Autor Tópico: Coletes Amarelos  (Lida 1881 vezes)

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Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #50 Online: 18 de Março de 2019, 15:56:59 »
Mas é preciso não só repensá-lo mas substitui-lo por algo melhor - isso é, retomar, no nosso tempo, a velha questão de superar o capitalismo por uma forma de sociedade superior, e respondê-la de forma nova.
Mas Macron, que fique claro, é parte do problema, não da solução.
Muita automação e muitas riquezas materiais, para todos.

Muita auto ilusão.

Falta FÉ em você. É preciso ter FÉ.


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Offline Geotecton

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #51 Online: 18 de Março de 2019, 16:51:39 »
Mas é preciso não só repensá-lo mas substitui-lo por algo melhor - isso é, retomar, no nosso tempo, a velha questão de superar o capitalismo por uma forma de sociedade superior, e respondê-la de forma nova.
Mas Macron, que fique claro, é parte do problema, não da solução.
Muita automação e muitas riquezas materiais, para todos.

Muita auto ilusão.

Falta FÉ em você. É preciso ter FÉ.

Vou me redimir: farei uma peregrinação ao longo do Vale do Silício e visitarei a tumba de Marx.
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Offline Geotecton

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #52 Online: 18 de Março de 2019, 16:52:52 »
Mas é preciso não só repensá-lo mas substitui-lo por algo melhor - isso é, retomar, no nosso tempo, a velha questão de superar o capitalismo por uma forma de sociedade superior, e respondê-la de forma nova.
Mas Macron, que fique claro, é parte do problema, não da solução.
Muita automação e muitas riquezas materiais, para todos.
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Eu creio na Ciência e com a Tecnologia nada me faltará.

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« Última modificação: 18 de Março de 2019, 16:55:31 por Geotecton »
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Offline Peter Joseph

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #53 Online: 18 de Março de 2019, 17:57:59 »
Mas é preciso não só repensá-lo mas substitui-lo por algo melhor - isso é, retomar, no nosso tempo, a velha questão de superar o capitalismo por uma forma de sociedade superior, e respondê-la de forma nova.
Mas Macron, que fique claro, é parte do problema, não da solução.
Muita automação e muitas riquezas materiais, para todos.
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E voce acha que a sua fé de que só o capitalismo pode dar jeito na crise ambiental, mesmo não estando nem perto disto, é superior?  :histeria:

É incrível como tem gente que não consegue se conter em escrever uma resposta a um tópico mesmo não tendo nada de util pra falar sobre ele. Escrever merda é irresistível pra vocês  :biglol:
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

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Offline Peter Joseph

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #54 Online: 18 de Março de 2019, 18:05:17 »
"Na mão invisível capitalista nós cremos."  :histeria:
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Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #55 Online: 18 de Março de 2019, 19:34:01 »
"Na mão invisível capitalista nós cremos."  :histeria:


 A Santa Mão Invisível  !    :quase-anjo:


 Como ousa duvidar dela seu incrédulo  do mercado e adepto da seita CLTA ?





Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #56 Online: 18 de Março de 2019, 19:38:16 »

CLTA é uma seita perigosa,  os seus adeptos  acreditam que a ciência ateísta  continuará  progredindo e que seus sacerdotes cientistas irão conseguir criar algo superior  a divina  criação: o Homem. 


O Homem é criação divina, nenhum cientistazinho conseguirá fazer algo sequer igual, muito menos ultrapassar. Só uma seita comunista ateísta é que poderia  vir com tais insultos.



Offline Peter Joseph

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #57 Online: 18 de Março de 2019, 23:04:48 »
Claro, o Capitalismo e liberalismo irão dar jeito na crise ambiental. SÓ QUE NÃO  :hihi:

https://www.theguardian.com/commentisfree/2019/mar/18/ending-climate-change-end-capitalism
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Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #58 Online: 19 de Março de 2019, 08:56:11 »


Os ateus tem que tirarem o cavalinho da chuva, o  Homem é uma criação divina, e como tal jamais será ultrapassado, e tampouco será igualado,  por criações de cientistazinhos e engenheirinhos, que não passam de uns babacas.   Por isso, a CLTA é uma fantasia de ateus  incréus .


 :biglol:






« Última modificação: 19 de Março de 2019, 08:58:45 por JJ »

Offline Geotecton

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #59 Online: 19 de Março de 2019, 08:58:11 »
Mas é preciso não só repensá-lo mas substitui-lo por algo melhor - isso é, retomar, no nosso tempo, a velha questão de superar o capitalismo por uma forma de sociedade superior, e respondê-la de forma nova.
Mas Macron, que fique claro, é parte do problema, não da solução.
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E voce acha que a sua fé de que só o capitalismo pode dar jeito na crise ambiental, mesmo não estando nem perto disto, é superior?  :histeria:

Eu 'não acho nada', porquê não lido com 'achismos' em nenhuma de minhas atividades.

