Eu começaria dando uma olhada nos países que já combatem eficazmente o terrorismo, ver o que eles fazem.
Israel é um ótimo exemplo. Vive no meio do 'ninho de cobras' e há muito tempo não se houve falar de ataques suicidas por lá (só de ataques com facas, que têm bem menos potencial letal e não são propriamente 'suicidas').
O que Israel faz na área de prevenção e combate ao terrorismo?
Se um muleque atira uma pedra em um tanque, Israel demole a casa da família dele. Se um idiota lança um daqueles foguetes caseiro feitos com extintor de incêndio, Israel retalia com bombas de fósforo branco em meia Gaza. A Cisjordânia é totalmente cortada por estradas exclusivas para uso dos israelenses dos assentamentos, que por sinal não param de crescer.
Não sei se colocaria Israel como exemplo de prevenção ao terrorismo. Na primeira chance que os fanáticos de lá conseguem eles não a desperdiçam. Israel é uma fábrica de extremistas.
O objetivo deles não é a pacificação. O objetivo deles é a eliminação de qualquer possibilidade de implementação de um processo de paz viável. E olha só, eles já conseguiram. Não há mais possibilidade de acordo de paz por lá.
Não há solução fácil para o terrorismo. Bibi Netahniahu e Avigdor Liebermann não são a resposta, eles são parte do problema. Bombardear uma população só satisfaz a nossa necessidade emocional de vingança e a ampliação do sentimento "nós X eles" que existe em ambos os lados.
Edit: O ataque com facas não deixa de ser um ataque suicida. É meio previsível o que ocorre com o atacante na imensa maioria dos casos.
E ainda, como um modo de balancear a discussão, podemos analisar o caso do Irã e sua bomba nuclear. Uns anos atrás era um fato certo que o lugar deveria ser varrido com bombas. Israel fez (e ainda insiste em tentar) o que pôde para que isso ocorresse. O Obama lutou contra a correnteza e implementou o acordo de paz. Deu no que deu.
Seria melhor se tivéssemos arrasado com o país? Será que uma abordagem como essa pode ser adaptada para lidar com fanáticos?