Autor Tópico: O plano de privatizações de Paulo Guedes  (Lida 1159 vezes)

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Offline JJ

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Re:O plano de privatizações de Paulo Guedes
« Resposta #75 Online: 01 de Setembro de 2019, 23:09:24 »
JJ, a equipe econômica não estala os dedos e as coisas acontecem como ela quer. Ela tem que combinar com o Congresso, com o Planalto e com o STF. A tendência vista no mercado é de melhora, sim, pelo menos antes dessas confusões de queimadas, desmatamento, presidentes se xingando, guerra comercial mais forte entre EUA x China e quebra da Argentina, risco do acordo entre Europa e Mercosul ir pro brejo. Havia um ligeiro otimismo em relatórios de conjuntura econômica, agora não sei se esse otimismo se manteve depois dessas coisas todos que aconteceram. Com a reforma da previdência, MP da Liberdade Econômica, privatizações, reforma tributária, política e fiscal, no mínimo, o país estaria caminhando para o lado certo.


Mudanças pífias e erráticas que estão trazendo resultados pífios. E que continuarão a ser pífios.  Ao contrário da profunda crença  dos neo liberlóides não há uma boa saída oferecida pelo   deus capitalismo financeiro.  Se depender desse deus o Brasil continuará derrapando com baixos índices de crescimento e altos índices de desemprego, e alto coeficiente de Gini. Não adiantará continuar a oferecer os pobres em sacrifício  a esse deus . 
« Última modificação: 01 de Setembro de 2019, 23:44:37 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O plano de privatizações de Paulo Guedes
« Resposta #76 Online: 01 de Setembro de 2019, 23:31:24 »
a dívida pública, e  muito possivelmente descobrindo que é ilegítima e até ilegal, e então agir com coragem e rigor fazendo o que for necessário para acabar com as ilegitimidades e ilegalidades;

Você acredita que TODA a dívida ṕublica pode ser ILEGÍTIMA E ILEGAL?

Quanto estima que possa se "arrecadar" com isso?



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https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/pedro-fernando-nery/as-3-balelas-da-auditoria-da-divida/

[...]

Balela 2: A dívida pública nunca foi auditada

Imagine se centenas de bilhões fossem pagos todo ano sem que ninguém soubesse do que se tratava. A tese parece estapafúrdia? Pois é. Além do Congresso Nacional, o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) controla esses gastos.

Ano passado, o TCU divulgou uma ampla auditoria sobre o tema. Os resultados nada têm a ver com o que o pessoal da auditoria diz. Por que então se diz que “a dívida nunca foi auditada”?

[...]

A ideia do calote é especialmente sem sentido neste momento. Não estamos ainda em um extremo como os de Grécia ou Venezuela, em que mesmo economistas “de direita” sugeriram o calote. Se o mercado empresta recursos para que o governo pague despesas primárias, como ficaria o financiamento de diversas políticas públicas sem este dinheiro? O nome fofo de uma “auditoria cidadã” poderia objetivamente ter consequências perversas: o calote interromperia uma fonte importante de recursos para o Estado brasileiro.

Assim, o argumento de auditoria vem sendo usado como um escudo de servidores públicos contra mudanças salariais e em sua previdência privilegiada.

[...]







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2) Cobrando um imposto de renda forte e progressivo;

ok.



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3) Cobrando imposto sobre heranças (acima de certo valor) também progressivo e forte;

Quanto você espera que vá se arrecadar com isso?




Offline JJ

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Re:O plano de privatizações de Paulo Guedes
« Resposta #77 Online: 01 de Setembro de 2019, 23:40:13 »
a dívida pública, e  muito possivelmente descobrindo que é ilegítima e até ilegal, e então agir com coragem e rigor fazendo o que for necessário para acabar com as ilegitimidades e ilegalidades;

Você acredita que TODA a dívida ṕublica pode ser ILEGÍTIMA E ILEGAL?

Quanto estima que possa se "arrecadar" com isso?



Citar
https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/pedro-fernando-nery/as-3-balelas-da-auditoria-da-divida/

[...]