E também não tenho nenhum tipo de fé.

Se você se desse ao trabalho de ler minhas postagens mais antigas, constataria facilmente que sou um crítico do capitalismo na parte ambiental.


É incrível como tem gente que não consegue se conter em escrever uma resposta a um tópico mesmo não tendo nada de util pra falar sobre ele.

Está escrevendo se olhando no espelho, certamente.


Escrever merda é irresistível pra vocês  :biglol:

A diferença fundamental é que eu lido com Ciência desde 1983 (mais de 35 anos), e na área ambiental sou consultor a mais de 15.

Qual é a sua formação ou experiência em Ciência e na área ambiental?
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Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #60 Online: 19 de Março de 2019, 13:47:27 »
Claro, o Capitalismo e liberalismo irão dar jeito na crise ambiental. SÓ QUE NÃO  :hihi:


É o Socialismo e o estatismo que irão resolver:



Chernobyl: a maior tragédia da história foi causada pelo socialismo

Por Camilo Caetano - 26/04/2016

 Compartilhe:


A explosão na usina nuclear estatal de Chernobyl, na Ucrânia, completa 30 anos nesta terça-feira (26) sem ter deixado o posto de pior desastre da história, o que coloca em cheque a falácia de que o regime socialista, com estatização total, cuida melhor do meio ambiente do que empresas privadas.


O desastre de Chernobyl foi causado não apenas por erros de operação da estatal, mas também por um projeto negligente dos socialistas que não especificou nenhum recipiente de contenção em caso de acidente.


Outro acidente nuclear até então era considerado o pior do mundo àquela época e também havia ocorrido no regime socialista da União Soviética: a explosão de um tanque de armazenamento de resíduos sólidos no complexo de armas nucleares de Mayak, em 1957, o que dispersou de 50 a 100 toneladas de resíduos altamente radioativos, contaminando um imenso território a leste dos Urais.


Além desses acidentes nucleares, diversas outras tragédias ambientais foram causadas por estatais da URSS:


A poluição do Lago Baikal, o mais antigo, o mais profundo e o até então mais limpo corpo de água doce do mundo. A poluição foi causada por fábricas de papel e outras indústrias soviéticas que despejavam resíduos não-tratados no lago.

O quase desaparecimento do outrora vasto mar de Aral, que secou devido ao desvio de sua água para irrigação, deixando para trás um deserto de sal envenenado por agrotóxicos.
Desastrosos incêndios em regiões de turfas nos arredores de Moscou, um legado de projetos soviéticos mal planejados e mal implantados que tinham o objetivo de drenar os pântanos locais.
Enormes emissões de gases poluentes em decorrência de uma forte dependência de carvão e de uma matriz energética muito menos eficiente do que a das economias capitalistas.
Elevados níveis de poluição do ar nas grandes cidades causados por fábricas próximas a áreas povoadas e que operavam com um mínimo, ou nenhum, controle de poluição.
Práticas agrícolas e florestais destrutivas, levando a uma erosão generalizada e à destruição de habitats.


Para concluir:  países economicamente livres ou capitalistas podem não ter resolvido todos os problemas de desastres ambientais, mas o socialismo e a estatização de empresas nunca foram a solução. Muito pelo contrário, o socialismo, além de proliferar a miséria e a fome, conseguiu causar maiores danos ambientais e sociais do que empresas capitalistas.

Veja algumas imagens de Chernobyl:

radiação destruiu milhares de vidas


Segundo a Academia Nacional de Ciências da Belarus, 2 bilhões de pessoas no mundo foram afetadas pelo desastre, sendo que 270 mil desenvolveram algum tipo de câncer. 93 mil morreram em virtude da doença  cidades foi abandona


Chernobyl virou uma verdadeira cidade fantasma 30 anos após o acidente



http://www.ilisp.org/artigos/chernobyl-maior-tragedia-da-historia-foi-causada-pelo-socialismo/

Offline Peter Joseph

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #61 Online: 20 de Março de 2019, 09:49:20 »
Exatamente, "socialismo" + estatismo ou mesmo estatismos diferentes, jamais resolverão  :arrow: Anarco-comunismo.  :ok:

(JJ e o velho espantalho URSS)
« Última modificação: 20 de Março de 2019, 09:55:15 por Peter Joseph »
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

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Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #62 Online: 20 de Março de 2019, 10:11:41 »
Exatamente, "socialismo" + estatismo ou mesmo estatismos diferentes, jamais resolverão  :arrow: Anarco-comunismo.  :ok:




Essa coisa que você chama de anarco-comunismo  seria algo completamente voluntário  ou envolveria uso de força/coerção  para obrigar indivíduos que não concordassem com as ideias e valores anarco-comunistas ?




