Autor Tópico: A Ideologia Cientificista  (Lida 37376 vezes)

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Offline JJ

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #50 Online: 20 de Maio de 2016, 05:02:59 »
Putz, Euz... q texto cretino...

Vamos lá, vc já tem contato suficiente com a metodologia científica pra saber que o texto todo foi forçadíssimo.

Citar
O cientificismo é a crença infundada de que a ciência pode e deve conhecer tudo, que, de fato, conhece tudo e é a explicação causal das leis da realidade tal como esta é em si mesma.
Ja discutimos sobre isso. Ciência não é crença. Fé é crença. Ciência é duvida, sistematizada.


A ciência é um atividade que inclui sim um conjunto de crenças, só que são crenças baseadas em evidências,  diferentemente da  religião mais comum, a qual é baseada principalmente em escritos de pessoas da antiguidade e/ou em tradição.  Para se  fazer ciência é necessário ter a crença de que o conhecimento científico acumulado expressa relações que são verdadeiras, em outras palavras é necessário ser dogmático, o que é muito diferente de ser um cético como a resposta acima sugere.



« Última modificação: 20 de Maio de 2016, 06:52:36 por JJ »

Offline JJ

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #51 Online: 20 de Maio de 2016, 06:23:34 »

a filosofia não serve pra nada neste século, no máximo como um hobby.

antigamente o filósofo era um deus... eu quero saber do que é feito a matéria? perguntava pra aristóteles, e ele, com seus chutes aristotélicos, dizia que era formada pelos 4 elementos (terra, fogo, água e ar). queria saber de política? queria saber do ser e devir? o filósofo sabia tudo.
hoje quero saber do que é feita a matéria, recorro à química ou à física. quero saber mais do ser humano, posso recorrer à psicologia, antropologia ou outra coisa. etc...

não nego que a filosofia é mãe da ciência. mas a primeira perdeu a razão de ser…



Afirmar que a filosofia não serve para nada (e achar que o método cientifico serve para tudo) certamente demonstra um desconhecimento das áreas de atuação da filosofia, que ainda são perfeitamente atuais, e desconhecimento dos limites do método cientifico (ou seja os limites da ciência),

Tal afirmação mostra desconhecer o que sejam as disciplinas filosóficas: axiologia; ética; estética; epistemologia;lógica; metafísica; filosofia política. Em especial destaco a axiologia, pois o comportamento humano é quase todo orientado por valores, e este é o objeto da axiologia. 


« Última modificação: 20 de Maio de 2016, 06:50:41 por JJ »

Offline Skeptikós

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #52 Online: 20 de Maio de 2016, 21:10:37 »
Putz, Euz... q texto cretino...

Vamos lá, vc já tem contato suficiente com a metodologia científica pra saber que o texto todo foi forçadíssimo.

Citar
O cientificismo é a crença infundada de que a ciência pode e deve conhecer tudo, que, de fato, conhece tudo e é a explicação causal das leis da realidade tal como esta é em si mesma.
Ja discutimos sobre isso. Ciência não é crença. Fé é crença. Ciência é duvida, sistematizada.


A ciência é um atividade que inclui sim um conjunto de crenças, só que são crenças baseadas em evidências,  diferentemente da  religião mais comum, a qual é baseada principalmente em escritos de pessoas da antiguidade e/ou em tradição.  Para se  fazer ciência é necessário ter a crença de que o conhecimento científico acumulado expressa relações que são verdadeiras, em outras palavras é necessário ser dogmático, o que é muito diferente de ser um cético como a resposta acima sugere.
Além disso, o texto fala sobre cientificismo, e não sobre ciência. Cientificismo se refere a uma postura adotada em relação a ciência, enquanto a ciência em si é um campo do saber. Por tanto, não fez sentido a crítica supra responder a um comentário sobre cientificismo como se este fosse sinônimo de ciência.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #53 Online: 20 de Maio de 2016, 21:14:56 »

a filosofia não serve pra nada neste século, no máximo como um hobby.

