Tópico: Reformulação Curricular do MEC - E a Bovinização Continua

[Johnny Cash]

Esse é pra mim o ponto fundamental e mais grave:

Estadão - Editorial

 O texto não oferece informações óbvias sobre para que deve servir a escola, quem deve definir os conteúdos e os critérios para a elaboração de um currículo.

Ora, se não há planejamento ou objetivo sobre o que se pretende com a educação nacional, o que propôr enquanto constituinte dessa educação?

Fui até o site agora pra ver exatamente como está formatado, e leio:

Sua construção (da base) é crucial para encontrarmos um entendimento nacional em torno do que é importante no processo de desenvolvimento dos estudantes brasileiros da Educação Básica. Entender seu real significado e participar da sua construção é direito e dever de todos.

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/base/o-que

Ou seja, é latente que primeiro irá se construir algo para depois entender o que é necessário ao desenvolvimento da Educação Básica. Mas que coisa mais sonoramente amadora. Pelo menos publicitariamente, vão consultar um povo porcamente educado sobre o que deve ser colocado como guia para uma base nacional curricular almejando que, futuramente, possamos todos entender do que precisamos na educação.

Putz, é pior do que eu pensava.


**edit: pode ser que esses objetivos estejam listados em outro lugar, mas no site da proposta fica meio sub-entendido que estes não estão ainda "fechados".

A Base é uma conquista social

LOL.


Isso deve servir primordialmente para a produção, venda e compra (pelo estado) de novo material didático, com chance de muita gente botar a mão numa grana extra forte. Talvez o conteúdo em si nem venha a ser tão doutrinador assim.

[Buckaroo Banzai]

Talvez isso rendesse até um outro tópico interessante, diferenças de disciplinas no ensino básico entre diferentes países e regiões, e o quanto elas seriam objetivamente melhores ou piores.

Tem gente que especula algo como crianças falantes de idiomas como inglês e português terem maior dificuldade com matemática por coisas que a gente raramente suspeitaria, como o "nome" de números como "onze, doze, treze, quatorze e quinze", em vez de dezeum dezedois, dezetrês, dezequatro, dezecinco -- com maior consistência com dezesseis, dezessete, etc.

[Feliperj]

A história eurocentrista burguesa tem como estratégia supremacista simplesmente atropelar a cultura de outros povos, rotulando sua a história como uma "mitologia" de povos ignorantes, primitivos, selvagens.

Pode dar exemplos, para podermos debater essa estratégia dominadora?

[Feliperj]

Derfel,

Estou lendo o material. Até agora, nenhuma "surpresa". Coletivismo conquistado a la Gramsci, através da longa marcha "Longa marcha"!

Como vcs o lider dessa BOSTA, falando sobre Gramsci e Hegemonia!!

[Derfel]

O que você não concorda. Tente colocar ponto a ponto. Não adianta criticar o ex-ministro até porque não é ele quem produz o documento. Nem é o MEC sozinho.

[Derfel]

Se quiser se basear por um documento mais embasado, veja o Movimento pela Base http://movimentopelabase.org.br . Não é do governo e dele fazem parte instituições como a Fundação Lemann e o Instituto Ayrton Senna. Eles estão participando apoiando estados e municípios,  com trabalhos de pesquisa e com críticas e sugestões ao documento inicial. Lá você encontra tudo isso, inclusive a diferença entre currículo e base.

[Geotecton]

Se quiser se basear por um documento mais embasado, veja o Movimento pela Base http://movimentopelabase.org.br . Não é do governo e dele fazem parte instituições como a Fundação Lemann e o Instituto Ayrton Senna. Eles estão participando apoiando estados e municípios,  com trabalhos de pesquisa e com críticas e sugestões ao documento inicial. Lá você encontra tudo isso, inclusive a diferença entre currículo e base.

Eu não consegui localizar nenhum participante nominal mas quando li 'sociedade civil organizada' fiquei pessimista porque sob esta alcunha estão todos os principais pilantras de esquerda, incluindo MST, CUT e demais.