Offline Cinzu

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #63 Online: 20 de Março de 2019, 10:51:53 »
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #64 Online: 20 de Março de 2019, 11:05:40 »
Exatamente, "socialismo" + estatismo ou mesmo estatismos diferentes, jamais resolverão  :arrow: Anarco-comunismo.  :ok:



 :?:


Como seria uma comunidade anarco-comunista


Uma tentativa simples de comparar o que a sociedade capitalista atualmente é e como poderia ser numa baseada no comunismo libertário:Ambiente simplificado: uma fazenda, com plantas frutíferas, que servem como meio de subsistência.Capitalismo: as pessoas transportam todas as frutas até o armazém. Em troca, recebem um salário que permite adquiri-las (fetichismo do consumo/alienação do trabalho).Resta um excedente (teoria da mais-valia) que é apropriado pelos "donos" do armazém (gerindo "recursos escassos"). Ele então o usa para comprar a força de trabalho de outras pessoas (novamente trabalho alienado) . Como deseja "alocar os recursos eficientemente" ele o aplicará em algo que possa "maximizar seus lucros" e o que poderia ser isso? Ora, ele treina um exército armado que passa a atacar outras fazendas forçando sua população nativa a também trocar sua atividade espontânea por um salário, sucessivamente.Caso eles se recusem a instituição de propriedade privada ou queiram governar suas por si mesmos são criadas "leis" mantidas com o uso de força.Como os faraós, que nunca pensariam em usar suas riquezas para beneficiar a população, mas para idolatrar os deuses no qual atribuíam a fonte de seu poder.


Comunismo Libertário:as pessoas consomem os recursos por si mesmas, autonomamente, mas se reúnem em conselhos para discutir o modo como sua atividade individual influi nas demais ou meios de explorar sua ação coletivamente de forma a maximizar objetivos comuns ou avaliar os riscos causados a suas vidas futuras.O excedente é usado livremente, para construir, de maneira autônoma, obras que satisfaçam necessidades humanas, como lhes convém num modelo onde a liberdade humana de manipular as ferramentas gera mais formas de manipulá-las, expandindo cada vez a liberdade lhes conferida como pessoas invés dela ser usada como um meio de controlá-las sob a forma de emprego ou marketing. A atividade criativa humana não é reduzida a uma "mercadoria" e nem a um meio de "aumentar o capital" (traduzido em controle da atividade humana).
O dinheiro acumulado dentro dos bancos não tem um valor real. Se fosse distribuído entre as pessoas ele imediatamente perderia o valor, como ocorre nos casos de hiperinflação.Ele é uma fonte de controle sobre a atividade humana e dos recursos da terra, para todas as gerações vindouras. Como se, por tê-lo, eles tivessem direito a todas as centenas de planetas habitáveis hipotéticos a serem encontrados em outra parte do universo.Ele é um título representando nossa submissão, equivalente aos títulos que garantiam a posse de uma pessoa a seus escravos.Uma atividade que é, em si, tão absurda quanto uma nação militarizada acumular centenas de bombas nucleares capazes de destruir o mundo inúmeras vezes.E, no entanto, essa é exatamente a sociedade que vivemos.


Postado há 12th August 2015 por Flautista de Hamelin



http://manifestoaeconomiadovicio.blogspot.com/2015/08/como-seria-uma-comunidade-anarco.html




 :?:





Offline Peter Joseph

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #65 Online: 20 de Março de 2019, 22:20:24 »
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

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Offline Sergiomgbr

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #66 Online: 20 de Março de 2019, 22:50:27 »
Leia tudo:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Anarcocomunismo
Tudo já considerado e refutado amiúde por Thomas Hobbes em "Do Cidadão" e "Leviatã". Que dó, que dó.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Fernando Silva

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #67 Online: 21 de Março de 2019, 08:13:54 »
Como seria uma comunidade anarco-comunista

Uma tentativa simples de comparar o que a sociedade capitalista atualmente é e como poderia ser numa baseada no comunismo libertário:Ambiente simplificado: uma fazenda, com plantas frutíferas, que servem como meio de subsistência.
Simplificação arbitrária que talvez (talvez) pudesse ser tentada com o modo de vida de uns 10 mil anos atrás.