antigamente o filósofo era um deus... eu quero saber do que é feito a matéria? perguntava pra aristóteles, e ele, com seus chutes aristotélicos, dizia que era formada pelos 4 elementos (terra, fogo, água e ar). queria saber de política? queria saber do ser e devir? o filósofo sabia tudo.
hoje quero saber do que é feita a matéria, recorro à química ou à física. quero saber mais do ser humano, posso recorrer à psicologia, antropologia ou outra coisa. etc...

não nego que a filosofia é mãe da ciência. mas a primeira perdeu a razão de ser…



Afirmar que a filosofia não serve para nada (e achar que o método cientifico serve para tudo) certamente demonstra um desconhecimento das áreas de atuação da filosofia, que ainda são perfeitamente atuais, e desconhecimento dos limites do método cientifico (ou seja os limites da ciência),

Tal afirmação mostra desconhecer o que sejam as disciplinas filosóficas: axiologia; ética; estética; epistemologia;lógica; metafísica; filosofia política. Em especial destaco a axiologia, pois o comportamento humano é quase todo orientado por valores, e este é o objeto da axiologia.
A própria metodologia cientifica e a própria definição de ciência são assuntos filosóficos em si, construídos e debatidos por filósofos da ciência, que são em sua maioria cientistas e filósofos de formação.
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Offline Lorentz

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #54 Online: 20 de Maio de 2016, 21:26:04 »
 O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #55 Online: 20 de Maio de 2016, 22:56:43 »
Os pseudo-cientistas e os fringes concordam, muito.

A formalização é só uma neo-inquisição (cientificista) contra os novos Galileus.

Offline El Elyon

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #56 Online: 21 de Maio de 2016, 00:46:52 »
Citar
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?

Possivelmente - se Ciência for entendido como uma atividade, a práxis científica por si só (seja lá como ela é entendida) de fato independente da conceitualização de Ciência. Contudo, isso beira uma afirmação casual, como dizer que pássaros já voavam antes mesmo de haver pessoas que conceituassem o que é Vôo (a melhor definição vem do Douglas Adams - é se atirar no chão e errar  :)) e cientistas que o descrevam através de modelos matemáticos.
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São Beda.

Offline JJ

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #57 Online: 21 de Maio de 2016, 06:09:51 »
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?


O Lawrence Krauss defende que o   RxBy  consegue fazer XY independente do que os filósofos de XY definiram ou não o que é XY.  A   XY   já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Percebe o absurdo e/ou falta de sentido de  tal  afirmação de LK ?

E note que o próprio sentido (preciso) de RxBy depende  do sentido (preciso)  de XY,   já que RxBy é quem pratica XY.
« Última modificação: 21 de Maio de 2016, 08:10:31 por JJ »

Offline Skeptikós

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #58 Online: 21 de Maio de 2016, 19:45:31 »
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?
E o que é ciência ou fazer ciência sem uma definição precisa sobre isso? Como saber se você está fazendo ciência se você não tem nem ao menos uma definição sobre o que seria ciência ou fazer ciência?

É aí que entra em campo a filosofia da ciência, definindo e delimitando o que é a ciência e a prática científica. Se não fosse pelo debate filosófico sobre a delimitação da ciência, ainda hoje não estaria claro se a homeopatia e a astrologia são ou não científicas, ou se a indução e a exigência de evidências objetivas são necessárias dentro da metodologia científica.
« Última modificação: 21 de Maio de 2016, 19:50:48 por Skeptikós »
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Offline Lorentz

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #59 Online: 21 de Maio de 2016, 19:50:19 »
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?
E o que é ciência ou fazer ciência sem uma definição precisa sobre isso? Como saber se você está fazendo ciência se você não tem nem ao menos uma definição aobre o que seria ciência ou fazer ciência?

É aí que entra em campo a filosofia da ciência, definindo e delimitando o que é a ciência e a prática científica.

Ciência é fazer o que funciona, segundo ele. Se não está dando resultados mensuráveis não é Ciência.

