movimento feminino, já é herética. Duvidar da cultura de estupro é cegueira, falta de empatia, "é isso que vai ensinar pra sua filha", etc,etc.


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Repito, É INICEITAVEL que se considere algo tão dúbio, tão impreciso, tão assimétrico  quanto uma pergunta ou uma situação acima (repare que voce teve que imaginar uma situação onde efetivamente houve estupro, para que esse arrependimento esteja relacionado com o estupro) para se chegar a conclusões tão profundas e importantes como a exsitência de uma cultura de estupro. E o Stefan faz uma análise excelente sobre essa questão no vídeo.

Novamente, só estou condenando a questão de como algumas pesquisas chegaram nos seus resultados, e os tratamentos assimétricos que são forçados na sociedade.

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Eu acho que isso é largamente um espantalho, que são pouquíssimas as pessoas que, se arrependem de fazer sexo, e denunciam a outra pessoa por estupro. É o tipo de coisa extremamente difícil de se imaginar fazendo, então a assunção de "boa vontade", de "dar o benefício da dúvida", é de que as denúncias não sejam na maioria assim, até porque não se ganha nada com isso. "Pô, o sexo foi ruim, não devia ter feito. Acho que posso seguir minha vida normalmente, ir ao trabalho e tal, OU, posso perder muito mais do meu tempo e acusar falsamente o cara de estuprador, só para descontar o meu arrependimento".

Não que não possa absolutamente acontecer, e que não possa ser algo digno de condenação criminal em si.

A questão, no caso especifico do video, não é um espantalho. Pois nas pesquisas citadas pelo Stefan, eles inflaram consideravelmente os resultados de estupros cometidos.


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Toda lésbica é uma estupradora em potencial exatamente da mesma forma que se puder dizer que todo homem é.

Acho que já devo ter dito antes, mas em todo caso...

Primeiramente, no sentido de que não terão crachá de estuprador(a), então qualquer um(a) potencialmente é.

Em um segundo sentido, qualquer pessoa pode ser criada para ser tolerante com o estupro ou mesmo um(a) estuprador(a). É o que somos levados a concluir por haver culturas onde o estupro é muito mais pervasivo e não supormos que isso se deva a diferentes genes.

Esses seriam os dois sentidos razoáveis, mas acaba de fato havendo confusão com a idéia de que "todo homem é igualmente propenso a estuprar", o que é compreensivelmente ofensivo. Mas estamos aí entrando já no terreno das leis de Poe, onde acho meio duvidoso ser válido qualquer "debate", até mesmo por provavelmente não haver ninguém aqui de fato propondo exatamente isso. Mais interessante é a questão do que leva às pessoas a pensarem assim. Desconfio que uma combinação de trauma pessoal ou empatia com trauma alheio, e ideologia que explora esse trauma ou empatia.

Cuidado com o que diz!! Vai ser repreendido tanto pelo movimento feminista, quanto pelo LGBT!! :)

Eu já discordo, pois esse tipo de generalização não ajuda muito, pois a grosso modo, todos os seres humanos são potenciais tudo : assassinos, pedófilos, estupradores, etc. Esse tipo de generalização só tem serventia se usado seletivamente,e se existirem outros objetivos por trás (caracterização do opressor e do oprimido).

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"Quando na verdade a sociedade odeia os homens e as mulheres são meras denunciadoras falsas de estupro".

Não entendi. Em nenhum momento acuso mulheres de serem denunciadoras falsas. Só ressalto que essa estatística (e tem vários motivos por trás desse tipo de falsa denúncia) não é insignificante.

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Para mim "feminismo" tem grossamente dois significados. Um é o que deve constar no dicionário, que se pode dizer até ser um valor universal. Até a maioria dos conservadores atuais deve ser feminista, a favor de direitos iguais da mulher, etc. O "outro" sentido é o de ativistas profissionais ou amadores, que comumente me parecem anacrônicos e histéricos, embora não necessariamente dirão só bobagem, também. Apenas não dou muita atenção a esse "segundo grupo". Não vou atrás disso, não ganho nada com isso. Se houvesse alguém assim aqui, poderia até discutir. Mas não havendo, não vou buscar algo para me frustrar deliberadamente com a imbecilidade humana.

O problema é que Feminismo existe como movimento político ideológico organizado (repare que os jargãos são os mesmos aqui, nos EUA, na Europa, etc). Então, não faz muita diferença para o movimento, como nós separamos o que é razoável, do que não é!

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O nicho populista do vitimismo. Com sorte haverá oposição legal/política a isso que não seja contra-produtiva, como parece ser a maior parte dos MRAs.

Exatamente, temos que ter sempre a separação clara entre opressor e oprimido, NUNCA podemos deixar que um se transforme no outro! Isso vem desde Marx, e é aí que reside toda a estratégia desses movimentos!

No segundo vídeo que coloquei, a partir do minuto 27 até o 35 tem um debate na televisão americana, onde essa questão fica muito clara, na abordagem da violência domestica (vale a pena ver, e é vergonhosa a postura da feminista). Depois do minuto 35 ele começa a falar da cultura de estupro, e mostra infos interessantes, inclusive como os grupos são contra a inclusão de homens nos estudos sobre estupro (claro, opressores são sempre opressores), estatisticas oficiais, etc.

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Felipe

Offline Sergiomgbr

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #28 Online: 02 de Novembro de 2015, 16:49:20 »
Eu penso que um estupro( que pra mim estupro diz respeito a um homem e uma mulher) clássico é quando a mulher diz não e o homem a submete fisicamente, ou então a mulher não tenha meios de dizer não, estando totalmente inconsciente, ou então quando a mulher é inimputável. Outras configurações possíveis mas que se possa considerar estupro ou não, circunstancialmente, envolvem a mulher estar semi consciente não podendo dizer não talvez por sua língua estar enrolando dentro da boca, mas mesmo assim ela pode repudiar o ato mimicamente ou com comportamento resistivo corporal.

 Mas se a situação envolver uma encenação do tipo "Chapeuzinho e Lobo Mau" com o Lobo sequioso envolvendo a Chapeuzinho, dizendo vou te devorar, e ela dizendo, nãaaao nãooo e daí o Lobo mordisca a orelhinha dela depois as pernas dela bambeiam ai ela começa a dizer nã nã (mas não consegue pronuciar o o do não) depois começa a ofegar e a ronronar e a dizer simmm, aí já é outros quinhentos.
« Última modificação: 02 de Novembro de 2015, 17:25:17 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #29 Online: 02 de Novembro de 2015, 17:09:17 »
Eu não quis sugerir que não possam haver denúncias falsas. Apenas me parece extremamente mais provável que casos de arrependimento a partir de sexo consensual (inicialmente consensual, como deve ser na maioria dos estupros) na vasta maior parte do tempo não são tal como geralmente sugerido por quem tenta comprometer a credibilidade das acusações de estupro (com vítimas mulheres, ao menos). "Mmmm, aquele cara nem era bom de cama. Meh, vou dizer que fui estuprada por ele então", e muito menos o "amigas, fiz sexo com Fulano ontem", "o que? Você não sabe que sexo heterossexual é estupro?", "não me diga! Vou denunciar já".

Mesmo isso de "conversinhas feministas" na maior parte do tempo deve ser delas reforçando que ela não é obrigada a aceitar qualquer coisa só porque começou a fazer sexo.
Você acha que deve ser assim, não tem dados e/ou fatos que comprovem a sua opinião. Eu não sei se a maioria dos arrependimentos possuem fundamentos ou se são simples falsas acusações infundamentadas, apenas alertei para o fato de que quando o cara do vídeo fala em arrependimentos, ele não esta a falar sobre mulheres que se arrependeram de sua decisão de transar, enquanto ainda estavam a transar, e sim de mulheres que se sentiram arrependidas, muito tempo depois do ato consumado (E como explicitado pelo Felipe, o cara do vídeo falava mais especificamente de casos onde a mulher transou em estado de embragues, e tempos depois do ocorrido fez acusações de estupro com base no fato de ela ter bebido na noite em que transou).

Eu não vi o vídeo, e acho mais provável que mesmo com essas ressalvas a maior parte das denúncias não devem ser infundadas. O fato da mulher ter estado embriagada não depõe contra o estupro, nem ela própria vir a rever essa classificação. Pode ser questão de inicialmente se considerar "vítima culpada", e mais tarde abandonar isso.

Eu não tenho dados para provar o que é de fato mais comum, apenas não acredito numa "cultura/conspiração da falsa acusação de estupro", sendo esses acontecimentos mais excepcionais, não algo que deva ser usado para minar a credibilidade das acusações de estupro de maneira generalizada.



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    Mulheres podem mentir sobre estupro para justificar por que elas apreciam pornografia.

Quando a mãe de Elizabeth Coast a encontrou vendo pornô na internet, Elizabeth explicou que suas ações foram resultado de violência que ela tinha sofrido nas mãos de um vizinho. Ela testemunhou que quando seu vizinho tinha 14 anos e ela 10, ele a havia molestado sexualmente. Seu testemunho foi convincente o suficiente para conseguir a condenação daquele homem. Ele foi sentenciado a sete anos, dos quais cumpriu quatro, até que Elizabeth se sentiu culpada demais e admitiu que tinha mentido sobre um homem inocente. Ela foi então condenada a dois meses de prisão pela mentira e a pagar U$ 90.000,00 em reparação. Mulheres podem mentir sobre estupro para explicar por que elas veem pornografia.