Irreal e delirante num planeta com 7,5 bilhões de habitantes onde a maioria vive em cidades e a terra fértil é preciosa demais para ser desperdiçada com fazendinhas ineficientes.

Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #68 Online: 21 de Março de 2019, 09:21:53 »
Como seria uma comunidade anarco-comunista

Uma tentativa simples de comparar o que a sociedade capitalista atualmente é e como poderia ser numa baseada no comunismo libertário:Ambiente simplificado: uma fazenda, com plantas frutíferas, que servem como meio de subsistência.
Simplificação arbitrária que talvez (talvez) pudesse ser tentada com o modo de vida de uns 10 mil anos atrás.

Irreal e delirante num planeta com 7,5 bilhões de habitantes onde a maioria vive em cidades e a terra fértil é preciosa demais para ser desperdiçada com fazendinhas ineficientes.



Eu tomaria um  certo cuidado em sair  classificando a  agricultura extensiva como eficiente,  pois para começo de conversa grande parte das terras do agronegócio são voltadas para produzir comida para gado que posteriormente é usado como alimento e não tem nada de eficiente nessa história em termos de produção de alimento para alimentar pessoas. 

A racionalidade para produzir alimentos para alimentar pessoas passa longe dessa agricultura de monocultura de soja.
 

Isso é conversa fiada para enganar tontos. Ou conversa para alimentar gado.


« Última modificação: 21 de Março de 2019, 09:40:38 por JJ »

Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #69 Online: 21 de Março de 2019, 09:28:50 »

Maior parte dos grãos vira ração, e não alimento humano


Reduzir ou tirar as carnes do cardápio reduz enormemente a demanda por monoculturas e uso de terras. A mudança favorece sistemas agrícolas mais saudáveis e sustentáveis



A produção de carnes e outros produtos de origem animal requer extensas áreas e o uso maciço de recursos naturais escassos. A pecuária ocupa 75% das terras aráveis do planeta, principalmente para pastagem e produção de ração – embora seja responsável por apenas 12% das calorias consumidas globalmente. No Brasil, milhões de hectares de vegetação nativa, em ecossistemas como a Amazônia e o Cerrado, foram perdidos para a abertura de pastos e para o cultivo de grãos como a soja, usada predominantemente como ração para animais.


Um relatório recente feito pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e pela Agência Alemã para a Cooperação Internacional mostrou que a pecuária é o setor da economia brasileira com os maiores custos em termos de perda de capital natural: para cada R$ 1 milhão de receita do setor, R$ 22 milhões são perdidos devido a perda de capital natural e outros danos ambientais. De forma semelhante, estima-se que as operações de abate e processamento de animais custam ao país, em danos ambientais, 371% a mais do que a receita que geram.

+ A multiplicação das demandas: por que a indústria da alimentação está se transformando

A possibilidade de reverter o impacto negativo de uma economia ainda centrada no uso de animais, e ao mesmo tempo atender à demanda de uma população crescente e mais afluente, representa um grande desafio. A boa notícia é que uma revolução na forma de consumir e produzir alimentos já está em curso.


Por um lado, consumidores e governos se conscientizam dos problemas ambientais, éticos, de saúde e econômicos associados a criação de bilhões de animais anualmente, com empresas e investidores cada vez mais conscientes dos riscos da associação direta e indireta a práticas nocivas. Por outro, cientistas e empreendedores no mundo todo estão explorando formas inovadoras de desenvolver substitutos de carnes, leites e ovos. Segundo Eric Schmidt, presidente do Google até 2011, “uma revolução irá ocorrer, na qual as proteínas vegetais irão substituir a carne nas próximas décadas”. De fato, gigantes mundiais do setor já começam a mudar de rumo: recentemente a Tyson Foods, a Maple Leaf Foods e a Unilever fizeram investimentos milionários no mercado de proteínas vegetais e substitutos para carnes.


+ O futuro da comida está na verdade, não em rótulos obscuros, afirma a ativista Francine Lima


Uma pesquisa recente da Universidade de Oxford mostra também que a redução no consumo de carnes seria também benéfica à saúde de todos e aos cofres públicos: no Brasil, ela poderia economizar mais de R$ 100 bilhões em gastos com saúde e perda de produtividade no trabalho até 2050, quase metade do investimento necessário para expandir os serviços de saneamento e tratamento de água para os 100 milhões de brasileiros que ainda não o possuem. A mudança para dietas vegetarianas e veganas representaria uma economia ainda maior, associada à redução no número de casos de diabetes e doenças cardiovasculares.


