Buck, belas fotos.
Servem como argumentação anedótica, mas creio que percam em poder explicativo e preditivo para coisas bem mais simples como dimorfismo eritrocitário e muscular.
Acho que não. Parece que é falsa a noção de que os homens proveriam a maior parte das calorias, graças a um reduzido dimorfismo, perto de desprezível, o menor dentre os hominideos e em rumo a redução praticamente contínua desde a evolução humana, mesmo já em Homo sapiens.
De fato, eu nem imagino o que seja carregar pesos como estas meninas e senhoras estão carregando, mas eu moro numa metrópole industrial do século XX/XXI: a pergunta que você parece não ter feito é: nas sociedades e condições ambientais que elas vivem será que são mesmo estes os trabalhos mais pesados disponíveis? Descubra 
Não afirmei que farão sempre os trabalhos mais absolutamente pesados disponíveis, a tendência é que sejam os mais fortes que o façam, que serão os homens, porém, a coisa não é de forma caricata com o homem sendo o provedor total e a mulher apenas fazendo trabalhos leves, como noções românticas de "América dos anos 50 nas cavernas e no resto do mundo" preveriam.
Quem provê a maior parte do sustento poderá ser a mulher, que deverá tender a fazer trabalho tão pesado quanto possível, proporcional e próximo do masculino, e talvez mais extremo em alguns casos, no que se correlacionar a vantagens físicas femininas em ultra-resistência. Isso mudará apenas quando os homens puderem oferecer conforto adicional e a possibilidade das mulheres trabalharem menos, o que não é algo grandemente possibilitado só pelo tênue dimorfismo sexual existente.
Insinuei também que a baixa entrada de pautas feministas em setores menos abastados ou mais periféricos da sociedade são possivelmente explicáveis porque a lógica de muitas pautas feministas (como plena igualdade nos afazeres domésticos, por exemplo) se aplica melhor a um casal de advogados morador de uma cobertura no Leblon do que a um casal de lavradores no agreste pernambucano ou a um casal com 3 filhos e ensino médio incompleto no subúrbio do Rio, onde muito das condições pré-século XX ainda se mantém menos alteradas.
Não se aplica muito diferentemente, pelas atividades em si, mas principalemente por diferenças em tradicionalismo/conservadorismo.
Novamente, é caricatura/romantismo essa noção de condições homogêneas "pré-século XX" como origem das divisões de trabalho.
Foi no século XX que essas divisões se acentuaram, mesmo no agriculturalismo/pastoralismo (não homogeneamente por todo o mundo), enquanto que caçadores-coletores podem ser ainda mais igualitários.
Logo, mais provavelmente essas diferenças pós-século XX que se perpetuam nesses casos, em vez de continuidades mais remotas, de historicidade dúbia. Apesar dessas diferenças na origem/reforço virem de conforto oferecido às mulheres, podem ser perpetuadas mesmo quando colocam as mulheres em desvantagem. Que acaba sendo quase uma forma de tentar contrabalançar a vantagem natural da mulher como fêmea e seletora de parceiros, embora a ideologia não deva ser geralmente descrita nesses termos por seus proponentes.