Putz, que ridícula a forma como faz-se a generalização. É quase como se pegassem o caso de Josef Fritzl, e dissessem, "homens/pais podem aprisionar as filhas, estuprá-las, e ter filhos com elas, quando elas se tornam adolescentes desobedientes", baseados em alguns dos depoimentos dele. Imagine a histeria que seria nos círculos MRAs se algum blog feminista fizesse essa generalização...
Então segundo você mesmo, a generalização feminista de que todo homem é um estuprador em potencial não é absurda, com base na justificativa de que isso pode querer dizer que homens estupradores não são facilmente distinguido de homens comuns, mas discorda da afirmação de que mulheres podem mentir sobre estupro por causa de sua vergonha de admitir que apreciam putaria (pornografia), apesar de existir um exemplo real de que isso é possível?

Sim, discordo da generalização. Como sugeri na minha analogia, dar um exemplo configura uma situação muito mais incomum do que "estupradores".


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E veja bem, a segunda afirmação (que é justamente a que você critica) não é uma generalização (como a primeira, que é justamente a que você defende), e sim apenas uma prova de que é possível uma mulher mentir sobre um estupro por motivos de vergonha em admitir sua apreciação por putaria (pornografia), e não que todas as acusações de estupro são feitas por mulheres (apreciadoras de putaria-pornografia) mentirosas em potencial.

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A meu ver, dizer "mulheres podem mentir sobre estupro para explicar por que elas veem pornografia" é uma generalização, sim. Pega um caso em particular, que deve parecer extremamente bizarro à maioria das pessoas com algum contato com a humanidade, e tenta sugerir a possibilidade de ser algo comum, "mulheres". É equivalente a "vítimas de estupro estão potencialmente mentindo para ocultar que gostam de pornografia".

O nuance "é possível uma mulher mentir" é seu, não está lá no texto, que intenciona sim usar o caso para sugerir que seja algo muito mais comum. Ou seja, seria como se feministas pegassem o caso do Fritzl e falassem, "é possível pais/homens estuprarem suas filhas por se tornarem desobedientes na adolescência". O que se bobear é muito mais comum do que meninas denunciando pessoas aleatórias de estupro por serem flagradas pela mãe vendo pornografia ou vestindo uma calcinha fio-dental.












Isso não tem relevância alguma para qualquer coisa -- a menos que pretenda "defender" o estupro por apelo à natureza -- e a hipótese de dissociação do estado psicológico como "adaptação" para o estupro é apenas uma hipótese, não algo confirmado. Uma outra é de simplesmente ser resultado da genitália feminina e seu estado simplesmente ser menos "evidente" sensorialmente para a própria mulher, o que ao longo da vida cria menos "condicionamento Pavloviano" de uma coisa com outra. Acho que o termo relevante deve ser algo como "somatosensorial", não me lembro.

A questão não é defender o estupro por apelo a natureza, mas sim de defender que a origem do estupro precede a questão cultural, pois da forma que a coisa é defendida pelas femi, é tudo uma questão cultural; acabando-se com a cultura do estupro, acaba-se com o mesmo. Somente mais um idealismo inatingível, um dos tantos que a esquerda nos presenteou com sua visão "russeausriana"! Foi esse o meu objetivo.

Mas é mesmo mais próximo disso do que de um problema inescapável por instintos humanos. As variações na prevalência de estupro pelo mundo devem ser totalmente culturais e institucionais, não variações regionais de instintos inatos.

Não sei a que nível de idealismo almejam, mas certamente não é inatingível fazer por exemplo, com que alunos de algumas fraternidades estuprem substancialmente menos, como ocorre com alunos de outras. Ou mesmo levar os índices aos de outros países em situação melhor. Pode ser difícil, mas não há nada inerente à natureza humana que impeça. A dificuldade é a cultura (e a natureza humana em proteger à cultura).




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Eu acho errado dizer que "vivemos numa cultura do estupro", mas não é incorreto dizer que há "culturas de estupro" e "subculturas de estupro", mesmo em meio à "nossa" cultura ("ocidental"). Como citei anteriormente fraternidades brancas americanas e subgrupos mais ou menos relacionados, comumente vão desde tolerância até promoção escancarada de estupro.

Tenho a suspeita de que abuso sexual na infância por mulheres não é algo lá muito estatísticamente significante, não me lembro de já ter lido sobre isso, e li um bocado há alguns anos atrás.

O termo cultura denota comportamentos, valorees disseminados na sociedade. Falar que existem grupos pontuais, que nem de longe configuram um problema disseminado pela sociedade é uma coisa (são excessão das excessões, em termos estatísticos). Partir disso para uma generalização, é bizarro, mas é o que esses grupos fazem.

Quais são esses grupos que promovem abertamente o estupro, vc tem algum material?

50,000 Activists Demand Sexual Assault Reform At Dartmouth After Student Publishes A ‘Rape Guide’
http://thinkprogress.org/health/2014/03/14/3404111/dartmouth-rape-culture-petition/





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[...] Notória por seus rituais de iniciação, a fraternidade está proibida pela Universidade de Yale, onde foi fundada em 1844, depois que os membros gritaram “Não significa sim! Sim significa anal!” em alusão ao estupro, durante um evento de iniciação em 2010. [...]
http://oglobo.globo.com/sociedade/universidade-de-edimburgo-vai-investigar-fraternidade-por-ameacas-de-estupro-14612085



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Bem, a análise do youtuber C0nc0rdance sobre a coisa toda me parece muito razoável e não dá motivos para questionar seriamente os números.

Você comete o mesmo engano que feministas por vezes cometem ao considerar esses números, intuindo algo como que se 1 em cada 4 mulheres ao menos sofreu tentativa de estupro, então algo próximo de 1 em cada 4 homens seria responsável por isso. Mas na verdade a maior parte dos estupradores é serial, o que é algumas vezes admitido por alguns feministas.

http://www.feministe.us/blog/archives/2010/03/25/predator-theory/

Buck, mesmo considerando repitibilidade de comportamento (o que já é uma evidencia totalmente contrária a tal da cultura de estupro, e mais a favor de "marcadores" e caracteristicas que estão presente em estupradores), quando temos uma estatística dessa (1 para 4), temos que ter um percentual não insignificante de homens cometendo esse crime. So assim, poderiamos falar em cultura de estupro.

Bem, eu já disse algumas vezes sobre o que penso fazer sentido se rotular de "cultura(s) de estupro" e o que não, de forma que não vou me repetir.



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Não, não estou "errando". Não temos uma quantificação exata de quantas denúncias de estupro seriam baseadas nessa situação que aqueles que tentam minar a credibilidade das denúncias sugerem, versus o que eu sugeri, que parece ser o mais comum, segundo as pesquisas.

Não Buck. O simples arrependimento da mulher, caso tivesse bebido junto com seu parceiro, já foi usado nas pesquisas como caso de estupro, somente pela questão do álcool! Essa é uma das coisas que é mais atacada no vídeo e isso é inaceitável!!!

Eu não vi o vídeo, e nem examinei as fontes do autor, a fim de poder verificar que haveria uma quantidade substancial de acusações tão gratuitas e sem sentido quanto aparentemente tenta-se sugerir. A mim ainda parece mais razoável supor que a maior parte do tempo as acusações sejam verdadeiras, e que o autor ou distorce alguns casos, ou tenta extrapolar um ou outro caso mais raro a fim de minar a credibilidade de denúncias de estupro. Me baseio apenas em "benefício da dúvida", não creio que seja comum as pessoas denunciarem crimes falsos, mais comum devem ser denúncias reais, e é temeroso minar a credibilidade delas com estardalhaço em torno das que forem comprovadamente falsas.



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Eu não entendi exatamente o que quis dizer aqui, ficou confuso. Repito, parece que não há nada de excepcionalmente ruim com o "cenário geral" das pesquisas, embora talvez haja críticas pontuais válidas. Simplesmente não parece ser o caso de ser tudo fictício e de se ter uma vasta maioria de denúncias falsas, uma "cultura universal da falsa incriminação de homens por estupro".

Ao mesmo tempo, há que se separar as pesquisas em si e discurso em torno de "cultura do estupro". O que não falta na internet e por aí é gente defendendo coisa sem embasamento empírico, mas não significa que as pesquisas que eles mesmos citam sejam significativamente falhas. Em boa parte do tempo estarão relativamente isentas de "ideologia". Outro vídeo em que o mesmo youtubber comenta sobre um artigo relacionado ao assunto, é de um artigo sobre "prevenção ao estupro", sobre comportamentos da potencial vítima que a tornam mais ou menos suscetível. Isso é algo praticamente herético para uns 99% dos feministas de internet, que dirão que é "culpar a vítima", e que tem que se "ensinar os homens a não estuprarem".

So reforcei a questão da escolha de questionamento e definições. No caso, a questão de sexo envolvendo alcool (tem outras nuances também), que inflou enormemente os numeros de estupro.

Temo que não tenha inflado de forma significativa, como se pudéssemos rever os números imparcialmente e descobrir que estupro é uma preocupação vazia, ou mesmo que o risco seja igual para mulheres e homens, especialmente para homens, vindo de mulheres -- uma das coisas mais risíveis que já ouvi.

Aqui de repente parecem abraçar aquele negacionismo biológico feminista de que homens não são geralmente maiores e mais fortes, e dessa forma, levando vantagem nesse tipo de situação. Aqui existe uma tremenda assimetria no que homem e mulher poderão rotular de "ser forçado a fazer sexo", em encontros heterossexuais, e não consigo entender como alguém pode não atentar para isso.

A coisa não deve se aproximar nem incluindo potencial de "chantagem", como de difamar o homem como gay ou algo assim, pelo simples fato de geralmente ser muito mais fácil para a mulher encontrar algum cara disposto a fazer sexo do que o contrário, algo muito mais próximo de 100% dos homens estando dispostos.


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Buck, não só esse tipo de discussão que você falou que é herética. Essa nossa discussão, para o movimento feminino, já é herética. Duvidar da cultura de estupro é cegueira, falta de empatia, "é isso que vai ensinar pra sua filha", etc,etc.