O Brasil corre o risco de perder o bonde da história se demorar para investir nessa mudança – por um lado, estamos comprometendo nosso capital natural, exportando carne e ração barata sem embutir os altos custos ambientais praticados em solo brasileiro; por outro, teremos que importar tecnologia alimentar em um futuro bastante próximo.


A certeza que temos é de que a mudança para uma alimentação "mais vegana" é essencial para enfrentar esses desafios sociais, éticos e ambientais. A pergunta que segue sem resposta, porém, é: de que lado o Brasil vai ficar?


* Cynthia Schuck, Coordenadora Científica e de Meio Ambiente da Sociedade Vegetariana Brasileira; Alessandra Luglio, Coordenadora do Departamento de Saúde e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira; e Guilherme Carvalho, Secretário-executivo da Sociedade Vegetariana Brasileira



https://epocanegocios.globo.com/colunas/noticia/2018/04/maior-parte-dos-graos-vira-racao-e-nao-alimento-humano.html


Offline JJ

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #70 Online: 21 de Março de 2019, 09:36:12 »

ÁGUA E AGRONEGÓCIO: UMA RELAÇÃO A SER MAIS BEM EXAMINADA


Água e agronegócio: uma relação a ser mais bem examinada



Quando se analisa o aumento no volume das exportações brasileiras de soja, carne e açúcar e, consequentemente, constata-se o aumento do volume de água embutido nessa produção, conclui-se que é necessário pensar sobre os possíveis impactos ambientais que a exportação de produtos primários e semimanufaturados pode estar tendo sobre nossos recursos hídricos

 
Artigo de autoria de Osvaldo Aly Junior*, originalmente publicado no Le Monde Diplomatic em 2/6/2017


As cadeias produtivas da agricultura e das agroindústrias têm cada vez mais impactado os recursos naturais em nosso país. Recentemente a água tem se tornado objeto de atenção por conta de diferentes impactos e disputas (muitas vezes não explícitas) relacionadas com a mercantilização das águas doces, que envolve a manutenção dos ecossistemas, a agricultura de alimentos e de exportação, o setor urbano e industrial e a necessidade de garantir a segurança hídrica da população.


Pelo menos quatro fatores merecem ser destacados por terem contribuído para esse quadro atual de avanço do agronegócio1 sobre a água superficial e subterrânea: (i) a crise da produção de proteína animal, em razão da doença da vaca louca na Europa e nos Estados Unidos; (ii) a urbanização e a mudança de hábitos alimentares em países do Oriente Médio e da Ásia (com destaque para a China); (iii) a elevação da demanda mundial de soja e etanol; (iv) a necessidade de o Brasil obter moedas internacionais para fazer frente aos custos das importações e pagamento da conta serviços.


A doença da vaca louca, no final dos anos 1990, que dizimou boa parte do rebanho bovino principalmente na Europa, foi resultado da adição, na ração, de uma farinha composta por sangue e ossos de animais abatidos. A proibição dessa prática, somada à falta de áreas para a criação em pasto, elevou a importação de soja, com o consequente aumento dos custos de produção, o que desencadeou a transferência da produção de bovinos para fora do continente. Essas foram as principais causas do aumento da produção de soja e bovinos no Brasil.


Para que se tenha uma ideia do peso desse setor em nossa balança comercial, em 2016 a exportação de proteínas animais (carne bovina, suína e aves) representou 20% do total das exportações brasileiras (mais de US$ 14 bilhões), ficando a soja com 5,8% (US$ 4,04 bilhões) do total das exportações.


A Revolução Verde,2 dispondo de vultosos financiamentos internacionais, vendeu a ideia de que o problema da segurança alimentar seria resolvido pela simples adoção de um pacote de tecnologias. Ela permitiu a intensificação da produção para atender à demanda do abastecimento do mercado interno e permitiu exportar commodities da agropecuária. Contudo, em vários países isso trouxe consequências ambientais trágicas, esgotando e contaminando os recursos hídricos com agrotóxicos.


O caso da Arábia Saudita é emblemático. No intento de se tornar um grande exportador de trigo, o país esgotou um importante aquífero que proveu segurança hídrica para sua população durante milênios. Entre 1987 e 2015, o país entrou numa viagem sem retorno, chegou a ser o sexto maior exportador mundial de trigo e em 2016 não plantou um pé de trigo. Como resultado, elevou ainda mais sua dependência da importação de alimentos e iniciou a dessalinização da água do mar para garantir o consumo humano. Outro caso é o sistema de irrigação da amêndoa e do pistache adotado na Califórnia, com níveis de desperdício sem precedentes, levando ao afundamento (subsidência) dos terrenos.


