Apenas para lembrar que não existem santos nesta guerra...
Bombardeios russos matam dezenas de civis na SíriaRússia atacou zonas controladas pelo Estado Islâmico.
Ataques deixaram 44 mortos e dezenas de feridos, diz ONGAo menos 44 civis morreram e dezenas ficaram feridos na quarta-feira (27) em bombardeios russos sobre zonas controladas pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) nas regiões norte e leste da Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
De acordo com o balanço da ONG, divulgado nesta quinta-feira (28), 29 civis, incluindo três crianças e nove mulheres, morreram em bombardeios contra vilarejos sob controle do EI na província de Deir Ezor (leste) e contra um bairro da cidade de mesmo nome.
Além disso, 15 civis, entre eles cinco irmãos menores de idade, morreram em ataques da aviação russa contra a localidade de Al-Bab, reduto do EI na província de Aleppo (norte), e seus arredores.
Al-Bab, 30 km ao sul da fronteira turca, caiu nas mãos dos rebeldes em julho de 2012 e sob o controle do EI em novembro de 2013.
O exército do regime sírio, apoiado pela Rússia, está a 8 km de Al-Bab, um dos principais redutos da organização extremista na província, segundo o OSDH. Nunca havia chegado tão perto da localidade desde 2012.
A Rússia executa uma intensa campanha de bombardeios na Síria desde 30 de setembro em apoio ao regime do aliado Bashar al-Assad. Os insurgentes e os países ocidentais acusam com frequência Moscou de atacar grupos não jihadistas e de provocar vítimas civis.
Os bombardeios russos provocaram mais de 3.000 mortes, quase 40% de civis, de acordo com um balanço do OSDH, que tem uma ampla rede de fontes na Síria.
A ONG afirma que consegue distinguir os bombardeios da aviação do regime, dos executados pela coalizão antijihadista internacional ou pela Rússia com base no tipo de avião ou munição utilizados.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/01/bombardeios-russos-matam-dezenas-de-civis-na-siria.htmlBombardeio em hospital mata ao menos 27 em Aleppo, na SíriaONU pede união à Rússia e aos EUA para revigorar cessar-fogo.
Entre as vítimas estão três crianças e três médicos, diz CNN.O bombardeio de origem desconhecida ocorrido matou pelo menos 27 pessoas em Aleppo, no Norte da Síria, na noite de quarta-feira (27). Entre os mortos estão três crianças e três médicos, de acordo com informações divulgadas pela rede americana CNN na manhã desta quinta-feira (28).
A emissora "Al Jazeera" e a ONU atribuíram o ataque contra o hospital de Al Quds às forças governamentais. Um primeiro balanço tinha apontado 16 mortes. Entre os mortos está "um dos últimos pediatras" que havia na região, o doutor Wasem Maaz, acrescentou a "Al Jazeera", segundo a agência Efe.
As equipes de resgate trabalham para retirar os corpos e resgatar os sobreviventes que estão sob os escombros do edifício e o número de mortos ainda pode aumentar, acrescentou a emissora com sede no Catar.

A informação sobre a morte do pediatra foi confirmada na madrugada desta quinta em Genebra, pelo mediador da ONU nas negociações de paz para a Síria, Staffan de Mistura, que afirmou que um bombardeio aéreo contra um hospital no leste de Aleppo "provavelmente acabou com a vida do último pediatra" na região.
O mediador da ONU citou esse caso para pedir a Rússia e Estados Unidos que unam seus esforços para dar novo vigor à trégua na Síria e salvá-la "do colapso total".
"Faço um pedido a Rússia e EUA para que tomem uma iniciativa urgente para relançar a trégua, que, por enquanto, está em perigo", disse Staddan após informar por teleconferência ao Conselho de Segurança da ONU sobre o resultado da terceira rodada de negociações de paz que terminou na quarta.

O aumento das hostilidades em Aleppo foi repercutido também pela agência oficial síria, "Sana", que reportou que sete civis morreram e outros 35 ficaram feridos em ações de organizações terroristas, no que a agência considerou como novas violações do cessar-fogo.
Uma fonte do comando da polícia de Aleppo disse à agência Efe, em um comunicado citado pela "Sana", que o grupo terrorista Frente al Nusra e outros ligados a essa organização foram os responsáveis por esses ataques em várias áreas de Aleppo.
Pelo menos 107 civis morreram, entre eles 20 menores de idade, desde 22 de abril na onda de violência que assola a cidade de Aleppo, informou na quarta o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A ONG afirmou que 61 das vítimas morreram em bombardeios de aviões de guerra em áreas como Al Mogair, Al Firdus, Al Sajur, Al Muasal, Bab al Neirab, Sukan Shababi e Al Ansari, na cidade de Aleppo.
Outras 38 pessoas morreram pelo impacto de dezenas de foguetes de fabricação local e pela explosão de bujões de gás lançados contra áreas controladas pelo regime, como Nova Aleppo, Al Manian, Al Mokambo, Al Ashrafie, Seif al Daula e Al Khalediya.
O OSDH acrescentou que oito civis morreram pelo disparo de projéteis por parte das forças governamentais nos distritos de Aqiud, Al Yazmati e Bustan al-Qaser al-Jarya.
Nos últimos dias, houve um aumento das hostilidades em Aleppo, que está dividida, com alguns bairros controlados pelas autoridades sírias e outros em poder de facções islâmicas, apesar do cessar-fogo que vigora na Síria desde 27 de fevereiro.
O acordo de trégua foi aceito pelo governo em Damasco e pela Comissão Suprema para as Negociações, a principal aliança de oposição ao regime no país, mas o cessar-fogo não inclui os grupos armados considerados terroristas como o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra (al- Qaeda).
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/bombardeio-em-hospital-mata-ultimo-medico-e-mais-15-em-aleppo-na-siria.html