As pessoas não têm a sua disposição ofertas alternativas às desejadas pelo google.
As pessoas não têm a sua disposição ofertas alternativas às desejadas pelo Google, da mesma forma como o mendigo sem teto não tem a disposição a oferta alternativa do abrigo de sua casa (ao invés da rua). Mesmo se você imaginasse a associação do Google com as empresas de hadware como se fosse a existência de uma "empresa fusão temporária Google", o cerceamento de opções nessa plataforma não é diferente do cerceamento de opções para o mendigo mencionado. A casa em que você mora é propriedade SUA, assim como as ferramentas da "empresa fusão temporária Google" é de propriedade DELE. O Google cerceia as opções de oferta do que é DELE, ele não cerceia as opções do mercado como um todo.
Com esse argumento de "é como se fosse a sua casa", pode-se defender qualquer coisa como cartel ou monopólio (sem falar de discriminação racial ou sexual).
"Competidores" numa mesma área estão acordando os preços? "Okay, é o que eles fazem com a propriedade deles, não é diferente de você e seu vizinho não ofertarem um preço qualquer ao mendigo para um quarto."
Isso deve ter como princípio não eficiência de mercado para o consumidor, mas apenas uma primazia à liberdade individual de quem detém maior poder financeiro, sobre qualquer outro valor.
E o Google não é monopólio, a participação de mercado do Android na UE não é de 100%, mas sim de 70%. E isso não é trivial. Ser ou não o próprio mestre na escolha de ações é algo totalmente separado sobre a quantidade de possibilidades disponíveis para a escolha ser grande ou pequena.
É trivial, pois o google está
eliminando todo um leque de opções do mercado, e não por superioridade do produto, mas por controlar a distribuição, eliminar a oferta da concorrência.
Eu como consumidor simplesmente não me importo de meu Android vir com um bilhão de coisas do Google.
Esse é provavelmente o menor dos problemas, o mais significativo sendo a supressão de alternativas, seja de coisas do Google, ou do Android em si.
Não há nada que impeça uma empresa de não aceitar a proposta do Google e tentar criar ou utilizar outro sistema operacional de uma empresa diferente. A SAmsung, por exemplo, tem dinheiro de sobra para desenvolver o próprio SO, mas não o faz porque simplesmente não quer.
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Mas há outras opções, que são eliminadas do mercado pelo google. Tanto de grandes empresas, como a Amazon, em menor grau, quanto iniciativas menores, com condições ainda mais insignificantes de competir.
Querer justificar esse protecionismo esquizofrênico da UE como algo bom para o consumidor é ter muita fé cega na burocracia e na bondade estatal.
Você quer dizer que
não seria bom para o consumidor ter mais opções?
Por que o google tirando opções do mercado é bom, mas se fosse o estado em si exercendo o mesmo controle, seria ruim?
É uma incoerência gritante, um endeusamento nem do mercado, como processo (que é controlado), mas "dos poderosos".
"Seja lá o que for que alguém tiver grande PODER estimar que for o melhor para eles pessoalmente, é o melhor para todos".
Talvez, "a menos que se trate de PODER estatal, esse poder é do Mal, enquanto que o PODER de empresas é do Bem".
Mas isso não me surpreende, visto que quem geralmente apoia esse tipo de medida são os mesmos que vivem no Progreworld, que acham que toda decisão intervencionista tomada pelo governo é bem intencionada, colocando sempre a coletividade à frente da individualidade.
Non sequitur total e ad hominem.
Quem apoia esse tipo de medida tomada pela UE simplesmente não pode reclamar quando Trump baixa decretos tributários protecionistas, ou quando os nacional-desenvolvimentistas brasileiros (estes em sua maioria progressistas) criam mais tributos ou impõem multas a multinacionais estrangeiras em "defesa da indústria nacional".
Afinal, só o protecionismo
do Google que é aceitável.
Se o governo faz, é ruim, lógico; mas se é o google (ou talvez outra empresa com poder suficiente), então é ótimo, lógico; quem não entende isso é porque acha que
qualquer protecionismo é ruim deve haver cotas para mulheres com cabelo azul que se identificam como água.