Eu percebo (e posso estar errado) que se dá mais crédito a filosofia do que ela merece. Parece que algo só progride se os filósofos já discorreram sobre o tema longamente. Parece os ministérios no Brasil, onde as pessoas acham que para algo dar certo precisa de um ministério (ministério do trabalho, do desemprego, da arte, da escola, da cultura, do esporte, etc).
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Offline Skeptikós

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #60 Online: 21 de Maio de 2016, 19:58:00 »
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?
E o que é ciência ou fazer ciência sem uma definição precisa sobre isso? Como saber se você está fazendo ciência se você não tem nem ao menos uma definição aobre o que seria ciência ou fazer ciência?

É aí que entra em campo a filosofia da ciência, definindo e delimitando o que é a ciência e a prática científica.

Ciência é fazer o que funciona, segundo ele. Se não está dando resultados mensuráveis não é Ciência.
E isso não é filosofia, já que está definição de ciência em si mesma não é ciência no sentido estrito da palavra. Ele esta especulando em termos filosóficos sobre o que é e o que não é ciência.

Eu percebo (e posso estar errado) que se dá mais crédito a filosofia do que ela merece. Parece que algo só progride se os filósofos já discorreram sobre o tema longamente. Parece os ministérios no Brasil, onde as pessoas acham que para algo dar certo precisa de um ministério (ministério do trabalho, do desemprego, da arte, da escola, da cultura, do esporte, etc).
A Filosofia é conceitual, por isso está inserida em praticamente qualquer assunto ou área do saber.
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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #61 Online: 21 de Maio de 2016, 21:30:37 »
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?
E o que é ciência ou fazer ciência sem uma definição precisa sobre isso? Como saber se você está fazendo ciência se você não tem nem ao menos uma definição aobre o que seria ciência ou fazer ciência?

É aí que entra em campo a filosofia da ciência, definindo e delimitando o que é a ciência e a prática científica.

Ciência é fazer o que funciona, segundo ele. Se não está dando resultados mensuráveis não é Ciência.




Então uma confeiteira que faz uma receita de bolo que funciona é uma cientista conforme essa definição. :biglol:


Tenha dó,  esse LK  pode ser um bom físico, em outras áreas ele é bem ruinzinho. Aliás eu vi um debate dele com o Craig, e o  LK nem conseguia entender o que o Craig dizia, foi ridículo.



« Última modificação: 21 de Maio de 2016, 21:49:40 por JJ »

Offline Lorentz

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #62 Online: 21 de Maio de 2016, 22:54:41 »
Então uma confeiteira que faz uma receita de bolo que funciona é uma cientista conforme essa definição. :biglol:

Nunca ouviu que o método científico é uma receita de bolo?

E a confeiteira precisa de um filósofo de bolo para ela fazer bolos?
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Offline Geotecton

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #63 Online: 22 de Maio de 2016, 01:24:40 »
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?
E o que é ciência ou fazer ciência sem uma definição precisa sobre isso? Como saber se você está fazendo ciência se você não tem nem ao menos uma definição aobre o que seria ciência ou fazer ciência?

É aí que entra em campo a filosofia da ciência, definindo e delimitando o que é a ciência e a prática científica.

Ciência é fazer o que funciona, segundo ele. Se não está dando resultados mensuráveis não é Ciência.

Então uma confeiteira que faz uma receita de bolo que funciona é uma cientista conforme essa definição. :biglol:

Tenha dó,  esse LK  pode ser um bom físico, em outras áreas ele é bem ruinzinho. Aliás eu vi um debate dele com o Craig, e o  LK nem conseguia entender o que o Craig dizia, foi ridículo.

Eu assisti um debate entre eles e o WLC foi literalmente 'varrido' pelo LK.
Foto USGS

Offline JJ

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #64 Online: 22 de Maio de 2016, 04:42:56 »
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?
E o que é ciência ou fazer ciência sem uma definição precisa sobre isso? Como saber se você está fazendo ciência se você não tem nem ao menos uma definição aobre o que seria ciência ou fazer ciência?

