Veja, colega JungF, o caso da Sífilis estudado pelo Girolamo Fracastoro...
Inicialmente ele (Razão & Lógica
) atribiu ao ar – adaptado por mim da versão em inglês pra prevenir
![Rolling Eyes ::)](../forum/Smileys/default/icon_rolleyes.gif)
Da imensidão de seus danos de imediato reconhecerão o fato que seus germes produtores não poderiam estar nem nas entranhas da terra, nem no seio das águas. Para ter-se generalizado da maneira como logrou, é evidentemente necessário que o agente da qual se originou esteja contido no ar, ar que banha e envolve o mundo inteiro, que penetra em todos corpos, e que serve de veículo para fermentos contagiosos. De fato, ar é causa essencial e princípio de todas as coisas. Mas se frequentemente é para nós fonte de doenças, é porque a natureza mutável de seus elementos o expõe a corrupção; porque é igualmente suscetível de impregnar-se dos miasmas mórbidos e espraiar aqueles dos quais esteja carregado.
Razão & Lógica ✔️
DESDE QUE
haja feedbacks do real ![OK! :ok:](../forum/Smileys/default/icon13.gif)
Caro colega
Gorducho, o raciocínio de Girolamo fundamentava-se em equívoco, claramente, mesmo para sua época.
O que desperta curiosidade, nestas questões, é que razão e lógica são expressões quase contraditórias, pelo seguinte, a razão não é consensual pois depende do conhecimento de quem propõe e da forma como interpreta os fatos. Quer dizer, a razão é pessoal. Já a lógica precisa ser consensual, tem regras e limites específicos.
Vou dar um exemplo, cabe em em debate cético X crente: para o crente deus é imanente e sua existência seria uma questão lógica, pois tudo que foi criado e evolui precisa de um criador mantenedor, deus.
Mas o cético não aceita tal argumento, pois sua razão não concebe algo que seja eterno, infinito, onipotente e que não se dá a conhecer, mesmo ele aceitando que tudo o que é criado precisa um criador... afinal, quem teria criado o criador?
Por outro lado o crente reconhece que ao aceitar a existência de um ser fabuloso, incriado, coloca sua racionalidade em dúvida.
Resumindo, a lógica se impõe como sendo única explicação plausível para certo acontecimento enquanto a razão discute esta plausibilidade.
Girolamo fracassou, pois usando a lógica por falta de outros conhecimentos resultou estar sem razão.