Autor Tópico: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.  (Lida 6388 vezes)

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Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Online: 12 de Abril de 2006, 08:19:51 »
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Le Monde

12/04/2006

A opção militar contra o Irã ganha força em Washington

Várias publicações americanas respeitadas dão conta da realização de preparativos para uma intervenção nuclear aérea; o governo desmente

Corine Lesnes
correspondente em Washington

A opção militar contra o Irã, que por muito tempo foi vista como pouco
praticável, já passou a ser considerada abertamente em Washington. Os que não acreditavam nela mudaram de opinião. "Até recentemente, eu atribuía essas hipóteses de ataques militares a iniciativas de 'blogueiros' ou de adeptos das teorias da conspiração", explicava, dias atrás, o especialista Joseph Cirincione. "Agora, a minha hipótese de trabalho é que certos membros da administração, entre os quais o vice-presidente (Dick Cheney), decidiram que a opção preferível é de atacar o Irã, o que desestabilizará o regime".

Um especialista reputado nas questões de proliferação nuclear, Cirincione acaba de publicar na revista "Foreign Policy" um artigo intitulado: "Me enganem duas vezes". Nele, Cirincione estabelece um paralelo entre a situação atual e o período que antecedeu a guerra no Iraque. Atualmente, a retórica oficial passou a pressionar mais. Agora, o Irã é qualificado de "ameaça principal".

Simultaneamente, diversos vazamentos na imprensa reforçam a idéia segundo a qual o programa nuclear iraniano poderia ser muito mais adiantado do que se pensa. "Isso me lembra a campanha muito coordenada que nós observamos antes da guerra no Iraque", analisa.

Joseph Cirincione não deve ter se sentido nem um pouco tranqüilizado com a leitura dos jornais durante este fim de semana. Em primeira-página, o "Washington Post" informava, no domingo (9/4), que os Estados Unidos vêm se preparando para uma confrontação com Teerã, enquanto eles prosseguem paralelamente suas articulações no quadro diplomático, efetuando aquilo que o diário chama de um exercício de "diplomacia coercitiva".

Nenhum ataque é "provável a curto prazo", sublinha o "Washington Post", mas os alvos foram repertoriados, a começar pela usina de enriquecimento de urânio de Natanz, mesmo se a amplidão dos ataques ainda não foi decidida (conheça as diferentes opções possíveis na lista abaixo).

No jornal semanal "The New Yorker", o jornalista Seymour Hersh afirma, ele também, que os preparativos já alcançaram o estágio operacional. Ele menciona, sobretudo, que o recurso a armas nucleares táticas não está excluído para destruir construções dissimuladas a mais de 20 metros debaixo da terra.

Segundo este jornalista, autor de vários "furos" de notícia no campo
militar, os responsáveis das forças armadas ficaram surpresos, e, no caso de alguns deles, chocados, quando receberam um pedido para conservar a possibilidade de ataques nucleares, enquanto eles queriam excluí-la de antemão.

A credibilidade de tais informações é difícil de estabelecer. Em todo caso, elas se tornam de conhecimento públicos num momento crítico, quando uma queda-de-braço vem sendo travada entre o Irã e o Conselho de Segurança.

A ONU deu a Teerã até o final do mês de abril para abandonar suas atividades de enriquecimento do urânio. O diretor da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, deve viajar nesta quarta-feira para Teerã, segundo revelaram diplomatas próximos à AIEA. Conforme explicou um dirigente anônimo em entrevista ao "Washington Post", trata-se principalmente de convencer os iranianos de que "tudo isso está ficando cada vez mais sério".

O chefe da diplomacia britânica, Jack Straw, considerou "maluca" a hipótese de um recurso à arma nuclear. O porta-voz do ministério iraniano das relações exteriores, por sua vez, indicou que o Irã não está nem um pouco impressionado com esta "guerra psicológica" que os Estados Unidos vêm conduzindo "por desespero". O antigo rival do presidente Bush, o democrata John Kerry, falou de "diplomacia de cow-boy".

Contudo, as revelações foram consideradas como sérias o bastante para que o conselheiro para a comunicação do presidente Bush, Dan Bartlett, achasse por bem prestar alguns esclarecimentos já no domingo. Os Estados Unidos estão conduzindo "preparativos normais, seja no plano militar ou no da inteligência", disse. "E a diplomacia continua sendo a "prioridade" do presidente Bush", acrescentou.