Tendo a concordar. Já seria com pouco otimismo que eu debateria "feministas engajados" (versus "feministas comuns") que aparecessem por aqui, tenho ainda menos ânimo para ir atrás disso e "debater mentalmente", ou ficar postando só o que seria o "meu lado" aqui. Especialmente daquilo que achar que mais exageram.




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Repito, É INICEITAVEL que se considere algo tão dúbio, tão impreciso, tão assimétrico  quanto uma pergunta ou uma situação acima (repare que voce teve que imaginar uma situação onde efetivamente houve estupro, para que esse arrependimento esteja relacionado com o estupro) para se chegar a conclusões tão profundas e importantes como a exsitência de uma cultura de estupro. E o Stefan faz uma análise excelente sobre essa questão no vídeo.

Novamente, só estou condenando a questão de como algumas pesquisas chegaram nos seus resultados, e os tratamentos assimétricos que são forçados na sociedade.

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Toda lésbica é uma estupradora em potencial exatamente da mesma forma que se puder dizer que todo homem é.

Acho que já devo ter dito antes, mas em todo caso...

Primeiramente, no sentido de que não terão crachá de estuprador(a), então qualquer um(a) potencialmente é.

Em um segundo sentido, qualquer pessoa pode ser criada para ser tolerante com o estupro ou mesmo um(a) estuprador(a). É o que somos levados a concluir por haver culturas onde o estupro é muito mais pervasivo e não supormos que isso se deva a diferentes genes.

Esses seriam os dois sentidos razoáveis, mas acaba de fato havendo confusão com a idéia de que "todo homem é igualmente propenso a estuprar", o que é compreensivelmente ofensivo. Mas estamos aí entrando já no terreno das leis de Poe, onde acho meio duvidoso ser válido qualquer "debate", até mesmo por provavelmente não haver ninguém aqui de fato propondo exatamente isso. Mais interessante é a questão do que leva às pessoas a pensarem assim. Desconfio que uma combinação de trauma pessoal ou empatia com trauma alheio, e ideologia que explora esse trauma ou empatia.

Cuidado com o que diz!! Vai ser repreendido tanto pelo movimento feminista, quanto pelo LGBT!! :)

Eu já discordo, pois esse tipo de generalização não ajuda muito, pois a grosso modo, todos os seres humanos são potenciais tudo : assassinos, pedófilos, estupradores, etc. Esse tipo de generalização só tem serventia se usado seletivamente,e se existirem outros objetivos por trás (caracterização do opressor e do oprimido).

Existe sim o potencial de "mau uso" dessa colocação, mas é no caso algo mais relevante já que, por exemplo, a potencialidade de qualquer um em ser "assaltante". A maior parte dos estupradores é conhecido das vítimas, diferentemente do estereótipo de "estuprador escondido num beco escuro". E daí também se pode enxergar o motivo de alguma confusão honesta, se tivermos boa-vontade em entender por que as pessoas vem a ter as idéias que têm.



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"Quando na verdade a sociedade odeia os homens e as mulheres são meras denunciadoras falsas de estupro".

Não entendi. Em nenhum momento acuso mulheres de serem denunciadoras falsas. Só ressalto que essa estatística (e tem vários motivos por trás desse tipo de falsa denúncia) não é insignificante.

No mínimo individualmente não é insignificante. Não sei se chega a ser estatísticamente não-insignificante, pois, como disse, suspeito das análises de ativistas políticos/ideológicos, de ambos os lados, e me parece que os feministas ao menos tem a pesquisa "mainstream" mais do seu lado (a despeito de seus próprios exageros usando disso), sem precisar de leituras seletivas ou "meta-análises" sem revisão por pares.



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Para mim "feminismo" tem grossamente dois significados. Um é o que deve constar no dicionário, que se pode dizer até ser um valor universal. Até a maioria dos conservadores atuais deve ser feminista, a favor de direitos iguais da mulher, etc. O "outro" sentido é o de ativistas profissionais ou amadores, que comumente me parecem anacrônicos e histéricos, embora não necessariamente dirão só bobagem, também. Apenas não dou muita atenção a esse "segundo grupo". Não vou atrás disso, não ganho nada com isso. Se houvesse alguém assim aqui, poderia até discutir. Mas não havendo, não vou buscar algo para me frustrar deliberadamente com a imbecilidade humana.

O problema é que Feminismo existe como movimento político ideológico organizado (repare que os jargãos são os mesmos aqui, nos EUA, na Europa, etc). Então, não faz muita diferença para o movimento, como nós separamos o que é razoável, do que não é!

Faz diferença na comunicação cotidiana. Boa parte das pessoas, a maioria, tem por "feminismo" a noção de direitos iguais, direito a voto, que mulher pode ser engenheira, caminhoneira, médica, não só secretária, professora, etc. E que não deve ser vítima de violência (não que homens devam). Então é necessário algum cuidado ao atacar exageros de ativistas/ideólogos que se rotulam "feministas".


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O nicho populista do vitimismo. Com sorte haverá oposição legal/política a isso que não seja contra-produtiva, como parece ser a maior parte dos MRAs.

Exatamente, temos que ter sempre a separação clara entre opressor e oprimido, NUNCA podemos deixar que um se transforme no outro! Isso vem desde Marx, e é aí que reside toda a estratégia desses movimentos!

No segundo vídeo que coloquei, a partir do minuto 27 até o 35 tem um debate na televisão americana, onde essa questão fica muito clara, na abordagem da violência domestica (vale a pena ver, e é vergonhosa a postura da feminista). Depois do minuto 35 ele começa a falar da cultura de estupro, e mostra infos interessantes, inclusive como os grupos são contra a inclusão de homens nos estudos sobre estupro (claro, opressores são sempre opressores), estatisticas oficiais, etc.

Abs
Felipe

É complicado e não estou com saco para isso.

De modo geral acho que o risco de alguém ser estuprado um homem (e mesmo sendo um homem!) deve ser maior do que o de ser estuprado por uma mulher e de ser vítima de falsa acusação de estupro por uma mulher (ou homem). Existem determinantes culturais disso, embora não seja exatamente o caso de que "a cultura" ao todo/em geral, promove isso. Na verdade é mais contra. Isso praticamente resume tudo que acho que vale a pena ser dito em torno do tema. Ah, e de novo aquilo de tomara que loucuras femin[az]istóides sejam filtradas de virar lei a partir de alguma oposição razoável. E que leis/episódios políticos/legais "machistas" também se tornem cada vez mais raras, ao mesmo tempo (como aquilo do político americano dizer que não existe gravidez resultante de estupro real, etc).

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #30 Online: 02 de Novembro de 2015, 17:13:11 »
 
Este vídeo refuta também esta má ou falsa estatística (bem como a metodologia por trás do estudo que revelou estes resultados) divulgada pela pesquisadora feminista Mary Koss, de que uma em quatro mulheres serão estupradas durante suas vidas.

<a href="https://www.youtube.com/v/lYkQ6VwqDIM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/lYkQ6VwqDIM</a>

 :ok:

Sabendo que homem e mulher têm em média porte físico diferente, ampliado por costumes culturais, e que homens estão geralmente mais dispostos a fazer sexo com mulheres, não é apenas o natural, o honesto, enxergar alguma assimetria no que homens e mulheres consideram "ter sido forçado a fazer sexo [heterossexual]"?



O vídeo do C0nc0rdance é melhor.


Offline Feliperj

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #31 Online: 02 de Novembro de 2015, 19:15:05 »
Buck,


Nem todos os homens são propensos a usar a força, mesmo em defesa própria. Ademais, o termo "ser forçado" tem a ver com uso de diferença de poder para forçar o sexo (oral, vaginal, manual, etc..); temos também os casos que ficam restritos aos adolescentes, quando a mulher consegue ter mais força física que um menino de 12 anos, por exemplo. Essa incredulidade pode ser fundamentada pelas heurísticas que usamos ao analisar as situações, porém o que os dados nos mostram é que mesmo com a diferença de força, temos homens que sofrem com abusos sexuais exatamente da mesma forma que mulheres.

Os dois vídeos descrevem isso. E mesmo considerando-se a diferença de força fisica, temos os casos de homens que apanham continuamente em casa (o caso que falei do vídeo é sobre isso).

Abs
Felipe

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #32 Online: 02 de Novembro de 2015, 19:23:37 »
Eu não sei onde sugeri que "todos homens são propensos a usar força".

Mas, no caso de "sexo forçado", entendendo-se "uso ou ameaça de força física", um homem/garoto médio como vítima estará em melhores chances do que uma mulher/menina, especialmente se tratando de uma agressora mulher.

Eu não nego que haja homens que sofram por ter sido vítimas de estupro, inclusive de mulheres. Apenas duvido dessa alegada igual proporção de vitimação masculina e feminina, especialmente se tratando de vitimização masculina por mulheres.

Como disse, parece que aqui aderem à negação de diferenças físicas e biológicas que feministas não raramente gostam de usar por outros motivos -- ou, não exatamente outro motivo, mas apenas se fazer de vítima em outras situações.


Será que lá no Estado Islâmico também tem igual proporção de estupro em todas as direções, e os feminattis ocultam isso da mídia? É capaz de ter quem defenda isso. 

Offline Skeptikós

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #33 Online: 02 de Novembro de 2015, 20:02:31 »
Este vídeo refuta também esta má ou falsa estatística (bem como a metodologia por trás do estudo que revelou estes resultados) divulgada pela pesquisadora feminista Mary Koss, de que uma em quatro mulheres serão estupradas durante suas vidas.

<a href="https://www.youtube.com/v/lYkQ6VwqDIM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/lYkQ6VwqDIM</a>

 :ok:

Sabendo que homem e mulher têm em média porte físico diferente, ampliado por costumes culturais, e que homens estão geralmente mais dispostos a fazer sexo com mulheres, não é apenas o natural, o honesto, enxergar alguma assimetria no que homens e mulheres consideram "ter sido forçado a fazer sexo [heterossexual]"?