A indústria alimentar vem promovendo erosão genética e uniformização do padrão alimentar mundial com um custo energético, hídrico e ambiental elevado. A base desse sistema, a montante, é a indústria petrolífera, que controla o setor produtor de agrotóxicos, adubos e sementes, e, a jusante, a indústria alimentar, que tenta impor um padrão alimentar de tipo europeu e norte-americano para todo o globo. Cada vez mais o que se come nas grandes cidades ao redor do mundo é a mesma base alimentar. Esse sistema produtivo é responsável pela perda de 30% de todos os alimentos que se produz, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Essa uniformização da alimentação e da produção em países tropicais desloca, marginaliza e mina a base alimentar local. Um bom exemplo vem da China, com a introdução da carne bovina na dieta.


Esse país também deslocou parte de sua produção e abastecimento de proteínas animal (frango, suínos e bovinos) e vegetal (soja) para a África e a América do Sul. O mesmo ocorreu com a carne de frango nos países árabes. Mais recentemente, na Ásia, os recorrentes surtos de gripe aviária aumentaram a importação de carne de frango.


Esses sistemas de alta produtividade, intensivos no consumo de recursos naturais, são grandes demandadores de recursos hídricos, sejam eles superficiais ou subterrâneos. Essa forma de fazer agricultura, juntamente com o processo de urbanização3 da população, aumenta as batalhas pelo acesso, controle e consumo de água, gerando disputas inexistentes até então.


Para ter uma ideia, enquanto desde 1950 a população mundial triplicou, a demanda por água cresceu seis vezes. No Canadá, entre 1972 e 1991, a população cresceu 3%, e o consumo de água, 80%, segundo a ONU. Na Alemanha, um cidadão consome nove vezes mais água que um da Índia, ou seja, o bem-estar nas sociedades de consumo desenvolvidas está associado à elevação do consumo de água e à disputa pela água entre os usos tradicionais e os novos usos.


No Brasil, esse avanço da produção e da exportação de produtos primários ou semimanufaturados promoveu o deslocamento e a substituição de antigas lavouras e de pastagens pela soja, o milho, a cana-de-açúcar e o algodão, avançando sobre as áreas do cerrado e empurrando o gado em direção à floresta amazônica, juntamente com o cultivo de soja.


Nessa conjuntura de aumento da demanda internacional por commodities agrícolas e obtenção de moeda internacional, no segundo governo FHC foi retomado um conjunto de políticas para elevar os volumes de produção por meio do fomento à produção, da modernização de parte do setor da agricultura familiar via crédito subsidiado, da renovação do parque de máquinas e implementos, da assistência técnica e do apoio à comercialização e à exportação. Essa política teve sua continuidade nos governos Lula e Dilma.


Assim, nos últimos dezenove anos, tivemos o fortalecimento econômico e político do setor ruralista de tal forma que se convenceram diferentes segmentos da sociedade de que a finalidade do agronegócio é o bem de todos. Com isso, conseguiu-se o apoio de parte da esquerda na mudança promovida no Código Florestal. Esse setor, após o golpe de 2016, apresentou um conjunto de propostas regressivas, como mudar a legislação trabalhista no meio rural, afrouxar o licenciamento ambiental, travar a definição de trabalho escravo, suspender a demarcação dos territórios indígenas e quilombolas, retomar a exploração de minérios na região amazônica, entre outras.


A postura revela que os ganhos do agronegócio têm forte dependência da dilapidação dos recursos humanos e naturais. Dessa maneira, terra, água e mão de obra oferecidas a preços baixos distorcem as decisões relacionadas com a produção agrícola e com a exportação de alimentos e ficam expostas nas propostas de alteração da legislação apresentada por esse setor a fim de aumentar os impactos ambientais do agronegócio exportador.


Esse aparente consenso em torno da importância do agronegócio para o país gerou uma postura um tanto passiva nas diferentes esferas do governo e fica bem marcado nos conflitos e disputas pelo acesso à água, como ocorre na Bacia do São Francisco, na atual crise hídrica do Distrito Federal.
Nosso país, em função de sua formação geográfica, ambiental e do regime de chuvas, consegue obter duas colheitas anuais em lavouras de sequeiro (não irrigadas). Isso explica por que até o presente somos o país com a menor taxa de áreas irrigadas na América Latina: apenas 16%.


Segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2006, o número de estabelecimentos agropecuários que irrigam seus cultivos é de 329 mil, num universo de 4,5 milhões. Esses estabelecimentos constituem 7% da área agrícola do país (4,5 milhões de hectares); seu volume representa 16% do total e gera 35% do valor comercializado pela agricultura brasileira. Entretanto, as perdas na irrigação são muito altas, não apenas no Brasil. A FAO estima que, no mundo, cerca de 70% do volume de água ofertado nos perímetros irrigados se perde por evaporação ou percolação. A redução de 10% desse volume permitiria abastecer metade da população mundial.