A opção militar vem ganhando terreno. Confrontados ao fantasma de uma guerra civil no Iraque, vários responsáveis americanos estimam que eles não vão conseguir estabilizar o Iraque ou o Afeganistão enquanto o Irã ou a Síria incentivarem a insurreição e o terrorismo.

Existe um outro fator de peso: George W. Bush está cumprindo seu segundo mandato presidencial e não poderá, portanto, se candidatar em 2008. Segundo Seymour Hersh, o presidente Bush se considera como o único dirigente capaz de ter a "coragem" de impedir o Irã de se dotar da arma atômica.

Os cenários possíveis

Ataques: Apenas ataques aéreos estão sendo considerados, diferentemente do que ocorreu com a invasão do Iraque.

Modalidades de ataque:
O Center for Strategic and International Studies (CSIS) fez um levantamento de diversas opções:
- tiros de reprimenda: alguns mísseis de cruzeiro, para mostrar a seriedade dos Estados Unidos, atingem ao menos um dos centros suspeitos.
- ataque limitado com 16 a 20 mísseis de cruzeiro. Apenas os centros
nucleares seriam alvejados.
- ataque de maior proporção contra as instalações militares: 200 a 600
mísseis de cruzeiro, além de reides aéreos durante um período de três a dez dias.
- ataque maciço durante várias semanas contra as instalações militares e civis: 1.000 a 2.500 mísseis.

Armas nucleares táticas: O jornal semanal "The New Yorker" evoca a utilização de armas nucleares anti-fortalezas subterrâneas do type B61-11 para destruir a principal usina nuclear iraniana, situada em Natanz.

"Pura especulação", segundo o presidente Bush

O presidente americano qualificou, na segunda-feira (10), de "pura
especulação" as recentes informações sobre os preparativos para um recurso à força militar contra o Irã. "Eu li os artigos nos jornais neste fim de semana. Tudo isso é simplesmente pura especulação", declarou George W. Bush por ocasião de uma reunião pública em Washington.

"A doutrina da prevenção consiste em trabalharmos juntos para impedir os iranianos de terem a arma nuclear", disse Bush. "Eu sei que aqui, em
Washington (...), prevenção quer dizer recurso à força, [mas] isso não quer dizer necessariamente recurso à força. No caso, isso quer dizer diplomacia".
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Offline Barata Tenno

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #1 Online: 12 de Abril de 2006, 08:24:26 »
Mandar missil numa usina nuclear nw ia causar um desastre no Irã?Tipo Chernobyl?
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Offline Luis Brudna

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #2 Online: 12 de Abril de 2006, 09:11:29 »
  Não sou especialista em física nuclear. :-)

  Mas bombas atômicas têm uma quantidade não muito grande de material radioativo.

  Alem disso em uma explosao nuclear ocorrem as reacoes em cadeia e decaimentos radioativos. Uma parte desse material original pode perder parte da capacidade de emitir radiacao e particulas nocivas.

  Perceba que os locais em que foram feitos testes de explosao nuclear "logo" podem ser novamente habitados ou visitados.

Tarcísio

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #3 Online: 12 de Abril de 2006, 09:44:38 »
Essa notícia já contava com o anúncio do Irã do sucesso em enriquecer urânio e danegação ao pedido da Russia de parar com isso?

Offline Pregador

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #4 Online: 12 de Abril de 2006, 10:43:14 »
Essa notícia já contava com o anúncio do Irã do sucesso em enriquecer urânio e danegação ao pedido da Russia de parar com isso?

Sim quanto ao enriquecimento. Em relação ao pedido russo não sei.
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Offline Diegojaf

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #5 Online: 12 de Abril de 2006, 11:22:30 »
Hnn... claro, o Sr. Bush vai lançar uma bomba nuclear numa usina nuclear porque tem medo que aquele país crie a sua própria bomba e lance em outros países...

Super...
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Offline HSette

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #6 Online: 12 de Abril de 2006, 14:25:54 »
Mandar missil numa usina nuclear nw ia causar um desastre no Irã?Tipo Chernobyl?

O papo que estou ouvindo é que trata-se de arsenal nuclear "tático", se é que isso alivia em alguma coisa. :paladino:

E pelo visto, dessa vez Israel vai ser poupado do "trabalho sujo".
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Rhyan

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #7 Online: 12 de Abril de 2006, 14:47:27 »
Demorou pra por o Irã no lugar dele!