O vídeo do C0nc0rdance é melhor.
Existe uma regra culturalmente difundida de que homens de verdade não devem se recusar a manter relações sexuais com uma mulher que lhe fazer propostas sexuais, sob a pena de ter a sua masculinidade-virilidade-heterossexualidade contestada, e esta ideia é tão comum e difundida em nossa sociedade quanto a de que homens são mais interessados em sexo do que mulheres.

Além disso, violência ou força física não é a única forma de coerção que existe. Violência psicológica também é um caminho, e não precisa ser fisicamente forte para pratica-la. Forçar um homem a acreditar que deva manter relação sexual com uma mulher, contra a sua vontade, por que alguns vêem a recusa de um homem em manter relações sexuais com uma mulher que o deseja, como um indício que coloca em dúvida por exemplo, a sua masculinidade, virilidade, e/ou heterossexualidade, não seria uma forma de violência sexual, assim como é considerado uma forma de violência sexual, quando uma mulher é forçada a acreditar que deva aceitar ter relações sexuais contra a sua vontade, com um homem com quem é casada, apenas por que isso é visto por alguns como um dever da esposa para com o marido?

Vai me dizer que você nunca ouviu de uma mulher afirmações que colocavam em dúvida a masculinidade-virilidade-heterossexualidade de um homem simplesmente por ele ter se recusado a se relacionar com esta mulher, e que após isso, o homem em questão cedeu a pressão?

Se fosse um caso inverso, feministas logo gritariam estupro, mas como a vítima neste caso é um homem, e a perpetradora do ato violento uma mulher, isso é simplesmente ignorado.

Dois pesos e duas medidas, é esta a metodologia de estudos como o criticado no vídeo seguem. Ou deve ser considerado como violência, os dois casos, independente do gênero de quem é autor ativo e passivo da situação, ou não se deve considerar como violência nenhum dos casos.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Feliperj

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #34 Online: 03 de Novembro de 2015, 07:12:32 »
Buck,

Meu ponto com relacao ao estupro de homens por mulheres não está na estatistica. Esta na assimetria de tratamento e no seu propósito . Como bem reforçou o Skeptikos, alem da coerção por diferenca de poder, fisica (em casos de adolescentes), temos a psicologica.

Abs
Felipe

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #35 Online: 03 de Novembro de 2015, 12:11:15 »
Este vídeo refuta também esta má ou falsa estatística (bem como a metodologia por trás do estudo que revelou estes resultados) divulgada pela pesquisadora feminista Mary Koss, de que uma em quatro mulheres serão estupradas durante suas vidas.

<a href="https://www.youtube.com/v/lYkQ6VwqDIM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/lYkQ6VwqDIM</a>

 :ok:

Sabendo que homem e mulher têm em média porte físico diferente, ampliado por costumes culturais, e que homens estão geralmente mais dispostos a fazer sexo com mulheres, não é apenas o natural, o honesto, enxergar alguma assimetria no que homens e mulheres consideram "ter sido forçado a fazer sexo [heterossexual]"?



O vídeo do C0nc0rdance é melhor.
Existe uma regra culturalmente difundida de que homens de verdade não devem se recusar a manter relações sexuais com uma mulher que lhe fazer propostas sexuais, sob a pena de ter a sua masculinidade-virilidade-heterossexualidade contestada, e esta ideia é tão comum e difundida em nossa sociedade quanto a de que homens são mais interessados em sexo do que mulheres.

Além disso, violência ou força física não é a única forma de coerção que existe. Violência psicológica também é um caminho, e não precisa ser fisicamente forte para pratica-la. Forçar um homem a acreditar que deva manter relação sexual com uma mulher, contra a sua vontade, por que alguns vêem a recusa de um homem em manter relações sexuais com uma mulher que o deseja, como um indício que coloca em dúvida por exemplo, a sua masculinidade, virilidade, e/ou heterossexualidade, não seria uma forma de violência sexual, assim como é considerado uma forma de violência sexual, quando uma mulher é forçada a acreditar que deva aceitar ter relações sexuais contra a sua vontade, com um homem com quem é casada, apenas por que isso é visto por alguns como um dever da esposa para com o marido?

Não há proporção em estupro marital justificado como "dever da mulher" e "estupro" por medo do homem de ser difamado como gay.

Se é baseado nesse tipo de coisa que se constrói a versão de que os números seriam iguais dos dois lados, é evidente o porque de não serem mais explícitos quanto a isso no vídeo.



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Vai me dizer que você nunca ouviu de uma mulher afirmações que colocavam em dúvida a masculinidade-virilidade-heterossexualidade de um homem simplesmente por ele ter se recusado a se relacionar com esta mulher, e que após isso, o homem em questão cedeu a pressão?

Se fosse um caso inverso, feministas logo gritariam estupro, mas como a vítima neste caso é um homem, e a perpetradora do ato violento uma mulher, isso é simplesmente ignorado.

Dois pesos e duas medidas, é esta a metodologia de estudos como o criticado no vídeo seguem. Ou deve ser considerado como violência, os dois casos, independente do gênero de quem é autor ativo e passivo da situação, ou não se deve considerar como violência nenhum dos casos.

Abraços!

As coisas devem ter peso proporcional quando são proporcionais na realidade, e não apenas apenas por serem coisas que podem ser colocadas superficialmente mais ou menos nos mesmos termos/verbetes.

Offline Skeptikós

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #36 Online: 04 de Novembro de 2015, 12:59:32 »
Este vídeo refuta também esta má ou falsa estatística (bem como a metodologia por trás do estudo que revelou estes resultados) divulgada pela pesquisadora feminista Mary Koss, de que uma em quatro mulheres serão estupradas durante suas vidas.

<a href="https://www.youtube.com/v/lYkQ6VwqDIM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/lYkQ6VwqDIM</a>

 :ok:

Sabendo que homem e mulher têm em média porte físico diferente, ampliado por costumes culturais, e que homens estão geralmente mais dispostos a fazer sexo com mulheres, não é apenas o natural, o honesto, enxergar alguma assimetria no que homens e mulheres consideram "ter sido forçado a fazer sexo [heterossexual]"?



O vídeo do C0nc0rdance é melhor.
Existe uma regra culturalmente difundida de que homens de verdade não devem se recusar a manter relações sexuais com uma mulher que lhe fazer propostas sexuais, sob a pena de ter a sua masculinidade-virilidade-heterossexualidade contestada, e esta ideia é tão comum e difundida em nossa sociedade quanto a de que homens são mais interessados em sexo do que mulheres.

Além disso, violência ou força física não é a única forma de coerção que existe. Violência psicológica também é um caminho, e não precisa ser fisicamente forte para pratica-la. Forçar um homem a acreditar que deva manter relação sexual com uma mulher, contra a sua vontade, por que alguns vêem a recusa de um homem em manter relações sexuais com uma mulher que o deseja, como um indício que coloca em dúvida por exemplo, a sua masculinidade, virilidade, e/ou heterossexualidade, não seria uma forma de violência sexual, assim como é considerado uma forma de violência sexual, quando uma mulher é forçada a acreditar que deva aceitar ter relações sexuais contra a sua vontade, com um homem com quem é casada, apenas por que isso é visto por alguns como um dever da esposa para com o marido?

Não há proporção em estupro marital justificado como "dever da mulher" e "estupro" por medo do homem de ser difamado como gay.

Se é baseado nesse tipo de coisa que se constrói a versão de que os números seriam iguais dos dois lados, é evidente o porque de não serem mais explícitos quanto a isso no vídeo.



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Vai me dizer que você nunca ouviu de uma mulher afirmações que colocavam em dúvida a masculinidade-virilidade-heterossexualidade de um homem simplesmente por ele ter se recusado a se relacionar com esta mulher, e que após isso, o homem em questão cedeu a pressão?

Se fosse um caso inverso, feministas logo gritariam estupro, mas como a vítima neste caso é um homem, e a perpetradora do ato violento uma mulher, isso é simplesmente ignorado.

Dois pesos e duas medidas, é esta a metodologia de estudos como o criticado no vídeo seguem. Ou deve ser considerado como violência, os dois casos, independente do gênero de quem é autor ativo e passivo da situação, ou não se deve considerar como violência nenhum dos casos.

Abraços!

As coisas devem ter peso proporcional quando são proporcionais na realidade, e não apenas apenas por serem coisas que podem ser colocadas superficialmente mais ou menos nos mesmos termos/verbetes.
Você não entendeu que o que pretendi dizer é que os números só são tão altos e desiguais por motivo de terem esticado a definição de estupro o suficiente para abarcarem relações sexuais como as exemplificadas acima, no entanto, desconsiderando e/ou distorcendo aquelas onde segundo a nova definição, os homens seriam as vítimas e as mulheres perpetradoras?

É uma ampliação indevida do conceito de estupro, e ainda por cima com dois pesos e duas medidas, segundo a nova definição, um homem insistir com uma mulher para eles transarem, até ela ceder, é estupro, mas o contrário não, uma mulher transar embriagada com um homem e se arrepender no dia seguinte é estupro, mas o contrário não, uma mulher transar com seu marido só por que pensa que é seu dever, apesar de não desejar, é estupro, mas o contrário não, e por ai vai.

É por isso que eu falo, ou deve ser considerado como violência, os dois casos, independente do gênero de quem é autor ativo e passivo da situação, ou não se deve considerar como violência nenhum dos casos. Isso pelo menos resolveria o problema de dois pesos e duas medidas, mas confesso que não resolveria o da distorção do conceito de estupro devido a ampliação arbitrária de sua definição.

Abraços!
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Skorpios

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #37 Online: 04 de Novembro de 2015, 14:24:57 »
Só uma matéria que recebi e achei interessante. E preocupante.

