Certo. A condenação clara é para inibir o ato. Mas, acredito que há algo implícito nessa condenação.
é, há de ter alguma explicação teológica.
Bom... vou dizer qual seria minha tese sobre essa "condenação" das religiões ao suicida.
A vida cristã começa pela conversão. O indivíduo se converte e a partir daí começa uma nova vida - "sereis um novo homem" - o passado não importa mais, pois seus pecados foram justificados por cristo quando o mesmo se converte.
O mundo é visto de outra forma. O cristão já não pertence a esse mundo e vive em consequência do "além-mundo" (Nietzsche). Já não importa mais as suas obras e essa vida fica completamente "sem sentido".
Ora, esse indivíduo já está "salvo". Viver para que, então? Cai-se em um paradoxo: viver nesse mundo do diabo ou morrer para viver no mundo de deus?
Aí é que entra a teologia e afirma o pecado do suicídio. Se não fosse colocado essa condição, o suicídio seria a mais rápida forma de entrada nos céus. A religião perderia o controle e decretaria seu prórpio óbito.
Quando a religião cristã viu que suas doutrinas levariam o indivíduo á um niilismo mundano, ela mesma tratou de corrigir, impondo um pecado irreversível. Sim, por que todos os pecados podem ser reparados, mesmo depois da morte do cristão (vide o purgatório). O único que foge a regra é o pecado do suicídio.
P.s.: Minha tese é baseada na religião cristã.
P.s.: Como se trata de uma tese, supõe-se ineditismo. Se alguém tiver lido algo semelhante, favor me indicar.