[Derfel]

O Movimento pela Base Nacional Comum é um grupo não governamental de profissionais e pesquisadores da educação que atua, desde 2013, para facilitar a construção de uma Base de qualidade. O Movimento promove debates, produz estudos e pesquisas, investiga casos de sucesso em vários países e entrevista inúmeros alunos e professores.
Em abril de 2013, um grupo de especialistas em Educação se reuniu para discutir a adoção de uma Base Nacional Comum no Brasil. Para eles, este era um passo crucial para promover a equidade educacional e o alinhamento de elementos do sistema brasileiro. A criação de uma base serviria como “espinha dorsal” para os direitos de aprendizagem de cada aluno, a formação dos professores, os recursos didáticos e as avaliações externas.

Desde então, esse grupo, que hoje conta com cerca de 60 integrantes, busca facilitar e acelerar o processo de construção da Base, apoiando e disseminando pesquisas e insumos técnicos que alimentem o debate e mobilizando atores chave - gestores, acadêmicos, pesquisadores, professores, líderes da sociedade civil organizada - em torno da causa.
O grupo que compõe  o Movimento é formado por pessoas e instituições que atuam na área de educação. São organizações da sociedade civil, acadêmicos, pesquisadores, professores de sala de aula, gestores municipais e estaduais, especialistas em currículos, avaliações e políticas públicas.

Pessoas
Alejandra Velasco

Coordenadora geral do Movimento Todos Pela Educação

Alex Canziani

Deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Educação.

Ana Inoue

Itaú BBA

André Duarte Stábile

Ex-secretário municipal de Educação de São Caetano do Sul (SP).

Andrea Guida

Coordenadora executiva do Laboratório de Educação

Angela Dannemann

Superintendente Adjunta da Fundação Itaú Social

Anna Helena Altenfelder

Superintendente do CENPEC.

Anna Penido

Diretora executiva do Instituto Inspirare.

Antonio Augusto Batista

Coordenador de Desenvolvimento de Pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).

Antônio Ibañez Ruiz

Membro do Conselho Nacional de Educação

Artur Bruno

Professor de História e Geografia há 37 anos, parlamentar com militância na área de Educação e escritor. Atualmente exerce a função de secretário do Meio Ambiente do Ceará.

Beatriz Cardoso

Diretora executiva do Laboratório de Educação.
Beatriz Ferraz

Gerente de Projetos Educacionais da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal

Carmen Neves

Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental.

César Callegari

Membro do Conselho Nacional de Educação

Cleuza Repulho

Ex-presidente da Undime.

David Saad

Diretor do Instituto Natura

Denis Mizne

Diretor da Fundação Lemann

Dianne Melo

Coordenadora de programas sociais da Fundação Itaú Social

Dorinha Seabra Rezende

Deputada federal da Comissão de Educação da Câmara.

Eduardo Deschamps

Secretário de Estado da Educação de Santa Catarina e presidente do Consed.

Egon Rangel

Professor do departamento de linguística da PUC-SP e consultor do MEC.

Fabio Meirelles

Instituto Inspirare

Francisco Aparecido Cordão

Educador, especialista em Educação Profissional e Sociologia da Educação; conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE; consultor da Peabiru Educacional e titular da Academia Paulista de Educação.

Frederico Amâncio

Secretário estadual de Educação de Pernambuco.

Guiomar Namo de Mello

Consultora de projetos educacionais e de formação de professores na SEE- SP e no MEC e membro do Conselho Estadual de Educação de SP. Foi relatora das DCNs do Ensino Médio de 1997.
Isabel Cristina Santana

Superintendente da Fundação Itaú Social

Joane Vilela

Diretora de Orientação Técnica da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

João Roberto da Costa de Souza

Secretário de Educação do Município de Jacareí (SP).

José Fernandes de Lima

Membro do Conselho Nacional de Educação

Kátia Stocco Smole

Diretora do Mathema.

Lúcia Couto

Gerente de Desenvolvimento e Conteúdos do Instituto Unibanco

Lucila Ricci

Gestora de projetos do Instituto Natura

Luís Carlos de Menezes

Professor Sênior do Instituto de Física da USP. membro do CEE de São Paulo, do Conselho Técnico Científico da Capes/MEC para Educação Básica e consultor da Unesco. Assessor e integrante do corpo de especialistas do MEC para a elaboração da Base.

Magda Soares

Professora Titular Emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.

Maria do Pilar Lacerda

Diretora da Fundação SM. Secretária de Educação Básica do MEC (2007 a 2012).

Maria Helena Guimarães de Castro

Membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo e diretora executiva da Fundação Seade.