É aí que entra em campo a filosofia da ciência, definindo e delimitando o que é a ciência e a prática científica.

Ciência é fazer o que funciona, segundo ele. Se não está dando resultados mensuráveis não é Ciência.

Então uma confeiteira que faz uma receita de bolo que funciona é uma cientista conforme essa definição. :biglol:

Tenha dó,  esse LK  pode ser um bom físico, em outras áreas ele é bem ruinzinho. Aliás eu vi um debate dele com o Craig, e o  LK nem conseguia entender o que o Craig dizia, foi ridículo.

Eu assisti um debate entre eles e o WLC foi literalmente 'varrido' pelo LK.


Quem foi varrido foi o LK,  ele nem sabia  bem o que o Craig estava argumentando,  e ainda ficava desviando para coisas que nada tinham a ver com a argumentação do Craig. 



Offline Lorentz

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #65 Online: 22 de Maio de 2016, 13:18:33 »
Quem foi varrido foi o LK,  ele nem sabia  bem o que o Craig estava argumentando,  e ainda ficava desviando para coisas que nada tinham a ver com a argumentação do Craig. 

Ele não entende o que Craig diz porque Craig usa uma tática de certos filósofos de complicar desnecessariamente certos temas para parecerem corretos em suas argumentações, citando filósofos e teses a mil para tentar validar o que diz, num claro apelo a autoridade.

A verdade é que LK percebe isso e diz que não faz diferença aquela pilha de termos e classificações do que está argumentando, pois no fim a simplicidade da abordagem científica é mais correta.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #66 Online: 22 de Maio de 2016, 14:06:24 »
Hipocrisia, pois ele rejeita as descobertas e teorias revolucionárias de muitos dos novos Galileus, oprimidos pela filosofia cientificista elitista. Ou por puro preconceito, ou por não se enquadrarem com sua "epistemologia", que de repente passa a ter valor -- quando é para manter o status quo.

Offline Geotecton

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #67 Online: 22 de Maio de 2016, 14:37:06 »
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência
definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre
o tema.

Concordam?
E o que é ciência ou fazer ciência sem uma definição precisa sobre isso? Como saber se você está fazendo ciência se você não tem nem ao menos uma definição aobre o que seria ciência ou fazer ciência?

É aí que entra em campo a filosofia da ciência, definindo e delimitando o que é a ciência e a prática científica.
Ciência é fazer o que funciona, segundo ele. Se não está dando resultados mensuráveis não é Ciência.
Então uma confeiteira que faz uma receita de bolo que funciona é uma cientista conforme essa definição. :biglol:

Tenha dó, esse LK pode ser um bom físico, em outras áreas ele é bem ruinzinho. Aliás eu vi um debate dele com o Craig, e o LK nem conseguia entender o que o Craig dizia, foi ridículo.
Eu assisti um debate entre eles e o WLC foi literalmente 'varrido' pelo LK.
Quem foi varrido foi o LK, ele nem sabia bem o que o Craig estava argumentando, e ainda ficava desviando para coisas que nada tinham a ver com a argumentação do Craig.

Não lembro se teve mais de um debate. Aquele que assisti, o WCL ficava divagando bobagens filosóficas metafísicas, ao passo que LK enfatizava o conhecimento científico, de tal modo que o segundo demonstrou continuamente que o primeiro se baseava em petições de princípio e em assertivas não demonstráveis empiricamente, inclusive apresentando algumas incongruências sobre o deus judaico-cristão.

Então, sim!, o LK 'varreu' o WCL quando a discussão foi sobre a realidade objetiva. Quando a discussão passava para o mundo da fantasia, o contexto era irrelevante para LK.
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Offline Lorentz

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #68 Online: 22 de Maio de 2016, 15:29:12 »
Hipocrisia, pois ele rejeita as descobertas e teorias revolucionárias de muitos dos novos Galileus, oprimidos pela filosofia cientificista elitista. Ou por puro preconceito, ou por não se enquadrarem com sua "epistemologia", que de repente passa a ter valor -- quando é para manter o status quo.

