A teoria é que se fosse tudo privatizado, seria [eventualmente] melhor, pois a competição no mercado filtraria melhor administrações ineficientes em qualquer área, melhor do que faz democracia e legislação estatal relevante num empreendimento financiado por impostos, especialmente se for monopolista.
Ex.: a educação pública grátis a todos tenderá a desperdícios, não sendo algo proveniente realmente da demanda por essa instrução por aplicações no mercado, mas de uma meta ideológica de "educação grátis para todos". A privatização limita esses desperdícios a iniciativas individuais, localizadas. Se alguém quiser adquirir ou fornecer educação em excesso, pode fazê-lo, com seus recursos. Mas em geral ela tenderá a existir na medida em que é demandada pelo mercado, como qualquer outro produto ou serviço (ex.: pneus, que geralmente o governo não se vê incumbido de fornecer a todos, muito menos em excesso com relação aos automóveis que tenham). Os recursos então que iriam para educação em excesso podem ser usados pelos indivíduos para explorar oportunidades/interesses livremente, em vez de apenas terem instrução inutilizada (ou mais pneus sobressalentes guardados), ou meramente economizar para maior segurança financeira.
Com o financiamento compulsório da educação (ou pneus) em excesso, tem-se não só o desperdício inerente a isso, mas também a reduzir-se a competição por maior eficiência/economia na produção de instrução (ou pneus). E a instrução em excesso pode acabar inclusive sendo incentivo para migração a outras localicades, beneficiando então a free-riders que não foram forçados a investir do próprio bolso nisso (mas também prejudicando ao mercado de educação desse outro local numa forma de dumping -- seja dumping como venda abaixo dos custos, ou como abandono de pneus como lixo).
A coisa pode se dar limitada de tal forma que tais ineficiências sejam apenas como tijolos isolados ou adornos ineficientemente colocados numa estrutura, que pode ainda resistir firme. Porém, quanto mais arbitrária for a pretensa construção, quanto mais fugir das verdadeiras demandas da física ao se guiar apenas em vaidades e ideologias, maiores são as chances de colapso, como o da União Soviética.