Por plutocracia eu imaginava poder se incluir a compra de segurança/força coerciva.
Só é algo vantajoso ou seguro se esses mercenários forem forças auxiliares, não as principais.
Imagino algo meio mafioso. "Núcleos" de chefes mais respeitados, que não necessariamente precisam por a mão na massa, podem ser mais "cabeças" dos negócios propriamente ditos, não baseados só em pilhagem e extorsão, ou, em coordenar isso de forma particularmente eficiente, que fosse vista como benéfica a todos.
Feudos e monarquias não são de certa forma plutocracias?
Não. Longe disso.
Os 'homens do dinheiro' nessa época apitavam pouco ou nada. E os senhores feudais mais poderosos não necessariamente eram ricos, ou os mais ricos.
Mas serem os donos das terras não é "riqueza"?
Bem, os senhores feudais eram de qualquer forma, "warlords", não? Porém feudalismo é algo que ainda evoca algo mais civilizado do que o termo "warlords".
Acho que eventualmente ordem se estabelece ainda que seja na forma de tréguas entre gangues, numa espécie de guerra-fria.
Essa ordem não seria suficiente para proteger e muito menos dar poder a uma pessoa que tivesse apenas dinheiro e nada mais.
"Magicamente" não, mas acho que o interesse em dinheiro sempre existiria (ou tenderia a existir conforme as coisas se estabilizam após qualquer episódio mais selvagem), e poderia ser mais negócio servir a quem ganha dinheiro do que só roubá-lo uma vez, especialmente se ele já tem seguranças armados.
Pode não ser o mais lucrativo ou mesmo seguro aos braços armados tentarem ser eles mesmos os chefes de tudo, por simplesmente não ser bem a especialidade deles, e estarem já confortáveis o bastante como capangas fiéis.
Eles se tornam capangas fiéis de 'warlords', não de almofadinhas com dinheiro (se ainda existir algum).
Talvez os almofadinhas tenham "braços direitos" warlords, que os valorizem extremamente por sua capacidade em tocar as coisas de forma a fortalecer à "dupla"/grupo (podendo eles mesmos desfrutar do estilo de vida de almofadinha do que ser só capanga), e não por que, se saíssem no braço com ele, perderiam.
4- Se para termos a garantia da segurança pública devêssemos pagar por ela, qual seria a lógica de acabarmos com o estado e o imposto? Se a resposta for a questão voluntária(paga quem quer, recebe quem paga), não haveria de alguma forma uma pressão das prestadoras de serviço para quem não paga começar a pagar? Como evitar isso?
Acho que a maneira mais civilizada disso não-ocorrer é em comunidades fechadas. Moradores pagam, ou são despejados (talvez com ressarcimento de algum título, bem como não-confisco de propriedades, a menos que tenham dívidas para quitar). Mas ainda fica um pouco problemática a questão de assentamentos adjacentes, que podem talvez ainda ser free-riders ou mesmo vistos como fontes de problema/atratores de problemas.
Teoricamente "não poderiam" fazer nada, supondo ser "ilegal" pela "lei não-estatal" banir pessoas de morar em terras adjacentes às suas. A resposta mais civilizada deve ser fortificações bem fechadas no perímetro protegido, de forma a minimizar tanto o free-riding quanto o potencial de problemas vindo dos arredores.
Mas isso tudo pressupõe que mesmo sem o estado ainda haveria problemas diversos como pobreza e criminalidade, etc. Anarco-capitalistas talvez suponham que sem o estado, um mercado mais livre conduziria a uma prosperidade muito maior, sendo naturalmente muito mais verdadeiro que "o crime não compensa", até porque as práticas de prevenção e punição não-estatais poderiam ser muito mais desencorajadoras e eficientes.
Afinal, esses problemas já ocorrem sob o estado:
Morumbi: o contraditório bairro-região de São Paulohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792010000200005
Uma das respostas minarquistas:
https://en.wikipedia.org/wiki/Night-watchman_state