Isso me lembrou um texto da Marilena Chauí onde ela reduz a filosofia aristotélica e a Ciência à burguesia ou mera luta de classes ou algo assim.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #69 Online: 22 de Maio de 2016, 19:18:35 »
Acho que já vi inserirem no discurso de esquerda sobre "ditadura da magreza" coisas nas linhas de que seria pseudo-ciência burguesa a associação de maiores riscos de saúde diversos a maiores índices de gordura corporal.

Um pouco naquela linha de que, a psiquiatria antes tinha como doença a "fobia do estado natural de escravo", ops, fobia não, mania, "drapetomania", "mania" do escravo tentar fugir. E que então a ciência até hoje serviria aos interesses das classes dominantes e haveria esse interesse comercial capitalista machista racista europeu em promover que é saudável ser magro.

É meio irônico que uns 99% desses vão ao médico se precisarem de atenção a algo mais sério, apesar da mesma lógica se aplicar com coisas sem ainda tanta contaminação ideológica, como os médicos terem ajudado a disseminar doença quando ainda não se tinha a "teoria dos germes", chegando ao ponto de mulheres grávidas terem chances muitíssimo mais elevadas de eventual óbito se atendidas por médicos.

E o curioso é que hoje ainda é muito comum que andem de jaleco pelas ruas para se aparecer, e não lavem as mãos tanto quanto deveriam, o que de certa forma faz esse problema ainda mais atual até do que esses ataques por associação anacrônica.

Offline JJ

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #70 Online: 29 de Maio de 2016, 04:39:35 »
Os cientistas devem dizer a Lawrence Krauss para se calar

Posted by: Emerson de Oliveira Posted date: outubro 06, 2015 In: Ciência


s-LAWRENCE-KRAUSS-CREAITIONISM-TALIBAN-large300 O “argumento” de Lawrence Krauss para o ateísmo é como a de um artista que se limita a utilização de materiais preto e branco e, em seguida, conclui que, uma vez que a cor não aparece em seus desenhos de carros de bombeiros e maçãs, segue-se que bombeiros e maçãs não são realmente vermelhos.


Em um recente artigo de opinião do The New Yorker, o físico Lawrence Krauss afirmou que “todos os cientistas deviam ser ateus militantes.” Por quê? Você não vai conseguir qualquer resposta clara do artigo, o que é ainda mais débil na argumentação (em oposição a pura afirmação) do que os habituais tratados neo-ateus de fato, ainda mais fraco do que as habituais declarações de Lawrence Krauss. A maior parte do artigo é sobre Kim Davis, Hobby Lobby, e outros assuntos de controvérsia pública totalmente irrelevantes para a ciência, e nem trata da questão da existência de Deus.


O mais próximo que Krauss chega de justificar a sua tese é na seguinte passagem:


A ciência é um empreendimento ateísta. “Minha prática como cientista é ateísta”, disse o biólogo JBS Haldane, em 1934. “Isso quer dizer que, quando eu configuro uma experiência não suponho que nenhum deus, anjo, ou demônio vai interferir com o seu curso e esta suposição foi justificada pelo sucesso como eu consegui na minha carreira profissional”…. Em meus mais de trinta anos como um físico praticante, eu nunca ouvi a palavra “Deus” mencionada em uma reunião científica. A crença ou descrença em Deus é irrelevante para a nossa compreensão do funcionamento da natureza…


Isto é um bom argumento? Só se esta peça paralela de “raciocínio” também for um bom argumento:


O jogo de damas é um empreendimento ateísta. A minha prática como um jogador de damas é ateísta. Isso quer dizer que, quando eu movo uma peça do jogo no tabuleiro, eu assumo que nenhum deus, anjo, ou demônio vai interferir com o seu curso e essa suposição tem sido justificada pelo sucesso que consegui na minha carreira como um campeão de jogo de damas. Em meus mais de trinta anos como um jogador de damas, eu nunca ouvi a palavra “Deus” mencionado em um torneio de damas. A crença ou descrença em Deus é irrelevante para a nossa compreensão do funcionamento do jogo.