Offline Vito

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #8 Online: 12 de Abril de 2006, 14:54:51 »
Pior não sei vai acontecer a poeira radioativa. Por isso mata muito e requer muitos tratamentos câncer.

Offline Pregador

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #9 Online: 12 de Abril de 2006, 16:04:42 »
Para os EUA é fácil, eles farão milhares de ataques aéreos e arrasarão a infra-estrutura do país, que não terá mais meios, por um bom tempo, de desenvolver unidades de enriquecimento de urãnio. Não tem nem tanto gasto. O problema é só que o Irã, com toda certeza, atacaria Israel imediatamente. Mas, com certeza, teria sua força bélica aniquilada em poucos dias.
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Offline Týr

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #10 Online: 12 de Abril de 2006, 21:15:49 »
Não creio em intervenção estado-unidense no Irã não, igualmente em nenhum país que não ofereça um risco extremamente grande à segurança deles.
Acredito que está muito caro para eles manter tantas missões militares em tantos países.
Mas que eu queria ver eles se ferrando lá, ah!!! isso eu queria, e porque não aproveitar o embalo e mexer na tal Coréia do Norte? hehe, parece esquecida ne?

Offline Felius

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #11 Online: 12 de Abril de 2006, 21:34:23 »
Irã não é ameaça para os Estates? Vamos la, um bando de mulçumanos fanaticos, que estão desenvolvendo um programa nuclear, que querem varrer Israel do mapa com ataques nucleares, mesmo que isso signifique bombas atomicas de israel explodindo no Irã?
Sendo ou não é assim que eles veem. Fora que os EUA atacaram O Saddam com o Pretexto das armas de destruição em massa que sequer foram achadas. Contra um país que esta CLARAMENTE desenvolvendo armamento nuclear, não haveria nem tanto problema dimplomatico.
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Offline Týr

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #12 Online: 12 de Abril de 2006, 21:48:01 »
Sei lá, posso estar sendo inocente, mas o Irã não mexeria com os EUA nunca, talvez alguns fanáticos iranianos, mas não em nome do país deles, acredito que por mais que haja uma bomba no Irã, não tem finalidade de uma ofensiva contra os EUA, talvez de intimidação à intervenções futuras naquele país.
E digo mais, se os EUA tem bombas é porque cogitam mesmo que numa hipótese extrema usá-las, então qual o problema de os outros povos no mundo ter? Ou os EUA são os "fiscais" do mundo?
Sei lá, opinião minha mesmo.

ukrainian

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #13 Online: 12 de Abril de 2006, 22:08:58 »
Ótimo!! Ataquem o Irã e veremos o que acontecerá. Será como abrir as portas do inferno... Lindo.

Rhyan

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #14 Online: 12 de Abril de 2006, 22:27:56 »
Ótimo!! Ataquem o Irã e veremos o que acontecerá. Será como abrir as portas do inferno... Lindo.

Que medo!!!!!


:histeria:

Offline Unknown

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #15 Online: 13 de Abril de 2006, 02:07:48 »
Acredito que está muito caro para eles manter tantas missões militares em tantos países.

Realmente é caro, mas e o lobby dos fabricantes de armas? Fora que, indiretamente, o Irã já está cercado mesmo. Em suma, para eles seria apenas "terminar o serviço". E uma vez "pacificado" o Oriente Médio não será necessário manter tantas tropas estacionadas na região, reduzindo gastos. E mesmo as que ficarem poderão ter mais alternativas de posicionamento, já que a Arábia Saudita já não é tão receptiva aos estadunidenses. O próprio Wolfowitz usou isso como argumento para justificar a invasão do Iraque.

Citar
(...) e porque não aproveitar o embalo e mexer na tal Coréia do Norte? hehe, parece esquecida ne?

A grande sacada das bombas atômicas não está apenas na bomba em si, mas também no foguete que conduz a bomba até o alvo. Por exemplo, Índia e Paquistão possuem armas atômicas mas seus lançadores têm alcance de 700km e 500km respectivamente, o que não representa perigo para os EUA. Ambos estão desenvolvendo lançadores de maior alcance, mas ainda não há razão de preocupação para eles.
Já a Coréia do Norte possuía foguetes com alcance de milhares de quilômetros antes de desenvolver a bomba atômica. O foguete operacional deles de maior alcance foi capaz de sobrevoar o Japão e as Filipinas, próximo de onde ele afundou. Já está em fase de testes um foguete que alcança o Havaí e em desenvolvimento um que alcança a Califórnia. Em suma, para os EUA, começar uma guerra com a Coréia do Norte significa arriscar a levar bomba atômica em casa. Fora que a Coréia do Norte é protegida da China, com quem os EUA não querem problemas. Então fica o acordo: a Coréia do Norte não provoca e os EUA ignora o que ela faz.