É importante esclarecer que a água é vital para a produção agrícola e a criação animal. A questão está na quantidade consumida. O nó é que, quanto maior a produtividade e a velocidade de desenvolvimento da planta, maior o consumo de água. Até recentemente esse tema não fazia parte da agenda daqueles que trabalham com o melhoramento das plantas.


Para ter uma ideia do que representa esse consumo, empregando-se a metodologia da pegada hídrica,4 para produzir 1 tonelada de legumes, trigo, soja e gado bovino, o consumo de água é, respectivamente, 1 milhão de litros, 1,45 milhão de litros, 1,8 milhão de litros e entre 15 milhões e 42,5 milhões de litros. Outra análise para avaliar a eficiência do consumo de água é a renda gerada em dólar por quilograma vendido – no caso dos legumes, a média é de US$ 0,50; para o trigo, US$ 0,08; e, para a carne bovina, US$ 0,005.


Quando se analisa o aumento no volume das exportações brasileiras de soja, carne e açúcar e, consequentemente, constata-se o aumento do volume de água embutido nessa produção, conclui-se que é necessário pensar sobre os possíveis impactos ambientais que a exportação de produtos primários e semimanufaturados pode estar tendo sobre nossos recursos hídricos. Entre 1997 e 2005, o volume de água empregado na produção e exportação apenas nesses três produtos saltou de 27,1 bilhões de litros para 460,1 bilhões de litros.


O avanço do desmatamento da Amazônia, a pressão agroexportadora e as mudanças climáticas colocam em risco essas vantagens comparativas naturais, já que a previsão é o aumento de períodos maiores de seca e crise hídrica para nossa população. Esse quadro elevará a demanda das águas superficiais e subterrâneas e poderá afetar a vida dos rios perenes e dos ecossistemas, já que são as águas subterrâneas que perenizam o leito dos rios e são exploradas quase sem controle pelos órgãos estaduais.


No caso do São Francisco, essa situação é preocupante, pois o aumento da captação de águas subterrâneas para irrigação de lavouras no norte de Minas (fruticultura) e no oeste baiano (soja e algodão, principalmente) tem como fonte o Aquífero Urucuia. Esse aquífero, no período das secas, é responsável por mais de 80% do volume de água do Rio São Francisco. Também é aí que ocorre a derivação de suas águas para o semiárido. Ou seja, existem diferentes tipos de uso, e é a pressão da sociedade civil que leva os órgãos gestores a agir.


Recentemente, a crise de abastecimento de água no Distrito Federal tem levantado a mesma questão sobre os diferentes tipos de uso e quem vai pagar a conta da falta de água. Em São Paulo, a crise hídrica dos anos 2013-2015 atingiu pelo menos 78 cidades do interior, cujo abastecimento de água depende dos mananciais superficiais, o que acende uma luz para os processos de uso e ocupação do solo nessas bacias hidrográficas tomadas pelas culturas do eucalipto e da cana-de-açúcar, que promovem o avanço desordenado sobre a captação de águas subterrâneas.


É importante ressaltar que, do total da chuva precipitada, 80% é perdida para a atmosfera pela evapotranspiração, 10,8% vai para os aquíferos e 9,2% escorre superficialmente. Dessa maneira, as práticas conservacionistas mostram-se extremamente relevantes para garantir o armazenamento de água para a planta, a manutenção da vazão dos rios e a promoção da recarga dos aquíferos.


Ao mesmo tempo, além do aumento considerável no consumo de água, o desmatamento da Amazônia pela expansão da soja e criação de gado bovino coloca em risco o mecanismo de formação das chuvas de interior, produto dos chamados rios voadores formados pela evapotranspiração da floresta que é levada pelos ventos para os Andes e de lá desce e precipita nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Esse processo terá impacto não apenas sobre a vida humana, mas também sobre os ecossistemas e toda a economia.


Por entender que a água é um bem comum, e não uma mercadoria, e para discutir processos de gestão democrática e se contrapor à apropriação privada e predadora pelos diferentes setores exportadores de commodities, entre eles o agronegócio, um conjunto de organizações da sociedade civil decidiu organizar o Fórum Alternativo Mundial da Água (Fama) 2018, a ser realizado em março, em Brasília.