Portanto, não é apenas a ciência – o jogo de damas mesmo comprova o ateísmo! Quem sabia?


É claro que a falácia no último “argumento” é óbvia. Que não precisamos fazer nenhuma referência a X no curso de fazer Y não prova que X não existe. Não precisamos fazer nenhuma referência à relatividade geral ao estudar odontologia, mas isso não lança dúvidas sobre a descoberta de Einstein. Não precisamos fazer nenhuma menção da fisiologia das cestodas quando estudamos engenharia de pontes, mas isso não significa que os relatos de pessoas que têm tênias são todos falsos. Da mesma forma, o fato de que os cientistas não precisam fazer nenhuma referência a Deus ao estudar física, biologia, ou qualquer outra ciência não prova, ou mesmo sugere – que a existência de Deus é duvidosa.


O que a ciência pressupõe


Krauss poderia responder que, ao contrário de damas, odontologia, ou engenharia, a ciência abrange toda a realidade; Assim, se Deus existe, as provas de sua existência deveriam mostrar-se na investigação científica.


Existem dois problemas com esta sugestão. Em primeiro lugar, ele dá a questão por resolvida. Em segundo lugar, não é verdade.


Ele dá a questão por resolvida alegando que a ciência é o único meio racional de investigar a realidade, o precisamente o que está em questão entre os novos ateus como Krauss e seus críticos. Os argumentos filosóficos tradicionais da existência de Deus começam com o que qualquer possível teoria científica deve tomar para ser aceita – como a tese de que há um mundo natural a ser estudado, e que existem leis que regem este mundo que podemos descobrir através de investigação científica.


Os argumentos sustentam que, quaisquer que sejam os detalhes empíricos específicos que surjam, os fatos que há um mundo em absoluto e que não existem quaisquer leis que o regem não pode ter sentido a menos que haja uma causa não causada sustentando a existência desse mundo, um causa que existe de absoluta necessidade, em vez de meramente contingente (como o próprio mundo e as leis que o regem são meramente contingentes).


Demonstrar esses argumentos levariam mais de um parágrafo ou um pequeno artigo. Para um tratamento mais aprofundado, os leitores interessados ​​podem examinar o capítulo três de meu livro sobre Aquino. O ponto para efeito do presente é apenas isso: Do ponto de vista dos principais argumentos para a existência de Deus, é um erro pensar que o lugar para procurar evidências de Deus está dentro do domínio investigado pela ciência. Em vez disso, o lugar a procurar está em algum lugar mais fundamental, em que qualquer ciência possível deve-se pressupor.


A Regra do Jogo


Pense nisso desta maneira: você não pode descobrir por que existem tabuleiros de damas, olhando para as próprias regras das damas, que apenas dizem respeito o que se passa dentro do jogo. As regras dizem-lhe como cada peça se move, como o jogo é ganho, e assim por diante. Mas por que as peças são regidas por estas regras, especificamente, em detrimento de outras? Por que todas os tabuleiros de damas existem, em primeiro lugar? Nenhum escrutínio de regras pode  responder a essas perguntas. É impossível respondê-las, ou mesmo até entender as questões, a menos que você tome um ponto de vista de fora do jogo e suas regras.


Da mesma forma, o que a ciência descobre são, com efeito, as “regras” que regem o “jogo” que é o mundo natural. Seu domínio de estudo é o que é interno para a ordem natural das coisas. Ela pressupõe a existência de tal ordem, assim como as regras de damas pressupõem que existem coisas como tabuleiros e peças do jogo. Por isso mesmo, no entanto, a ciência não tem nada a dizer sobre porque é que há qualquer ordem natural ou leis em primeiro lugar, mais do que as regras de damas dizem-lhe porque existem quaisquer tabuleiro ou regras de damas em primeiro lugar.


Assim, a ciência não pode responder à pergunta porque é que há o mundo e as leis que o regem. Para responder a essas perguntas, ou até mesmo de compreendê-los corretamente, você deve ter um ponto de vista intelectual de fora do mundo e suas leis, e, portanto, fora da ciência. Você precisa olhar para a discussão filosófica, que vai mais fundo do que qualquer mera física pode descobrir.