Maria Inês Fini

Professora aposentada da Unicamp, consultora em educação, especialista em currículo e avaliação. Autora do projeto do ENEM original, do ENCCEJA, das referências do SAEB, do SARESP e do currículo de São Paulo.

Mário Jorge Carneiro

Chefe do Departamento de Matemática da UFMG

Mariza Abreu

Consultora em educação da CNM.
Miguel Thompson

Presidente do Instituto Singularidades

Mirela Carvalho

Gerente de Gestão do Conhecimento do Instituto Unibanco.

Mônica Pinto

Fundação Roberto Marinho

Mozart Neves Ramos

Diretor de articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna.
Naércio Aquino Menezes Filho

Coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper.

Nilma Fontanive

Coordenadora do Centro de Avaliação da Fundação Cesgranrio e membro da diretoria da ABAVE.
Osvaldo Tietê da Silva

Presidente da Rede Integrada de Escolas Públicas do Rio Grande do Sul, associação de diretores de escolas públicas que busca uma educação pública de qualidade.

Patrícia Diaz

Diretora de Desenvolvimento Educacional da Comunidade Educativa Cedac

Patrícia Mota Guedes

Gerente de Educação da Fundação Itaú Social

Paula Louzano

Pesquisadora da Faculdade de Educação da USP

Paulo Schmidt

Membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná.

Pedro Villares

Presidente do Conselho do Instituto Natura.

Priscila Cruz

Diretora do Movimento Todos Pela Educação

Raimundo Feitosa

Membro do Conselho Nacional de Educação.

Raph Gomes

Professor de química da rede estadual de educação de Goiás, Membro do Conselho Estadual de Educação de Goiás e consultor independente.

Raul Henry

Vice governador de Pernambuco.

Ricardo Chaves de Rezende Martins

Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados na área de Educação.

Ricardo Henriques

Superintendente do Instituto Unibanco

Ricardo Paes de Barros

Economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor da Cátedra Instituto Ayrton Senna do Insper.

Rodrigo Hübner Mendes

Superintendente do Instituto Rodrigo Mendes.
Ruben Klein

Consultor da Fundação Cesgranrio e presidente da ABAVE.
Simone André

Gerente executiva da área de Educação do Instituto Ayrton Senna.

Suely Menezes

Presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação.

Teresa Pontual

Subsecretária de Educação do Município de Salvador (BA).

Tereza Perez

Coordenadora da Comunidade Educativa Cedac

Thiago Peixoto

Secretário de Gestão e Planejamento e ex-secretário de Educação de Goiás.

Vera Cabral

Consultora do Instituto Fernando Henrique Cardoso.

Apoio institucional
Abave

Espaço plural e democrático para o intercâmbio de experiências entre os acadêmicos e os implementadores da avaliação educacional.

Cenpec

Organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem como objetivo o desenvolvimento de ações voltadas à melhoria da qualidade da educação pública e à participação no aprimoramento da política social.

Comunidade Educativa Cedac

Apoia profissionais da educação no desenvolvimento de conhecimentos e práticas que resultem na oferta de uma educação pública de qualidade.

Fundação Lemann

Organização familiar sem fins lucrativos que desenvolve e apoia projetos inovadores em educação; realiza pesquisas para embasar políticas públicas no setor e oferece formação para profissionais da educação e para o aprimoramento de lideranças em diversas áreas.

Fundação Roberto Marinho

Entidade sem fins lucrativos voltada para a educação e o conhecimento que contribui com o desenvolvimento da cidadania.

Instituto Ayrton Senna

Organização sem fins lucrativos que trabalha para ampliar as oportunidades de crianças e jovens por meio da educação.

Instituto Inspirare

Instituto familiar que tem como missão inspirar inovações em iniciativas empreendedoras, políticas públicas, programas e investimentos que melhorem a qualidade da educação no Brasil.

Instituto Natura

Executa e apoia projetos voltados à melhoria da Educação Básica da rede pública, no Brasil e na América Latina, que sejam pautados na eficácia da aprendizagem, na equidade de resultados e na coesão social.

Instituto Unibanco

Visa ampliar as oportunidades educacionais dos jovens em busca de uma sociedade mais justa e transformadora, focando sua atuação na melhoria do Ensino Médio.

Todos Pela Educação

Movimento da sociedade brasileira que tem como missão contribuir para que até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, o País assegure a todas as crianças e jovens o direito a Educação Básica de qualidade.

http://movimentopelabase.org.br/o-movimento/

[Geotecton]

Obrigado Derfel.