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #16 Online: 13 de Abril de 2006, 02:14:33 »
Mandar missil numa usina nuclear nw ia causar um desastre no Irã?Tipo Chernobyl?

Não se atacarem as fábricas de produção do yellowcake. E com isso impede-se a produção de urânio enriquecido na sua etapa inicial.

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #17 Online: 13 de Abril de 2006, 02:28:09 »
Sei lá, posso estar sendo inocente, mas o Irã não mexeria com os EUA nunca, talvez alguns fanáticos iranianos, mas não em nome do país deles, acredito que por mais que haja uma bomba no Irã, não tem finalidade de uma ofensiva contra os EUA, talvez de intimidação à intervenções futuras naquele país.

Concordo. Se desenvolverem a bomba, seria mais para retaliação do que para iniciar um ataque.

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E digo mais, se os EUA tem bombas é porque cogitam mesmo que numa hipótese extrema usá-las, então qual o problema de os outros povos no mundo ter? Ou os EUA são os "fiscais" do mundo?
Sei lá, opinião minha mesmo.

Salvaguarda dos seus interesses econômicos e políticos. Em última instância, caso a diplomacia e a economia não apresentem os resultados desejados, sejam quais forem, os EUA ainda são a maior potência militar mundial, e a única capaz de bombardear qualquer ponto do globo e vários pontos simultaneamente. Isso sem contar que possuem 55% da marinha mundial e etc. Mas como fica sua imagem se além de perder no campo econômico ele for superado no campo militar?

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #18 Online: 13 de Abril de 2006, 02:31:30 »
Ótimo!! Ataquem o Irã e veremos o que acontecerá. Será como abrir as portas do inferno... Lindo.
Fico imaginando essa guerra se iniciando e uma semana depois terroristas destruindo poços e dutos de petróleo no Iraque, Afeganistão e Arábia Saudita. Petróleo a US$100 o barril no dia seguinte.

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #19 Online: 13 de Abril de 2006, 07:46:24 »
Os produtores de alcool no Brasil devem estar torcendo pra que isso aconteça.........
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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #20 Online: 13 de Abril de 2006, 09:05:33 »
Temos de virar a Arábia Saudita do Etanol.
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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #21 Online: 13 de Abril de 2006, 12:08:41 »
Espero mesmo que os EUA invadam o Irã. Pode parecer bobagem, mas me sentiria mais confortável sabendo que os americanos estão impondo sua cultura consumista nesses países, substituíndo essa religião fundamentalista. :)
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Tarcísio

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #22 Online: 13 de Abril de 2006, 13:21:35 »
Ótimo!! Ataquem o Irã e veremos o que acontecerá. Será como abrir as portas do inferno... Lindo.
Fico imaginando essa guerra se iniciando e uma semana depois terroristas destruindo poços e dutos de petróleo no Iraque, Afeganistão e Arábia Saudita. Petróleo a US$100 o barril no dia seguinte.

De quebra a gente invade a Bolivia xD

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #23 Online: 13 de Abril de 2006, 14:40:42 »
Ao meu ver, o medo deles é os radicais mulsumanos tomarem conta e como eles dizem boicotarem eles. :smartass:

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Re: Ação militar contra o Irã ganha força nos EUA.
« Resposta #24 Online: 17 de Abril de 2006, 19:32:40 »
E, de quebra, a imprensa americana já está atacando sem parar a idéia

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Lógica maluca 
   
Isso é que é simetria assustadora! Enquanto a América se agitava em torno de falso urânio, o Irã agitava urânio de verdade.

Obcecado em ir à guerra contra um país do Oriente Médio que não tinha armas nucleares, a administração Bush perdeu seu foco e sua influência sobre um país do Oriente Médio que se aproxima rapidamente de possuir uma arma nuclear.

Isso foi depois de a equipe de Bush ter perdido o foco e a influência sobre um país asiático que afirma já ter produzido todo um arsenal de armas nucleares.

Parafraseando Raymond Chandler, se o cérebro fosse um elástico, esse pessoal não teria o suficiente para fazer suspensórios para um periquito.

