Acho que os extremos são negação de um lado, e histeria do outro.
A realidade deve ser mais complexa do que imagem mental de "superpopulação" pode sugerir, embora o aumento populacional, e a correspondente escassez de recursos, seja catalizador de conflitos e problemas menores.
O problema não está apenas em crescimento especificamente exponencial, que parece que é um elemento pego como "semi-espantalho", mas qualquer crescimento indefinido, que apenas desacelera, em comparação com crescimento exponencial, as conseqüências que se pode prever com o crescimento indefinido em qualquer ritmo. Porque é insustentável, se não estamos considerando mudança para outros planetas e etc. A "exponencialidade" até representa problemas adicionais, mas não é só daí que vem os problemas.
Os problemas podem estar muito distantes em escala global/universal (porque localmente já ocorrem), devido a taxa de crescimento tender a se desacelerar com o enriquecimento das populações. Podem até mesmo vir a ser "evitados" nessa escala global se a popualação estabiliza em algum momento onde ainda há recursos "para todos". Essas são as únicas possíveis "refutações" do "mito" de superpopulação, e não que a superpopulação seja uma impossibildade ou algo inócuo.
De certa forma é meio como uma "refutação" do "mito" das pandemias. "Alguns cientistas falam do risco das pandemias desde mil novecentos e bolinha, mas até hoje a maior 'pandemia' matou apenas a mísera fração de N% da população mundial, com cada vez menos mortes desde então."
http://www.homerdixon.com/2002/03/06/why-population-growth-still-matters/
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The 2001 United Nations’ “medium” projection says that world population will still grow by more than 50 percent — from the current 6.1 billion to 9.3 billion by 2050. This figure is nearly half of billion more than the organization suggested in its 1998 medium projection. The U.N.’s demographers made this upward revision because, it turns out, fertility rates in some of the world’s most populous countries — including India, Nigeria, and Bangladesh – aren’t falling as quickly as thought.
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But does this really matter? Don’t larger populations provide more labor to produce goods and services, bigger markets to buy those goods and services, and more heads to generate useful ingenuity?
Sometimes large populations can be a boon. But too often, in combination with inefficient, incompetent, or corrupt markets and governments, population growth means less investment per child in nutrition, medicine, and education; a diversion of a society’s wealth from saving and investment to consumption; and the division of vital family resources – such as a family’s plot of cropland — into smaller and smaller parcels as it is passed to each successive generation of children.
When European populations grew rapidly in the nineteenth and early twentieth centuries, many people who didn’t have enough land or who couldn’t find good jobs emigrated to the Americas and to colonies in Africa and Asia. But a similar escape valve is, for the most part, no longer available to today’s poor countries, and their extra population must be largely absorbed and employed at home.
Many of these people move into megacities such as Karachi in Pakistan. Water systems, roads, electrical grids, sewers, and other essential infrastructures of daily life are severely overtaxed. The political instability of these cities is magnified by their populations’ “youth bulge.” In Africa, for example, over 40 percent of the population is under fifteen years old. Underemployed, urbanized young men are an especially volatile group that can be easily entrapped in organized crime or mobilized for violent political action, like terrorism.
Perhaps most importantly, larger human populations usually place a greater burden on the natural environment that surrounds them — including the planet’s climate, its fisheries, and its supplies of fresh water, cropland, and forests. In places like China, India, Pakistan, and Egypt, these resources are already extraordinarily stressed and can’t possibly sustain their countries’ enormous populations indefinitely.
The human population explosion is far from over, and its dire effects will be with us for many decades yet. “As many people will be added in the next 50 years as were added in the past 40 years,” the U.N. writes, “and the increase will be concentrated in the world’s poorest countries, which are already straining to provide basic social services to their people.”
(A projeção da ONU de 2015 aumentou para 9,7 bilhões em 2050.)
O autor tem mais artigos relacioanados a relação causal, indireta, entre esscassez de recursos e conflito violento.
Ainda tem a questão da energia:
Não parece haver sinal de que energias renováveis vão substituir "suavemente" a escassez acelerada de outras fontes, ao ritmo presente de aumento de consumo.
Outras fontes não-renováveis podem ajudar a dar conta, mas não é exatamente algo trivial, sem chance de problemas.
Apenas a mente de um keynesianista pode achar que crescimento populacional indefinido é algo inofensivo ou desejável.