Agora dá para ter uma ideia da composição.

[MarceliNNNN]

Por que essas poucas pessoas estão querendo decidir o que é melhor para o filho dos outros?

[Derfel]

Porque não são essas poucas pessoas. Essas pessoas são de uma ONG que, por sua vez, é apoiada por uma série de outras. Mas ainda tem outras organizações, professores das redes municipais e estaduais, conselhos de ensino, secretárias municipais e estaduais de educação, universidades e, claro, o MEC.

[JJ]

Acho tão legal isso de chamar de idiota quem tem ideologias opostas. Tão educado, sensato, gentil.

Não saber o próprio idioma, matemática e história mundial é uma ideologia oposta?

Lá  vem o GRANDE MITO da necessidade geral de Matemática (do atual currículo de matemática de Ensino Médio).


Você afirma que saber matrizes é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?

 
Você afirma que saber equações lineares  é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?


Você afirma que saber logaritmos é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?


Você afirma que saber trigonometria  é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?


De forma resumida você afirma que saber o conteúdo de matemática dado no Ensino Médio  é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?


Você afirma que pessoas não podem ganhar dinheiro na vida/ terem sucesso na vida se não souberem o atual currículo de matemática de Ensino Médio ?

[JJ]

Essa crença de haver uma necessidade geral e real da maioria das  pessoas (ou até de todas) saberem a matemática que consta no programa de ensino médio, não passa de uma grande falsidade que poucos tem a capacidade de perceber e daí de questionar.


É só mais uma grande mentira dessa sociedade grandemente mentirosa.


Eu aprecio/gosto de matemática (e física e química), mas  não tenho o espírito ditatorial  de querer impor este meu valor pessoal em cima dos outros que não tem desejo por  matemática (e física e química).


Mas outras pessoas tem espírito ditatorial suficiente para quererem impor os seus valores em cima dos outros.




 

[Lorentz]

Essa crença de haver uma necessidade geral e real da maioria das  pessoas (ou até de todas) saberem a matemática que consta no programa de ensino médio, não passa de uma grande falsidade que poucos tem a capacidade de perceber e daí de questionar.

É só mais uma grande mentira dessa sociedade grandemente mentirosa.

Eu aprecio/gosto de matemática (e física e química), mas  não tenho o espírito ditatorial  de querer impor este meu valor pessoal em cima dos outros que não tem desejo por  matemática (e física e química).

Mas outras pessoas tem espírito ditatorial suficiente para quererem impor os seus valores em cima dos outros.

Você acha que aprender matemática é somente uma questão de valores? Eu acho que se queremos viver numa sociedade organizada de tal maneira, é necessário conhecer um mínimo do idioma local, um idioma estrangeiro, ciências, história e matemática. Talvez a matemática do ensino médio seja muito avançada visto que pouquíssimos a usarão no ensino superior, mas o raciocínio lógico e matemático só melhora treinando, não?

[Geotecton]

[....]
Você afirma que pessoas não podem ganhar dinheiro na vida/ terem sucesso na vida se não souberem o atual currículo de matemática de Ensino Médio ?

Eu conheço pessoas multi-milionárias que possuem somente a metade do ciclo fundamental (4 dos 8/9 anos).

Eu conheço pessoas milionárias que sequer alfabetizadas eram quando alcançaram esta condição.

Então devemos ignorar o conhecimento da matemática do nível médio (que nada tem de excepcional) porque alguns tiveram sucesso material/financeiro sem precisar dela?

E, aproveitando a ocasião, porque não ignorar completamente todo o conhecimento de disciplinas como história, geografia, química, física e ciências em geral?

E porque não aprender da matemática somente as 4 operações e mais o básico do português, o suficiente para se comunicar com os outros, seja pela fala ou pela escrita?

[El Elyon]

, mas  não tenho o espírito ditatorial  de querer impor este meu valor pessoal em cima dos outros que não tem desejo por  matemática (e física e química).

Você não faz isso porque não tem o PODER para tal. E por não ter o PODER, você utiliza de "grande mentira"(sic) moralizadora para excusar sua incapacidade. 

[Geotecton]

, mas  não tenho o espírito ditatorial  de querer impor este meu valor pessoal em cima dos outros que não tem desejo por  matemática (e física e química).