O Irã, extático, acaba de dar as boas-vindas a ele mesmo no clube nuclear, cuspindo no olho dos EUA e das Nações Unidas.

Discursando diante de um mural de pombas brancas, o presidente Mahmoud Ahmadinejad gabou-se de que seus cientistas já produziram urânio enriquecido. Agora eles poderão produzir combustível nuclear a todo vapor.

Eles vão produzir uma bomba? Nada disso, eles não têm a menor intenção de fazê-lo, afirmou o presidente iraniano.

Nós vamos bombardeá-los antes que eles consigam produzir uma bomba? Nada disso, não temos a menor intenção de fazê-lo, declarou o presidente americano.

O anúncio diante das pombas nucleares foi embaraçoso para Bush, que dissera na segunda-feira que estava determinado a impedir o Irã de obter o know-how necessário para enriquecer urânio. Mas não há como discordar da lógica persa. Se você faz de conta que tem uma arma de destruição em massa, os EUA podem vir lhe pegar. Pergunte a Saddam. Se você realmente tem uma arma de destruição em massa, você é à prova de balas. Pergunte ao norte-coreano Kim Jong Il.

Aposto que o louco varrido Ahmadinejad mal consegue acreditar na própria sorte. A administração Bush, afundada na toca de coelho em que ela própria mergulhou, está atolada no Iraque, ajudando a criar uma teocracia amigável ao Irã, ao mesmo tempo em que deixa o Irã fazer o que bem entender com relação a armas de destruição em massa.

Na "New Yorker" desta semana, Seymour Hersh escreve que o Pentágono estaria planejando um possível ataque aos malucos "xiitas apocalípticos", como o ex-agente da CIA Robert Baer descreve o negacionista do Holocausto Ahmadinejad e seu coro de clérigos.

Hersh cita uma fonte próxima ao Pentágono que teria dito que Bush acredita que "salvar o Irã será seu legado". O que faz sentido, de uma maneira inversamente distorcida, já que salvar o Iraque não será seu legado.

Os falcões de Bush, que já se comprovaram idiotas culturais no Iraque, ainda parecem estar muito longe da política externa humilde que prometeram.

Um ex-funcionário da Defesa disse a Hersh que o plano se baseia na crença da administração em que "uma campanha sustentada de bombardeios no Irã vá humilhar a liderança religiosa e levar o público a revoltar-se e derrubar o governo". A reação do funcionário em questão: "O que será que eles andam fumando?".

Assim como Rummy, em agosto de 2002, fez pouco caso de perguntas sobre uma possível invasão do Iraque, qualificando-as como "frenesi" da mídia -num momento em que os planos para a invasão já estavam adiantados-, o chefe da Defesa fez pouco caso do artigo da "New Yorker", dizendo algo como "uau bacalhau, o céu está caindo!".

Observando que o presidente está "seguindo um caminho diplomático", Rumsfeld, aquele que deveria ser demitido, disse que, embora W. obviamente esteja preocupado com o Irã, na medida em que esse país apóia terroristas e quer uma arma de destruição em massa, "não é útil enveredar pelo terreno da fantasia".

Sim, a comunidade de jornalistas ancorados na realidade deve permanecer fora do terreno da fantasia, que já está superlotado de Bushes sofrendo de alucinações.

W. defendeu o fato de ter autorizado um vazamento para rebater alegações de que a administração havia inflado uma história sobre o Níger vender urânio a Saddam. "Eu queria que as pessoas enxergassem a verdade", disse o presidente.

É claro: para ajudar as pessoas a enxergar a verdade, de vez em quando é preciso lhes contar uma mentira das grossas.

O vazamento sobre os esforços de Saddam para obter urânio já tinha sido denunciado como falso no momento em que ele ocorreu. Colin Powell já tinha dito que as agências de inteligência "já não enxergavam [a informação] como digna de crédito" no início de 2003, quando o secretário de Estado se preparava para apresentar às Nações Unidas os argumentos contra o Iraque. Apenas Dick Cheney se dispôs a utilizar uma informação de inteligência equivocada para defender sua trapaça de guerra.

No caso de Watergate, os repórteres seguiram a trilha do dinheiro. Com Monica Lewinsky, o promotor Ken Starr seguiu a trilha da mancha. Com W., o promotor Patrick Fitzgerald está seguindo a trilha do urânio. Ele só precisa de um contador Geiger.

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=36796

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