O argumento de Krauss é tão inepto como a de alguém que acha que os tabuleiros de jogo de damas não têm motivo, porque não podemos encontrar nenhuma referência a tal causa nas regras de damas. Tal pessoa está procurando no lugar errado, assim como Krauss está procurando no lugar errado quando ele se limita a ciência ao encontrar alguma razão para afirmar uma causa não causada divina.


Claro, Krauss, sem dúvida, discorda de tudo isso e insiste no cientificismo, a visão de que a ciência sozinha nos dá conhecimento. A questão, porém, é que Krauss não nos deu nenhuma razão para aceitar o cientificismo. Ele simplesmente o assume, em vez de defende-lo. Mais uma vez, isso apenas levanta a questão contra seus oponentes. Os leitores interessados ​​são convidados a ler meu livro Metafísica Eclesiástica para uma crítica detalhada do cientificismo.


Análise Quantitativa versus Análise Qualitativa


Você não precisa acreditar em Deus, a fim de ver que a ciência não nos diz tudo o que há para saber sobre o mundo. Como enfatizado pelo filósofo Bertrand Russell, quem não era amigo da religião, os próprios métodos da física garantem que ela vai realmente nos dizer relativamente pouco sobre a natureza do mundo material. A razão é que a física limita-se a descrever a estrutura matemática do mundo, uma vez que apenas o que pode ser capturado por isso é suscetível de previsão e controle rigorosos. A natureza íntima da realidade que tem essa estrutura necessariamente cai através da rede metodológica da física. Como Russell escreveu em O ABC da Relatividade:


A física nos diz muito menos sobre o mundo físico do que pensávamos…


O que sabemos sobre o mundo físico… é muito mais abstrato do que era anteriormente suposto. Entre os organismos existem ocorrências, tais como ondas de luz; das legislações dessas ocorrências sabemos alguma coisa, apenas tanto quanto pode ser expressa em fórmulas matemáticas, mas sobre sua natureza não sabemos nada…


A teoria da relatividade tem feito um negócio muito grande a este respeito, e ao fazer isso nos levou cada vez mais perto a estrutura nua, que é a meta dos matemáticos – não porque é a única coisa que lhes interessa como seres humanos, mas porque é a única coisa que eles podem expressar em fórmulas matemáticas…


O físico… não sabe nada da matéria, exceto certas leis de seus movimentos…


Este ponto tem sido muitas vezes apresentado não só por filósofos da ciência, mas pelos próprios físicos. Por exemplo, à época em que Russell estava escrevendo isso, Arthur Eddington fez o mesmo ponto em A Natureza do Mundo Físico. Nos últimos anos, Lee Smolin e George Ellis queixaram-se da tendência de seus colegas físicos para confundir seus modelos matemáticos abstratos da realidade física com a natureza da própria realidade física.


Assim, é comicamente errado para Krauss afirmar em seu artigo recente que “quanto mais aprendemos sobre o funcionamento do universo, mais sem propósito ele parece”. Isto é completamente surpreendente, e assim continuará a ser, mesmo que o mundo seja absolutamente repleto de finalidade. A razão é que o propósito – que os filósofos chamam teleologia ou causalidade final – é uma noção-irredutivelmente qualitativa. Por isso, não pode ser capturada em conceitos quantitativos.


Se você limitar-se a conceitos quantitativos, como a física faz – então você está garantido que não vai encontrar um propósito, mesmo se ele está lá. O “argumento” de Lawrence Krauss para o ateísmo é como a de um artista que se limita a utilização de materiais preto e branco e, em seguida, conclui que, uma vez que a cor não aparece em seus desenhos de carros de bombeiros e maçãs, segue-se que bombeiros e maçãs não são realmente vermelhos.