Errado. Você não faz isso porque não tem o PODER para fazer isso. 

Hehehehehehehe.

[Buckaroo Banzai]

Essa crença de haver uma necessidade geral e real da maioria das  pessoas (ou até de todas) saberem a matemática que consta no programa de ensino médio, não passa de uma grande falsidade que poucos tem a capacidade de perceber e daí de questionar.

É só mais uma grande mentira dessa sociedade grandemente mentirosa.

Eu aprecio/gosto de matemática (e física e química), mas  não tenho o espírito ditatorial  de querer impor este meu valor pessoal em cima dos outros que não tem desejo por  matemática (e física e química).

Mas outras pessoas tem espírito ditatorial suficiente para quererem impor os seus valores em cima dos outros.

Você acha que aprender matemática é somente uma questão de valores? Eu acho que se queremos viver numa sociedade organizada de tal maneira, é necessário conhecer um mínimo do idioma local, um idioma estrangeiro, ciências, história e matemática. Talvez a matemática do ensino médio seja muito avançada visto que pouquíssimos a usarão no ensino superior, mas o raciocínio lógico e matemático só melhora treinando, não?

Economia planificada. A maior parte dos economistas não-maxistas considera que o mercado consegue uma alocação de recursos mais eficiente na sociedade.

[Rocky Joe]

, mas  não tenho o espírito ditatorial  de querer impor este meu valor pessoal em cima dos outros que não tem desejo por  matemática (e física e química).

Você não faz isso porque não tem o PODER para tal. E por não ter o PODER, você utiliza de "grande mentira"(sic) moralizadora para excusar sua incapacidade. 

Essa objeção parece indicar uma crença sua no imperativo categórico de Kant, que se deve agir de acordo que sua ação pudesse ser e deveria ser feita por todos. Estou errado?

Se não for isso, não entendi qual o argumento.

E sou contra a opinião do JJ, mas sem tempo para me alongar.

[Cumpadi]

[....]
Você afirma que pessoas não podem ganhar dinheiro na vida/ terem sucesso na vida se não souberem o atual currículo de matemática de Ensino Médio ?

Eu conheço pessoas multi-milionárias que possuem somente a metade do ciclo fundamental (4 dos 8/9 anos).

Eu conheço pessoas milionárias que sequer alfabetizadas eram quando alcançaram esta condição.

Então devemos ignorar o conhecimento da matemática do nível médio (que nada tem de excepcional) porque alguns tiveram sucesso material/financeiro sem precisar dela?

A vasta maioria, não algumas. Em essência, todos que não sejam engenheiros, e possívelmente muitos engenheiros não precisam de trigonometria, matrizes, báscara, a vasta maioria das equaçãoes de química e física.

E, aproveitando a ocasião, porque não ignorar completamente todo o conhecimento de disciplinas como história, geografia, química, física e ciências em geral?

Que conhecimento? Porque saber exatamente onde fica uma mina no Brasil é melhor que aprender a fisiologia detalhada do rim ou do coração? O conhecimento é infinito, decidir o que se deve ensinar e aprender é uma tarefa que deveria caber a cada indivíduo/pais, não a mim, geotecton, e muito menos a Dilma e seus burocratas.

E porque não aprender da matemática somente as 4 operações e mais o básico do português, o suficiente para se comunicar com os outros, seja pela fala ou pela escrita?

O que você ignora é que em tudo na vida se aprende algo. A escola não é de forma alguma o único meio de se aprender o básico para viver e prosperar, e muito menos o principal na minha opinião. Talvez na época em que você era estudante, quando talvez não existisse ainda educação pública nos EUA houvessem parâmetros melhores em relação a currículo para o Brasil copiar que hoje. Mas te afirmo que quem sai do Ensino Médio hoje em dia sai perdido na vida.

[El Elyon]

Essa objeção parece indicar uma crença sua no imperativo categórico de Kant, que se deve agir de acordo que sua ação pudesse ser e deveria ser feita por todos. Estou errado?

Se não for isso, não entendi qual o argumento.

Não era um argumento de facto, mas uma paródia da modo de argumentar e das escolhas estilísticas (como certas palavras-chaves em letras capitais e negritadas) do JJ. Mas como mencionou o tópico, não me vejo como um Kantiano - mas sou bastante inclinado a diversos elementos metaéticos de tal posição, como objetivismo moral, universalismo e ética-como-dever.

