O problema é que muitas carreiras que requerem ensino superior não são bem remuneradas. Ex: professor de escola pública. Se o ensino superior for privatizado as pessoas verão a educação apenas como investimento, e careceremos de proficionais destas categorias.
Basta ver que é raro faculdades e universidades particulares oferecerem cursos como Física, Matemática, Filosofia etc. Mas tão cheio de Turismo, Comércio Exterior, Relações Públicas...
O problema Dante, é que o sistema privatizado de universidades não deve ser comparado com a situação atual, pelo simples fato de hoje o mercado das universidades particulares se restringir quase totalmente aos piores alunos (ou os que tem menos tempo para se dedicar) e aos professores menos reconhecidos (ou menos envolvidos nas politicagens dos serviços públicos).
Na verdade, a situação deveria ser inversa. As faculdades públicas comunitárias deveriam fornecer cursos mais simplificados para os alunos carentes de comunidades que se comprometessem em bancar coletivamente essas instituições, e as Universidades privadas terem acesso ao incentivo empresarial que visa patrocinar o desenvolvimento dos bons alunos.
Os alunos que fazem Física, Matemática, Filosofia, Biotecnologia, Engenharias de verdade (ou seja, diferentes de Produção) são em geral os bons alunos aplicados o suficiente para passar para uma universidade estatal civil ou militar, que, convenhamos, não consiste em nenhuma tarefa sobre-humana restrita apenas aos grandes gênios da humanidade.. Eles não fazem parte do mercado das faculdades particulares.
Num sistema privatizado, o mercado das universidades particulares seria todos os alunos e professores, exceto aqueles que fariam os cursos de tecnólogo em faculdades comunitárias. Eles teriam que satisfazer toda a demanda, que incluiria matemáticos e filósofos, físicos e egenheiros, pois todos esses, em algum nível, são necessários a sociedade e ao mercado (diferente dos assistentes sociais e pedagogos, que deveriam ser extintos de fato).