Balela 2: A dívida pública nunca foi auditada

Imagine se centenas de bilhões fossem pagos todo ano sem que ninguém soubesse do que se tratava. A tese parece estapafúrdia? Pois é. Além do Congresso Nacional, o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) controla esses gastos.

Ano passado, o TCU divulgou uma ampla auditoria sobre o tema. Os resultados nada têm a ver com o que o pessoal da auditoria diz. Por que então se diz que “a dívida nunca foi auditada”?

[...]

A ideia do calote é especialmente sem sentido neste momento. Não estamos ainda em um extremo como os de Grécia ou Venezuela, em que mesmo economistas “de direita” sugeriram o calote. Se o mercado empresta recursos para que o governo pague despesas primárias, como ficaria o financiamento de diversas políticas públicas sem este dinheiro? O nome fofo de uma “auditoria cidadã” poderia objetivamente ter consequências perversas: o calote interromperia uma fonte importante de recursos para o Estado brasileiro.

Assim, o argumento de auditoria vem sendo usado como um escudo de servidores públicos contra mudanças salariais e em sua previdência privilegiada.

[...]







Citar
2) Cobrando um imposto de renda forte e progressivo;

ok.



Citar
3) Cobrando imposto sobre heranças (acima de certo valor) também progressivo e forte;

Quanto você espera que vá se arrecadar com isso?





Perceba que coloquei   como   algumas   possibilidades,    não   coloquei   como   as   únicas   possíveis    que possam ser diferentes do que já é feito.  Dito isto, se por hipótese, tais valores não fossem suficientes, isto não esgotaria tudo que de possível  possa ser feito em termos de reorganização econômica.


« Última modificação: 01 de Setembro de 2019, 23:43:41 por JJ »

Offline JJ

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Re:O plano de privatizações de Paulo Guedes
« Resposta #78 Online: 01 de Setembro de 2019, 23:52:53 »
a dívida pública, e  muito possivelmente descobrindo que é ilegítima e até ilegal, e então agir com coragem e rigor fazendo o que for necessário para acabar com as ilegitimidades e ilegalidades;

Você acredita que TODA a dívida ṕublica pode ser ILEGÍTIMA E ILEGAL?


Provavelmente TODA não.  Mas, qual seria exatamente  (ou mesmo bem aproximadamente) a quantidade em relação ao total somente após uma rigorosa,  profunda e detalhada auditoria é que se poderia dizer.

Você é contrário a se investigar rigorosamente, detalhadamente  e com profundidade esta questão ? 

Por acaso seria algum tipo de tabu ?


« Última modificação: 01 de Setembro de 2019, 23:56:46 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O plano de privatizações de Paulo Guedes
« Resposta #79 Online: 02 de Setembro de 2019, 11:36:34 »
No Brasil, essa "cartilha neo liberloide" foi aplicada por Palocci a partir de 2003, e apesar do início difícil, com crescimento pífio do PIB de apenas 1%, arrumação de casa feita com o chamado "tripé macroeconômico" foi uma das causas do bom ciclo de crescimento de 2004 a 2008. Foi Guido Mantega aplicar a cartilha que você e o Juca julgam ser corretas e a economia começou a ir para o buraco. Que belos idólatras do fracasso vocês são.


Negativo. Coisa nenhuma.  A agenda do Palocci foi apenas o continuísmo de uma velha política econômica pautada pelo capitalismo financeiro, e foi justamente esse lixo radioativa econômico que produziu a maior parte da dívida pública.




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https://analisemacro.com.br/economia/politica-fiscal/um-convite-a-irresponsabilidade-fiscal/


... A ideia de conter o avanço do gasto público no Brasil, que cresce de forma ininterrupta desde ao menos a Constituição de 88, teve um ponto alto lá pelos meados de 2005, quando os então ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo lançaram a proposta de um ajuste fiscal de longo prazo. A ideia era simples: limitar o crescimento do gasto público ao crescimento do PIB. O ajuste não só não foi aprovado, como foi duramente criticado pela então ministra Dilma Rousseff, que entraria para os anais da irresponsabilidade fiscal com a frase "gasto público é vida".


Com a proposta morta e sepultada, o gasto público no país se viu sem amarras para continuar crescendo.
...