[JJ]

[....]
Você afirma que pessoas não podem ganhar dinheiro na vida/ terem sucesso na vida se não souberem o atual currículo de matemática de Ensino Médio ?

Eu conheço pessoas multi-milionárias que possuem somente a metade do ciclo fundamental (4 dos 8/9 anos).

Eu conheço pessoas milionárias que sequer alfabetizadas eram quando alcançaram esta condição.

Então devemos ignorar o conhecimento da matemática do nível médio (que nada tem de excepcional) porque alguns tiveram sucesso material/financeiro sem precisar dela?

Não seria por esse motivo, e sim porque a maioria dos profissionais não precisam desses conteúdos para exercerem suas profissões, e serem bons profissionais.

É este que é o fato relevante para tornarem  opcionais  tais conteúdos.  E afirmo que isto é uma verdade.  Você afirmaria que é falso ?

[Cinzu]

Acho tão legal isso de chamar de idiota quem tem ideologias opostas. Tão educado, sensato, gentil.

Não saber o próprio idioma, matemática e história mundial é uma ideologia oposta?

Lá  vem o GRANDE MITO da necessidade geral de Matemática (do atual currículo de matemática de Ensino Médio).


Você afirma que saber matrizes é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?

 
Você afirma que saber equações lineares  é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?


Você afirma que saber logaritmos é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?


Você afirma que saber trigonometria  é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?


De forma resumida você afirma que saber o conteúdo de matemática dado no Ensino Médio  é uma necessidade real para a maioria das pessoas ?


Você afirma que pessoas não podem ganhar dinheiro na vida/ terem sucesso na vida se não souberem o atual currículo de matemática de Ensino Médio ?

Seguindo sua filosofia de vida, a alternativa mais viável é abolir a escola e cada um seguir a vida como bem entende, pois o simples fato de terem pessoas ganhando dinheiro sem terem concluído o ensino fundamental já prova que não há necessidade da escola para se dar bem na vida.

Não sei no que você se baseou para dizer que o objetivo da escola é ensinar as pessoas a ganharem dinheiro.

[JJ]

Seguindo sua filosofia de vida, a alternativa mais viável é abolir a escola e cada um seguir a vida como bem entende, pois o simples fato de terem pessoas ganhando dinheiro sem terem concluído o ensino fundamental já prova que não há necessidade da escola para se dar bem na vida.

Aí parece que você está criando um espantalho. Pois jamais afirmei isso, sequer falei que se deva abolir de vez  os conteúdos de  matemática  (e física e química) constantes do atual programa de  Ensino Médio. Uma sugestão que eu citei de passagem foi a de tornar tais conteúdos opcionais. Apenas isso.

Não sei no que você se baseou para dizer que o objetivo da escola é ensinar as pessoas a ganharem dinheiro.

O objetivo da escola  que os pedagogos (e outros "letrados"),  e os  burocratas dos  governos  afirmam  são bem diferentes dos objetivos que a maioria das  pessoas  buscam, pois:


A grande maioria das pessoas que fazem um curso de medicina o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.

A grande maioria das pessoas que fazem um curso de engenharia o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.

A grande maioria das pessoas que fazem um curso de direito o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.

A grande maioria das pessoas que fazem um curso de soldador  o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.

A grande maioria das pessoas que fazem um curso de torneiro mecânico o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.

A grande maioria das pessoas que fazem um curso de confeiteiro o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.

A grande maioria das pessoas que fazem um curso de padeiro o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.

A grande maioria das pessoas que fazem um curso de auxiliar administrativo o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.

A grande maioria das pessoas que fazem um curso de designer de moda o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.

A grande maioria das pessoas que fazem um curso X  o fazem para terem uma profissão, por conseguinte terem renda, ou seja para ganharem dinheiro.


Você discorda que a grande maioria das pessoas façam cursos com o objetivo final  (e principal)  de  terem renda  (ou de aumentarem a renda que já tem) ?

[DDV]

Eu concordo, em partes, com o JJ.

Acho que a maioria do conteúdo atualmente ensinado no ensino fundamental poderia ser opcional (e uma parte atualmente não ensinada poderia ser obrigatória). O próprio mercado e as exigências para cargos públicos (concursos e exames periódicos de conhecimentos) dariam conta de direcionar as pessoas para a aquisição dos conhecimentos e habilidades que lhe sejam necessários.