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Jornalismo de dados: análise da #primeiroassedio

A hashtag #primeiroassedio tomou conta do Twitter em outubro. Pela primeira vez na vida, milhares de mulheres se abriram para falar de quando começaram a ser assediadas, do que aconteceu, de como se sentiram. Se você olhar rápido, vai achar que é só mais um modismo de internet, mas a verdade é muito mais reveladora. É um daqueles momentos em que a gente pode olhar para o Brasil a partir de dados que nunca existiram. E dá para encontrar verdades que são difíceis de aceitar.

Por exemplo: o Brasil é um país onde a pedofilia é normal.

A história começou quando uma participante de 12 anos do programa MasterChef Junior foi alvo de assédio nas redes sociais. Deveria ser um choque para as pessoas normais, mas não foi, porque as coisas não são muito normais por aqui. De um lado, um número muito grande de homens que não viam qualquer problema em associar mulheres de qualquer idade a sexo. Do outro, as mulheres, vítimas do primeiro grupo, que, desde que se lembram como gente, de alguma maneira precisam lidar com a pressão por sexo.

E foi esse segundo grupo que começou a denunciar suas histórias. A partir de um chamado do think tank Think Olga, mulheres começaram a contar a primeira vez em que sofreram assédio na rua com a hashtag #primeirossedio.

E foram muitas: em 4 dias, mais de 82 mil mensagens. No auge, mais de 7 mil mensagens estavam sendo feitas por hora.



O teor dessas mensagens conta uma história assustadora. Armado do espírito de “jornalismo de dados é sociologia com um deadline”, fui pesquisar quando essas mulheres receberam o primeiro assédio. Fiz uma análise rápida, que consistiu em ver que número aparecia antes da palavra “anos” nas mensagens originais (que não eram retuítes) e, mesmo sem 100% de precisão, gerou um gráfico bastante consistente. O resultado: uma média de 9,7 anos.


Ou seja, essas mulheres estão sendo assediadas ANTES da puberdade. Muitas vezes, antes de saírem às ruas. São crianças. Ponto.

Vendo as palavras mais comuns, é fácil perceber que o assédio acontece antes de sair de casa, e que envolve muitas vezes pessoas conhecidas.



É revelador ver tudo isso acontecendo ao vivo, com rosto, cor e endereço de twitter. Mas não é surpresa, ao menos segundo os dados oficiais. Entre 2009 e 2010, houve 12.054 notificações de violência contra meninas de zero a nove anos. Quase metade desses casos era de cunho sexual (46%). A maior parte das agressões partiu de apenas um indivíduo (66%), do sexo masculino (50%) e com relação próxima à vítima (71%). E 65% dos casos de violência ocorreram dentro da casa das crianças. Entre as adolescentes, meninas de dez a dezenove anos, foram registrados 19.452 casos de violência doméstica e sexual. E as estimativas mais otimistas indicam que esses números representam menos de 10% dos casos (dados retirados desse livro).

Por que isso acontece? Porque faz parte da cultura. Porque é normal.

Se você pesquisar as tendências de busca na internet, verá que as pessoas andam procurando menos por “pedofilia” no Google.



E é uma boa notícia, já que esse termo normalmente vinha associado de “sexo”, “vídeos” e “fotos”. Mas esse dado esconde uma realidade mais perturbadora: os pedófilos estão deixando de se sentir pedófilos. Passaram a adotar outros termos, como o agora muito difundido “novinha”.



É uma palavra incrivelmente popular, usada em piadas e letras de música. Virou parte da cultura nacional. E é totalmente associada à pedofilia. Porque a “novinha” no imaginário não está por aí aproveitando tranquilamente a vida. Ela está em busca de sexo.



O desejo sexual por menores ou crianças é especialmente forte aqui. No ano passado, o maior site de pornografia, o Pornhub, divulgou estatísticas das palavras mais buscadas em cada país. No Brasil, os termos mais buscados foram “brazilian” e “novinha”.

O resultado é quase uma cultura da pedofilia, mascarada de brincadeira. Em vez de um agressor que se diz pedófilo e admite um problema, temos uma valorização das crianças como objetos sexuais, como se elas quisessem, como se não fizesse diferença, como se elas sempre estivessem prontas, não importa a idade. Como se fosse brincadeira.

E, com isso, gerando rotineiramente “primeiros assédios” e criando traumas à maioria das brasileiras.

PS: Dois desses meus gráficos foram publicados em primeira mão pelo Think Olga nesse post.

Offline Skeptikós

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #38 Online: 04 de Novembro de 2015, 16:26:51 »
o Brasil é um país onde a pedofilia é normal.
Não é, primeiro que a pedofilia é uma parafilia presente numa minoria de pessoas, e depois que pedófilos são amplamente hostilizado e odiados pela sociedade em geral, incluindo aqueles que nunca cometeram crimes sexuais, é só ver como simples tentativas de oferecer tratamento para pedófilos que nunca se quer cometeram crimes sexuais, com o objetivo de diminuir os crimes sexuais contra crianças e de esclarecer para a população que a pedofilia não leva necessariamente ao abuso sexual, são recebidas pelas pessoas comuns: Yannik D´Elboux (16 de outubro de 2015) Política de saúde para tratar pedofilia pode prevenir abusos  (comentários). UOL  mulher Comportamento.

A história começou quando uma participante de 12 anos do programa MasterChef Junior foi alvo de assédio nas redes sociais. Deveria ser um choque para as pessoas normais, mas não foi
É claro que foi (supondo que uma pessoa normal para a autora seja aquela que represente as crenças e comportamentos médios da população), a maioria das pessoas repudiaram os comentários de cunho sexual dirigidos a menina, é só ver a repercussão que o caso gerou, as pessoas que discordaram dos comentários sexuais feitos nas redes sociais (e que foram maioria quando comparadas as que aprovaram os comentários) manifestaram sua indignação.

De um lado, um número muito grande de homens que não viam qualquer problema em associar mulheres de qualquer idade a sexo. Do outro, as mulheres, vítimas do primeiro grupo, que, desde que se lembram como gente, de alguma maneira precisam lidar com a pressão por sexo.
Nenhuma novidade em mais uma vez pintarem de maneira generalizada a imagem do homem como um vilão e a da mulher como uma vítima indefesa, como se os papéis de gênero presentes em nossa sociedade não infringisse aos homens nenhuma pressão por sexo, como se apenas mulheres fossem vítimas de abusos sexuais, e como se a maior parte dos homens aprovassem estes abusos.

E foi esse segundo grupo que começou a denunciar suas histórias. A partir de um chamado do think tank Think Olga, mulheres começaram a contar a primeira vez em que sofreram assédio na rua com a hashtag #primeirossedio.

E foram muitas: em 4 dias, mais de 82 mil mensagens. No auge, mais de 7 mil mensagens estavam sendo feitas por hora.
Primeiramente que Think tank Olga não é uma fonte muito fiável e/ou imparcial de informação, seus administradores e a maior parte de seus seguidores são feministas militantes com motivos suficientes para produzir dados enviesados com objetivos de promover uma causa defendida pelo grupo. Se estes dados tivessem sido apresentados por um instituto de pesquisa fiável e imparcial, sem ligações com o feminismo e sem nada a ganhar com a divulgação de dados alarmantes como estes, e com metodologia de pesquisa clara, ai sim os dados apresentados seriam dignos de confiança.


Se você pesquisar as tendências de busca na os pedófilos estão deixando de se sentir pedófilos. Passaram a adotar outros termos, como o agora muito difundido “novinha”.
(...)
É uma palavra incrivelmente popular, usada em piadas e letras de música. Virou parte da cultura nacional. E é totalmente associada à pedofilia. Porque a “novinha” no imaginário não está por aí aproveitando tranquilamente a vida. Ela está em busca de sexo.

O desejo sexual por menores ou crianças é especialmente forte aqui. No ano passado, o maior site de pornografia, o Pornhub, divulgou estatísticas das palavras mais buscadas em cada país. No Brasil, os termos mais buscados foram “brazilian” e “novinha”.

O resultado é quase uma cultura da pedofilia, mascarada de brincadeira. Em vez de um agressor que se diz pedófilo e admite um problema, temos uma valorização das crianças como objetos sexuais, como se elas quisessem, como se não fizesse diferença, como se elas sempre estivessem prontas, não importa a idade. Como se fosse brincadeira.

E, com isso, gerando rotineiramente “primeiros assédios” e criando traumas à maioria das brasileiras.

PS: Dois desses meus gráficos foram publicados em primeira mão pelo Think Olga nesse post.
Não é totalmente associada a pedofilia, novinha não significa por consequência crianças, e duvido muito que as pessoas que busquem por conteúdo sexual envolvendo o termo "novinhas" estejam interessadas em encontrar sexo com crianças, mas sim, muito provavelmente com adolescentes e/ou pré adolescentes, o que não configura pedofilia, e não é nem se quer crime sexual na maioria dos casos (já que a idade de consentimento sexual no Brasil é de 14 anos e as atrizes que atuam como as novinhas nestes filmes pornográfico são em sua grande maioria adultas desempenhando o papel de uma adolescente).

Abraços!
« Última modificação: 04 de Novembro de 2015, 16:30:15 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #39 Online: 04 de Novembro de 2015, 16:53:12 »

Você não entendeu que o que pretendi dizer é que os números só são tão altos e desiguais por motivo de terem esticado a definição de estupro o suficiente para abarcarem relações sexuais como as exemplificadas acima

???

O que entendi é que você está dizendo isso, no entanto não acho que esteja acontecendo, ou ainda, não acho estar realmente geralmente sendo "esticado" inapropriadamente o termo, especialmente no que se refere a vítimas mulheres, e que a analogia, de uso "esticado" que você deu, não vale. São coisas diferentes a mulher conceder ao sexo por ser pressionada como sendo seu "dever" e a pressão social de ser garanhão/não ser gay, coisas muito diferentes, é até ridículo ter que dizer.