A situação começa a mudar no final de 2010, quando o crescimento do PIB dá sinais de arrefecimento. Atingido o pleno emprego do fator trabalho, para manter o crescimento do PIB era preciso acionar as outras alavancas do crescimento: aumento do investimento e/ou aumento de produtividade. Dado o abandono da agenda de reformas e o maior intervencionismo macro e microeconômico do governo, o ambiente se tornou inóspito e imprevisível, minguando as chances de que investimento ou produtividade aumentassem. O resultado foi queda do crescimento econômico é consequentemente, queda da arrecadação.




Como o gasto público não parou de crescer e a receita despencou em função da queda do crescimento, vimos um superávit primário se transformar em déficit primário, como ilustra o gráfico acima. Com déficit primário, a dívida pública passa a uma trajetória explosiva, causando diversas consequências para o organismo econômico. Uma dessas consequências é o que os economistas chamam de dominância fiscal, situação onde a política monetária perde qualquer influência sobre a inflação. Isto é, há uma correlação positiva entre juros e inflação: mais juros levam a aumento no prêmio de risco, porque os agentes temem que a dívida se torne impagável, o que por sua vez levam a depreciação cambial e, por fim, a mais e não menos inflação.

....


FHC: 1995-2002
Lula: 2003-2010
Dilma: 2011-2016
Temer: 2016-2018

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O plano de privatizações de Paulo Guedes
« Resposta #80 Online: 15 de Setembro de 2019, 20:13:45 »
Privatizações:

43% das estatais dos estados tiveram prejuízo em 2018

https://www.oantagonista.com/economia/43-das-estatais-dos-estados-tiveram-prejuizo-em-2018/




https://tchiluanda.github.io/estatais-estados/

É razoável esperar que empresas de saúde, assistência técnica, habitação, pesquisa, transportes, e outros que não essas e os dos setores lucrativos, tivessem lucro de modo geral?

Lucro que presumo ser medido em literalmente ganhar dinheiro, e não no sentido mais difícil de mensurar, do produto ou serviço oferecido aumentar o bem-estar social numa atuação onde a iniciativa privada seja ausente, talvez por não ser lucrativa.

Se a polícia fosse vista como uma empresa de segurança, seria lucrativa?







Offline -Huxley-

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Re:O plano de privatizações de Paulo Guedes
« Resposta #81 Online: 15 de Setembro de 2019, 21:56:05 »
Se a polícia fosse vista como uma empresa de segurança, as empresas-líderes seriam lucrativas. O que acontece é que, em geral, os mecanismos puramente individualistas não gerarão a quantidade ótima de um bem público devido ao problema do carona. A provisão privada de um bem público não funciona muito bem. É por isso que outros métodos de decisão coletiva tem sido propostos para determinar a oferta de um bem público. Tais métodos incluem o mecanismo de comando, a votação (esse é o mais conhecido) e o imposto de Clarke.

Alguns serviços de saúde também se enquadram nessa definição de bens públicos, como os serviços epidemiológicos. Já outros, não.

Em alguns casos, os mercados podem tranquilamente produzir bens públicos. Por exemplo, a rádio encontrou uma maneira de fazer receita com a venda de publicidade, que é uma maneira indireta de cobrar dos ouvintes por ocupar parte do seu tempo.
« Última modificação: 15 de Setembro de 2019, 22:00:45 por -Huxley- »

Offline -Huxley-

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Re:O plano de privatizações de Paulo Guedes
« Resposta #82 Online: 15 de Setembro de 2019, 22:08:42 »
No primeiro gráfico, aparece o lucro agregado do setor, algo que oculta as empresas estatais que dão prejuízo. Portanto, é possível que existam empresas estatais que dão prejuízo nos setores localizados próximos do topo do gráfico.

As empresas estatais não estão majoritariamente em setores classificados como bens públicos. E, ademais, como já mencionou Gustavo Franco num artigo que já pus no tópico Sites Legais, elas pagam relativamente poucos impostos (isso quando não tem poder de monopólio artificialmente construído). Sendo assim, é bem feio que um número grande delas tenha prejuízo.
« Última modificação: 16 de Setembro de 2019, 11:56:12 por -Huxley- »

 

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