Não apenas descortês mas amador


Krauss gosta de fingir – como ele faz em seu artigo no New Yorker – que a razão pela qual as pessoas criticam seu ateísmo “militante” é que o consideram como falta de educação. Isso é uma ilusão de auto-serviço. A razão pela qual Krauss tem tantos críticos é que cada vez que ele abre a boca sobre religião ou filosofia, ele demonstra conclusivamente apenas que ele não sabe o que ele está falando. Sua confiança é inversamente proporcional ao seu conhecimento real e habilidade na argumentação. Eu examinei as declarações anteriores de Krauss sobre filosofia e teologia em diversos artigos, que podem ser encontrados aqui, aqui e aqui (e aqui no Logos aqui),



Você não precisa aceitar minha palavra. Outras pessoas simpatizantes de Krauss têm sido muito crítica de suas tentativas amadoras à filosofia – como o filósofo ateu Massimo Pigliucci e até mesmo amigos de Krauss como o neo-ateu Jerry Coyne. O filósofo da física Albert David (que, ao contrário de Krauss, sabe alguma coisa sobre a física e a filosofia) tem sido particularmente duro com Krauss.


Seus colegas cientistas não precisam dos conselhos de Krauss, mas talvez ele se daria bem se dissessem para ele parar de falar tanta besteira. Em particular, ele poderia fazer menos militância e balbúcia, e mais esforço em adquirir alguns conhecimentos básicos reais sobre as idéias que ele está criticando.


Edward Feser é professor associado de Filosofia em Pasadena City College. Ele bloga aqui. Seu livro mais recente é Ensaios neo-escolásticos.


Fonte: http://www.thepublicdiscourse.com/2015/09/15760/

Tradução: Emerson de Oliveira

Leia mais: http://logosapologetica.com/os-cientistas-devem-dizer-a-lawrence-krauss-para-se-calar/#ixzz4A08x2djP

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« Última modificação: 29 de Maio de 2016, 04:49:03 por JJ »

Offline JJ

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #71 Online: 29 de Maio de 2016, 04:47:37 »


A análise de Edward Feser sobre a postura de LK concorda com a impressão que eu tive depois de ver o debate entre WLC e LK.


Offline Geotecton

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #72 Online: 29 de Maio de 2016, 11:55:30 »
Assim que eu puder, vou contra-argumentar a "tonelada" de asneiras crentes deste ensaio infame.

Mas o que mais me surpreende é você, JJ, não perceber que os "argumentos" destes crentes baseiam-se em vários equívocos, incluindo um conjunto de petição de princípio.
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #73 Online: 29 de Maio de 2016, 16:49:13 »
Curioso o nome de arquivo da imagem, "s-LAWRENCE-KRAUSS-CREAITIONISM-TALIBAN-large300".


Acho que até tem algum sentido em falar coisas como "não se sabe mais sobre a matéria além de como ela se comporta e do que se compõe" (e não saber "do que" se compõem seus componentes fundamentais, etc)... ou como quer que se expresse aquilo tudo que se possa dizer que se saiba, e o que não se saiba... mas daí a isso licenciar seriedade quanto a especulações sobre "propósito", nada mais é do que um apelo a piedade para que poupem o wishful thinking de críticas por quem aponta ser algo sem embasamento factual algum.

Offline Sdelareza

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Re:A Ideologia Cientificista
« Resposta #74 Online: 29 de Maio de 2016, 20:15:52 »
O Lawrence Krauss defende que o cientista consegue fazer ciência independente do que os filósofos da ciência definiram ou não o que é ciência. A ciência já era exercida bem antes de haver uma formalização filosófica sobre o tema.

Concordam?

Os egípcios e romanos usaram matemática para trabalhos de engenharia e agricultura.

Mas usar matemática nesse sentido pode ser considerado ciência? Lembrem-se que matemática é algo diferenciado da ciência
(outros dizem que engenharia e medicina não são ciências, são artes práticas).

Ou uma pesquisa aplicada pode ser considerada ciência?

Ou será que a ciência passou a ser exercida a partir do momento que foram criados os primeiros institutos de pesquisa,
com o nascimento da pesquisa básica?


 

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