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É uma ampliação indevida do conceito de estupro, e ainda por cima com dois pesos e duas medidas, segundo a nova definição, um homem insistir com uma mulher para eles transarem, até ela ceder, é estupro, mas o contrário não, uma mulher transar embriagada com um homem e se arrepender no dia seguinte é estupro

O primeiro "caso" terá maior chance de configurar de fato estupro (mas a descrição aqui ainda é estrategicamente lacônica demais para uma caracterização universal), o segundo adentra uma área cinzenta e tende ao espantalho/ficção, mas ainda pode ser o caso de estupro de incapacitado -- mas sim, sei, o seu enfoque está nos casos mais extraordinários de gente que se arrepende de fazer sexo como se arrependeu de ver um filme, e acusa o parceiro ou diretor do filme de estupro.



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mas o contrário não, uma mulher transar com seu marido só por que pensa que é seu dever, apesar de não desejar, é estupro, mas o contrário não, e por ai vai.

Talvez o contrário também possa ser, mas as coisas não são idênticas de ambos os lados porque os sexos não são idênticos, o potencial de ameaça física tende a ser desproporcional, bem como a dependência financeira.

Como disse antes, não é só porque dá para colocar duas coisas diferentes mais ou menos nos mesmos termos gerais, que elas são iguais.



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É por isso que eu falo, ou deve ser considerado como violência, os dois casos, independente do gênero de quem é autor ativo e passivo da situação, ou não se deve considerar como violência nenhum dos casos. Isso pelo menos resolveria o problema de dois pesos e duas medidas, mas confesso que não resolveria o da distorção do conceito de estupro devido a ampliação arbitrária de sua definição.

Abraços!

Não houve "ampliação arbitrária". São coisas como não precisar ser só inserção de pênis em vagina, abrangendo outros objetos e outras ações que vão "nessa direção" sendo colocadas no mesmo saco, porque não é como se fosse algo tremendamente diferente, no que concerne a risco individual e cultura.



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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #40 Online: 04 de Novembro de 2015, 17:08:44 »


Por exemplo: o Brasil é um país onde a pedofilia é normal.

A história começou quando uma participante de 12 anos do programa MasterChef Junior foi alvo de assédio nas redes sociais. Deveria ser um choque para as pessoas normais, mas não foi, porque as ...
Não que isso seja algo com o qual eu concorde especificamente, mas uma fêmea humana já é apta biologicamente para acasalamento desde muito tenra idade. Desde tempos imemoriais meninas muito novas são assediadas e inclusive reservadas para ritos sociais entre grupos de poder. Não é por que são meninas muito novas que isso conota pedofilia. A minha avó paterna, por exemplo, se casou aos 13 anos e teve um casamento estável e uma enorme prole. Quem acusa homens afoitos nesse caso especificamente de pedófilos, está prestando um desserviço à boa informação.
Até onde eu sei eu não sei.

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #41 Online: 04 de Novembro de 2015, 18:48:03 »

Você não entendeu que o que pretendi dizer é que os números só são tão altos e desiguais por motivo de terem esticado a definição de estupro o suficiente para abarcarem relações sexuais como as exemplificadas acima

???

O que entendi é que você está dizendo isso,
Por que é isso que é dito nos estudos aqui mencionados, se a mesma pergunta é feita a homens, a proporção de homens que responderam que foram forçados a penetrar será equivalente a de mulheres, mas as feministas resolveram isso considerando as respostas afirmativas das mulheres como estupro, e a de homens não. Dois pesos e duas medidas.

no entanto não acho que esteja acontecendo, ou ainda, não acho estar realmente geralmente sendo "esticado" inapropriadamente o termo, especialmente no que se refere a vítimas mulheres, e que a analogia, de uso "esticado" que você deu, não vale.
Principalmente no que se refere as vítimas mulheres, já que nos casos onde as vítimas seriam homens, os mesmos não são considerados estupros.

São coisas diferentes a mulher conceder ao sexo por ser pressionada como sendo seu "dever" e a pressão social de ser garanhão/não ser gay, coisas muito diferentes, é até ridículo ter que dizer.
Uma mulher não é fisicamente forçada a ficar casada e nem a transar com quem não quer, mas ela acha que é seu dever por que foi ensinada assim. Um homem não é fisicamente forçado a transar com uma mulher que não quer, mas ele transa apenas por achar que é seu dever como homem, por que foi ensinado a pensar assim. No caso das mulheres isso é considerado estupro, no caso dos homens, não. Agora, o motivo de acharem que é seu dever pode ser diferente, mas o fato é que em ambos os casos a vontade genuína é suplantada pelas pressões sociais.


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É uma ampliação indevida do conceito de estupro, e ainda por cima com dois pesos e duas medidas, segundo a nova definição, um homem insistir com uma mulher para eles transarem, até ela ceder, é estupro, mas o contrário não, uma mulher transar embriagada com um homem e se arrepender no dia seguinte é estupro

O primeiro "caso" terá maior chance de configurar de fato estupro (mas a descrição aqui ainda é estrategicamente lacônica demais para uma caracterização universal), o segundo adentra uma área cinzenta e tende ao espantalho/ficção, mas ainda pode ser o caso de estupro de incapacitado -- mas sim, sei, o seu enfoque está nos casos mais extraordinários de gente que se arrepende de fazer sexo como se arrependeu de ver um filme, e acusa o parceiro ou diretor do filme de estupro.
O fato é que feministas não consideram estupro de vulnerável apenas as relações sexuais onde as mulheres estavam inconscientes ou incapazes de dizer não, de tanto que beberam, mas também os casos onde as mulheres beberam, e na hora de transar consentiram com o ato, mas simplesmente se arrependeram disso depois de terminado o ato, inclusive casos onde tanto a mulher quanto o homem estavam igualmente bêbados. Isso não é estupro por que a bebida não afeta as consciência moral das pessoas, como já provado aqui por mim com a postagem deste estudo. E o pior, no estudo mencionado no vídeo que postei, se as mulheres respondessem que já transaram alguma vez na vida sobre o efeito de álcool, isso era automaticamente considerado como uma afirmativa de que elas haviam sido estupradas, mesmo que elas estivessem conscientes, tivessem consentido com o ato e não se arrependido do mesmo, já quando era os homens que haviam transado e bebido, ai não era considerado estupro.


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mas o contrário não, uma mulher transar com seu marido só por que pensa que é seu dever, apesar de não desejar, é estupro, mas o contrário não, e por ai vai.

Talvez o contrário também possa ser, mas as coisas não são idênticas de ambos os lados porque os sexos não são idênticos, o potencial de ameaça física tende a ser desproporcional, bem como a dependência financeira.
O fato dos homens serem em geral mais fortes fisicamente e independentes financeiramente do que as mulheres não é justificativa para considerar um caso estupro e o outro não. Se uma mulher casa com um homem pensando apenas no seu dinheiro, transar sem desejar não deveria ser considerado estupro, assim como um homem transar com uma mulher que não deseja apenas a fim de satisfazer a expectativa social de que isso comprova a sua virilidade não deveria ser. Uma mulher pode chantagear um homem a fim de força-lo contra a sua vontade a ter relações sexuais com ela, se isso não é estupro o seu equivalente oposto também não deveria ser.

Como disse antes, não é só porque dá para colocar duas coisas diferentes mais ou menos nos mesmos termos gerais, que elas são iguais.
As diferenças são irrelevantes, não importa se o homem é mais forte, se uma mulher lhe agredir fisicamente isso é violência, assim como é violência um homem bater numa mulher; Se um homem for forçado a transar com uma mulher, isso deve ser considerado estupro, assim como é quando uma mulher é forçada a transar com um homem.


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É por isso que eu falo, ou deve ser considerado como violência, os dois casos, independente do gênero de quem é autor ativo e passivo da situação, ou não se deve considerar como violência nenhum dos casos. Isso pelo menos resolveria o problema de dois pesos e duas medidas, mas confesso que não resolveria o da distorção do conceito de estupro devido a ampliação arbitrária de sua definição.

Abraços!

Não houve "ampliação arbitrária". São coisas como não precisar ser só inserção de pênis em vagina, abrangendo outros objetos e outras ações que vão "nessa direção" sendo colocadas no mesmo saco, porque não é como se fosse algo tremendamente diferente, no que concerne a risco individual e cultura.
Não coloque palavras que eu não disse no meu discurso, ampliação indevida que falo são as que eu exemplifiquei claramente, arrepender-se após o termino do ato consentido, e transar sob o efeito de álcool foram algumas delas, e esta ampliação da definição de estupro é fortemente adotada em metodologias de pesquisa feministas sobre estupro (como a criticada aqui no vídeo que postei). Em momento algum eu discordei por exemplo da forma como o estupro é legalmente definido atualmente, como por exemplo, qualquer ato libidinoso entre duas pessoas ou mais, e que não seja respaldado por consentimento de ambas as partes, eu sou a favor desta ampliação (que em momento algum eu disse ser contra).

Abraços!
« Última modificação: 04 de Novembro de 2015, 18:55:47 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #42 Online: 04 de Novembro de 2015, 20:36:49 »

Você não entendeu que o que pretendi dizer é que os números só são tão altos e desiguais por motivo de terem esticado a definição de estupro o suficiente para abarcarem relações sexuais como as exemplificadas acima

???

O que entendi é que você está dizendo isso,
Por que é isso que é dito nos estudos aqui mencionados, se a mesma pergunta é feita a homens, a proporção de homens que responderam que foram forçados a penetrar será equivalente a de mulheres, mas as feministas resolveram isso considerando as respostas afirmativas das mulheres como estupro, e a de homens não. Dois pesos e duas medidas.

Essa é a leitura de alguns grupos ativistas sobre tais estudos.