*Osvaldo Aly Junior, engenheiro agrônomo, membro da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), doutorando em Gestão de Águas Subterrâneas no IGc-USP, é pesquisador do Nupedor/Uniara-SP


1 Não é objeto do presente artigo, mas o mesmo vale para a produção de commodities minerais.
2 Nome dado ao pacote tecnológico que envolve melhoramento genético, uso intensivo de agrotóxicos e adubação, mais a mecanização. A Revolução Verde trouxe como resultado aumento da produção e da produtividade de uma série de produtos, porém acentuou os impactos dessas atividades sobre o ambiente.
3 Para ter uma ideia da disputa pela água entre consumo urbano e rural, na Califórnia, cuja maioria do território está localizada em regiões semiáridas, do total do consumo urbano, 50% se destina à rega dos jardins.
4 Pegada hídrica é o volume total de água doce utilizado para produzir os bens e serviços consumidos pelo indivíduo, comunidade ou produzidos pelas empresas. Ele avalia seu uso de forma direta e indireta.



http://www.fenae.org.br/portal/fama-2018/noticias/agua-e-agronegocio-uma-relacao-a-ser-mais-bem-examinada.htm


Offline Fernando Silva

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #71 Online: 21 de Março de 2019, 10:07:03 »
Simplificação arbitrária que talvez (talvez) pudesse ser tentada com o modo de vida de uns 10 mil anos atrás.

Irreal e delirante num planeta com 7,5 bilhões de habitantes onde a maioria vive em cidades e a terra fértil é preciosa demais para ser desperdiçada com fazendinhas ineficientes.
Eu tomaria um  certo cuidado em sair  classificando a  agricultura extensiva como eficiente,  pois para começo de conversa grande parte das terras do agronegócio são voltadas para produzir comida para gado que posteriormente é usado como alimento e não tem nada de eficiente nessa história em termos de produção de alimento para alimentar pessoas. 
A atual agricultura permitiu que a população saltasse de 1 bilhão em 1830 para 7,5 bilhões atualmente (depois de ter passado dezenas de milhares de anos relativamente estável).

Podemos questionar o consumo de carne, o uso inadequado de defensivos agrícolas (sim, inadequado, já que eles são indispensáveis), os métodos de irrigação etc., mas voltar aos métodos primitivos e ineficientes de cada família com sua fazendinha seria suicídio coletivo.

A menos que uns 6 bilhões de seres humanos decidam morrer para que os restantes tenham uma vida melhor.

Offline Peter Joseph

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #72 Online: 21 de Março de 2019, 10:10:26 »
A questão da agricultura já pode ser facilmente resolvida com a tecnologia atual, por meio de hidroponia urbana em larga escala e automatizada, feita em edifícios.

Mas ocorre que a máfia capitalista do agronegocio mantém sua hegemonia por meios lobbystas e outros. E mesmo que isto fosse algo incentivado e buscado por estados, isto tornaria a comida muito abundante e a lucratividade cairia, tornando o negócio inviável e altamente concentrado em monopólios.

Não dá de buscar o lucro com a atual tecnologia, se tornou altamente destrutivo para o ambiente e para economia.
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Offline Peter Joseph

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« Última modificação: 21 de Março de 2019, 10:21:26 por Peter Joseph »
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Offline Fernando Silva

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Re:Coletes Amarelos
« Resposta #74 Online: 21 de Março de 2019, 10:36:48 »
A questão da agricultura já pode ser facilmente resolvida com a tecnologia atual, por meio de hidroponia urbana em larga escala e automatizada, feita em edifícios.
Isto é algo que já é feito em outros países, mas não substitui a agricultura tradicional, apenas a complementa ao produzir legumes e verduras próximo aos consumidores.

Trecho de uma análise dessas fazendas verticais:
Citar
Vertical farms in cities can produce—profitably—hydroponically grown leafy greens, tomatoes, peppers, cucumbers, and herbs, all with far less water than conventional agriculture requires. But the produce contains merely a trace of carbohydrates and hardly any protein or fat. So they cannot feed cities, especially not megacities of more than 10 million people. For that we need vast areas of cropland planted with grains, legumes, and root, sugar, and oil crops, the produce of which is to be eaten directly or fed to animals that produce meat, milk, and eggs. The world now plants such crops in 16 million square kilometers—nearly the size of South America—and more than half of the human population now lives in cities. The article in this issue acknowledges that vertical farms can’t substitute for much farmland, and that the claims made for it have been exaggerated.
https://spectrum.ieee.org/energy/environment/a-critical-look-at-claims-for-green-technologies

https://spectrum.ieee.org/energy/environment/the-green-promise-of-vertical-farms
« Última modificação: 21 de Março de 2019, 10:39:39 por Fernando Silva »

 

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