O tópico virou dois, acho que precisa desmembrar.
1. Uma coisa que acho curiosa neste estardalhaço é que o principal argumento que tenho visto a favor da versão de estupro tem cunho moralista: "É óbvio que foi estupro: como você pode acreditar que uma mulher em sã consciência iria se prestar a fazer sexo com 30 homens?"*.
2. As evidências contra ela ter sido vítima de estupro são absurdamente grandes: depoimento da mãe comprovando que ela curtia deliberadamente participar de orgias, depoimento do namorado confirmando o mesmo, conversa salva no Whatsapp do namorado, gravação com voz dela, laudo negativo de agressão... é surreal que a imprensa e a justiça ainda, digo: MP e polícia, ainda a tratem como vítima de esturpro. Alguém lembrou (e eu já tinha esquecido deste maldito caso, mas achei impecável a analogia) a estupidez do caso do Aranha.
3. Estou pouco me fodendo para as aventuras e desventuras sexuais de uma traficanta com seus 33 amigos traficantos, meu interesse em torno da festa do momento é apenas porque é exatamente por causa disso que nascem leis populistas e desiguais baseadas em gênero (e raça e outras características intrínsecas)*.
4. É sempre difícil fazer previsões sobre estas merdas, mas acho que a mudança de delegado é um indício de que pode dar merda.
5. Tirando o fato de que os 34 envolvidos eram traficantes há apenas dois crimes aparentes na situação: a postagem das imagens e a falsa acusação de estupro.
6. Curiosamente, numa reviravolta em que um dos homens fosse menor de 14 anos, haveria de fato estupro legal, mas com outra vítima, e acho bem provável que tenha ocorrido.
As feministas Cathy Young e Camille Paglia falam sobre estes assuntos, abaixo:
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http://time.com/3222176/campus-rape-the-problem-with-yes-means-yes/ http://reason.com/blog/2015/12/14/feminist-camille-paglia-on-yes-means-yes