Simplesmente pode ser que os estudos tenham razão em não assumir uma equivalência de termos usados para homens e mulheres no que concerne situações de ameaça ou coerção de homens por mulheres e vice-versa.



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no entanto não acho que esteja acontecendo, ou ainda, não acho estar realmente geralmente sendo "esticado" inapropriadamente o termo, especialmente no que se refere a vítimas mulheres, e que a analogia, de uso "esticado" que você deu, não vale.
Principalmente no que se refere as vítimas mulheres, já que nos casos onde as vítimas seriam homens, os mesmos não são considerados estupros.

E nem deveriam ser (ou, não inerentemente, como também não deverá ser do outro lado), pois não há equivalência, apesar do fraseamento lacônico poder ser o mesmo.



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São coisas diferentes a mulher conceder ao sexo por ser pressionada como sendo seu "dever" e a pressão social de ser garanhão/não ser gay, coisas muito diferentes, é até ridículo ter que dizer.
Uma mulher não é fisicamente forçada a ficar casada e nem a transar com quem não quer, mas ela acha que é seu dever por que foi ensinada assim. Um homem não é fisicamente forçado a transar com uma mulher que não quer, mas ele transa apenas por achar que é seu dever como homem, por que foi ensinado a pensar assim. No caso das mulheres isso é considerado estupro, no caso dos homens, não. Agora, o motivo de acharem que é seu dever pode ser diferente, mas o fato é que em ambos os casos a vontade genuína é suplantada pelas pressões sociais.

Mas o fato crucial deixado de lado é que uma pressão social é muito diferente da outra, com diferentes potenciais de ameaça física para a própria integridade física, e até mesmo a dos filhos, na forma de sustento e preservação familiar.

Custa acreditar que esteja mesmo tentando comparar estupro marital por "dever da mulher" com "estupro" por medo de ser visto como gay/não-comedor.


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É uma ampliação indevida do conceito de estupro, e ainda por cima com dois pesos e duas medidas, segundo a nova definição, um homem insistir com uma mulher para eles transarem, até ela ceder, é estupro, mas o contrário não, uma mulher transar embriagada com um homem e se arrepender no dia seguinte é estupro

O primeiro "caso" terá maior chance de configurar de fato estupro (mas a descrição aqui ainda é estrategicamente lacônica demais para uma caracterização universal), o segundo adentra uma área cinzenta e tende ao espantalho/ficção, mas ainda pode ser o caso de estupro de incapacitado -- mas sim, sei, o seu enfoque está nos casos mais extraordinários de gente que se arrepende de fazer sexo como se arrependeu de ver um filme, e acusa o parceiro ou diretor do filme de estupro.
O fato é que feministas não consideram estupro de vulnerável apenas as relações sexuais onde as mulheres estavam inconscientes ou incapazes de dizer não, de tanto que beberam, mas também os casos onde as mulheres beberam, e na hora de transar consentiram com o ato, mas simplesmente se arrependeram disso depois de terminado o ato, inclusive casos onde tanto a mulher quanto o homem estavam igualmente bêbados.

O fato é somente que você está afirmando que "as feministas" afirmam, o que certamente é o caso de algumas, não necessariamente é o caso de todos os estudos, e provavelmente é uma parte ínfima de acusações de estupro, de modo que isso é tudo uma tempestade em gota d'água.



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Isso não é estupro por que a bebida não afeta as consciência moral das pessoas, como já provado aqui por mim com a postagem deste estudo.

Ao menos o abstract não explicita isso que você afirma. Acredito que o "consenso científico" é de que o álcool afeta sim a consciência moral, não por acaso estando comumente associado a comportamento violento fora do que a "consciência moral" das pessoas têm quando sóbrias.

O fato de homem e mulher estarem igualmente bêbados não impede a possibilidade de estupro, mas apenas para esses casos semi-mitológicos de "arrependimento" virar acusação de estupro.


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E o pior, no estudo mencionado no vídeo que postei, se as mulheres respondessem que já transaram alguma vez na vida sobre o efeito de álcool, isso era automaticamente considerado como uma afirmativa de que elas haviam sido estupradas, mesmo que elas estivessem conscientes, tivessem consentido com o ato e não se arrependido do mesmo, já quando era os homens que haviam transado e bebido, ai não era considerado estupro.

Eu não tenho certeza disso, não me lembro de ter visto citação direta de algum artigo explicitando isso no vídeo. Acho mais provável que seja distorção, com acréscimos e omissões. Peguei um PDF de um estudo de Mary Koss para dar uma olhada por cima, e apesar de ter tabelinhas com coisas como "você já fez sexo alguma vez quando não queria porque um homem lhe deu álcool ou drogas" e se isso foi tentado mas não ocorreu "intercurso", mas não parece haver nada sobre "arrependimento".

http://www.soci270.carvajal.ca/documents/KossTheScopeofRape.pdf


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mas o contrário não, uma mulher transar com seu marido só por que pensa que é seu dever, apesar de não desejar, é estupro, mas o contrário não, e por ai vai.

Talvez o contrário também possa ser, mas as coisas não são idênticas de ambos os lados porque os sexos não são idênticos, o potencial de ameaça física tende a ser desproporcional, bem como a dependência financeira.
O fato dos homens serem em geral mais fortes fisicamente e independentes financeiramente do que as mulheres não é justificativa para considerar um caso estupro e o outro não. Se uma mulher casa com um homem pensando apenas no seu dinheiro, transar sem desejar não deveria ser considerado estupro

Ser forçada(o) a fazer sexo contra a vontade deve ser considerado estupro, independetemente de qualquer outro histórico. E eu não aludia a "se casar apenas por dinheiro", mas apenas em ser, como não é incomum, apenas dona de casa, não ter emprego, e ter filhos.

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My husband raped me this morning?
I have not been interested in sex lately, my husband does not understand. This morning he would not take no for an answer he held me down and performed oral sex on me and raped me twice. He kept telling me that I liked it. I do not know what to do I am a stay at home mother with a one year old son. If I call the cops he will lose his job in which case I would not even be able to count on any child support to help get me and my son on our feet. It is almost Christmas, I don't want to ruin my sons first real Christmas. My husband has always been a great father and my son is so attached to him. I am at a complete loss as for what to do :( Please I need real genuine advice, please no mean or rude remarks

https://answers.yahoo.com/question/index?qid=20121217120928AAt0lib



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assim como um homem transar com uma mulher que não deseja apenas a fim de satisfazer a expectativa social de que isso comprova a sua virilidade não deveria ser.

São situações muito diferentes, como já dito, pelo potencial de ameaça e tudo que está em jogo. Em um caso talvez um ou outro amigo ria do cara durante a semana, ao que ele pode responder com qualquer outro deboche dirigido à mulher ou aos que riem dele, e isso é o pior que ocorre; no outro caso há o risco de violência por uma pessoa mais forte.


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Uma mulher pode chantagear um homem a fim de força-lo contra a sua vontade a ter relações sexuais com ela, se isso não é estupro o seu equivalente oposto também não deveria ser.

Apenas o que é realmente equivalente deve ser considerado equivalente. Se ver tendo que fazer sexo pelo marido dizer ser "dever da mulher" não é equivalente a "ter" que fazer sexo porque se não vão dizer que a pessoa é gay ou sapatona.



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Como disse antes, não é só porque dá para colocar duas coisas diferentes mais ou menos nos mesmos termos gerais, que elas são iguais.
As diferenças são irrelevantes, não importa se o homem é mais forte, se uma mulher lhe agredir fisicamente isso é violência, assim como é violência um homem bater numa mulher; Se um homem for forçado a transar com uma mulher, isso deve ser considerado estupro, assim como é quando uma mulher é forçada a transar com um homem.

Essas diferenças farão com que possivelmente seja diferente o que os homens e mulheres consideram como "ter sido forçado" a fazer sexo, um aspecto de uma das pesquisas que o vídeo tentava desmerecer. "Putz, aquela mina era muito tarada, me forçou a fazer sexo, não ia desistir, hahaha" não é relato de ter sido vítima de estupro.



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É por isso que eu falo, ou deve ser considerado como violência, os dois casos, independente do gênero de quem é autor ativo e passivo da situação, ou não se deve considerar como violência nenhum dos casos. Isso pelo menos resolveria o problema de dois pesos e duas medidas, mas confesso que não resolveria o da distorção do conceito de estupro devido a ampliação arbitrária de sua definição.

Abraços!

Não houve "ampliação arbitrária". São coisas como não precisar ser só inserção de pênis em vagina, abrangendo outros objetos e outras ações que vão "nessa direção" sendo colocadas no mesmo saco, porque não é como se fosse algo tremendamente diferente, no que concerne a risco individual e cultura.
Não coloque palavras que eu não disse no meu discurso, ampliação indevida que falo são as que eu exemplifiquei claramente, arrepender-se após o termino do ato consentido, e transar sob o efeito de álcool foram algumas delas, e esta ampliação da definição de estupro é fortemente adotada em metodologias de pesquisa feministas sobre estupro (como a criticada aqui no vídeo que postei).

Pois bem, ao que me parece o que ocorre é que alguns dos críticos dos estudos colocam palavras nos estudos que não estão lá. No PDF que citei me parece que as definições expandidas são usadas por órgãos como o FBI, não produto ideológico para maquiagem dos números. E não parece haver menção a isso de "se arrepender" como quem se arrepende de ter visto um filme ruim (que geralmente não acusa a locadora de roubo).

Offline Skeptikós

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #43 Online: 07 de Novembro de 2015, 20:05:36 »
Ok ok, vou admitir que posso ter exagerado em alguns momentos ou feito julgamentos precipitados e/ou enviesados, mas gostaria de continuar a debater sobre o tópico a baixo:

Isso não é estupro por que a bebida não afeta as consciência moral das pessoas, como já provado aqui por mim com a postagem deste estudo.

