A relatividade geral foi desenvolvida sob o conceito de que não existia um meio para a luz se propagar e portanto a alternativa proposta foi de que o espaço-tempo era uma entidade independente que podia encolher, aumentar, curvar, mesmo sem ter propriedade física alguma.
Emilson, só por curiosidade, de onde você tira estas coisas?
Fato1: A inexistência do ÉTER foi demonstrada muito anos antes da Relatividade Geral, por inúmeros experimentos, mesmo o mais famoso (o início), o de 1881, de Michelson e Morley, criado exatamente para mostrar o arrasto do éter pela Terra, não mostrou absolutamente nada.
Fato2: Trinta e cinco (35) anos depois (!!), a Relatividade Geral foi apresentada como uma teoria da Gravitação e, obviamente, por ser uma generalização da Relatividade Restrita, que somente era válida para Referenciais Inerciais, incorporava os conceitos desta.
Fato3: O conceito de Espaço-Tempo NÃO nasceu na RG, mas sim, por volta de 1907, de um antigo professor de Einstein, Hermann Minkowski.
Pergunta1: o que exatamente significa “o Espaço-Tempo era uma entidade independente”? Independente de quê?
Fato4: As equações da RG indicam um Espaço-Tempo dinâmico, mesmo quando VAZIO, conforme já foi dito pelas soluções encontradas por de Sitter, tanto que Einstein introduziu sua famosa Constante Cosmológica exatamente para impedir tal efeito!
A curvatura do Espaço-Tempo, causada pela presença de matéria (estrelas, planetas, etc) foi comprovada em todos os testes já feitos até hoje, independentemente desse número ser pequeno ou grande. A Precessão do periélio de Mercúrio, fenômeno não explicado pela Mecânica de Newton, foi previsto pela RG com uma precisão incrível quando comparado com o medido. O mesmo se deu com as diversas medidas sobre a Deflexão da luz de estrelas, cujos valores também estão em acordo com a teoria. E mesmo mais recentemente, o Deslocamento gravitacional para o vermelho.
Portanto, essas propriedades foram advindas das equações, e não impostas, como parece que o seu texto sugere. Quanto a esta frase:
As equações da relatividade geral consideram um espaço-tempo dinâmico, mas isso por si só não "verifica" absolutamente nada
O comportamento dinâmico é uma PREVISÃO das equações; a confirmação foi feita depois, como mostrado.
Na prática até o começo da década de 90 todo mundo calculava as velocidades utilizando a fórmula da relatividade restrita. Quando surgiram dados que mostraram que essas velocidades eram extremamente altas foi quando começaram a calcular utilizando a fórmula da relatividade geral.
Deus do céu!! (com o perdão da expressão!)
Que fórmula da Relatividade Restrita?? Qual o problema das velocidades serem extremamente altas? Se você quer dizer que, quando notaram que as velocidades eram MAIORES que a da Luz, passaram a utilizar a RG, isso não tem o menor sentido. Se uma fórmula da Relatividade Restrita estivesse sendo utilizada (e eu continuo a perguntar qual), jamais se obteria um deslocamento mais veloz que a luz, pela própria Contração do Espaço e/ou Dilatação do Tempo (fatos também comprovado por inúmeros experimentos com partículas e com satélites). Como todos sabemos, a Relatividade Restrita afirma que a Velocidade da Luz é ABSOLUTA para qualquer referencial inercial, independentemente de seu estado de movimento, ou seja, jamais se obteria qualquer resultado maior que a Velocidade da Luz.
E aproveitando, qual é a fórmula da RG que, milagrosamente, passaram a utilizar para esse cálculo? Afinal, se além de mostrar um Espaço-Tempo dinâmico, Einstein tivesse deduzido uma fórmula que desse a velocidade de recessão em função do deslocamento do espectro, ele não ficaria conhecido como um físico genial, mas sim, como um grande idiota, por ser teimoso como uma mula e criar, do nada, a sua Constante Cosmológica.
Até onde sei, mas posso estar errado, o cálculo da velocidade, em função do deslocamento das raias espectrais, de corpos luminosos em deslocamento, é uma fórmula da Ótica Clássica!
Foi daí que começaram a fazer distinção entre desvio devido ao efeito doppler e desvio cosmológico. Interpretar os dados utilizando a relatividade geral não prova que o espaço expande de maneira independente da matéria (não se pode assumir o que se quer provar), isso apenas preserva o postulado principal da relatividade restrita.
Isto, além de não ter o menor sentido, já está mais que claro que NÃO se está interpretando dados utilizando-se a RG; o estado dinâmico é uma previsão da RG; os desvios das raias apenas vem ao encontro dessa previsão.
Quanto a:
Primeiramente, nâo se pode dizer com certeza que aglomerados estão em repouso em relação à radiação cósmica de fundo
Parece que Charles H. Lineweaver, com todos os dados que ele tem, discorda de você. De novo, entramos no ponto que você sugere que cientistas, independente do gabarito, fazem afirmações levianas, e tudo o que já discutimos em outras postagens, e aí voltamos à teoria da conspiração, etc.
O problema com tudo isso é que, todos os que defendem o Estado Estacionário, ou alguma versão dele, necessitam, a qualquer custo, mostrar que a Reatividade está errada e, exatamente por esse motivo, não são levados a sério e são motivos de piada dentre a Comunidade Científica Mundial.
Se tudo é tão óbvio assim, basta mostrar; é só publicar um trabalho inequívoco e está tudo resolvido. Mas a única coisa que temos são as pérolas como a Luz cansada, pouco importando o quão risível é tal conceito que, além de mágico (os fótons perdem energia, sabe-se lá porque, através de um processo inteiramente desconhecido, cuja previsão NÃO parece em nenhum modelo de partículas, quando viajam distâncias grandes), chega a ter explicações infantis e descabidas, como a absorção dos fótons pela poeira interestelar. Obviamente, quem levantou tal hipótese, se esqueceu que, com essa absorção, a temperatura dessa poeira deveria ser elevadíssima, já que, também por milagre, ela absorve o fóton, mas não emite radiação. Obviamente, também por milagre (já são dois, agora), tal gênio poderia postular que além de não irradiar, ela também não se aquece (o como não importa, o importante é “invalidar” o Big Bang e a Relatividade). O problema é que seria necessário, então, um terceiro milagre (!!), já que, se os grãos de poeira não se aquecem, e não irradiam, ele deveriam, então, por estarem soltos no espaço, serem acelerados. Como recebem energia de infinitos fótons, a um tempo infinito, obviamente, os grãos, a esta altura, se moveriam com a velocidade da luz. Obviamente que, para quem “postula” dois milagres, postular não faz diferença alguma; quatro, então, é só um passinho, e assim vamos.
Quanto ao segundo artigo que você indicou, você afirma que eles estão refutando Charles H. Lineweaver, astrônomo do Observatório Mount Stromlo, Austrália, e que fez parte, em 1990, da equipe do COBE - Cosmic Background Explorer? Certo, e isso não foi para frente por causa do status quo instalado, correto?
Quanto ao primeiro, de fato há divergências entre alguns dados do WMAP e algumas previsões da INFLAÇÃO, relativo a freqüências mais baixas, muito embora, os demais dados concordem espetacularmente com as previsões. Há várias hipóteses, inclusive, de que a teoria sofre de algum mal (lembre-se, a INFLAÇÃO, não necessariamente o Big Bang como um todo; e mesmo assim, isso não descarta a INFLAÇÃO ao lixo, pura e simplesmente, como todos nós sabemos); a mais considerada é de contaminação dos dados do WMAP. É necessário novas medições mais apuradas para um melhor esclarecimento.