Ao menos o abstract não explicita isso que você afirma. Acredito que o "consenso científico" é de que o álcool afeta sim a consciência moral, não por acaso estando comumente associado a comportamento violento fora do que a "consciência moral" das pessoas têm quando sóbrias.

As conclusões do estudo acima (...) sugerem que o álcool não inibe a nossa capacidade de saber o que estamos fazendo, mas em vez disso, inibe a nossa incapacidade de sentir culpa, remorso ou vergonha nisso. Além disso, sugere também que a bebida faz as pessoas mais honestas e menos propensos a se reterem a fazerem ou dizerem algo por medo das conseqüências. Ou seja, a consciência moral (aquilo que julgamos como certo ou errado) não é alterada, mas a inibição pelo medo das consequências (como o medo de ser mal interpretado, de ser punido e etc) é que são.

Abraços!
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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #44 Online: 08 de Novembro de 2015, 10:24:20 »
o Brasil é um país onde a pedofilia é normal.
Não é, primeiro que a pedofilia é uma parafilia presente numa minoria de pessoas, e depois que pedófilos são amplamente hostilizado e odiados pela sociedade em geral, incluindo aqueles que nunca cometeram crimes sexuais

Acho que as coisas não são tão nítidas.

Existem "graus" de pedofilia, isso que disse vale um mais para o mais "extremo"/puro. Do "outro lado do espectro" existe algo "análogo" a heterossexuais que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo por falta de opção, por isolamento. "Análogo" se não for exatamente "homólogo" mesmo, já que é a mesma coisa motivando as duas "alternativas". E aqui deve haver então uma área meio turva do interesse em "novinhas" de alguns, o que cada um considera "não-novinha" o suficiente.

Mas o termo em si não é exatamente "diagnóstico", assim como "baby" em inglês não é de pedofilia extrema. Mas justamente por haver menor disparidade no termo é que deve haver maior gradação no mundo real, ajudando na racionalização.


Mas achei bem tosca essa metodologia, de comparar pesquisa por "pedofilia" e "novinhas". Enquanto o segundo termo parece natural de ser procura por interessados, acho que pedófilos não devem procurar por "pedofilia" assim como homossexuais não devem procurar por "homossexualismo", mas por coisas algo mais descritivas, não "rótulos" -- e menos ainda com pedofilia sendo tão repugnante à sociedade. Mas o crescimento no interesse em "novinhas" pode mesmo incluir pequena uma margem de pedófilos aproveitando esse "eufemismo", tanto os propriamente ditos quanto os "secundários". Só que sem ter como medir isso, é mais seguro afirmar que a absoluta maioria é só de funkeiros, dentre os quais não deve haver um número diferente de pedófilos primários, e talvez nem tão maior assim dos secundários.





Ah, e falando nisso, talvez os números de estupros de homens comecem a se aproximar de forma não forçosamente "esticada" se for incluído abuso sexual infantil. Acho que já vi em algum lugar que é bem mais comum.

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #45 Online: 08 de Novembro de 2015, 14:13:19 »
O termo pedofilia consta aqui  como atração sexual patológica de um adulto por crianças. Mas uma atração sexual não é uma atração patológica, é uma atração sexual mesmo, não há nada de patológico em uma atração sexual.

Ora, o que deveria ser sugerido como patológico seria o foco dessa atração ser em "crianças", mas o que é realmente patológico nisso tudo? Um macho ter atração por uma menina de 13 talvez, 12 anos bem fornida com alguns atrativos femininos já bem evidentes, é patológico? Ter uma ereção por causa do cheiro do seu corpo é patológico?

Pedofilia deveria ser um termo para ser usado muito mais cuidadosamente. 

Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #46 Online: 08 de Novembro de 2015, 14:17:43 »

Existem "graus" de pedofilia, isso que disse vale um mais para o mais "extremo"/puro. Do "outro lado do espectro" existe algo "análogo" a heterossexuais que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo por falta de opção, por isolamento.
Macho que deita com macho não é heterosexual. O cara que escolhe um macho para obter prazer sensual é porque gosta de se deitar com outro macho.
Até onde eu sei eu não sei.

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #47 Online: 08 de Novembro de 2015, 14:31:56 »
o Brasil é um país onde a pedofilia é normal.
Não é, primeiro que a pedofilia é uma parafilia presente numa minoria de pessoas, e depois que pedófilos são amplamente hostilizado e odiados pela sociedade em geral, incluindo aqueles que nunca cometeram crimes sexuais

Acho que as coisas não são tão nítidas.

Existem "graus" de pedofilia, isso que disse vale um mais para o mais "extremo"/puro. Do "outro lado do espectro" existe algo "análogo" a heterossexuais que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo por falta de opção, por isolamento.
A pedofilia é uma parafilia clinicamente definida como sendo a condição onde adultos ou adolescentes mais velhos sentem atração sexual predominantemente orientada para indivíduos pré-pubescentes (Pedofilia. Wikipédia). Qualquer outro tipo de atração e/ou relação sexual envolvendo crianças e adultos-adolescentes não é definido como pedofilia (Entenda as diferenças entre pedofilia, violência, abuso e exploração sexual. Safernet.).

Ah, e falando nisso, talvez os números de estupros de homens comecem a se aproximar de forma não forçosamente "esticada" se for incluído abuso sexual infantil. Acho que já vi em algum lugar que é bem mais comum.
Se ainda considerarmos o estupro carcerário, a estimativa é que o número total de homens estuprados seja maior do que o de mulheres. (Estupro carcerário, EUA. Wikipédia)




O termo pedofilia consta aqui  como atração sexual patológica de um adulto por crianças. Mas uma atração sexual não é uma atração patológica, é uma atração sexual mesmo, não há nada de patológico em uma atração sexual.

Ora, o que deveria ser sugerido como patológico seria o foco dessa atração ser em "crianças"
E o patológico ai compreende justamente isso, quando esta atração é predominantemente orientada para crianças, a mesma é considerada patológica.

mas o que é realmente patológico nisso tudo? Um macho ter atração por uma menina de 13 talvez, 12 anos bem fornida com alguns atrativos femininos já bem evidentes, é patológico? Ter uma ereção por causa do cheiro do seu corpo é patológico?
Se a garota já entrou na puberdade, então a atração sexual que um adulto sente por ela não é de maneira alguma pedofilia.

Pedofilia deveria ser um termo para ser usado muito mais cuidadosamente.
Concordo.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #48 Online: 08 de Novembro de 2015, 15:39:14 »
o Brasil é um país onde a pedofilia é normal.
Não é, primeiro que a pedofilia é uma parafilia presente numa minoria de pessoas, e depois que pedófilos são amplamente hostilizado e odiados pela sociedade em geral, incluindo aqueles que nunca cometeram crimes sexuais

Acho que as coisas não são tão nítidas.

Existem "graus" de pedofilia, isso que disse vale um mais para o mais "extremo"/puro. Do "outro lado do espectro" existe algo "análogo" a heterossexuais que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo por falta de opção, por isolamento.
A pedofilia é uma parafilia clinicamente definida como sendo a condição onde adultos ou adolescentes mais velhos sentem atração sexual predominantemente orientada para indivíduos pré-pubescentes (Pedofilia. Wikipédia). Qualquer outro tipo de atração e/ou relação sexual envolvendo crianças e adultos-adolescentes não é definido como pedofilia (Entenda as diferenças entre pedofilia, violência, abuso e exploração sexual. Safernet.).

É sempre difícil evitar a confusão da "pedófilos psiquiátricos" "versus" molestadores sexuais de crianças dentro ou fora desse diagnóstico:

Citar
https://en.wikipedia.org/wiki/Child_sexual_abuse#Typology

Typology

Early research in the 1970s and 1980s began to classify offenders based on their motivations and traits. Groth and Birnbaum (1978) categorized child sexual offenders into two groups, "fixated" and "regressed".[124] Fixated were described as having a primary attraction to children, whereas regressed had largely maintained relationships with other adults, and were even married. This study also showed that adult sexual orientation was not related to the sex of the victim targeted, e.g. men who molested boys often had adult relationships with women.[124]

Later work (Holmes and Holmes, 2002) expanded on the types of offenders and their psychological profiles. They are divided as follows:[125]

    Situational – does not prefer children, but offend under certain conditions.
        Regressed – Typically has relationships with adults, but a stressor causes them to seek children as a substitute.
        Morally Indiscriminate – All-around sexual deviant, who may commit other sexual offenses unrelated to children.
        Naive/Inadequate – Often mentally disabled in some way, finds children less threatening.

    Preferential – has true sexual interest in children.
        Mysoped – Sadistic and violent, target strangers more often than acquaintances.
        Fixated – Little or no activity with own age, described as an "overgrown child".


[...]

In law enforcement, the term pedophile is sometimes used to describe those accused or convicted of child sexual abuse under sociolegal definitions of child (including both prepubescent children and adolescents younger than the local age of consent);[17] however, not all child sexual offenders are pedophiles and not all pedophiles engage in sexual abuse of children.[18][131][132] For these reasons, researchers recommend against imprecisely describing all child molesters as pedophiles.[133][134]

Esses sublinhados englobam tanto pedófilos no sentido psiquiátrico como no apenas "criminal"/leigo, que talvez possam aumentar em número pela popularização disso de "novinhas", como sugeria o texto sem fazer essas distinções entre o psiquiátrico e o criminal/leigo.

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Re:Sobre a "Cultura do Estupro"
« Resposta #49 Online: 08 de Novembro de 2015, 15:39:43 »
Se a questão (sexo com adolescentes) fosse apenas biológica, o caso estaria encerrado, mas existe o quociente psicológico, a maturidade, devendo-se considerar que às vezes nem mulheres feitas de 30 anos a têm, quiçá adolescentes. É um caráter subjetivo, mas atinge a maioria dos casos.
GNOSE

 

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